Rev. Jefferson M. Reinh

Uma das frases mais faladas nos nossos dias é “fazer a diferença”. Tanto na Igreja como fora dela, as pessoas se interessam, as empresas buscam, as autoridades valorizam aqueles(as) que “fazem a diferença”. Por quê? Creio eu, numa opinião particular, que estamos meio que cansados. Cansados de frustrações em meio a promessas, decepções com diversos agentes, tentativas empíricas… e parece que quando a chave é clicada com a expressão quase mágica “fulano faz a diferença”, nosso interesse se aguça quase que imediatamente.

Pensando em “cuidado com a cidade”, desejamos uma igreja que “faz a diferença” na cidade, que inspira uma sociedade a ser melhor e voltar seus olhos para os céus, a partir de um trabalho consistente. Eventos promovem isso? Talvez ações sociais em cascata? Propaganda? Evangelismos? Envolvimento com a política e busca por cargos? Creio que cada uma dessas frentes tem seu espaço e seu valor, mas a Bíblia apresenta um modelo que de fato produz relevância na sociedade, e o melhor, produz frutos legítimos para o Reino, a Glória de Deus e novos nomes no céu, que são o motivo da existência da Igreja (1Pe 2.11,12; Mt 5.16).

Em Atos 2.42-47, temos algumas atitudes e iniciativas que a Igreja do Senhor vivia, e que ocasionava a diferença numa sociedade marcada pela mesmice, pela religiosidade vazia, e que se distanciara de Deus. O tema não se esgota ali, mas podemos observar e buscar viver tais práticas em nossos dias.

1) Perseverança na doutrina dos apóstolos e perseverança na comunhão (At 2.42,44-46) – o termo perseverar indica algo mais profundo que apenas encontros rasos. A Igreja de Atos 2 era encharcada de entendimento (doutrina) nos ensinos bíblicos apresentados por seus líderes. Não se enchia de notícias, mas de bons princípios, bons exemplos, e juntamente com isso o bom trato de uns para com os outros (comunhão) e participação nos sacramentos, a mesa da comunhão.

2) Temor (At 2.43) – Um comportamento que tem sido contraditado e até mesmo desprezado em nossos dias. Temor tem o sentido de um profundo respeito, que desagua em obediência, ações norteadas pela Palavra do Senhor. O temor é o reconhecimento contínuo de estar na presença do Deus Santo, de sua Justiça viva e onipresente, de sua grandeza transcendente e seu amor imanente. Vivemos num tempo de banalização dos cultos, estudos, encontros… nossas almas necessitam de despertamento diante da Santidade de Deus e o desejo por santidade em nosso meio, andar na contramão de nosso tempo (Rm 12.1,2).

3) Unidade (At 2.46) – Unidade vai além de união, pois tem seu efeito quando muitos espelham um somente (Ed 8.1; 2Sm 19.14; Jz 20.1,8,11). A ideia é que mesmo havendo diversidade de corações, mentes, ações, a efetividade de submissão de todos relata um só coração, um pensamento, um Senhor, uma só fé, uma só alma. A unidade da Igreja vem do desejo comum de se submeter à Palavra (At 17.11).

4) Simpatia (At 2.47) – Deus concedeu àquela Igreja ser bem vista pelo povo. Embora a busca da Igreja fosse por fidelidade a Deus e o cuidado consigo mesma, suas ações reverberavam na sociedade. E a Igreja não estava de olhos fechados ao povo, mas agia com amor aos de fora, o que fazia que o acréscimo de irmãos fosse “natural”.

Pensemos nisso, e busquemos seguir o exemplo da Igreja de Atos 2.

Uma excelente semana para nós!

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