Rev. Hermisten Maia P. da Costa (Adaptado)

Dando seguimento aos temas do ANO DO CUIDADO na 1ª IPJF, iniciamos as tratativas sobre o CUIDADO COM O TRABALHO. Observemos como esse assunto foi tratado na história, de forma suscinta, e a visão cristã reformada do Trabalho.

Trabalho pode ser definido como o esforço físico ou intelectual, com vistas a um determinado fim. O verbo “trabalhar” é proveniente do latim vulgar tripaliar: torturar com o tripalium. Este é derivado de tripalis, que vem da constituição gramatical: tres & palus (pau, madeira, lenho), que significava o instrumento de tortura de três paus. A ideia de tortura evoluiu, tomando o sentido de “esforçar-se”, “laborar”, “obrar”.

Etimologia à parte, devemos observar, que o trabalho, apresenta as seguintes características:

a) Envolve o uso de energia destinado a vencer a resistência oferecida pelo objeto que se quer transformar – intencionalidade.

b) O trabalho se propõe sempre a uma transformação.

c) Todo o trabalho está ligado a uma necessidade, externa ou interna.

d) Todo trabalho traz como pressuposto fundamental, o conceito de que o objeto, sobre o qual trabalha, é de algum modo aperfeiçoável, mediante o emprego de determinada energia – esforço e perseverança.

Na Idade Média, há de certa forma, um retorno à ideia grega clássica, considerando o trabalho uma “arte mecânica”, como sendo algo degradante para o ser humano, e inferior ao ócio, descanso, repouso, à vida contemplativa e ociosa, por um lado, e à atividade militar pelo outro. Na visão de São Tomás de Aquino (1225-1274), o trabalho era no máximo, considerado “eticamente neutro”. Segundo a igreja romana, “a finalidade do trabalho não é enriquecer, mas conservar-se na condição em que cada um nasceu, até que desta vida mortal, passe à vida eterna. A renúncia do monge era o ideal a que toda a sociedade deveria aspirar. Procurar riqueza é cair no pecado da avareza. A pobreza é de origem divina e de ordem providencial”.

Ainda na Idade Média, a posição ocupada pelo trabalho era regida pela divisão gradativa de importância social: Oradores (eclesiásticos), Defensores (guerreiros) e Lavradores (agricultores). Desta forma, os eclesiásticos, no seu ócio e abstrações “teológicas” é que tinham a prioridade, ocupando um lugar proeminente. E aqueles que se dedicavam às atividades econômicas e financeiras, os negociantes e banqueiros, eram particularmente desconsiderados.

Não nos cabe aqui analisar a história da filosofia do trabalho, contudo, devemos mencionar, que a Reforma Protestante resgatou o conceito cristão de trabalho.

Na ética do trabalho, Martinho Lutero (1483-1546) e João Calvino (1509-1564) estavam acordes quanto à responsabilidade do homem de cumprir a sua vocação através do trabalho. Não há lugar para ociosidade. Com isto, não se quer dizer que o homem deva ser um ativista, mas sim, que o trabalho é uma “bênção de Deus”. Lutero teve uma influência decisiva, quando traduziu para o alemão o Novo Testamento (1522), acentuando mais o aspecto da vocação do que o do trabalho propriamente dito. A ideia que se fortaleceu é a de que o trabalho é uma vocação divina.

Calvino, diz: “Se seguirmos fielmente nosso chamamento divino, receberemos o consolo de saber que não há trabalho insignificante ou nojento que não seja verdadeiramente respeitado e importante ante os olhos de Deus”.

Na próxima semana iremos desenvolver essa temática. Caso deseje conhecer esse texto na íntegra, visite o site Monergismo.

Deus abençoe sua semana. Valorize seu trabalho como bênção do Senhor!

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