De certa forma, pensamos demais no coronavírus. “Como devemos viver em uma era pandêmica”? Fico tentado a responder: “Ora, como você teria vivido no século XVI, quando a praga visitava Londres quase todos os anos, ou como você teria vivido na era Viking, quando invasores da Escandinávia poderiam chegar e cortar sua garganta a qualquer noite; ou, de fato, como você já vive em uma era de câncer, sífilis, uma era de paralisia, uma era de ataques aéreos, uma era de acidentes ferroviários, uma era de acidentes automobilísticos”.
Em outras palavras, não vamos começar exagerando a novidade de nossa situação. Acredite em mim, prezado senhor ou senhora, você e todos os que ama já foram condenados à morte antes que o coronavírus fosse espalhado: e uma grande porcentagem de nós morreria de maneiras desagradáveis. Tínhamos, de fato, uma grande vantagem sobre nossos ancestrais – anestésicos; e ainda os temos. É extremamente ridículo continuar choramingando e mostrando rostos desanimados, porque os cientistas acrescentaram mais chances de morte prematura e dolorosa a um mundo que já se arrastava com essas chances e no qual a própria morte não era uma chance, mas uma certeza.
Este é o primeiro ponto a ser abordado: e a primeira ação a ser tomada é nos recompormos. Se todos nós formos destruídos por um vírus, deixe-os nos encontrar fazendo coisas sensíveis e humanas – orando, trabalhando, ensinando, lendo, ouvindo música, banhando as crianças, jogando tênis, conversando com nossos amigos com uma caneca na mão e um jogo de dardos – e não amontoados como ovelhas assustadas pensando em pandemias. O coronavírus pode destruir nosso corpo (um micróbio também pode fazer isso), mas não consegue dominar nossas mentes.
Extraído e adaptado de VoltemosaoEvangelho.com. Todas as palavras em negrito e itálico substituíram as originais do texto.
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