“Eu disse na minha pressa: estou excluído da tua presença. Não obstante, ouviste a minha súplice voz, quando clamei por teu socorro. Amai o Senhor, vós todos os seus santos. O Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo. Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor”
Salmos 31.22-24
Em momentos de profunda tristeza e dor, parece que sentimos na pele o abandono daquele que acreditávamos cuidar de nós.
Na obscuridade da ansiedade apressada, o socorro que viria de Deus parece tão distante e tão improvável.
Nas agitadas águas turvas do sofrimento, derramamos lágrimas de amargura e de incredulidade.
O grito da alma é o clamor de um desespero sem fim. Céus de bronze. Isolamento de ferro. Onde está Deus?
Todos nós já enfrentamos situações muito parecidas como essa do salmista. Ou talvez ainda as enfrentaremos. São momentos em que os nossos recursos são insuficientes, os nossos amigos estão distantes e nossas orações são curtas e sem nenhuma fé.
Pressionados pela dor, desejamos abandonar tudo e todos. Se possível, abandonaríamos até mesmo a nossa fé, que tantas vezes nos salvou, mas que agora parece tão ineficaz. Será que conseguimos admitir isso?
Porém, e mais uma vez, encontramos nas orações sinceras dos salmos quem nós somos.
A nossa identidade está em Deus, o nosso Salvador. E, podemos encontrar, novamente, a esperança inabalável desse Deus tão maravilhoso que cuida do seu povo, e que preserva os seus fiéis.
Estes que são chamados para serem tão amados, cuidados e protegidos de todos os males que nos assolam.
O Deus que muitas vezes não nos livra “da” fornalha, mas permanece conosco em meio ao fogo, e que fecha as bocas de leões famintos.
Esse é o nosso Deus, a quem servimos e dedicamos nossas vidas, em amor.
Portanto, sejam fortes como uma rocha, e corajosos como um cavalo de batalha!
Não se deixem abater em meio às aflições; antes revigorem-se na força e no poder desse Deus que faz milagres inacreditáveis e que nos livra das situações mais terríveis!
Como o Senhor Jesus quando pendurado na cruz que clamou “Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?”, e depois, de forma confiante, disse “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”, não deixe que o medo e o sentimento de um coração enganoso domine você.
Porém, entregue e confie a sua vida ao Senhor, crendo que essa tempestade vai passar, e vai passar logo.
Ore para que as Palavras deste salmo sejam uma fonte de refrigério e alegria para sua alma. Que a realidade da Palavra de Deus traga força e coragem para que você enfrente os desafios da vida, em nome do Senhor Jesus Cristo. Amém!
Por Ev. Rodrigo Gonçalez