Rev. Jefferson M. Reinh
O quarto mandamento, instituído por Deus e não pelo homem, traz a obrigatoriedade de um dia dedicado ao descanso e à adoração ao Senhor. O Senhor julgou essa questão como muito importante, a ponto de inserir em sua lei moral. O que significa esse dia? Porque devemos observar tal dia, com entendimento, em se tratando de cuidado com o Trabalho?
O descanso é um sinal, uma sombra, um tipo, do descanso (livramento, paz, segurança) oriundo da redenção que Deus, em Jesus, propicia ao seu povo (Dt 5.12-17). Isso é tão sério que os israelitas foram levados ao cativeiro pela quebra desse mandamento de forma obstinada e repetitiva (Jr 17.19-27).
Como cristãos, se observarmos bem, talvez sejamos os únicos que podem discernir o valor do descanso de uma forma verdadeira, e tão nobre como o trabalho em si. Não fomos criados para o ócio, para o estar à toa. Mas o entendimento genuíno do valor do trabalho envolve o valor do descanso, por refletir esse a maior obra relativa ao ser humano, que é a salvação, ou seja, o descanso das fadigas e tormentos impostos pela queda (Gn 3.17-19). Cada vez que chegamos ao domingo, que literalmente significa “pertencente ao Senhor” (do latim Dominicus – do Senhor), temos a oportunidade de trazer à mente e ao coração que as dores dessa vida têm seu final em Jesus Cristo, que é o vencedor da morte e o doador da ressurreição (Jo 11.25). Assim, mesmo passando por momentos de crises, necessitando de mais trabalho, necessitando de provisão, trabalhamos a nossa fé quando decididamente não trabalhamos, porque cremos que o Senhor é o nosso sustentador, e ele cuida de nós (1Pe 5.6,7).
O mandamento do Senhor envolve descanso e santificação. O descanso (shabat no hebraico, de onde temos o sábado) era originalmente após o trabalho. O Senhor trabalhou seis dias e ao sétimo descansou. É fácil perceber que não se trata de descanso físico, pois Deus jamais se cansou ou se fatigou (Is 40.28), embora para toda a criação exista a necessidade. Deus então, desde a criação, é didático, enquanto exerce sua glória sobre o universo. Ele diz: “Lembra-te do dia de DESCANSO (sábado) para o SANTIFICAR (= não cair no erro de se escravizar ou tornar-se independente de Deus) – Ex 20.8. O sábado, que era um sinal do descanso eterno que ainda viria, tornou-se, em sua guarda e observância, o domingo, que simboliza que o Descanso chegou, a profecia se cumpriu, e que hoje, literalmente, possuímos o descanso e a paz que excede todo entendimento (Fp 4.7), no Nome precioso e na obra salvífica de Jesus Cristo.
Assim, temos os apóstolos chamando o “Dia do Descanso” de “Dia do Senhor”, quando Jesus ressuscitou (At 20.7; Ap 1.10). A sombra se torna realidade. Jesus muda o eixo da semana. Primeiro olhamos e nos dedicamos a Ele, no dia da ressurreição (o 1º dia da semana) e depois nos dedicamos aos afazeres desse mundo, com alegria e diligência (Mt 6.33). E assim, o culto cristão, que significa serviço, tem sua essência em entrarmos na casa de Deus (templo) e servi-Lo com nossas vidas, louvores, orações, ofertas, e nossa submissão consciente à Sua Palavra.
Pense nisso. Cuidar do trabalho envolve, como prioridade, cuidar em guardar e dedicar o Dia do Senhor ao Senhor!!! Ótima semana a você!!!
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