O SERVIÇO CRISTÃO EM TEMPO DE PANDEMIA

Rev. Leonardo Gomes (1ª I.P. de Rio Pomba)

O crente é chamado ao serviço cristão a todo o tempo. Após instruir seus ouvintes acerca das bem-aventuranças, no “Sermão do Monte” (Mt 5.1-12), Cristo orienta-os a servirem (Mt 5.13-7.27). A certa altura do sermão ele ordena: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16).

Percebemos que o serviço cristão não é uma opção para o crente, antes, é um dever cujo propósito é duplo: Testemunhar de Cristo (através do serviço) e glorificar a Deus (Ativamente – pelas nossas obras; e passivamente – pelos exemplos aos outros).

Isso não muda em tempos como o que estamos vivendo. “Tempos difíceis requerem medidas difíceis”, diz o ditado popular; mas será que “tempos difíceis” são justificativas para que o serviço cristão seja negligenciado? Será que, de fato, “farinha pouca… meu pirão primeiro”? Será que, na ausência de opção, o crente está liberado de honrar a Cristo por suas obras e glorificar ao Pai com suas atitudes? Biblicamente, a resposta é: Não!

Um exemplo de crentes que cuidaram de honrar a Deus mesmo diante das dificuldades de seus tempos são os crentes das Igrejas de Esmirna (Ap 2.8-11) e Filadélfia (Ap 3.7-13). Essas igrejas foram as únicas que não receberam nenhuma advertência do Senhor. Em seu dever de ser candeeiro de Cristo no mundo (Mt 5.16), essas igrejas estavam sendo aprovadas, mesmo diante dos altos custos que estavam pagando.

O serviço cristão em tempo de pandemia permanece inalterado. Quando isolados, em nosso lar, ele continua se revelando no cuidado com os de casa; com os vizinhos, pelo cumprimento das prescrições sanitárias e etc. O que importa é que a pandemia não justifica deixarmos de honrar a Cristo e glorificar a Deus com nossas atitudes. Sejamos operosos e diligentes!

Todavia, cumpre observar que o serviço cristão é uma possibilidade por causa de Cristo. Sem Ele, nada do que é feito possui valor inerente. A Confissão de Fé de Westminster afirma que nossas obras só têm valor em Cristo [CFW XVI.6] e nEle Deus as aceita e as recompensa. Servir é importante, é um dever do qual não podemos nos eximir, todavia, servir sem Cristo é mero ativismo.

Como tudo em nossa vida cristã, dependemos de Cristo e de seus benefícios. Se, por algum motivo, estejamos falhando em servi-Lo, devemos nos atentar que é dEle que precisamos. Quanto mais pertos dEle, mais seremos impulsionados a servi-Lo.

Como Paulo orienta aos Filipenses: “Porque é Deus quem efetua em vós tanto o querer como o realizar…” (Fp 2.13). Corramos a Cristo para que sejamos diligentes!

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