Ó MULHER, GRANDE É A TUA FÉ!

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

Por Rev. Jefferson M. Reinh

Texto base: Mateus 15.21-28

Neste texto, Jesus é abordado por uma mulher, cananeia, que clamava por sua filha, endemoninhada. Vejamos 4 atitudes dessa mulher, que podemos colocar como atitudes da mulher (e também do homem) que agrada ao Senhor e encontra seu favor.

1) FÉ QUE ULTRAPASSA BARREIRAS.

A mulher era cananeia, portanto, não fazia parte do povo escolhido de Deus, Israel. Era uma gentia, sem direito às bênçãos da Aliança de Deus com seu povo. Mas ouviu falar de Jesus, que era diferente dos religiosos da época, no amor e ensino da verdade sobre o Reino de Deus.

A mulher creu em Jesus, de uma forma que Ele não viu nos israelitas, e depositou toda a sua esperança em Jesus Cristo. Ela via que Jesus tinha autoridade para determinar ao demônio que deixasse sua filha em paz, e assim sucederia, porque Jesus é o Filho de Deus, é o Senhor do Universo, e tudo Lhe está sujeito. Sua fé em Jesus era tamanha que Ele próprio declarou: “ó mulher, grande é a tua fé!” (v.27).

2) INTERCESSÃO.

A mulher se dirigiu a Jesus em busca de uma bênção para sua filha. Ela se mostrou uma intercessora. Orar por outras pessoas é uma virtude que poucos desenvolvem hoje. Nas segundas-feiras, temos oportunidade de exercitar a intercessão. Que bom seria ver mais irmãos orando uns pelos outros.

3) PERSEVERANÇA.

Quando a mulher clamou a Jesus pela primeira vez, ouviu o silêncio. Logo depois, ouviu algo que não gostaria de ter ouvido: “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (v. 24). Em princípio, significava que ela, sendo gentia, não tinha acesso à Aliança que Deus firmara com Israel. Assim, não usufruiria das bênçãos de Deus, reservadas antes para os israelitas. Porém, mesmo diante da negativa, a mulher não desistiu, e se ajoelhou diante de Jesus clamando por socorro. Jesus deu outra resposta que poderia desanimá-la de vez (v.26).

O verso 27 mostra que sua fé era cheia de perseverança, e ela não desistiria, mesmo sabendo que não era povo de Deus. Um filete de graça bastaria. Que lindo e quão vitoriosa é a mulher que persevera diante das negativas.

4) HUMILDADE.

Eis um traço marcante naquela mulher. Diante do silêncio e de duas negativas pesadas de Jesus, ela não se revoltou, ou murmurou. Ela não foi áspera, não se ofendeu, não saiu blasfemando. Ela demonstrou muita humildade, reconhecendo que não era digna de ser agraciada com as bênçãos que estavam reservadas para Israel. Ela não tinha a pretensão de usurpar o que era, por direito, do povo eleito de Deus; mas, uma “migalha”, uma “sobra” dessas bênçãos seria mais que suficiente para satisfazer sua necessidade, ou melhor, a necessidade de sua filha (v. 27). Ela refletiu o próprio Jesus, que afirmou que havia vindo para servir, e não para ser servido (Mc 10.45).

Nesse DIA INTERNACIONAL DA MULHER, inspire-se nas atitudes da cananeia. Que Deus abençoe você, mulher, se espelhando em Jesus Cristo, e refletindo Jesus Cristo. Parabéns!!!

[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_googleplus][vc_tweetmeme][/vc_column][/vc_row]

VENCER AO RENDER-SE.

Rev. Jefferson Marques Reinh

Abraçar a fé cristã significa, entre muitas respostas, entrar numa jornada onde a regra fundamental é viver se rendendo. Render-se a Jesus Cristo, render-se à sua Palavra, render-se ao Espírito Santo e lutar contra as decepções que surgem à medida que vamos caminhando para a eternidade com Deus (Sl 37.4,5). A luta contra as dores e decepções também deve ser em rendição, não em revoltas. Esse pensamento tem sido enfraquecido nestes dias de autojustiça, autocomiseração. O pensamento do mundo tem tomado a mente da Igreja. Cuidado (Rm 12.1,2).

Como vencer o grito que cada vez mais se agiganta no peito, de dor, de raiva, de fúria, de revolta, e a ira que nos induz a fazer justiça com as próprias mãos, diante do caos que vai sedimentando ao nosso redor? Com rendição a Jesus Cristo, pois Ele nos deixou a “paz que excede todo entendimento”, e preciso aprender o que é viver tal paz. Além disso, preciso ter em mente que toda a minha justiça é enganosa e parcial também, e na verdade, meus atos de “justiça” irão ferir a outros, e isso não é função minha, é do Senhor. Talvez eu confunda vingança com justiça, e isso é terrível. É pecado.

Rendição significa entrega, estar desarmado, completamente à disposição daquele a quem se rende. Submisso a Cristo, à Bíblia, mesmo para sentir a dor e a decepção que possa surgir do ato de render-se. Render-se a Jesus Cristo significa ter o mesmo sentimento que Ele teve ao abrir mão de sua glória, seu poder, seu status, para ser um homem e, vivendo entre nós, passar pelas decepções, pelo desprezo, pela injustiça, pelo abandono, pela morte, mas ter a força de ressuscitar (Fp 2.5-11). Na entrega, Jesus se fortalece. Na nossa entrega, Ele nos fortalece.

A jornada do Cristão não pode ser de “apelações”, atalhos, “jeitinhos”. O Cristão verdadeiro aprende e joga de acordo com as regras. Ele não faz as regras. Apenas se rende e caminha. E Jesus o fortalece. Quando resolvemos agir fora da Palavra, e no nosso braço, o pecado tem oportunidade de entrar. Lembremos que nossas armas são espirituais (Ef 6.10-18).

Como aprender a se render? Jesus nos garantiu que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20). E isso significa que Ele está ao nosso lado, e seu Espírito habita em nós, e nos dias de maiores dores, ou mesmo de decepções, nós podemos deitar nossa cabeça dolorida em seus ombros, podemos ser abraçados, e podemos falar com Ele abertamente todas as nossas dores, medos e fraquezas. Jesus ouve nosso lamento, nos dá tempo de chorar, lavar o peito com lágrimas, mas depois nos diz: volte a caminhar. Ainda não chegamos em casa, mas estamos mais perto. Força, estou com você. Se render significa aprender a batalhar em oração (1Pe 5.6,7).

E por isso, só por isso, o Cristão verdadeiro continua a caminhar. Porque Jesus caminha conosco! Seja assim em sua vida, hoje e sempre.