MISSÕES – OBRA DE QUEM AMA A JESUS.

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Rev. Jefferson M. Reinh

Vem chegando o mês de maio. É o mês da família, segundo os festejos tradicionais. Para nós, da Primeira Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora, é também o mês da família maior, a família do céu, a família dos eleitos, que estão em Jerusalém, Judeia, Samaria e nos confins da Terra (At 1.8).

No mês de maio nossa Igreja renova o compromisso que temos há mais de 20 anos ininterruptos com a obra missionária. Renovamos, não iniciamos. A obra é contínua, e nos alegramos diante de Deus por poder servir em algo tão nobre, tão sublime. Nossa igreja é missionária, tanto em Juiz de Fora, passando por cidades vizinhas, pelo nosso Brasil e chegamos aos confins da Terra, à Ásia, por exemplo. Por que defendemos tanto essa face de nosso ministério?

Primeiro, porque É UMA ORDEM expressa de Jesus. A última ordem dele para sua Igreja é: enquanto vocês estão indo, preguem as boas novas da salvação a toda criatura, batizando aqueles que recebem e se comprometem com o evangelho, e ensinando-os a guardar meus mandamentos (Mt 28.19.20). Obedecer a Jesus é uma confissão que o crente faz, porque entende que foi assim que conheceu o Senhor, e quer que outros também conheçam o Rei dos Reis. O cristão genuíno, salvo, ama Jesus e deseja que outros conheçam a Jesus.

Segundo, nossa Igreja defende e ama Missões porque É O PRINCÍPIO DA VIDA que vemos em Cristo. Quando nos damos pelos outros, a vida brota, tanto no outro quanto em nós! Vale a pena também porque chegamos perto das pessoas descritas em Tiago 2.5, onde lemos: “não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam?”. Agindo missionariamente, a vida tem sentido, significado e propósito.

Terceiro, nossa Igreja ama e se envolve com missões, porque nesse ministério EXPERIMENTAMOS JESUS AGINDO EM NÓS, E ATRAVÉS DE NÓS. Ele disse que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Sim, queremos ter a presença gloriosa de Jesus conosco. Queremos milagres, queremos crescimento, queremos o coração do Senhor, queremos estratégias de evangelização, queremos crescimento em sabedoria. E isso não é uma troca, uma barganha. É o entendimento de que, sem Ele, não somos NADA, absolutamente NADA. Obedecemos porque cremos.

Quarto, nossa Igreja ama Missões porque AMAMOS PESSOAS. Você entrou aqui porque alguém investiu em você. Alguém amou falar do amor de Deus por você. O Senhor plantou isso no coração de alguém. E entendemos que o maior bem que podemos dar às pessoas é o evangelho genuíno, bíblico, desafiador, e que vence esse mundo, dia-a- dia. A Igreja é sal e luz para o mundo. Investir em Missões é fazer essa máquina girar.

Por fim, para essa introdução, nossa Igreja ama e investe em Missões porque entende que ISSO AGRADA A DEUS. É perfume diante da face do Senhor. Leia 1Jo 4.2,3. Fazer Missões não é penoso, é, antes, prazeroso. Se você não entende isso, está na hora de aprender.

Deus abençoe nossa obra missionária!!!

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PORQUE JESUS VIVE, POSSO CRER NO AMANHÃ!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Hoje é um dia para ser celebrado, recheado de profunda meditação que resulte na gloriosa exaltação, adoração, suspiros de alma que está encharcada de vitória, de liberdade, de vida, vida eterna!!! A ressurreição de Jesus Cristo é a nossa ressurreição!

Ele venceu o último, e maior dos inimigos da humanidade (1Co 15.26). Neste mundo tão secularizado, onde a fé cristã tem sido banalizada e vivida de forma utilitarista, egoísta, mercenária, fica o apelo para que voltemos à Bíblia, e voltemos ao excelso relato da exaltação de nosso Senhor, e deixemos o Espírito Santo nos levar ao entendimento da grandeza desses atos. Os estágios da exaltação de Cristo são o foco da vida do cristão genuíno. Ele é as primícias, é o padrão, é o exemplo.

A exaltação de Jesus Cristo ocorre em sua natureza humana. Sua natureza divina não pode ser humilhada e nem exaltada. É perenemente divina, como Filho, pessoa da Trindade. Mas em sua natureza humana, após passar por todos os estágios de humilhação (encarnação, vida humana, injustiças, acusação injusta sem pecado, condenação injusta, morte expiatória e sepultamento), Jesus obtém exaltação, que nas palavras de Paulo é elevar-se superlativamente, subir ao extremo, elevar-se ao grau mais alto.

Jesus ressuscitou – isso por força e obra sua, seu exclusivo poder. Ele disse que assim seria, ao afirmar que tem poder de entregar sua vida e retomá-la de volta (Jo 10.18). Jesus se declara como a ressurreição e a vida (Jo 11.25). A ressurreição tem significado tríplice: a) a declaração do Pai de que a pena foi cumprida, satisfeita a condição em que a vida foi prometida. b) um símbolo, sinal daquilo que está destinado aos membros do corpo místico de Cristo na sua ressurreição futura (Rm 6.4, 5, 9; 8.11; 1Co 6.14; 15.20-22; 2 Co 4.10, 11, 14; Cl 2.12; 1Ts 4.14). c) relaciona-se com a justificação, regeneração, e ressurreição final dos crentes (Rm 4.25; 5.10; Ef 1.20; Fp 3.10; 1Pe 1.3).

A Ascensão do Senhor foi o complemento da ressurreição. A Bíblia nos ensina a pensar no céu como um lugar. Assim, Jesus cumpre sua palavra de que está nos preparando lugar (Jo 14.2,3) e os que morrem no Senhor hoje se deliciam com a presença e glória do Senhor. Jesus hoje está assentado à direita de Deus Pai. Nossa cultura secularizada pouco observa essa expressão. Essa é a expressão que destaca a extrema honra e autoridade que a natureza humana de Jesus recebe. É um antropomorfismo, não deve ser vista literalmente, deriva-se do Sl 110.1. Mas
é literal no fato que Jesus reina e intercede junto ao Senhor por nós (Is 53.12).

Por fim, no estado de exaltação de Jesus, temos a promessa de que Ele voltará para buscar sua Noiva, a Igreja, para a eternidade com Ele. E podemos ter: Ele foi prometido vir a primeira vez (Gn 3.15), e veio. Prometido fora em sua humilhação, morte (Is 53), e assim foi. Prometeu ressuscitar, e ressurgiu (1Co 15). Prometeu voltar, e aguardamos com fé e expectativa. Por tudo isso, celebremos. Cremos no Deus vivo, Jesus ressurreto, vencedor da morte!!!

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O PRIVILÉGIO DO EVANGELHO MAIOR QUE EU.

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Rev. Jefferson Marques Reinh

No feriado de carnaval, nossa igreja esteve envolvida com dois Retiros Espirituais. Um da juventude da sede e outro organizado conjuntamente por nossas congregações. Nesses dias que muitos aproveitam para descansar, muitos irmãos se doaram, dormiram pouco e mal acomodados, para servirem outros irmãos. Trabalharam pesado. Vi o cansaço nas faces de alguns, mas vi o sorriso de quem faz o bem porque acredita no bem. Houve cultos na sede, e sei que o Senhor operou na vida de outros tantos.

Não é uma situação de exaltar o esforço apenas, mas sim de se enxergar que, além do conforto pessoal, além do merecido descanso que pode ser celebrado com a família (nada de mal nisso), está o Reino de Deus. Irmãos ofertaram dinheiro para outros participarem, emprestaram equipamentos, serviram uns aos outros. Isso é um evangelho que é maior, mais nobre, mais sublime que o evangelho do “apenas eu”.

Na semana que vem, vamos ter em nossa igreja a celebração de 67 anos de organização. De sexta a domingo, receberemos o pastor José Eudo Gomes, que é o missionário que assumiu o trabalho evangelístico na cidade de Desterro, Paraíba, em 2007. Desse tempo, muitas lutas e desafios numa cidade que a “lei” é estabelecida por religiosos dominantes, e para se chegar com o evangelho é preciso ter autorização dos “poderosos”, uma realidade que não conhecemos bem aqui em JF.

Com ele vem o presbítero Wellington Alves, que achegou-se ao trabalho e usou suas possibilidades financeiras e sua influência, sua capacidade de mobilizar, a serviço da Igreja Presbiteriana naquela cidade. Ele é médico em Patos, a cerca de 50 quilômetros, distância percorrida inúmeras vezes para ajudar. Do esforço de ambos e de um grupo apaixonado, o sonho nosso daqui de Juiz de Fora em 2004 se converteu numa realidade de crescimento e fortalecimento de um grupo, compra de terreno, construção de templo, ampliação de atividades, construção de um prédio anexo, salas para atividade infantis, organização e emancipação da Igreja Presbiteriana em Desterro, em maio de 2017.

O que essas realidades, de acampamentos, Desterro, sociedades internas, congregações, têm em comum? É o evangelho que supera o “eu”. Esse evangelho é o que tem encharcado nosso coração há décadas. É o DNA de nossa Igreja desde antes de 11 de fevereiro de 1951. Nossas instalações poderiam ser melhores, o conforto poderia ser maior. Porém, não abrindo mão de melhorias para a sede, a 1ª Igreja Presbiteriana enxerga o Reino. Enxerga sua história de ter 9 Igrejas filhas em Juiz de Fora, mais a filha paraibana, mais centenas de testemunhos de irmãos ajudados por esforço, dinheiro, orações dos membros dessa Igreja. Isso é ver At 1.8 se cumprindo hoje, entre nós. E avançamos, com o esforço e doação de todos os que creem no Reino!

Nessa semana, convido você a orar a cada dia agradecendo a Deus pela Igreja que você tem. E convido você a refletir que podemos ir além, podemos surpreender e ser ainda mais surpreendidos pelo que Deus opera em nós e através de nós. Pense! Envolva-se! Louvado seja o Senhor por sua vida, Igreja!

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GÊNESIS: O PRINCÍPIO DOS PRINCÍPIOS.

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Gênesis: O Princípio dos Princípios (atualizado em abril/2018)

Para fazer o download das lições em um arquivo único, clique aqui.

Para as lições separadas por semanas, clique nos links disponibilizados abaixo:

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ESTAMOS PREPARADOS?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Observando os últimos eventos locais ou nacionais, fico me perguntando se estamos preparados para os ataques que a fé cristã genuína tem sofrido, e os que virá a sofrer. Quando o Papa romanista Francisco canoniza 30 novos santos do Brasil, no domingo passado, chamando-os de mártires, sendo que nem mesmo morreram por sua fé ou numa luta religiosa, e na mesma situação chama os calvinistas que estiveram no Brasil Holandês de assassinos, ou quando vemos a situação vexatória criada na Escola João XXIII por ocasião do dia da Criança, com confusão na Câmara de Vereadores, ou ainda o fogo cruzado em redes sociais na internet, me questiono sobre o quanto estamos mesmo ligados com nossa fé e aptos para defendê-la. Estamos preparados?

Os pais de crianças e adolescentes talvez enfrentem uma situação que nunca imaginaram. Ter que responder a seus filhos sobre os questionamentos de ideologia de gênero, pisando em terreno argiloso ainda, e ter que observar a escola de muito perto, por vezes dialogando com ela, discordando ou fortalecendo posições, e ainda convivendo com elogios por ser “mente aberta” ou com rótulos do tipo “retrógrado” ou “fóbico” em alguma medida. Estamos preparados?

O nosso país passa por uma terrível crise política. Estamos acéfalos, pois nosso presidente não tem outra agenda a não ser a luta por se manter no cargo, às custas de compra de favores das casas legisladoras com dinheiro destinado ao povo. Não há ações da presidência sobre nenhum assunto social, nenhuma intervenção efetiva quanto à violência, e o que assistimos é uma verdadeira luta social por poder, em vários níveis. Estamos no tempo em que o Supremo Tribunal Federal delegou aos senadores e deputados o poder de se blindarem contra a lei e contra o povo que os elegeu. O caso de um senador mineiro reflete já o que vem pela frente. Estamos preparados?

Quando Jesus esteve entre nós, numa de suas palavras sábias e muito afiadas, ele questiona: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.7,8). Estamos preparados para a justiça de Deus?

O apóstolo Paulo adverte: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” (2Tm 3.1-5). Estamos preparados?

A pergunta é uma só, e a situação também é uma só. Vivemos dias em que a Igreja tem sido seduzida, tem se encantado com a “liberdade” e a linguagem de amor que satanás tem semeado. Pouco ora, pouco vive a fé. E ainda tem se enfraquecido diante das pressões e das lutas. Estar preparado e se preparando é questão de sobrevivência da fé. Da sua, da minha, da nossa fé. Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

ELA É SALVA OU SALVADORA?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma heresia nunca é formulada e aceita da noite para o dia. Da incompreensão das Escrituras ou das manifestações satânicas, sendo ele o mestre do engano, o pai da mentira, surgem e se consolidam doutrinas contrárias à Palavra de Deus, e que corrompem e destroem a fé genuína em muitas vidas, separando-as do verdadeiro culto a Deus, ainda que lhes mantenha o prazer, a emoção e a devoção, mas numa divindade distante da Bíblia.

Da incompreensão da Igreja Cristã do quinto século quanto à pessoa de Cristo, e sendo a Igreja Cristã já a religião do Império Romano, surgiu uma grande e ofensiva heresia, que insiste em se repetir nos séculos seguintes, sendo reafirmada até os dias atuais.

No ano 431 d.C., na cidade de Éfeso, houve um concílio eclesiástico. Embora o assunto e o desejo fosse defender a fé da heresia nestoriana, que dividia a pessoa de Cristo em duas pessoas separadas, uma expressão daqueles dias abriu uma brecha para algo muito pernicioso entrar na vida da Igreja. Ao afirmar o nascimento virginal de Jesus, usou-se o termo grego “theotokos”, que significa “portadora de Deus”, ou em tradução mais livre “mãe de Deus”.

Embora Jesus de fato seja Deus, totalmente digno de glória e honra como tal, sua encarnação não torna Maria uma divindade. Porém, a Igreja passou, no princípio de forma mais contida, e posteriormente de forma mais ampla, a assumir certa devoção e adoração à Maria. Embora a Bíblia afirma que ela seja agraciada (Lc 1.28-30), a Igreja assumiu erroneamente a expressão “cheia de graça”, ou despenseira da graça, o que é uma prerrogativa divina.

A partir de então a Igreja Católica assumiu outros dogmas absurdos quanto à pessoa de Maria. As ideias não encontradas na Bíblia são: a reza “ave Maria” (1316), a imaculada conceição (1854), a sua virgindade perpétua, a co-redenção, a sua assunção corporal aos céus (1950), o título “Mãe de Deus”, e o culto a Maria. Tudo nasce da pergunta se Maria é salva ou é salvadora. Diz a Bíblia que ela precisou ser salva, pois a própria Maria o afirma: “o meu espírito exulta em Deus meu salvador” (Lc 1.47).

Na Reforma Protestante essa heresia foi combatida, e o texto de Atos 4.12 foi reafirmado. “Somente Cristo”, ou o Solus Christus foi e é um dos cinco pontos da Igreja Protestante no que diz respeito à Salvação. Nenhum outro é digno de ser reconhecido como Redentor. Porém, na Contra-Reforma, e em outros momentos, a Igreja Romana reafirmou Maria como Co-redentora, culminando com as várias expressões e nomes que remetem à “Rainha dos Céus”, como no Brasil, a Senhora Aparecida, celebrada em 12 de outubro.

O que afirmamos, como Reformados?

1) Que a veneração à Maria (hiperdulia) é uma afronta à Trindade (At 10.25, 26; Ap 22.8,9);

2) Que Só Jesus é digno de honra e adoração (Ex 20.3-5; At 4.12; Fp 2.9-11);

3) Que a Igreja Católica Apostólica Romana deve se arrepender dessa heresia, e voltar-se ao entendimento claro das Escrituras Sagradas.

SOLUS CHRISTUS!!!

QUASE DESVIARAM OS MEUS PÉS.

Rev. Jefferson Marques Reinh

O Cristão genuíno vive cercado de situações que o colocam em risco de cair. Observa pessoas desonestas se fartando, rindo e se regalando com os ganhos de atos sujos. Parece que “o crime compensa no Brasil”, como ouvi outro dia. A maldade está desenfreada. Parece que tudo joga contra.

De fato, o mundo joga contra a fé. Muito do que vemos no sistema moderno empurra para o abandono a Deus, e nos imprime o “faça-se feliz, pois é direito seu, não importa a quem doa”.

A rede de televisão mais poderosa do país inflama as pessoas com sua ideologia satânica (Is 5.20), na qual o ser humano pode mudar suas relações mais íntimas, suas premissas mais profundas, pode mutilar seu corpo e sua alma, e, de forma prática, dizer para Deus: “você errou ao me criar, por isso vou me ´corrigir´… E anda vemos muito crente torcendo para que a mocinha se torne mocinho, pois “o que importa é o amor”. Isso é amor? Segundo a Bíblia, não (1Co 13.4-7). Se o crente vive o mundo das novelas, seus pés vacilam.

No salmo 73, vemos Asafe, um crente fiel, fazendo essa confissão: “pouco faltou para que se desviassem os meus passos” (v.2). Ele confessa que invejava os arrogantes, pois para eles não há preocupações. Asafe mostra exatamente o mundo de hoje: culto ao corpo (v.4), vida movida a vaidades e sucesso (v.5-7); boca suja e piadas sem limites, inclusive contra Deus (v.8, 9); ampla aceitação e multidões de seguidores, como que lhes chancelando os atos de maldade. Asafe chegar a achar inútil viver sua fé em Deus (v.13). Será que você se identifica?

Onde Asafe se encontrou e retornou ao prumo? Quando entrou na presença de Deus, e viu o fim dos maus (v.17). Depois de conversar com Deus e ver que o Senhor irá trazer à tona todos os atos de todas as pessoas, Asafe se viu motivado a perseverar na justiça, na retidão, na santidade, no louvor a Deus, no caminho limpo. “Eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença. Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória (v.22-24).” E mais, ele se reconhece em ver que só o Senhor estava com ele: “Quem mais tenho eu?”

Deus fez com que seu servo se recobrasse e visse que o futuro daqueles que viram as costas para Deus é terrível. E assim como Asafe, não podemos nos acostumar com nossos dias, pois o Senhor trará sua justiça sobre todos, maus e bons. O tempo pode parecer difícil, mas o Senhor nos acalenta, e nos trará sempre sua bênção e consolo.

Quanto àqueles que zombam de Deus e de sua Palavra, que se arrependam, pois “os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos” (Sl 73.27,28).

VENCER AO RENDER-SE.

Rev. Jefferson Marques Reinh

Abraçar a fé cristã significa, entre muitas respostas, entrar numa jornada onde a regra fundamental é viver se rendendo. Render-se a Jesus Cristo, render-se à sua Palavra, render-se ao Espírito Santo e lutar contra as decepções que surgem à medida que vamos caminhando para a eternidade com Deus (Sl 37.4,5). A luta contra as dores e decepções também deve ser em rendição, não em revoltas. Esse pensamento tem sido enfraquecido nestes dias de autojustiça, autocomiseração. O pensamento do mundo tem tomado a mente da Igreja. Cuidado (Rm 12.1,2).

Como vencer o grito que cada vez mais se agiganta no peito, de dor, de raiva, de fúria, de revolta, e a ira que nos induz a fazer justiça com as próprias mãos, diante do caos que vai sedimentando ao nosso redor? Com rendição a Jesus Cristo, pois Ele nos deixou a “paz que excede todo entendimento”, e preciso aprender o que é viver tal paz. Além disso, preciso ter em mente que toda a minha justiça é enganosa e parcial também, e na verdade, meus atos de “justiça” irão ferir a outros, e isso não é função minha, é do Senhor. Talvez eu confunda vingança com justiça, e isso é terrível. É pecado.

Rendição significa entrega, estar desarmado, completamente à disposição daquele a quem se rende. Submisso a Cristo, à Bíblia, mesmo para sentir a dor e a decepção que possa surgir do ato de render-se. Render-se a Jesus Cristo significa ter o mesmo sentimento que Ele teve ao abrir mão de sua glória, seu poder, seu status, para ser um homem e, vivendo entre nós, passar pelas decepções, pelo desprezo, pela injustiça, pelo abandono, pela morte, mas ter a força de ressuscitar (Fp 2.5-11). Na entrega, Jesus se fortalece. Na nossa entrega, Ele nos fortalece.

A jornada do Cristão não pode ser de “apelações”, atalhos, “jeitinhos”. O Cristão verdadeiro aprende e joga de acordo com as regras. Ele não faz as regras. Apenas se rende e caminha. E Jesus o fortalece. Quando resolvemos agir fora da Palavra, e no nosso braço, o pecado tem oportunidade de entrar. Lembremos que nossas armas são espirituais (Ef 6.10-18).

Como aprender a se render? Jesus nos garantiu que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20). E isso significa que Ele está ao nosso lado, e seu Espírito habita em nós, e nos dias de maiores dores, ou mesmo de decepções, nós podemos deitar nossa cabeça dolorida em seus ombros, podemos ser abraçados, e podemos falar com Ele abertamente todas as nossas dores, medos e fraquezas. Jesus ouve nosso lamento, nos dá tempo de chorar, lavar o peito com lágrimas, mas depois nos diz: volte a caminhar. Ainda não chegamos em casa, mas estamos mais perto. Força, estou com você. Se render significa aprender a batalhar em oração (1Pe 5.6,7).

E por isso, só por isso, o Cristão verdadeiro continua a caminhar. Porque Jesus caminha conosco! Seja assim em sua vida, hoje e sempre.

VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA.

Rev. Jefferson Marques Reinh

07 de setembro de 1822, a data que marca a mudança do Brasil colônia para o Brasil independente. Nesta data, a cada ano, as grandes cidades assistem desfiles de escolas, militares, caminhões com armas de grande porte, aviões fazem peripécias, autoridades discursam. O civismo aflora, os participantes têm a impressão de um Brasil poderoso, que levantou-se como gigante (que de fato é) que cuida de seu povo e avança rumo a um futuro de orgulho e grandeza. Será???

Pergunto-me se de fato podemos ter orgulho de ser brasileiros, ao observar fatos e comportamentos presentes nesses nossos dias.

A quantidade de escândalos que assistimos é tão absurda que não há tempo de acompanharmos tudo que lemos e ouvimos a cada dia sobre desvios financeiros, propinas, prisões, solturas, delações, negações, e ainda o reflexo dessas sujeiras na saúde pública, na educação formal, na falta de equipamento e treinamento das polícias, a falta de infraestrutura e cuidados básicos com o povo brasileiro. Vemos um povo anestesiado, indiferente ou mesmo descrente de alguma mudança, descrente das instituições, descrente de um futuro melhor.

O pior é ver o escárnio diante de tamanha tragédia. O lamento se transforma em zombaria. A falta de honra ao próximo se transforma em violência gratuita, ódio, mortes inumeráveis. O brasileiro perdeu o valor das boas palavras, do respeito, da dignidade humana. Piadas e xingamentos são o padrão estabelecido. Tornou-se feio ser cortês.

Seria mais triste, se não fosse por uma parte dos brasileiros, que amam esta terra e de lutam para não se contaminar com o pensamento dominante. Lutam sendo honestos, devolvendo o troco que faz pouca diferença, respeitando o solo que pisam, honrando os patrícios ainda que não sejam honrados, vivendo com nobreza ainda que não sejam vistos, reconhecidos, louvados. Seria mais triste o quadro da nação se não houvesse aqui uma Igreja genuína, que chora diante de Deus clamando “pela paz em Jerusalém” (Sl 122.6-9), que vive procurando pela paz nesta terra onde somos embaixadores, representantes do Reino mais sublime e santo que podemos imaginar (Jr 29.4-14; 2Co 5.20). Seria desastroso se Deus não ouvisse as orações e não agisse com justiça nessa Terra.

Nosso país tem sido o país das possibilidades e das decepções seguidas. Pero Vaz de Caminha escreveu que aqui “em se plantando tudo dá”, mas o que vemos plantada é a corrupção que tem se enraizado na mente do brasileiro. Dom Pedro bradou “independência ou morte”, mas o que vemos é que o brasileiro se vê cada vez mais dependente de mamom, de ser visto a todo custo como alguém rico e bem sucedido, mesmo através do mal estabelecido ao seu povo, ao seu semelhante.

Porém, nesse tempo de um civismo pálido, decepcionado, ainda se ouve as palavras e as lágrimas de um povo que geme diante do Trono do Altíssimo, e declara perante a nação: “verás que um filho teu não foge à luta”. É assim com o verdadeiro cristão, e o Senhor há de continuar limpando essa pátria. Continuemos a orar!!!