O CORONAVÍRUS E EU.

Rev. Roberto Carlos F. de Paula

Leitura bíblica: Números 21:1-10. João 3:14-15.

Desejo aqui poder contribuir com uma pequena reflexão sobre este momento de comoção mundial por conta da pandemia do coronavírus.

Quero fazer esta reflexão a partir de dois textos das Sagradas Escrituras que aqui estão expostos acima.

O texto de Números 21:1-10. Relata o fato de que o povo hebraico que havia saído do Egito pelo braço forte de Deus, agora, se rebela, contra esse mesmo Deus, murmurando, reclamando, se queixando, insatisfeitos pelo cuidado que Deus até aqui lhes havia dispensado, Deus responde a este ato insano de seu povo enviando sobre eles serpentes que atacaram o povo trazendo a morte de muitos.

Assim o povo se volta para Moisés, agora não mais com os punhos cerrados contra Deus, mas com os corações quebrantados, arrependidos, convertidos, reconhecendo seu erro, e clamando pela misericórdia de Deus.

Deus percebe a mudança no coração de seu povo e ouve a intercessão de Moisés, e ordena que Moisés faça uma serpente de bronze e coloque sobre uma haste bem alta e todos os que olhassem para essa serpente de bronze seriam curados, e assim foi.

A semelhança do povo de Deus descrito aqui em Números, o ser humano do presente século também não busca sua satisfação em Deus e na sua providência, quando Deus não é expurgado de qualquer momento da vida humana, Ele serve tão somente como aquele que é buscado para dar algo, para fazer alguma coisa, para servir aos desejos e caprichos e necessidades da mente humana.

Da mesma forma que em sua Soberania Deus respondeu a aquela ação leviana do povo no deserto, enviando serpentes abrasadoras, da mesma forma o Deus todo poderoso nos responde hoje ao coração soberbo e altivo, e inconsequente da raça humana permitindo que essa pandemia coronavírus aconteça.

Acredito piamente que Deus aqui e agora, está nos chamando ao arrependimento, a conversão, a confissão de pecados, a nos voltarmos para Ele, com o reconhecimento de que somos tão pequenos que nada podemos fazer diante de tão grande crise espiritual, emocional, relacional, física, econômica, social, causada por um ser tão diminuto como um vírus.

Tenho plena convicção de que é exatamente isso que Deus espera da parte do ser humano, do homem que ele criou, que nos voltemos agora para Ele arrependidos.

Mas a igreja, qual é o papel da igreja nesse momento?

A igreja é composta por pessoas e penso eu, que como igreja devemos seguir as orientações das autoridades a fim de nos protegermos desse contagio e não sermos propagadores do mesmo, todas as ações de autopreservação devem ser tomadas.

Ao mesmo tempo a igreja precisa continuar a ser igreja, ela precisa ser profética, anunciado todo o desígnio de Deus, um Deus Soberano que tem as rédeas da história em suas mãos, um Deus que tem um plano para a humanidade e executa esse plano com êxito, um Deus que prepara o mundo para a vinda de Jesus seu filho, para consumação de todas as coisas nEle.

Ao mesmo tempo a igreja precisa continuar a exercer seu sacerdócio, como igreja precisamos oferecer nossos sacrifícios espirituais pelo povo, nossas orações, vigílias e jejuns, rogando a Deus por sua misericórdia pelos que estão sofrendo, enlutados, enfermos, em pânico, desempregados e etc…

Ao mesmo tempo a igreja precisa continuar a exercer seu ministério de adoração ao Senhor. O cristão sabe que Deus é digno de seu louvor, e por amor, gratidão e comunhão com o Senhor, o cristão deve prestar culto a Deus, com sua vida, testemunho, canções, orações, dízimos e ofertas.

Em João 3:14-15, Jesus reconhece que a narrativa de Números 21:1-10. Foi um fato real e revela que assim como a serpente no deserto foi levantada para cura dos hebreus, assim Ele Jesus será levantado para cura da humanidade.

Olhar para Jesus na cruz é reconhecer o maior fato da história humana, é reconhecer o imensurável amor de Deus por nós, o interesse de Deus por cada ser humano, e seu poder para vencer a morte no terceiro dia nos confirmando a certeza e segurança da vida eterna.

A igreja diferente de todas as demais instituições é a única que proclama a vontade de Deus ao homem desemparado, a igreja é a única instituição que entra no Santo dos Santos para interceder a Deus em prol daqueles que sofrem, a igreja é a única instituição que pode adorar a Deus em Espírito e em Verdade.

Reconhecendo a diferença abismal entre a igreja e as demais instituições que existem, estou convicto de que nosso papel não pode ser apenas o de autoproteção, mas de sermos igreja de Jesus em tempo de calamidades, agência de Deus para o mundo perdido.

Meu convite é para que todos nós, independente de raça, credo ou cor, elevemos nossos olhos e corações para Jesus, nos entregando ao seu amor, confiando em sua graça, nos consagrando a Ele, fazendo a sua vontade e clamando por sua misericórdia.

Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Romanos 14:8).

DIA INTERNACIONAL DA MULHER: UM NOVO FOCO

Rev. Jefferson M. Reinh

Neste dia internacional da mulher, vale refletir. Vivemos dias de extremismos nas opiniões, a grande mídia tem mostrado uma face de disseminação de ódio, disputas com e sem sentido, agressões gratuitas de todos os lados, e ainda um tempo de generalismos. Podemos apreender algo de positivo e realmente edificante em meio a esse turbilhão de vozes, gritos, bandeiras, marchas etc?

Vale refletir sobre não cair em neologismos e generalismos. Nossos dias são dias de “hashtags” (#, lembra?). Parece existir uma necessidade de se enquadrar em uma questão que limita tudo e todos debaixo de uma palavra, que obviamente não cumprirá esse objetivo, nem esgotará o tema. Mas a insistência de se abarcar tudo em relação à mulher com “sororidade”, “meu corpo minhas regras”, “não é não”, faz com que existam regiões de vazio, medos, inconformismos e dúvidas. Mulheres que caminham com mais profundidade, visão, buscando vidas sadias em meio a esse tempo, ficam à margem de rótulos. E para onde vão?

Bem, aqui entra algo lindíssimo. A Bíblia mostra a sublimidade e virtuosidade da mulher há séculos, literalmente. A Bíblia mostra como Jesus resgata, afaga, ouve, aconselha, ensina e leva a mulher ao seu máximo potencial, isso desde a criação, e muito além do que qualquer coletivo da atualidade conseguiria. E como vemos isso?

Primeiro, de forma direta, a Bíblia mostra o caráter feminino da religião. Em Jesus temos o cabeça, o amor por excelência, a proteção, o alimento, o cuidado. Mas a outra parte é “A” Igreja, chamada não por acaso de A Noiva. E a Noiva é cuidada, adornada, é esperada para as bodas. A Igreja é moldada para ser a exata expressão do amor, da fidelidade, do prazer, das grandes aventuras que existem no matrimônio ideal, e a Bíblia demonstra isso de capa a capa.

Diferentemente do que argumentam sociólogos e outros sobre o patriarcalismo dos tempos antigos, que, segundo muitos deve ser destruído e substituído por uma autonomia total humana, a Bíblia sempre expõe e ordena o Complementarismo. Homem e mulher nunca se sobrepõem, nunca se humilham, se escravizam, se machucam. Diferentemente, se complementam em suas diferenças físicas, psíquicas, emocionais e funcionais. Jesus é o noivo, com sua parte na relação de amor com sua Noiva, a Igreja. Esse é o paradigma para as relações entre homem e mulher, o alvo que deve-se mirar e trabalhar para conquistar, a fim de se chegar a relações sadias e sublimes.

É claro que vivemos numa humanidade caída, afetada e rachada pelo pecado, pelos anseios egoístas que maculam as relações. Porém, é mister enxergar que é possível resgate, é possível ser mulher cheia de viço, se beleza, de trabalho, de sucesso e de boa família. Nesse sentido, minha irmã e amiga, convido você a buscar uma leitura desse mundo pelas lentes da Bíblia. Antes de disputas tortas, levantes ideológicos sem fundamento, gritos e infelicidades (consequência óbvia a médio/longo prazo), observe como Jesus nos educa, e seu exemplo de amor.

Estar debaixo de uma missão é a resposta mais prazerosa ao verdadeiro amor. Quando esse amor é o amor perfeito, o de Jesus, tudo ganha nova dimensão, nova motivação, novo ânimo, novo prazer. Até mesmo nas duras realidades que presenciamos. Invista em conhecer Jesus, sua Palavra, seus atos de amor. O dia da mulher se transformará em anos e vida de MULHER.

Com orações, desejo que Jesus te abençoe e te cuide! Felicidades!

AS 95 TESES DE LUTERO

As 95 Teses de Martinho Lutero

Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.


Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.

Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1ª Tese: Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos…., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.

2ª Tese: E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.

3ª Tese: Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.

4ª Tese: Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.

5ª Tese: O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.

6ª Tese: O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.

7ª Tese: Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.

8ª Tese: Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.

9ª Tese: Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema.

10ª Tese: Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.

11ª Tese: Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.

12ª Tese: Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.

13ª Tese: Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.

14ª Tese: Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.

15ª Tese: Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.

16ª Tese: Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.

17ª Tese: Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.

18ª Tese: Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.

19ª Tese: Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.

20ª Tese: Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.

21ª Tese: Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.

22ª Tese: Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.

23ª Tese: Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.

24ª Tese: Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.

25ª Tese: Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d’almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.

26ª Tese: O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.

27ª Tese: Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.

28ª Tese: Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.

29ª Tese: E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.

30ª Tese: Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.

31ª Tese: Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.

32ª Tese: Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33ª Tese: Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.

34ª Tese: Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.

35ª Tese: Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36ª Tese: Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37ª Tese: Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.

38ª Tese: Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.

39ª Tese: É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.

40ª Tese: O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.

41ª Tese: É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.

42ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.

43ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.

44ª Tese: Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.

45ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.

46ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.

47ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada.

48ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.

49ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.

50ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.

52º Tese: Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.

53ª Tese: São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.

54ª Tese: Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.

55ª Tese: A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.

56ª Tese: Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.

57ª Tese: Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.

58ª Tese: Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.

59ª Tese: São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.

60ª Tese: Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.

61ª Tese: Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.

62ª Tese: O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63ª Tese: Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.

64ª Tese: Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.

65ª Tese: Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.

66ª Tese: Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.

67ª Tese: As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.

68ª Tese: Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69ª Tese: Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência.

70ª Tese: Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.

71ª Tese: Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.

72ª Tese: Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.

73ª Tese: Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.

74ª Tese: Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.

75ª Tese: Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.

78 ª Tese: Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.

77ª Tese: Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.

78ª Tese: Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.

79ª Tese: Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.

80ª Tese: Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.

81ª Tese: Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.

82 ª Tese: Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima’ caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?

83ª Tese: Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto’ ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?

84ª Tese: Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?

85ª Tese: Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?

86ª Tese: Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?

87ª Tese: Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?

88ª Tese: Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.

89ª Tese: Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?

90ª Tese: Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91ª Tese: Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.

92ª Tese: Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.

93ª Tese: Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.

94ª Tese: Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.

95ª Tese: E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

Fonte: Monergismo.com[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_tweetmeme][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

DESIGREJADOS

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Rev. Eloy Heringer Frossard

É cada dia maior o número de “crentes” que abandonam a igreja para viverem um “cristianismo” individual, sem ser membro de um corpo local de crentes, alegando que são muito santos, muito sábios, muito superiores e que não podem continuar congregando com igrejas que eles julgam estar muito aquém do padrão bíblico.

Isso nada mais é do que expressão de orgulho e de vaidade extremados.

É desse tipo de comportamento que surgem as seitas, aqueles grupos fechados que se julgam os únicos crentes fiéis sobre a face da terra. Sempre vão para os extremos: pentecostalismo, liberalismo, conservadorismo.

É um problema muito sério e a Igreja Presbiteriana do Brasil – I.P.B. está sofrendo um ataque muito forte nesses dias do extremo do conservadorismo, onde alguns líderes querem que a igreja volte ao tempo dos Puritanos em seus cultos, aos séculos XVII/XVIII, como se essa fosse a era de ouro da igreja cristã.

Algo absurdo. Sem lógica. Como se a igreja fosse alguma coisa alienada de seu próprio tempo.

Para serem coerentes, deveriam também viver como os Puritanos: sem energia elétrica, sem carros, sem banheiros dentro de casa, sem água encanada, etc.

Precisamos orar pelo Supremo Concílio de nossa igreja que se reunirá do dia 22 ao dia 29 deste mês, para que o Espírito Santo guie todas as decisões, para que a I.P.B. continue sendo uma igreja fiel à Palavra de Deus, mas que vive dentro de um mundo em constante mudança que exige de nós mais dependência do Espírito Santo para continuar proclamando o Evangelho da Graça de Deus.

Que o Senhor nos livre de todo extremismo e nos mantenha fiéis aos Símbolos de Fé da I.P.B.

Paulo, em suas cartas, raramente se dirige a pessoas individuais, mas a um grupo de pessoas, uma igreja local.

Em toda a Bíblia Deus trata com famílias, com povo, com igreja e nunca com indivíduos. Os indivíduos são sempre tratados no contexto de um grupo ao qual pertencem.

Em Mateus 16.18, Jesus diz que edificaria a SUA IGREJA sobre a declaração de Pedro, de que Jesus era de fato o Cristo, o Filho do Deus vivo. Desprezar a igreja é desprezar o próprio Jesus, pois a igreja é dele, com todos os seus defeitos e virtudes.

E Jesus, quando deu sua ordem para seus discípulos irem e pregarem o Evangelho a toda a criatura, disse que eles deveriam ser discipulados e batizados, ou seja, inseridos na igreja visível.

Veja o caso dos discípulos que Paulo encontrou em Éfeso – At 19, e que foram batizados por ele para se tornarem a igreja de Éfeso.

Paulo, por toda parte que ia deixava uma igreja organizada, elegendo presbíteros para a governarem. O apóstolo tinha a igreja em alta conta, ao ponto de chama-la de O CORPO DE CRISTO.

Teríamos muitos outros exemplos bíblicos que mostram a importância da igreja no plano de Deus. Desprezá-la é um grande pecado.

Efésios 5. 25-27 diz: “… Cristo amou a IGREJA e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificada por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito“.

O que poderíamos dizer mais sobre a glória da igreja?

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CONFISSÃO BELGA (1561)

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Esse valioso documento foi escrito numa época em que os protestantes dos Países Baixos sofriam intensa repressão da Espanha católica que dominava a região. Seu autor foi o pastor reformado Guido de Brès ou Guy de Bray (c. 1522-1567), que, após passar alguns anos na Inglaterra como refugiado (1548-1552), retornou à Bélgica, foi pastor em Tournay e pregou em toda a região, tendo de fugir novamente em 1561, ano em que escreveu A Confissão. Ele deplorava as tendências anárquicas de muitos correligionários e insistia na importância de obedecer aos magistrados, tendo trabalhado com Guilherme de Orange, o futuro libertador dos Países Baixos. Durante o cerco de Valenciennes, não conseguiu convencer os radicais a se renderem e foi executado por rebelião.

A confissão foi escrita em francês e encaminhada pelo autor a diversos estudiosos e teólogos, que fizeram pequenas modificações. Também conhecida como Confessio Belgica ou Confissão da Valônia, foi endereçada ao rei Filipe II na esperança de atenuar a feroz perseguição contra a Reforma. Seu objetivo foi mostrar às autoridades espanholas que os reformados não eram rebeldes, mas cristãos cumpridores da lei. Imediatamente foi traduzida para o holandês (1562) e depois para o alemão (1566).

O texto se apóia fortemente na Confissão Galicana, adotada dois anos antes pelas igrejas reformadas da França. A ordem dos tópicos é tradicional: Deus e como conhecê-lo (arts. 1-2), a Escritura (3-7), a Trindade (8-11), a criação e a providência (12-13), a queda e a eleição (14-16), a pessoa e a obra redentora de Cristo (17-21), a justificação, a santificação e Cristo como mediador (22-26), a Igreja e seu governo (27-32), os sacramentos (33-35), as autoridades civis (36) e as últimas coisas (37). A confissão cita amplamente a Escritura e utiliza com freqüência o pronome “nós”, o que a torna muito pessoal. Evita referências provocadoras ao catolicismo, procurando dar ênfase a crenças comuns como a Trindade, a encarnação e a “Igreja Católica” (art. 27).

Ao mesmo tempo, sustenta com firmeza convicções distintamente protestantes e reformadas, tais como a autoridade única das Escrituras, a plena suficiência do sacrifício expiatório e da intercessão de Cristo, a natureza das boas obras e os dois sacramentos. Entre os temas especificamente reformados estão a soberania e graça de Deus, a eleição, a santificação e as boas obras, a lei de Deus, o governo da igreja e a Ceia do Senhor. A confissão se desvincula expressamente dos anabatistas, com os quais os reformados muitas vezes eram confundidos pelas autoridades católicas, afirmando a plena humanidade de Cristo, a natureza pública e não-sectária da verdadeira Igreja, o batismo infantil e o estado como instrumento de Deus (ver arts. 18, 29, 34, 36).

Recebida entusiasticamente pelas igrejas reformadas dos Países Baixos, a confissão foi adotada por sínodos reunidos em Antuérpia (1566), Wesel (1568) e Emden (1571), tido como o sínodo de fundação da Igreja Reformada da Holanda. Foi adotada em definitivo pelo Sínodo Nacional de Dort, em 1618. Tornou-se um dos três padrões doutrinários dessa Igreja, ao lado do Catecismo de Heidelberg e dos Cânones de Dort (as Três Formas de Unidade). O historiador Philip Schaff a considerou, “como um todo, a melhor afirmação simbólica do sistema calvinista de doutrina, à exceção da Confissão de Westminster”. O texto da Confissão Belga foi publicado em português pela Editora Cultura Cristã, sendo a edição mais recente de 2005.

Você pode acessar a Confissão Belga nos links abaixo:

a) Confissão Belga completa pelo site Monergismo.

b) Confissão Belga comentada em pdf.

c) Comentários sobre a História e os Artigos da Confissão Belga.

d) Compra da Edição Impressa – Editora Cultura Cristã.


Fontes Biográficas:

1. Andrew Jumper: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação.

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JOÃO CALVINO: SÍNTESE BIOGRÁFICA

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1509: João Calvino nasceu em Noyon, nordeste da França, no dia 10 de julho. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12 anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

1523: Calvino foi residir em Paris, onde estudou latim e humanidades no Collège de la Marche e teologia no Collège de Montaigu. Em 1528, iniciou seus estudos jurídicos, primeiro em Orléans e depois em Bourges, onde também estudou grego com o erudito luterano Melchior Wolmar. Com a morte do pai em 1531, retornou a Paris e dedicou-se ao seu interesse predileto – a literatura clássica. No ano seguinte, publicou um comentário sobre o tratado de Lúcio Enéias Sêneca De Clementia.

1533: converteu-se à fé evangélica, provavelmente sob a influência do seu primo Robert Olivétan. No final desse ano, teve de fugir de Paris sob acusação de ser o co-autor de um discurso simpático aos protestantes, proferido por Nicholas Cop, o novo reitor da universidade. Refugiou-se na casa de um amigo em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido para o francês por Olivétan (1535).

1536: no mês de março foi publicada em Basiléia a primeira edição da Instituição da Religião Cristã (ou Institutas), introduzida por uma carta ao rei Francisco I da França contendo um apelo em favor dos evangélicos perseguidos. Alguns meses mais tarde, Calvino dirigia-se para Estrasburgo quando teve de fazer um desvio em virtude de manobras militares. Ao pernoitar em Genebra, o reformador suíço Guilherme Farel o convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois meses antes abraçara a Reforma Protestante (21-05). Logo, os dois líderes entraram em conflito com as autoridades civis de Genebra acerca de questões eclesiásticas (disciplina, adesão à confissão de fé e práticas litúrgicas), sendo expulsos da cidade.

1538: Calvino foi para Estrasburgo, onde residia o reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, a Resposta a Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras. Em 1540, Calvino casou-se com uma de sua paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega Farel oficiou a cerimônia.

1541: por volta da ocasião em que Calvino escreveu a sua Resposta a Sadoleto, o governo municipal de Genebra passou a ser controlado por amigos seus, que o convidaram a voltar. Após alguns meses de relutância, Calvino retornou à cidade no dia 13 de setembro de 1541 e foi nomeado pastor da antiga catedral de Saint Pierre. Logo em seguida, escreveu uma constituição para a igreja reformada de Genebra (as célebres Ordenanças Eclesiásticas), uma nova liturgia e um novo catecismo, que foram logo aprovados pelas autoridades civis. Nas Ordenanças, Calvino prescreveu quatro ofícios para a igreja: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. Os dois primeiros constituíam a Venerável Companhia e os pastores e presbíteros formavam o controvertido Consistório.

Por causa de seu esforço em fazer da dissoluta Genebra uma cidade cristã, durante catorze anos (1541-55) Calvino travou grandes lutas com as autoridades e algumas famílias influentes (os “libertinos”). Nesse período, ele também enfrentou alguns adversários teológicos, o mais famoso de todos sendo o médico espanhol Miguel Serveto, que negava a doutrina da Trindade. Depois da fugir da Inquisição, Serveto foi parar em Genebra, onde acabou julgado e executado na fogueira em 1553. A participação de Calvino nesse episódio, ainda que compreensível à luz das circunstâncias da época, é triste mancha na biografia do grande reformador, mais tarde lamentada por seus seguidores.

1548: nesse ano ocorreu o falecimento de Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos, inclusive em outras regiões de Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de Calvino.

1555: os partidários de Calvino finalmente derrotaram os “libertinos.” Os conselhos municipais passaram a ser constituídos de homens que o apoiavam. Embora não tenha ocupado nenhum cargo governamental, Calvino exerceu enorme influência sobre a comunidade, não somente no aspecto moral e eclesiástico, mas em outras áreas. Ele ajudou a tornar mais humanas as leis da cidade, contribuiu para a criação de um sistema educacional acessível a todos e incentivou a formação de importantes entidades assistenciais como um hospital para carentes e um fundo de assistência aos estrangeiros pobres.

1559: nesse ano marcante, ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destinada primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo, desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

1564: João Calvino faleceu com quase 55 anos em 27 de maio de 1564. A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada, inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos emblemas que aparecem nas obras do reformador mostra uma mão segurando um coração e as palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero).

O amigo e companheiro de Calvino, Theodore Beza, registrou seus últimos dias:

O intervalo até a sua morte ele passou em oração constante… Em seus sofrimentos ele frequentemente gemeu como Davi, “Eu fiquei em silêncio, ó Senhor, porque tu o fizeste”… Eu também o ouvi dizer, “Tu, Senhor, esmaga-me; mas de forma suficiente para eu que eu saiba que isto é obra de suas mãos”. Calvino também pode ter se lembrado das palavras que ele havia escrito há muito tempo em seu Catecismo: “Pois a morte para os crentes é agora nada mais que a passagem para uma vida melhor… Disso resulta que a morte não deve mais ser temida. Em vez disso, devemos seguir a Cristo, nosso líder, com a mente destemida, pois, assim como Ele não pereceu na morte, também não permitirá nós perecermos”.

Em um dos seus últimos comentários, ele comentou sobre a morte e enterro de Moisés: “É bom que homens famosos sejam enterrados em sepulturas não identificadas”. Essa convicção guiou o seu próprio enterro. Ele rejeitou a veneração supersticiosa dos mortos e não queria peregrinações ao seu túmulo. Ele havia vivido para tornar as pessoas cristãs e não calvinistas. Ele talvez tenha escrito seu próprio epitáfio em suas Institutas: “…podemos passar por essa vida em aflições, fome, frio, desprezo, censuras e outras circunstâncias desagradáveis, contente com uma única garantia, que o nosso Rei nunca irá nos abandonar, mas dará sempre o que precisarmos, até que tenhamos terminado a nossa batalha e sermos chamados para o triunfo”.


Fontes Biográficas:

1. Andrew Jumper: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação.

2. Monergismo.com

3. Unidos Pelo Evangelho[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]

VIRANDO O JOGO.

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Rev. Jefferson M. Reinh

Nosso país está vivenciando a Copa do Mundo de Futebol de um jeito diferente do que se via até 2014. Uma grande decepção cobriu nosso povo naquele 07 de julho, quando nossa seleção se viu derrotada de forma avassaladora pela seleção da Alemanha, no inesquecível 7 x 1, no estádio Mineirão. De lá pra cá, desconfiança, apatia, acusações são comuns, e a seleção não escapa desse estigma, mesmo quando oferece espetáculo. A marca ficou.

Em nossas vidas, situações assim também marcam. Derrotas colossais deixam grandes estragos, por vezes gerações ficam estigmatizadas, famílias ficam manchadas. Decepções com pessoas, erros que cometemos que nos trazem grandes vexames, perdas de pessoas, patrimônio, rupturas de relacionamentos, filhos que se metem em grandes encrencas. Não é difícil encontramos quem tenha seu 7 x 1 pessoal, familiar. O que se pode fazer para lidar com isso?

A Bíblia traz vários relatos de grandes derrotas e grandes momentos de decepção, que nos ensinam muito. Podemos nos lembrar de Sansão, que era alguém poderoso, extremamente forte, mas que sucumbiu diante da própria arrogância e desobediência, tornando-se motivo de escárnio e zombaria diante dos filisteus (Jz 16.4-25). Jó se viu perdendo seus filhos, bens, e seus amigos não compreendiam sua dor, nem conseguiram aconselhá-lo (Jo 2.11-13). Pedro, diante de Jesus preso, se viu caindo após prometer lealdade ao Senhor (Lc 22.33,34; Lc 22.61,62). O povo de Israel caiu de forma vergonhosa diante de Ai, um povo menor e muito mais fraco belicamente (Js 7.1-13).

Algo importante para se observar é que as derrotas não foram escondidas nem abafadas pela Bíblia. A Palavra de Deus não esconde nossas falhas, e devemos aprender que isso é importante, a consciência de que não somos perfeitos, não somos invencíveis. Só há um invencível, e nEle podemos depositar nossa confiança.

Algo em comum nos exemplos citados é que em todos os casos houve a confissão de que algo não foi feito conforme o esperado, algo foi feito de forma errada. Sansão se viu autoconfiante e soberbo, e colocou isso diante de Deus (Jz 16.28). Jó, Pedro fizeram o mesmo. Israel, através de Josué, buscou a raiz do problema e tomou providências (Js 7.14-26). Em todos os casos, e também no nosso viver hoje, é preciso assimilar os erros, e o maior de todos, que é nossa natureza que busca a vida sem Deus, situação diante da qual temos que lutar, contrariar o coração que é enganoso, e buscar no Senhor a coragem e iniciativa para retornar à caminhada.

Lidar com derrotas envolve a hombridade de ser ver limitado. Envolve a nobreza e dignidade de assumir os erros. Isso é muito difícil, haja vista a pressão de um mundo falso que nos envolve, e nos exige uma perfeição que ele, o mundo, não possui. A grande chave, porém, é assimilar que Deus pode nos conceder sabedoria, pode nos transformar interna e externamente, e pode nos dar novas oportunidades de vencer as batalhas futuras. Pense nisso, e se estiver dentro de um contexto de derrota, ou marcado por algo do passado, busque o Senhor. Tem muitos jogos pela frente!!!

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COMO LIDAR COM AS PERDAS.

COMO LIDAR COM AS PERDAS – JÓ 44.2

Rev. Jefferson M. Reinh

A vida é linda, mas repleta de momentos que nos fazem questionar essa beleza. O maior dos questionamentos vem diante das perdas, principalmente de pessoas ou coisas que amamos muito. O coração é despedaçado. A alma é sufocada a ponto, por vezes, de pensarmos em desistir. Diante de situação tão extrema, algumas atitudes são fundamentais.

1) O luto deve ser vivido – respeitado. Muito comum, diante de alguém que chora, as pessoas dizerem: “não chore, vai passar, foi melhor assim…” Nós devemos aprender a respeitar o choro. A Bíblia nos diz que há tempo de chorar, tempo de prantear (Ec 3.4). Jesus chorou diante da morte de Lázaro, e viram o quanto o amava (Jo 11.35, 36); Davi bradou por seu filho Absalão. O povo no deserto pranteou por seus mortos, e por 30 dias havia silêncio e lágrimas. No luto, mesmo que muito doloroso, há sabedoria sendo trabalhada, as saudades e a falta nos remetem ao valor da vida, agora ausente. Aprendemos que devemos amar mais, estar mais juntos, olhar nos olhos, enquanto é tempo. Somos humanos, carregamos emoções, não julguemos os que estão no luto. Choremos juntos, sejamos ombros amigos. Não é pecado chorar. E ninguém sabe o que se passa de verdade no coração de quem sofre. Uma dor solitária, aguda e profunda.

2) Questionamentos são normais, a questão é o que se faz para resolvê-los. A vida não é uma estrada reta e plana, ela é repleta de curvas, altos e baixos, e muitos buracos. A morte será um grande mistério, até que Jesus venha nos livrar completamente dela. É uma ruptura brutal. Não há problema em se questionar, em buscar respostas. E a paciência dos mais próximos, com carinho e sabedoria, ajuda a alma triste a se ver mesmo limitada, e confiar no Senhor. E isso é o próximo passo. Mas é preciso buscar o recomeço, não permanecer nas perguntas e dores.

3) Deus é soberano. Nosso coração deve ser trabalhado para a realidade. Nossa natureza, e de toda a criação, se encaminha para um dia de ruptura. Deus encerra um período, uma etapa. Deus encerra o sofrimento ou mesmo a alegria. Há um grande propósito nisso. Reconhecer isso nos leva a adorar a Deus, mesmo em meio às lágrimas. Adorar não é riso frouxo, ou apenas dizer “quem está feliz bate palmas”. Adorar é declarar “sou teu, sou tua, Senhor, e minha vida está submissa a Ti”. E o mesmo Deus que rompe etapas, inicia novas etapas. Ele é o Consolador, que nos enxuga as lágrimas (Jo 16.22; Rm 8.26; Ap 21.4).

4) Confiar no Senhor e estar com amigos – Orar, ainda que sem palavras, ler a Bíblia em Salmos, como o Sl 40, nos levam a experimentar o consolo do Espirito. E Deus nos envia amigos. Estar com eles é refrigério para a alma. As boas lembranças devem ser preservadas, as risadas podem ser um bálsamo. Gratidão e sorrisos surgem de boas lembranças, e o desejo de recomeçar vem. A dor é inevitável, mas a reconstrução é uma escolha, uma decisão, um novo processo. Haverá consolo!

(continua na próxima semana…)

POR UM CRISTIANISMO CIDADÃO.

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Rev. Jefferson M. Reinh

Uma das grandes perdas que observo na sociedade atual em relação às décadas anteriores é a perda do civismo. Poucas escolas investem em oferecer Educação Moral e Cívica com qualidade, e o resultado é tristemente doloroso. A geração atual não respeita idosos, não respeita as mulheres, não respeita lugares públicos, e conhece muito pouco de civismo.

Não falo apenas da Igreja em geral. O que vemos nela é resultado de pais que conhecem pouco de bons modos. Parece bobo falar em jovens e adultos que entram em cultos com bonés à cabeça, roupas curtíssimas etc. Mas essa é uma prática que é inadequada para quem vem estar diante de Deus. Muitos advogam que o que importa é o coração. Mas não foram ensinados que a Bíblia diz que o coração é enganoso e corrupto (Jr 17.9) e que o Senhor nos convida a entrar em sua casa com muito respeito (Ec 5.1; Hq 2.20).

Vamos prosseguir. O linguajar visto nos nossos dias é, na maioria das vezes, desrespeitoso e vulgar. Esquecemos de usar pronomes respeitosos diante dos mais idosos, como senhor, senhora. Usamos, em vez disso, chamar de “cara”, “meu”, e mesmo sendo simpáticos, não honramos aqueles que conquistaram com o tempo o direito de serem bem cuidados. Não concedemos lugar nos ônibus às grávidas, aos idosos ou às pessoas com sacolas. Falar para o jovem “pedir a bênção” aos pais, avós, tios, é coisa perdida. E isso se reflete diante do Senhor, nas orações em que tratamos nosso Soberano como um deus qualquer.

Nas praças, as pichações são “expressões artísticas” ou o grito de “vítimas da sociedade”. Não existe o cuidado ou o respeito pela coisa pública. Não há civismo, salvo na efemeridade das copas do mundo de futebol. E quando presenciamos crises, como a dos últimos dias, o que vemos muitas vezes, é o praguejar, murmurar, para citar expressões mais leves, diante dos governos, patrões, e até mesmo de Deus.

Não estou aqui defendendo ninguém, no sentido de ideologia política ou social. Também não estou clamando por uma volta aos dias de rigidez nas relações sociais. Mas me pergunto se a experiência com Jesus produz em nós, Igreja, o crescer como humanos ou se restringe ao aspecto místico, pragmático, onde eu entro no templo, falo e canto, ouço uma palavra de ânimo e saio novamente para a “selva”.

A Bíblia ensina a praticar a excelência e glorificar a Jesus em tudo. Filipenses 4.8 fala de práticas de vida comum, diárias. O mandamento de honrar pai e mãe é seguido de promessa. Paulo exorta aos crentes a honrarem os mais velhos e os líderes (Rm 13.1-7; Gl 6.6-9; 1Tm 5.17). E Davi nos exorta a orar e perceber que o Senhor ordena sua bênção onde há unidade, respeito, colaboração (Sl 122.6; Sl 133).

Por fim, venho lembrar que Juiz de Fora completou, na quinta-feira, 168 anos. Essa é a cidade onde Deus nos colocou para viver. Nem sempre pensamos em orar por ela, mas somos convocados a isso. Jeremias 29.7 é claro. Se aqui é o lugar onde somos embaixadores do Reino (2Co 5.20), devemos orar, e colaborar para o bem da cidade. Pense nessas questões! O Senhor nos abençoe!

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SEMENTES PRECISAM SER REGADAS.

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Rev. Jefferson M. Reinh

O mês de maio chega ao fim. E que mês esse! Intenso, com três grandes atividades fundamentais na vida da Primeira Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora.

A primeira delas foi o “Jovens em Missões”. Com a visita do missionário Calebe, nossa juventude esteve sendo exposta à realidade das experiências missionárias, e sementes foram lançadas, no sentido de cada jovem e adolescente se ver como alguém chamado desde cedo a fazer diferença em sua geração, pelo Reino. Nossa juventude foi desafiada a sair do anonimato e ser protagonista na obra missionária da 1ª IPJF.

Depois veio a “Semana de Oração Pela Família”. Mais do que um momento pontual, lançamos sementes de vida de oração pelo lar, e fomos incentivados a conhecer mais da Bíblia em nossos lares, clamarmos pela graça do Senhor dentro da família. Fomos lembrados do propósito e dos desafios que enfrentamos com nossas famílias no mundo atual. Uma semana de clamor e presença do Espírito Santo conosco.

No último fim de semana, vivenciamos nossa 18ª Conferência Missionária, com o renovo de nosso compromisso com a obra missionária. Ao ver os vídeos de alguns de nossos irmãos nos campos, pudemos glorificar a Deus por sua obra ser perene há tantos anos, e nós como igreja podermos ser parceiros do Pai nesse lindo projeto. As pregações de nossa irmã Durvalina foram muito edificantes, e ao mesmo tempo atingiram nossa visão missionária, bem como nossa espiritualidade e devoção pessoal, com temas ligados à oração, o ministério da contribuição e o “ide”.

Mas, e agora? O que nos cabe doravante?

Bem, quero trazer a nossa mente o texto de Tiago 1.22: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. Essa exortação do irmão de Jesus é a diferença entre os avanços e conquistas na vida, e a constante superficialidade que vemos em muitas igrejas movidas a eventos.

Fomos expostos à Palavra de Deus de forma intensa. Sem contar os eventos já constantes em nossa agenda habitual, recebemos 6 pregadores visitantes nesse mês. Eles se vão. O que fica é nosso compromisso pessoal sendo cumprido, mesmo em meio às dificuldades, contrariedades. Precisamos tomar cada semente lançada e regar, cuidar, investir em crescimento, investir em fincar raízes sólidas no Reino, raízes que irão nos trazer tronco, galhos, folhas e bons frutos.

Que os jovens se mostrem entusiastas, conhecedores da obra missionária, evangelistas, e intercessores por outros jovens missionários. É tempo de renovação, romper com conceitos do tipo “ainda não é a hora”, ou “não estou pronto”. É a hora de obedecer ao Senhor.

Que na família passemos a agir como servos, não como senhores. Como amigos, não como patrões. Passemos a viver o “beabá” da fé, orando no lar e pelo lar, crescendo na obediência a Cristo e assim tornando o lar um centro de bênçãos.

Que na obra missionária nossa igreja avance em orar, contribuir fiel e crescentemente, e seja enviadora de evangelistas e missionários pelo mundo. Que nossos votos sejam cumpridos com alegria, determinação e o Senhor se alegre sobre nós, nos abençoando como seu povo. Sejamos praticantes! Reguemos as sementes!

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