AS 95 TESES DE LUTERO

As 95 Teses de Martinho Lutero

Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.


Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.

Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1ª Tese: Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos…., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.

2ª Tese: E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.

3ª Tese: Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.

4ª Tese: Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.

5ª Tese: O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.

6ª Tese: O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.

7ª Tese: Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.

8ª Tese: Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.

9ª Tese: Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema.

10ª Tese: Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.

11ª Tese: Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.

12ª Tese: Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.

13ª Tese: Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.

14ª Tese: Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.

15ª Tese: Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.

16ª Tese: Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.

17ª Tese: Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.

18ª Tese: Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.

19ª Tese: Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.

20ª Tese: Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.

21ª Tese: Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.

22ª Tese: Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.

23ª Tese: Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.

24ª Tese: Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.

25ª Tese: Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d’almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.

26ª Tese: O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.

27ª Tese: Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.

28ª Tese: Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.

29ª Tese: E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.

30ª Tese: Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.

31ª Tese: Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.

32ª Tese: Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33ª Tese: Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.

34ª Tese: Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.

35ª Tese: Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36ª Tese: Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37ª Tese: Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.

38ª Tese: Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.

39ª Tese: É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.

40ª Tese: O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.

41ª Tese: É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.

42ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.

43ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.

44ª Tese: Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.

45ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.

46ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.

47ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada.

48ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.

49ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.

50ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51ª Tese: Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.

52º Tese: Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.

53ª Tese: São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.

54ª Tese: Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.

55ª Tese: A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.

56ª Tese: Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.

57ª Tese: Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.

58ª Tese: Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.

59ª Tese: São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.

60ª Tese: Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.

61ª Tese: Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.

62ª Tese: O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63ª Tese: Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.

64ª Tese: Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.

65ª Tese: Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.

66ª Tese: Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.

67ª Tese: As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.

68ª Tese: Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69ª Tese: Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência.

70ª Tese: Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.

71ª Tese: Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.

72ª Tese: Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.

73ª Tese: Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.

74ª Tese: Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.

75ª Tese: Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.

78 ª Tese: Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.

77ª Tese: Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.

78ª Tese: Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.

79ª Tese: Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.

80ª Tese: Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.

81ª Tese: Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.

82 ª Tese: Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima’ caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?

83ª Tese: Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto’ ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?

84ª Tese: Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?

85ª Tese: Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?

86ª Tese: Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?

87ª Tese: Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?

88ª Tese: Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.

89ª Tese: Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?

90ª Tese: Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91ª Tese: Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.

92ª Tese: Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.

93ª Tese: Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.

94ª Tese: Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.

95ª Tese: E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

Fonte: Monergismo.com[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_tweetmeme][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

AS 67 TESES DE ULRICH ZWINGLI

As 67 Teses de Ulrich Zwingli de 1523

As 67 Teses do Reformador suiço Ulrich Zwínglio que veio a público em 14 de julho de 1523. Os 67 Artigos de Zuínglio são considerados não somente a primeira confissão reformada, mas a primeira confissão oficialmente protestante. Ao contrário das 95 Teses de Lutero, eles não só abordaram um vasto conjunto de doutrinas e práticas, mas deram considerável atenção a alguns princípios do novo movimento protestante.

O Conselho da cidade de Zurique adotou oficialmente os artigos após a apresentação de Zwínglio em um debate com mais de 600 participantes.

OS ARTIGOS

Eu, Ulrico Zuínglio, confesso que tenho pregado na nobre cidade de Zurique estes sessenta e sete artigos ou opiniões com base na Escritura, que é chamada theopneustos (isto é, inspirada por Deus). Proponho-me a defender e vindicar esses artigos com a Escritura. Mas se não tiver entendido a Escritura corretamente, estou pronto a ser corrigido, mas somente a partir da mesma Escritura”.

DA IGREJA DE DEUS E O EVANGELHO

I. Todos os que dizem que o Evangelho não é válido sem a confirmação da Igreja é calúnia a Deus.

II. A soma e substância do Evangelho é que o nosso Senhor Jesus Cristo, o
verdadeiro Filho de Deus, deu a conhecer-nos a vontade de seu Pai celestial, e tem, com a sua inocência [justiça], nos libertado da morte e reconciliado com Deus.

III. Daí Cristo é o único caminho para a salvação para todos os que já foram, são e serão.

IV. Quem procura ou aponta outra porta erra, sim, ele é um assassino de almas e um ladrão.

V. Portanto, todos que consideram outros ensinamentos equivalentes a ou maiores do que o Evangelho não sabe o que é o Evangelho.

VI. Pois Jesus Cristo é o guia e líder, prometido por Deus a todos os seres humanos, cuja promessa foi cumprida.

VII. Que ele é uma salvação eterna e cabeça de todos os crentes, que são o seu corpo, os quais, porém, estão mortos e não podem fazer nada sem ele.

VIII. A partir deste, segue antes de tudo, que todos os que habitam na cabeça são membros e filhos de Deus, e que é a igreja ou comunhão dos santos, a noiva de Cristo, a Ecclesia catholica.

IX. Além disso, que assim como os membros do corpo não podem fazer nada sem o controle da cabeça, assim também ninguém no corpo de Cristo pode fazer o mínimo, sem sua cabeça, Cristo.

X. Da mesma forma que o homem é louco cujos membros (tentam fazer) fazem algo sem a cabeça, rompendo, ferindo, ferindo a si mesmo; Assim, quando os membros de Cristo empreender algo sem a sua cabeça, Cristo, eles são loucos, e ferir e sobrecarregar-se com as leis insensatas.

XI. Daí, vemos nas clericais (assim chamadas) ordenanças, a respeito do seu esplendor, riquezas, classes, títulos, leis, a causa de toda a loucura, em razão de eles também não concordarem com a cabeça.

XII. Assim, eles ainda (estão) com fúria, não por conta da cabeça (aquele que está ansioso para trazer, nestes tempos, da graça de Deus), mas porque este não os deixará em fúria, mas tenta obrigá-los a ouvir a cabeça.

XIII. Onde este (o cabeça) é ouvido para aqueles que aprendem clara e abertamente a vontade de Deus, e (o) homem é atraído por seu espírito para ele e mudado dentro dele.

XIV. Portanto, todo o povo cristão usará sua melhor diligência para que o Evangelho de Cristo seja pregado de igual forma em todos os lugares.

XV. Pois na fé repousa nossa salvação, e na incredulidade nossa condenação; pois toda a verdade está clara nele.

XVI. No único Evangelho se aprende que as doutrinas e decretos humanos não contribuem na salvação.

ACERCA DO PAPA

XVII. Que Cristo é o único sumo sacerdote eterno, do que resulta que aqueles que têm se chamado sumo sacerdote têm se oposto à honra e ao poder de Cristo, sim, lançam-no fora.

SOBRE A MISSA

XVIII. Que Cristo, havendo se sacrificado uma vez, representa para a eternidade certo e válido sacrifício pelos pecados de todos os fiéis, do que resulta que a missa não é um sacrifício, mas é uma lembrança do sacrifício e garantia da salvação que Cristo nos tem dado.

DA INTERCESSÃO DOS SANTOS

XX. Que Deus deseja dar-nos todas as coisas em seu nome, de onde se segue que fora desta vida que não precisamos de mediador, exceto Ele próprio.

XXI. Que, quando oramos uns pelos outros na terra, nós o fazemos de tal maneira que acreditamos que todas as coisas são dadas a nós por meio de Cristo unicamente.

DAS BOAS OBRAS

XXII. Que Cristo é a nossa justiça, donde se segue que as nossas obras são boas na medida em que são de Cristo, mas na medida em que elas são nossas, elas não são nem certas nem boas.

NO TOCANTE À PROPRIEDADE CLERICAL

XXIII. Que Cristo despreza as posses e a pompa deste mundo, donde se segue que aqueles que atraem riqueza para si mesma em Seu nome difamam-no terrivelmente quando eles fazem dEle um pretexto para a sua avareza e obstinação.

ACERCA PROIBIÇÃO DE ALIMENTOS

XXIV. Que nenhum cristão é obrigado a fazer aquelas coisas que Deus não decretou, por isso se pode comer em todo o tempo todos os alimentos, a partir do que se aprende que o decreto sobre o queijo e manteiga é uma fraude Romana.

SOBRE O FERIADO E PEREGRINAÇÃO

XXV. Que tempo e lugar estão sob a jurisdição do povo cristão e de um homem com eles, daí se aprende que aqueles que fixam tempo e lugar privam os cristãos de sua liberdade.

SOBRE CAPUZES, VESTES SACERDOTAIS E INSIGNIAS

XXVI. Que Deus está descontente com nada mais do que com a hipocrisia; a partir do que se aprende que tudo são grande hipocrisia e devassidão as quais são meros espetáculos diante dos homens. Sob estas condenações caem os capuzes, as insígnias, as placas etc.

SOBRE AS SEITAS

XXVII. Que todos os homens cristãos são irmãos de Cristo e irmãos uns dos outros, e ninguém deverá criar um pai (para si) na terra. Sob esta condenação caem ordens, seitas, irmandades etc.

ACERCA DO CASAMENTO DOS CLÉRIGOS

XXVIII. Que tudo o que Deus tem permitido ou não proibido é justo, portanto, o casamento é permitido a todos os seres humanos.

XXIX. Que todos os que são conhecidos como clérigos pecam quando não se protegem por casamento depois de terem consciência que Deus não os capacitou a permanecerem castos.

SOBRE O VOTO DE CASTIDADE

XXX. Que aqueles que prometem castidade [fora do matrimônio] carregam de forma tola ou infantil muito sobre si mesmos, a partir do que se aprende que aqueles que fazem tais votos erram pela piedade (ou por estar sendo piedoso).

ACERCA DA EXCOMUNHÃO

XXXI. Que nenhuma pessoa especial pode impor a excomunhão de ninguém, exceto a Igreja, que é a [completa] congregação da quais aquelas pessoas que são banidas fazem parte, juntamente com seu guardião, ou seja, o ministro.

XXXII. Que se pode excomungar só o que oferece ofensa pública.

DA PROPRIEDADE ILEGAL

XXXIII. Que a propriedade injustamente adquirida não será dada a templos, mosteiros, catedrais, cleros ou freiras, mas para os necessitados, se esta não puder ser devolvida para o proprietário legal.

DO MAGISTÉRIO

XXXIV. O (assim chamado) poder espiritual não tem justificativa para sua pompa no ensino de Cristo.

XXXV. Mas os leigos têm poder e confirmação da Escritura e da doutrina de Cristo.
XXXVI. Que todo o estado espiritual (assim chamado) que reivindica ter poder e proteção cabe aos leigos, se eles desejam ser cristãos.

XXXVII. Para eles, além disso, todos os cristãos devem obediência, sem exceção.
XXXVIII. Na medida em que eles não dominam o que é contrário a Deus.

XXXIX. Por isso, todas as suas leis devem estar em harmonia com a vontade divina, de modo que eles protegem os oprimidos, mesmo que eles não se queixem.

XL. Eles só podem colocar à morte com justiça, também, apenas aqueles que cometem ofensa pública (se Deus não está ofendido deixe outra coisa ser ordenada).

XLI. Se eles dão bons conselhos e ajuda para aqueles de quem eles devem prestar contas a Deus, então, estes (os que receberam o conselho e a ajuda) devem àqueles (os que prestaram a ajuda) assistência corporal.

XLII. Mas se eles são infiéis e transgridam as leis de Cristo, eles podem ser deposto, em nome de Deus.

XLIII. Em suma, o domínio dos que governam com Deus é tão melhor e mais estável; mas é sempre pior e mais instável aquele que governa de acordo com sua própria vontade.

SOBRE A ORAÇÃO

XLIV. Verdadeiros oradores chamam por Deus em espírito e em verdade, sem grandes alvoroços diante dos homens.

XLV. Hipócritas fazem seu trabalho apenas para poderem ser vistos pelos homens, também recebem sua recompensa nesta vida.

XLVI. Assim, segue-se que o clamor e clamor alto, sem verdadeira devoção, e só por recompensa, estão buscando (isso) ou fama diante dos homens ou (querem somente) ganho.

SOBRE A OFENSA

XLVII. A morte corporal um homem deveria sofrer antes de ofender ou escandalizar um Cristão.

XLVIII. Quem quer que, através de estupidez ou ignorância, for ofendido sem causa, não deve ser deixado doente ou fraco, mas ele deve ser feito forte, a ponto de ele poder não considerar um pecado o que não é um pecado.

XLIX. Maior ofensa que eu saiba que não permitir que sacerdotes tenham esposas, é conceder que eles contratem prostitutas. Para fora toda vergonha!

SOBRE REMISSÃO DE PECADOS

L. Deus somente redime pecados através de Jesus Cristo, Seu Filho e nosso único Senhor.

LI. Quem atribui isto a seres criados diminui da honra de Deus e dá esta a eles que não são Deus; isso é a idolatria verdadeira.

Lll. Consequentemente, a confissão que é feita para o sacerdote ou vizinho não será declarada para ser uma remissão de pecado, mas somente uma procura por conselho.

LMI. Obras de penitência oriundas de conselhos de seres humanos (exceto a excomunhão) não cancelam pecados; elas são impostas como uma ameaça para os outros.

LIV. Cristo tomou sobre si toda a nossa dor e trabalho. Portanto, quem quer que atribuir ao trabalho de penitência o que pertence a Cristo, erra e calunia a Deus.

LV. Quem quer que intente perdoar a um ser penitente qualquer pecado, não deveria ser um vigário de Deus ou de São Pedro, e sim do diabo.

LV. Quem quer que perdoe qualquer pecado somente por razão de dinheiro é o companheiro de Simão e de Balaão e o real mensageiro do mal personificado.

SOBRE O PURGATÓRIO

LVII. As verdadeiras Escrituras Divinas desconhecem o purgatório depois desta vida.
LVIII. A sentença dos mortos é conhecida por Deus unicamente.

LIX. E a menos que Deus nos deixe saber sobre tal assunto, só assim devemos nos encarregar de saber sobre isso.

LX. Que a humanidade clame sinceramente a Deus para mostrar misericórdia para com os mortos eu não condeno, mas determinar um período de tempo para tanto (sete anos por um pecado mortal), e mentir por causa de vantagem, isso não é humano, mas diabólico.

DO SACERDÓCIO

LXI. Acerca da forma de consagração a qual os sacerdotes têm recebido recentemente as Escrituras desconhecem.

LXII. Ademais, elas (as Escrituras) não reconhecem sacerdotes exceto aqueles que proclamam a palavra de Deus.

LXIII. Elas ordenam que a honra deva ser mostrada, a fim de provê-los com comida para o corpo.

SOBRE A CESSAÇÃO DE MAU USO (OU: TRATAMENTO ABUSIVO)

LXIV. A todos aqueles que reconhecem seus erros, não será permitido sofrer, mas sim morrer em paz, e subsequentemente, organizar na maneira cristã, seu legado para a Igreja.

LXV. Àqueles que não desejam confessar, Deus provavelmente tomará conta. Por isso não será usada força contra seus corpos, a menos que seu comportamento seja tão criminoso que não seja possível fazê-lo sem aquela (a força).

LXVI. Todos os clérigos superiores se estabelecerão de uma só vez, e com unanimidade elevar (promover) a cruz de Cristo, e não o dinheiro – cofres, ou eles perecerão, porque eu digo a você que o machado está levantado contra a árvore.
LXVII. Se alguém deseja conversar comigo sobre juros, dízimos, crianças não batizadas ou confirmação, eu estou disposto a responder.

Ninguém aqui empreenda discussões com sofismas ou com insensatez humana, mas que venha para as Escrituras para aceita-las como o juiz (pois as Escrituras exalam o Espírito de Deus), então que a verdade seja encontrada, ou, se encontrada, como eu espero, seja retida. Amém.

Fonte: Casa Editora Reformata[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_tweetmeme][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

DECLARAÇÃO DE CAMBRIDGE – 5 SOLAS

Os Cinco Solas da Reforma

Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria

Declaração de Cambridge

SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.

A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Tese 1: Sola Scriptura

Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.

Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.

SOLUS CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Tese 2: Solus Christus

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.

A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Tese 3: Sola Gratia

Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.

Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.

SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.

Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.

Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Tese 4: Sola Fide

Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.

Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.

SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.

Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Tese 5: Soli Deo Gloria

Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_tweetmeme][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

A Academia de Genebra

“Além de tudo mais, se não tivermos a nossa vocação como uma regra permanente, não poderá haver clara consonância e correspondência entre as diversas partes da nossa vida. Assim, será muito bem ordenada e dirigida a vida de quem a conduzir tendo em vista esse propósito. Desse modo de entender e de agir nos resultará esta singular consolação: Não há obra, por mais humilde e humilhante que seja, que não brilhe diante de Deus e que não lhe seja preciosa, contanto que a realizemos no serviço e cumprimento da nossa vocação” – João Calvino (1).

“O profeta nos ensina que é nosso penhorado dever usar nosso empenho para que haja sucessão contínua de pessoas que comuniquem a instrução da verdade divina” – João Calvino (2).

João Calvino (1509-1564) que estudara nos Collège de la Marche (3), Collège de Montaigu (4), Universidade de Orléans e Universidade de Bourges, tendo como mestres alguns dos grandes professores de sua época (5), conhecia bem a dureza (Montaigu), estrutura e rotina universitárias. Antes de ser um teólogo ele fora um humanista (6). A sua filosofia de ensino reflete a sua apurada formação e maturidade intelectual (7) dentro de um referencial que partia das Escrituras, tendo a soberania de Deus como princípio orientador, e a glória de Deus como fim de todas as coisas, inclusive de nosso saber (8).

1. Os Primórdios.

Já na sua primeira permanência em Genebra (1536-1538), insistiu junto aos conselhos para melhorar as próprias condições do ensino, bem como os recursos das escolas. Ele apresentou ao conselho municipal um projeto educacional (1536) gratuito que se destinava a todas as crianças, meninos e meninas (9), tendo um grande apoio público. Desta proposta surgiu o Collège de Rive. Temos aqui o surgimento da primeira escola primária, gratuita e obrigatória de toda a Europa (10): “Popular, gratuita e obrigatória” (11). No entanto o Collège de Rive encerrou suas atividades durante o período de Calvino em Estrasburgo (1538-1541), sendo reativado com a sua volta definitiva para Genebra (1541) (12).

2. A Academia: Origem Modesta.

A partir de 1541, com todas as lutas que enfrentou em Genebra, pôde, contudo, reestruturar o sistema educacional desta cidade. Visto que o Estado estava empobrecido, apelou para doações e legados (13). Fiel ao seu princípio de que “… as escolas teológicas (são) berçários de pastores” (14), Calvino, que havia trabalhado com Johannes Sturm (1507-1589) em Estrasburgo (15)(1538-1541),  criou uma academia em Genebra (16) (Schola Privata (17) e a Schola Publica), sendo em 5/6/1559 o culto inaugural no templo de Saint-Pierre (18). Como diz Compayré, a academia teve uma origem modesta (19). Calvino, no entanto, esforçou-se por constituir um corpo docente competente (20) e foi ajudado neste propósito por um incidente político. Alguns ministros de Lausanne, que em 1558 haviam protestado contra a proposição de Berna a respeito da autoridade secular, foram depostos em janeiro de 1559, vindo para Genebra (21). No entanto, a academia no seu início teve apenas cinco professores: João Calvino e Theodore Beza (1519-1605) que revezavam no ensino de Teologia; Antoine-Raoul Chevalier ou Le Chevalier (1507-1572), professor de hebraico, François Bérauld, professor de grego e Jean Tagaut († 1560), professor de artes (filosofia) (22).

A base da formação educacional em Genebra era a Bíblia. Competia à família (23) (apesar de suas limitações iniciais), e ao Estado o cuidado com a educação. No entanto, a igreja tinha um papel especialíssimo. “Por essa razão, os ministros da Palavra assumiriam a tarefa da educação nas escolas elementares e nos colégios de Genebra” (24).

A academia (Schola Privata (25) e a Schola Publica) iniciou com 600 alunos, aumentando já no primeiro ano para 900 (26) — a quem coube a educação dos protestantes da língua francesa, atingindo, em sua maioria, alunos estrangeiros vindos da França, Holanda, Inglaterra, da Alemanha, da Itália e de outras cidades da Suíça (27). Calvino não concebia a academia distante da igreja, antes, sustentava dois princípios fundamentais: a unidade da academia bem como sua união íntima com a Igreja (28). Com este propósito, todos os professores estavam sob a jurisdição disciplinar da igreja devendo subscrever a confissão de fé adotada (29).

A instituição estava dividida em duas partes principais: A Schola Privata, que dividida em sete séries equivalia ao colégio (gymnasium) e destinava-se aos jovens de até 16 anos, e a Schola Publica ou Academia, que continuava o colégio, ministrando ensino superior (30). O currículo incluía disciplinas tais como: teologia, hebraico, grego, filosofia, matemática e retórica. Entre outros, eram estudados autores gregos e latinos, como: Heródoto, Xenofonte, Homero, Demóstenes, Plutarco, Platão, Cícero, Virgílio e Ovídio (31). Nas Institutas escreveu: “Admito que a leitura de Demóstenes ou Cícero, de Platão ou Aristóteles, ou de qualquer outro da classe deles, nos atrai maravilhosamente, nos deleita e nos comove ao ponto de nos arrebatar” (32).

Com o estabelecimento da academia, o historiador Charles Borgeaud (1861-1941), antigo professor da Universidade de Genebra, disse que “Esta foi a primeira fortaleza da liberdade nos tempos modernos” (33).

3. Escola Missionária.

Genebra se tornaria também um grande centro missionário, uma verdadeira “escola de missões”. Os foragidos que lá se instalaram, puderam, posteriormente, levar para os seus países e cidades o Evangelho ali aprendido (34). “O estabelecimento da academia foi em parte realizado por causa do desejo de suprir e treinar missionários evangélicos”, informa-nos Mackinnon (35). Destacamos que, com exceção de Isaías, todos os comentários de Calvino sobre os profetas “consistem em sermões direcionados a alunos em treinamento para o trabalho missionário, principalmente na França” (36).

Acontece que o envio de missionários para outras cidades e países era uma questão delicada para a qual a Companhia de Pastores manteve, enquanto pôde, sigilo absoluto até mesmo do Conselho Municipal (37).Os nomes dos missionários eram em geral mantidos em sigilo. A primeira vez (38) que tais nomes são mencionados na Companhia de Pastores de Genebra foi em 22 de abril de 1555, Jehan Vernoul e Jehan Lauvergeat, enviados para as igrejas dos vales de Piemonte e Jacques Langlois Tours, Lausanne e Lyon, onde seria martirizado em 1572 (39).

Outro exemplo: o envio de dois ministros para a missão no Brasil, em resposta ao apelo de Villegagnon (40),é descrita de forma sumaríssima. O registro simplesmente menciona (25/08/1556) que Pierre Richier († 1580) (41) e M. Guillaume Charretier (Chartier) (42) foram enviados (43). A própria correspondência que vinha dos franceses no Brasil para Calvino, recorria a algum de seus pseudônimos (44).

4. Missão Como Vocação.

A proclamação do Evangelho objetiva glorificar a Deus: “O nome de Deus nunca é melhor celebrado do que quando a verdadeira religião é extensamente propagada e quando a Igreja cresce, a qual por essa conta é chamada ‘plantações do Senhor, para que ele seja glorificado’ [Is 61.3]”(45).

Este objetivo da academia faz jus à compreensão missionária de Calvino. Considerando que o reino de Deus envolve todos os povos — Jesus Cristo não foi enviado apenas aos judeus (46) —, a mensagem do Evangelho deve ser anunciada a todos. Comentando 1Timóteo 2.4, Calvino afirma: “… nenhuma nação da terra e nenhuma classe social são excluídas da salvação, visto que Deus quer oferecer o Evangelho a todos sem exceção” (47). À frente: “Aqueles que se encontram sob o governo do mesmo Deus não são excluídos para sempre da esperança de salvação” (48). Por isso, “O Senhor ordena aos ministros do Evangelho (que preguem) em lugares distantes, com o propósito de espalhar a doutrina da salvação em cada parte do mundo” (49).

Analisando uma das implicações da petição “venha o Teu Reino”, comenta: “Portanto, nós oramos pedindo que venha o reino de Deus; quer dizer, que todos os dias e cada vez mais o Senhor aumente o número dos seus súditos e dos que nele creem…” (50).

Em outro lugar, acrescenta: “Não existe outra forma de edificar a igreja de Deus senão pela luz da Palavra, em que o próprio Deus, por sua própria voz, aponta o caminho da salvação. Até que a verdade brilhe, os homens não podem se unir juntos, na forma de uma verdadeira Igreja” (51).

Comentando o Salmo 96, Calvino sustenta que:

“… O salmista está exortando o mundo inteiro, e não apenas os israelitas, ao exercício da devoção. Isso não poderia ser efetuado, a menos que o evangelho fosse universalmente difundido como meio de comunicar conhecimento de Deus. (…) O salmista notifica, consequentemente, que o tempo viria quando Deus erigiria seu reino no mundo de uma maneira totalmente imprevista. Ele notifica ainda mais claramente como ele procede, ou seja: que todas as nações partilhariam do favor divino. Ele convoca a todos a anunciarem sua salvação e, desejando que a celebrassem dia após dia, insinua que ela não era de uma natureza transitória ou evanescente, mas que duraria para sempre” (52).

Devemos trabalhar com urgência dentro da esfera que nos foi confiada por Deus. O que não nos pertence deixemos onde está de modo firme e seguro: sob os cuidados de Deus. Portanto, “como nós não sabemos quem são os que pertencem ou deixam de pertencer ao número e companhia dos predestinados, devemos ter tal afeto, que desejemos que todos se salvem e assim, procuraremos fazer a todos aqueles que encontrarmos, sejam participantes de nossa paz (…). Quanto a nós concerne, deverá ser a todos aplicada, à semelhança de um remédio, salutar e severa correção, para que não pereçam eles próprios, ou a outros não percam. A Deus, porém, pertencerá fazê-la eficaz àqueles a quem preconheceu e predestinou” (53).

O nosso trabalho deve ser feito com total confiança em Deus, sabendo que cabe a ele converter o coração do homem, e que a rejeição do Evangelho neste momento não implica necessariamente na rejeição absoluta. Esta convicção nos estimula a trabalhar com fervor e alegre perseverança: “Visto que a conversão de uma pessoa está nas mãos de Deus, quem sabe se aqueles que hoje parecem empedernidos subitamente não sejam transformados pelo poder de Deus em pessoas diferentes? E assim, ao recordarmos que o arrependimento é dom e obra de Deus, acalentaremos esperança mais viva e, encorajados por essa certeza, aceleraremos nosso labor e cuidaremos da instrução dos rebeldes. Devemos encará-lo da seguinte forma: é nosso dever semear e regar e, enquanto o fazemos, devemos esperar que Deus dê o crescimento (1Co 3.6). Portanto, nossos esforços e labores são, por si sós, infrutíferos; e no entanto, pela graça de Deus, não são infrutíferos” (54). A nossa responsabilidade: “… é nosso dever proclamar a bondade de Deus a toda nação” (55).

Considerações Finais.

A academia tornou-se grandemente respeitada em toda a Europa; o grau concedido aos seus alunos era amplamente aceito e considerado em universidades de países protestantes como, por exemplo, na Holanda. O historiador católico Marc Venard, comenta que a academia “será daí em diante um viveiro de pastores para toda a Europa reformada” (56). A academia contribuiu em grandes proporções para fazer de Genebra “um dos faróis do Ocidente” admite Daniel-Rops (57). A formação dada em Genebra era intelectual e espiritual; os alunos participavam dos cultos das quartas-feiras bem como em todos os três cultos prestados a Deus no domingo (58). Um escritor referiu-se a Genebra deste modo: “Deus fez de Genebra sua Belém, isto é, sua casa do pão” (59).

Sem dúvida, entre os Reformadores, Calvino foi quem mais amplamente compreendeu a abrangência das implicações do Evangelho, nas diversas facetas da vida humana (60), entendendo que “o Evangelho não é uma doutrina de língua, senão de vida. Não pode assimilar-se somente por meio da razão e da memória, senão que chega a compreender-se de forma total quando ele possui toda a alma, e penetra no mais íntimo recesso do coração” (61). Por isso, ele exerceu poderosa influência sobre a Europa e Estados Unidos. Schaff chega dizer que Calvino “de certo modo, pode ser considerado o pai da Nova Inglaterra e da república Americana” (62).

Fonte: TeologiaBrasileira.com.br

____________________________________
(1) João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, Vol. IV, (IV.17). p. 225.
(2) João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Parakletos, 2002, Vol. 3 (Sl 78.6), p. 200.
(3) McGrath discute a possibilidade de esta interpretação tradicional ser equivocada. Em sua opinião, Calvino não estudou no Collège de la Marche (Ver: Alister E. McGrath, A Vida de João Calvino, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004, p. 37-43).
(4) As regras do Collège de Montaigu eram bastante rígidas e a alimentação precária. É famosa a descrição de Erasmo a respeito desta escola. Entre outros trabalhos, veja-se: D. Erasmus, The Colloquies of Erasmus, Chicago: The University of Chicago Press, 1965, p. 351-353. A partir daí: Roland H. Bainton,Erasmo da Cristandade, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, (1988), p. 39ss.; Alister McGrath, A Vida de João Calvino, p. 44-45. Para um estudo detalhado de Montaigu, a obra clássica é: Marcel Godet, La Congrégation de Montaigu, Paris: Libraire Ancienne Honoré Champion, 1912, 220p.
(5) Ver: Hermisten M.P. Costa, Raízes da Teologia Contemporânea, São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 89-92
(6) Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, Genève: Georg & Cº, Libraires de L’Université, 1900, p. 21.
(7) Ford L. Battles, Interpreting John Calvin, Grand Rapids, Michigan: Baker Books, 1996, p. 47.
(8) “Não busquemos as cousas que são nossas, mas aquelas que não somente sejam da vontade do Senhor, como também contribuam para promover-lhe a glória” (João Calvino, As Institutas, III.7.2). “Não há glória real senão em Deus” (João Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos, 1998, (1Tm 1.17), p. 46). Veja-se o verbete “Glória”, In: Hermisten M.P. Costa, Calvino de A a Z, São Paulo: Vida, 2006, p. 138-140.
(9) Como curiosidade menciono que no Brasil, a primeira escola para moças foi aberta no Rio de Janeiro, capital no Império, em 1816. (Vejam-se: Laurence Hallewell, O Livro no Brasil: sua história, São Paulo: T.A. Queiroz/EDUSP, 1985, p. 87; Luiz Agassiz; Elizabeth C. Agassiz, Viagem ao Brasil: 1865-1866, Belo Horizonte: Itatiaia/Editora da Universidade de São Paulo, 1975, p. 292-293).
(10) John T. McNeill, The History and Character of Calvinism, New York: Oxford University Press, 1954, p. 135. Inter alia: Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, p. 16-18; Lorenzo Luzuriaga, História da Educação Pública, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959, p. 1, 5-6; Elmer L. Towns, John Calvin. In: Elmer L. Towns, ed. A History of Religious Educators, Michigan: Baker Book House, 1985, p. 168-169; Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 804.
(11) Eugène Choisy, L’ État Chrétien Calviniste: Genève au XVIme siècle. Genève: Librairie Georg & Cia, 1909, p. 9.
(12) Ford L. Battles, Interpreting John Calvin, p. 61-62; John T. McNeill, The History and Character of Calvinism, p. 192; Robert W. Pazmiño, Temas Fundamentais da Educação Cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2008, p. 149.
(13) Calvino pessoalmente chegou a sair pedindo donativos de casa em casa para a escola. Vejam-se: André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990, p. 192-193; Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 804-805; Ronald S. Wallace, Calvino, Genebra e a Reforma, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2003, p. 88. Veja-se, também, L. Luzuriaga, História da Educação e da Pedagogia, 17ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1987, p. 108-116; Ruy A. C. Nunes, História da Educação no Renascimento, São Paulo: EPU/EDUSP, 1980, p. 97-102; T.R. Giles, História da Educação, São Paulo: EPU, 1987, p. 119-128; Wilson C. Ferreira, Calvino: Vida, Influência e Teologia, Campinas, SP: Luz para o Caminho, 1985, p. 193,196.
(14) João Calvino, As Pastorais, (1Tm 3.1) p. 82. Schaff usa essa expressão referindo-se à academia de Genebra, um “berçário de pregadores evangélicos” (Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 820).
(15) Ver: W. Stanford Reid, Calvin and the Founding of the Academy of Geneva: In: Westminster Theological Journal, 18, (1955), p. 5. Em Estrasburgo, diferentemente de Genebra, a “escolarização era uma prioridade suprema” e “alguns dos maiores especialistas em educação daquele tempo estavam trabalhando ali” (Ronald S. Wallace, Calvino, Genebra e a Reforma, p. 87). O próprio Johannes Strurm, que foi para Estrasburgo em 1536, criou e organizou o sistema educacional (junho de 1537), organizando o Ginásio de Estrasburgo, fundado em 22/03/1538, sendo o seu primeiro reitor e mantendo-se neste cargo por 43 anos. O seu lema era: “piedade sábia e eloquente” (sapiens atque eloquens pietas) (Cf. Ruy A. da Costa Nunes, História da Educação no Renascimento, p. 182. Ver também: W. Stanford Reid, Calvin and the Founding of the Academy of Geneva: In: Westminster Theological Journal, 18, (1955), p. 5).
(16) Aprovada a criação em 16/03/1559.
(17) Esta com 280 alunos (Cf. Diener-Wyss Apud Gabriele Greggersen, Perspectivas para a Educação Cristã em João Calvino. In: Fides Reformata, São Paulo: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, 7/2 (2002) 61-83, p. 69).
(18) Data da sessão solene de inauguração, presidida por Calvino (Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, Genève: Georg & Cº, Libraires de L’Université, 1900, p. 48). Na ocasião estavam presentes todo Conselho e os ministros. Calvino rogou a bênção de Deus sobre a academia, a qual estava sendo dedicada à ciência e religião. Michael Roset, o secretário de Estado, leu a Confissão de Fé o os estatutos da escola preparados por Calvino que regeriam a instituição (Leges academiae genevesis). Beza foi proclamado reitor, ministrando uma aula inaugural em latim. A reunião foi encerrada com uma breve palavra de Calvino dita em francês e oração pelo próprio (Cf. Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, p. 48-49). John Knox (1515-1572), antigo aluno da academia, escreveria mais tarde a uma amiga (1556), dizendo ser a Igreja de Genebra “a mais perfeita escola de Cristo que jamais houve na terra desde os dias dos Apóstolos” (John T. McNeill, The History and Character of Calvinism, p. 178). Schaff observa que havia uma faculdade em Genebra, desde 1428, chamada “Faculdade Versonnex” (L’école de Versonnex), que se destinava à preparação de clérigos; no entanto, ela havia entrado em decadência, sendo reorganizada por Calvino em 1541. A instrução era gratuita (Veja-se: Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, Genève: Georg & Cº, Libraires de L’Université, 1900, p. 13-18). Ainda segundo Schaff, Calvino incentivou a educação fundando diversas escolas estrategicamente distribuídas na cidade. As taxas eram baixas até que foram abolidas (1571) conforme pedido de Beza. Ele desejava criar uma grande universidade, todavia, os recursos da República eram pequenos para isso, assim ele se limitou à academia. Contudo até para criar a academia ele teve de pedir donativos de casa em casa, conseguindo arrecadar a soma respeitável de 10,024 guilders de ouro. Também, diversos estrangeiros que ali residiam contribuíram generosamente, havendo também um genebrino, Bonivard, que doou toda a sua fortuna à instituição (Cf. Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 804-805; Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, p. 214).
(19) Gabriel Compayré, Histoire Critique des Doctrines de L’Éducation en France Depuis le Seizième Siècle, 2ª ed. Paris: Librairie Hachette Et Cie. 1880, Vol. I, p. 149.
(20) O Rev. Chamberlain, iniciador do que seria conhecida como Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1875 escreve à Board pleiteando a criação da Escola Normal com o objetivo de formar futuros professores. Argumenta “O problema mais difícil de solver na administração de um colégio (…)[é] (…) obter e conservar um corpo magistral que se dedique, com amor, ao ensino. A importância e proficuidade duma escola estão na razão direta do valor pessoal do professor. Tal mestre, tal escola. Nada valerão as escolas sem bons mestres; a personalidade do mestre como que passa para a escola e vê-se refletida em cada aluno como um semblante reproduzido em espelho facetado. Os mais belos programas e previdentes instruções se inutilizam e tornam-se ineficazes; os mais engenhosos métodos se desnaturam e viçosas esperanças se esvaecem, se o mestre for o que cumpre ser” (Apud Benedicto Novaes Garcez, O Mackenzie, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1970, p. 66-67. Veja-se, também: Boanerges Ribeiro, Protestantismo e Cultura Brasileira, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1981, p. 241).
(21) Cf. John T. McNeill, The History and Character of Calvinism, p. 193; André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 192; Ford L. Battles, Interpreting John Calvin, Grand Rapids, Michigan: Baker Books, 1996, p. 62.
(22) Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, p. 64-68; 638; Gabriel Compayré, Histoire Critique des Doctrines de L’Éducation en France Depuis le Seizième Siècle, Vol. I, p. 149; W. Stanford Reid, Calvin and the Founding of the Academy of Geneva: In: Westminster Theological Journal, 18, (1955), p. 10.
(23) Veja-se: Robert W. Pazmiño, Temas Fundamentais da Educação Cristã, p. 148-149.
(24) Heber Carlos de Campos, A “Filosofia Educacional” de Calvino e a Fundação da Academia de Genebra. In: Fides Reformata, 5/1 (2000) 41-56, p. 45.
(25) Esta com 280 alunos (Cf. Diener-Wyss Apud Gabriele Greggersen, Perspectivas para a Educação Cristã em João Calvino. In: Fides Reformata, 7/2 (2002) 61-83, p. 69).
(26) Cf. Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 805. Em 1564 a Schola Privata contaria com cerca de 1200 alunos e a Schola Publica com aproximadamente 300 alunos (Cf. Wilson C. Ferreira, Calvino: Vida, Influência e Teologia, p. 196; A. Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 192; Daniel-Rops, A Igreja da Renascença e da Reforma: I. A reforma protestante, São Paulo: Quadrante, 1996, p. 413; Gabriele Greggersen, Perspectivas para a Educação Cristã em João Calvino. In: Fides Reformata, 7/2 (2002) 61-83, p. 69.
(27) Genebra chegou a abrigar mais de 6 mil refugiados vindos da França, Itália, Inglaterra, Espanha e Holanda (Cf. Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 802), aumentando este número com os estudantes que para lá se dirigiram com a fundação da academia de Genebra (1559). Lembremo-nos de que a população de Genebra era de 9 a 13 mil habitantes; 9 mil segundo Reid (W.S. Reid, A Propagação do Calvinismo no Século XVI: In: W. Stanford Reid, ed. Calvino e Sua Influência no Mundo Ocidental, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990, p. 52; 12 mil conforme McNeill (J.T. McNeill, Los Forjadores del Cristianismo, Buenos Aires: La Aurora/Casa Unida de Publicaciones, (1956), Vol. II, p. 211); 13 mil de acordo com Nichols (Robert H. Nichols, História da Igreja Cristã, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1978, p. 164); em torno de 10 mil (William G. Naphy, Calvin and the Consolidation of the Genevan Reformation, Louisville: Westminster John Knox Press, 2003, p. 21, 36). O fato é que em 1550 Genebra dispunha de 13.100 habitantes, saltando para 21.400 em 1560. Dez anos depois, em 1570, a população voltaria a 16.000. A casa dos 20 mil habitantes só seria ultrapassada em 1720, atingindo 20.800 (Cf. Alfred Perrenoud, La Population de de Genève du Seizième au Début Du Dix-Neuvième Siècle: Étude Démographique, Genève: Libraririe A. Jullien, 1979, Vol. 1, p. 37). Schaff apresenta dados mais específicos relativos a cada período: cerca de 12 mil habitantes no início do século XVI, aumentando para mais de 13 mil em 1543, tendo um surto de crescimento de 1543 a 1550, quando a população saltou para 20 mil (Philip Schaff, History of the Christian Church, VIII, p. 802). Segundo McGrath, em 1550 a população foi estimada em 13.100 habitantes. Em 1560 era de 21.400 habitantes. (Alister E. McGrath, A Vida de João Calvino, p. 145). Biéler estima 10.300 habitantes em 1537, chegando a 13.000 em 1589 (André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 216, 220, 251 (nota 514)). Innes sugere: 11.500 (1532); 10.300 (1537), 15.000 em 1559 e 13.000 em 1589 (William C. Innes, Social Concern in Calvin’s Geneva, Pennsylvania: Pickwick Publications, 1983, p. 301).
(28) Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, p. 79.
(29) Elmer L. Towns, John Calvin. In: Elmer L. Towns, ed. A History of Religious Educators, p. 170.
(30) Vejam-se: Ronald S. Wallace, Calvino, Genebra e a Reforma, p. 88; Gerald L. Gutek, Historical and Philosophical Foundations of Education: A Biographical Introduction, 3ª ed, Columbus, Ohio: Merril Prentice Hall, 2001, p. 92; W. Stanford Reid, Calvin and the Founding of the Academy of Geneva: In: Westminster Theological Journal, 18, (1955), p. 11-17; Edson Pereira Lopes, O Conceito de Teologia e Pedagogia na Didática Magna de Comenius, São Paulo: Editora Mackenzie, 2003, p, 67-70; Heber Carlos de Campos, A “Filosofia Educacional” de Calvino e a Fundação da Academia de Genebra. In: Fides Reformata, 5/1 (2000) 41-56, p. 51-52.
(31) Vejam-se: Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 805; Ronald S. Wallace, Calvino, Genebra e a Reforma, p. 88; Gerald L. Gutek, Historical and Philosophical Foundations of Education: A Biographical Introduction, 3ª ed, Columbus, Ohio: Merril Prentice Hall, 2001, p. 92.
(32) João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, Vol. I, I.24. p. 74. Ver também: Heber Carlos de Campos, A “Filosofia Educacional” de Calvino e a Fundação da Academia de Genebra. In: Fides Reformata, 5/1 (2000) 41-56, p. 51.
(33) Charles Borgeaud, Histoire l’Université de Genève, p. 83.
(34) Para mais detalhes, ver: Hermisten M.P. Costa, A Academia de Genebra e a Evangelização. In: Brasil Presbiteriano, São Paulo: Cultura Cristã, janeiro de 2009, p. 4-5.
(35) James MacKinnon, Calvin and the Reformation, Londres: Penguin Books, 1936, p. 195.
(36) T.H.L. Parker em Prefácio à Versão Inglesa do Comentário de Daniel (João Calvino, O Profeta Daniel: 1-6, São Paulo: Parakletos, 2000, Vol. 1, p. 13).
(37) Vejam-se detalhes em Alister E. McGrath, A Vida de João Calvino, São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 211-213.
(38) Cf. Alister E. McGrath, A Vida de João Calvino, p. 211.
(39) Robert-M. Kingdon, Registres de La Compagnie dês Pasteurs de Genève au Tempos de Calvin, Genève: Librairie E. Droz, 1962, p. 62-63.
(40) Cf. Jean de Léry, Viagem à Terra do Brasil, 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, (1960), p. 51-52. Léry narra que “Ao receber as suas cartas e ouvir as notícias trazidas, a igreja de Genebra rendeu antes de mais nada graças ao Eterno pela dilatação do reino de Jesus Cristo em país tão longínquo, em terra estranha e entre um povo que ignorava inteiramente o verdadeiro Deus” (p. 51).
(41) Antes de aderir ao protestantismo era monge carmelita e doutor em teologia. Calvino achava que ele tinha algum problema no cérebro (Carta a Farel de 14/02/1558). Carta 2814. In: Herman J. Selderhuis, ed., Calvini Opera Database 1.0, Netherlands: Instituut voor Reformatieonderzoek, 2005, Vol. 17).
(42) Posteriormente Calvino demonstrou ter dúvida quanto à integridade de Chartier (Carta a Macarius de 15/03/1558). Carta 2833. In: Herman J. Selderhuis, ed., Calvini Opera Database 1.0, Netherlands: Instituut voor Reformatieonderzoek, 2005, Vol. 17). Macarius (pastor Jean Macard), no entanto, depois de investigar, atesta a fidelidade de Chartier (Cartas de Macarius a Calvino de 21/03/1558 e 27/03/1558). Cartas 2838 e 2841. In: Herman J. Selderhuis, ed., Calvini Opera Database 1.0, Netherlands: Instituut voor Reformatieonderzoek, 2005, Vol. 17).
(43) Robert-M. Kingdon, Registres de La Compagnie dês Pasteurs de Genève au Tempos de Calvin, Genève: Librairie E. Droz, 1962, p. 68.
(44) Vejam-se Frans L. Schalkwijk, O Brasil na Correspondência de Calvino. In: Fides Reformata, São Paulo: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, IX/1 (2004) 101-128. Vejam-se também as explicações a respeito dos pseudônimos e fac-similes das respectivas assinaturas in: Emile Doumergue, Jean Calvin: Les hommes et les choses de son temps, Lausanne: Georges Bridel & Cie Editerurs, 1899, Vol. 1, p. 558-573 (Apêndice nº VIII).
(45) João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Edições Parakletos, 2002, Vol. 3, (Sl 102.21), p. 581.
(46) Cf. John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), Vol. VII, (Is 2.4), p. 99. Do mesmo modo: John Calvin Collection, [CD-ROM], (Albany, OR: Ages Software, 1998), (Mq 4.3), p. 101.
(47) João Calvino, As Pastorais (1Tm 2.4), p. 60. Ver também: John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), Vol. XII, (Ez 18.23), p. 246-249.
(48) João Calvino, As Pastorais (1Tm 2.5), p. 62.
(49) John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), Vol. XVII, (Mt 28.19), p. 384.
(50) João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, Vol. 3, (III.9), p. 124.
(51) Ver: John Calvin, Commentary on the Prophet Micah. In: John Calvin Collection, [CD-ROM], (Albany, OR: Ages Software, 1998), (Mq 4.1-2), p. 101.
(52) João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Parakletos, 2002, Vol. 3, (Sl 96.1), p. 514-515.
(53) João Calvino, As Institutas, São Paulo: Cultura Cristã, 1999, III.23.14.
(54) João Calvino, As Pastorais, (2Tm 2.25), p. 246-247.
(55) John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), Vol. VII, (Is 12.5), p. 403.
(56) Marc Venard, O Concílio Lateranense V e o Tridentino. In: Giuseppe Alberigo org. História dos Concílios Ecumênicos, São Paulo: Paulus, 1995, p. 339. Do mesmo modo escreve Willemart: “Genebra torna-se o centro de formação dos pastores que serão enviados para todas as comunidades francesas e que permitirão a unidade da Igreja Evangélica Reformada” (Philippe Willemart, A Idade Média e a Renascença na literatura francesa, São Paulo: Annablume, 2000, p. 42).
(57) Daniel-Rops, A Igreja da Renascença e da Reforma: I. A reforma protestante, p. 414.
(58) Cf. Charles W. Baird, A Liturgia Reformada: Ensaio histórico, Santa Bárbara D’Oeste: SOCEP, 2001, p. 29.
(59) Apud Charles W. Baird, A Liturgia Reformada: Ensaio histórico, p. 30.
(60) Vejam-se: André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 28; Wilson C. Ferreira, Calvino: Vida, Influência e Teologia, p. 188-189.
(61) John Calvin, Golden Booklet of the True Christian Life, 6ª ed. Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1977, p. 17.
(62) P. Schaff, The Creeds of Christendom, Vol. I, p. 445.