Rev. Jefferson Marques Reinh
Observando os últimos eventos locais ou nacionais, fico me perguntando se estamos preparados para os ataques que a fé cristã genuína tem sofrido, e os que virá a sofrer. Quando o Papa romanista Francisco canoniza 30 novos santos do Brasil, no domingo passado, chamando-os de mártires, sendo que nem mesmo morreram por sua fé ou numa luta religiosa, e na mesma situação chama os calvinistas que estiveram no Brasil Holandês de assassinos, ou quando vemos a situação vexatória criada na Escola João XXIII por ocasião do dia da Criança, com confusão na Câmara de Vereadores, ou ainda o fogo cruzado em redes sociais na internet, me questiono sobre o quanto estamos mesmo ligados com nossa fé e aptos para defendê-la. Estamos preparados?
Os pais de crianças e adolescentes talvez enfrentem uma situação que nunca imaginaram. Ter que responder a seus filhos sobre os questionamentos de ideologia de gênero, pisando em terreno argiloso ainda, e ter que observar a escola de muito perto, por vezes dialogando com ela, discordando ou fortalecendo posições, e ainda convivendo com elogios por ser “mente aberta” ou com rótulos do tipo “retrógrado” ou “fóbico” em alguma medida. Estamos preparados?
O nosso país passa por uma terrível crise política. Estamos acéfalos, pois nosso presidente não tem outra agenda a não ser a luta por se manter no cargo, às custas de compra de favores das casas legisladoras com dinheiro destinado ao povo. Não há ações da presidência sobre nenhum assunto social, nenhuma intervenção efetiva quanto à violência, e o que assistimos é uma verdadeira luta social por poder, em vários níveis. Estamos no tempo em que o Supremo Tribunal Federal delegou aos senadores e deputados o poder de se blindarem contra a lei e contra o povo que os elegeu. O caso de um senador mineiro reflete já o que vem pela frente. Estamos preparados?
Quando Jesus esteve entre nós, numa de suas palavras sábias e muito afiadas, ele questiona: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.7,8). Estamos preparados para a justiça de Deus?
O apóstolo Paulo adverte: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” (2Tm 3.1-5). Estamos preparados?
A pergunta é uma só, e a situação também é uma só. Vivemos dias em que a Igreja tem sido seduzida, tem se encantado com a “liberdade” e a linguagem de amor que satanás tem semeado. Pouco ora, pouco vive a fé. E ainda tem se enfraquecido diante das pressões e das lutas. Estar preparado e se preparando é questão de sobrevivência da fé. Da sua, da minha, da nossa fé. Que o Senhor tenha misericórdia de nós!
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