O PRIVILÉGIO DO EVANGELHO MAIOR QUE EU.

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Rev. Jefferson Marques Reinh

No feriado de carnaval, nossa igreja esteve envolvida com dois Retiros Espirituais. Um da juventude da sede e outro organizado conjuntamente por nossas congregações. Nesses dias que muitos aproveitam para descansar, muitos irmãos se doaram, dormiram pouco e mal acomodados, para servirem outros irmãos. Trabalharam pesado. Vi o cansaço nas faces de alguns, mas vi o sorriso de quem faz o bem porque acredita no bem. Houve cultos na sede, e sei que o Senhor operou na vida de outros tantos.

Não é uma situação de exaltar o esforço apenas, mas sim de se enxergar que, além do conforto pessoal, além do merecido descanso que pode ser celebrado com a família (nada de mal nisso), está o Reino de Deus. Irmãos ofertaram dinheiro para outros participarem, emprestaram equipamentos, serviram uns aos outros. Isso é um evangelho que é maior, mais nobre, mais sublime que o evangelho do “apenas eu”.

Na semana que vem, vamos ter em nossa igreja a celebração de 67 anos de organização. De sexta a domingo, receberemos o pastor José Eudo Gomes, que é o missionário que assumiu o trabalho evangelístico na cidade de Desterro, Paraíba, em 2007. Desse tempo, muitas lutas e desafios numa cidade que a “lei” é estabelecida por religiosos dominantes, e para se chegar com o evangelho é preciso ter autorização dos “poderosos”, uma realidade que não conhecemos bem aqui em JF.

Com ele vem o presbítero Wellington Alves, que achegou-se ao trabalho e usou suas possibilidades financeiras e sua influência, sua capacidade de mobilizar, a serviço da Igreja Presbiteriana naquela cidade. Ele é médico em Patos, a cerca de 50 quilômetros, distância percorrida inúmeras vezes para ajudar. Do esforço de ambos e de um grupo apaixonado, o sonho nosso daqui de Juiz de Fora em 2004 se converteu numa realidade de crescimento e fortalecimento de um grupo, compra de terreno, construção de templo, ampliação de atividades, construção de um prédio anexo, salas para atividade infantis, organização e emancipação da Igreja Presbiteriana em Desterro, em maio de 2017.

O que essas realidades, de acampamentos, Desterro, sociedades internas, congregações, têm em comum? É o evangelho que supera o “eu”. Esse evangelho é o que tem encharcado nosso coração há décadas. É o DNA de nossa Igreja desde antes de 11 de fevereiro de 1951. Nossas instalações poderiam ser melhores, o conforto poderia ser maior. Porém, não abrindo mão de melhorias para a sede, a 1ª Igreja Presbiteriana enxerga o Reino. Enxerga sua história de ter 9 Igrejas filhas em Juiz de Fora, mais a filha paraibana, mais centenas de testemunhos de irmãos ajudados por esforço, dinheiro, orações dos membros dessa Igreja. Isso é ver At 1.8 se cumprindo hoje, entre nós. E avançamos, com o esforço e doação de todos os que creem no Reino!

Nessa semana, convido você a orar a cada dia agradecendo a Deus pela Igreja que você tem. E convido você a refletir que podemos ir além, podemos surpreender e ser ainda mais surpreendidos pelo que Deus opera em nós e através de nós. Pense! Envolva-se! Louvado seja o Senhor por sua vida, Igreja!

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UMA VEZ SALVO, VALE TUDO?!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma vez salvo, salvo para sempre! Essa frase encontra problemas em qualquer ramo da fé protestante. Para os arminianos, o crente pode perder a salvação, e isso demonstra o pensamento de que a salvação é conquistada por esforços e méritos humanos, o que é totalmente contrário à Bíblia. Para calvinistas, o problema está no “uma vez salvo”. Por quê?

Uma verdade que tristemente acompanha as igrejas calvinistas (presbiterianos, parte dos congregacionais, parte dos batistas, menonitas) é a questão de que muitos crentes usam dessa premissa de que o crente não perde a sua salvação eterna para dar lugar à carnalidade, à licenciosidade, vida de pecados “aceitáveis” e uma tremenda frieza na fé.

Vemos isso costumeiramente, para nossa tristeza e vergonha. O indivíduo se julga inatingível, e age como um pagão, se envolve em práticas que a bíblia manda se afastar (bebedeiras, mentiras, maus tratos ao próximo, convívio com maledicência, convívio com o mundanismo (inclusive com filmes e séries de tv que julgamos estarem no nível da “cultura”), frequência a ambientes sabidamente ruins e carnais. E o pior: a displicência à casa do Senhor, a falta de consagração ao Dia do Senhor. Tudo isso sob a argumentação falaciosa de que “sou salvo” ou posso conviver com a “graça comum”.

O apóstolo Paulo condena veementemente este tipo de conduta, escrevendo aos romanos, no capítulo 6, versos 1 e 2. “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” Ele refuta o conceito de que se somos salvos, estamos seguros para fazer o que nossa carne desejar, pois assim Deus nos dará mais de sua graça e perdão. “De modo nenhum”, ele assevera.

Como fica essa situação de “uma vez salvo, salvo para sempre”, diante dessa infeliz situação colocada acima? Observemos o engano que muitos caem ao apenas dizerem um “sim” num momento de apelo, sem reflexão, ou no engano de se verem como filhos de crentes, então são “crentinhos”. Na realidade, não experimentaram o “uma vez salvo”. Estão realmente se enganando sobre sua salvação, apoiando-se numa falácia. O que fazer, então?

A primeira questão é se colocar diante do Espírito Santo de Deus. Ele sonda e nos convence de nossa situação (Jo 16.8) e Ele é quem nos salva. Além disso, usando uma admoestação de Aiden W. Tozer, para vencer os pecados, devemos dar nomes a eles. Se sou ladrão, se sou escravo de pensamentos ou atitudes pornográficas, se sou maledicente, fofoqueiro, ou resmungão, devo colocar isso de forma clara diante do Senhor, para ser curado, mas também para aprender a me policiar.

E ainda devo lutar diariamente por crescer no Senhor e diante dos homens, como SALVO (Fp 2.12,13).

De fato, uma vez salvo, salvo para sempre (Fp 1.6; 2.13; Jo 6.37-39; Sl 121 e tantos outros). Mas, ao contrário do que vemos, o salvo edifica-se e santifica-se cada vez mais, para a glória de Deus. Pense nisso, e assuma cada vez mais a sua parte no Reino de Deus! O Senhor te abençoe!

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PERDI A SALVAÇÃO?!

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Perdi a Salvação? Por quê Essa Crise?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma questão que de vez em quando abate o cristão é se ele de fato é salvo eternamente. Muitas vezes seu coração está abalado, e ele então se pergunta: “sou mesmo salvo?” Deus o abandonou? O que acontece?

Nossa doutrina bíblica é clara em afirmar que o cristão verdadeiro jamais perde sua salvação. Jamais!

Porém, aqui é preciso considerar algumas questões. A primeira é que o cristão deve ser genuíno, e isso significa ter convicção de ter sua vida entregue ao Senhor Jesus, e decididamente ter um entendimento, ainda que simples, dessa convicção. Ou seja, perder a salvação não se perde, mas é preciso antes ter a salvação verdadeiramente. A salvação é algo muito sério, e por isso não devemos declarar qualquer um como salvo a partir de uma experiência emocional, ou um simples “sim” em um apelo.

Na realidade, a salvação é um ato de Deus que declara o salvo, mas é confirmada através de um processo de santificação. E esse é o segundo aspecto essencial, a salvação é um ato de Deus, Ele é quem salva. Vejamos então os versículos de Jn 2.9 (Ao Senhor pertence a salvação); Ef 2.8-10 (isso não vem de vós, é dom de Deus). O cristão não pode perder a salvação, até porque não é ele que ganha ou conquista por méritos, mas sim veio de Deus.

Então, se não perdemos a salvação, por que enfrentamos as crises? Os “vazios”? Os medos? Bem, o apóstolo Paulo escreve que nada pode nos separar do amor de Deus, experimentado através de Jesus Cristo (Rm 8.26-39). Ali também vemos que o Espírito Santo intercede (ora, fala com o Pai) por cada um daqueles que foram predestinados por Deus para a salvação. Ele nos informa que não sabemos orar como convém, como deve ser a oração aceita por Deus. Logo, entendemos que o cristão genuíno, embora não seja cortado da árvore frondosa da salvação, pode sim passar por momentos de fraqueza extrema, que até podem ser confusos. Quando o cristão se atenta para situações menores do que o amor de Deus, muitas vezes se abala.

Usando o texto de Romanos, podemos dizer que o cristão pode se deter nas tribulações, angústias, perseguições, fomes, nudez, perigos, espadas, alturas, profundidades, cuidados dessa vida, ou o medo da morte. Ao se prender nisso, muitas vezes se distancia da confiança de que é salvo. E deve ser restaurado em sua confiança, para obter júbilo, gratidão e santa expectativa da promessa se cumprindo, pois o Senhor preservará os seus salvos (Fp 1.6 e outros).

Se passamos por crises, busquemos então: Ler os textos bíblicos de Jo 3.16; Jo 3.36; Jo 6.37-40; Jo 10.27-30; Ef 2.8-10; Fp 2.13; Rm 8.26-39. Há outros.

Nas crises, sejamos humildes para orar ao Senhor, crendo na ação do Espírito Santo, pedindo que Ele seja paciente e amoroso, restaurando nossa mente e coração para desfrutarmos dEle e da certeza da salvação. Por fim, lembremos nossa alma que a salvação vem de Deus, e Ele não volta atrás na sua Palavra e nos seus atos.

Aleluia! Que o Senhor nos abençoe!

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ELA É SALVA OU SALVADORA?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma heresia nunca é formulada e aceita da noite para o dia. Da incompreensão das Escrituras ou das manifestações satânicas, sendo ele o mestre do engano, o pai da mentira, surgem e se consolidam doutrinas contrárias à Palavra de Deus, e que corrompem e destroem a fé genuína em muitas vidas, separando-as do verdadeiro culto a Deus, ainda que lhes mantenha o prazer, a emoção e a devoção, mas numa divindade distante da Bíblia.

Da incompreensão da Igreja Cristã do quinto século quanto à pessoa de Cristo, e sendo a Igreja Cristã já a religião do Império Romano, surgiu uma grande e ofensiva heresia, que insiste em se repetir nos séculos seguintes, sendo reafirmada até os dias atuais.

No ano 431 d.C., na cidade de Éfeso, houve um concílio eclesiástico. Embora o assunto e o desejo fosse defender a fé da heresia nestoriana, que dividia a pessoa de Cristo em duas pessoas separadas, uma expressão daqueles dias abriu uma brecha para algo muito pernicioso entrar na vida da Igreja. Ao afirmar o nascimento virginal de Jesus, usou-se o termo grego “theotokos”, que significa “portadora de Deus”, ou em tradução mais livre “mãe de Deus”.

Embora Jesus de fato seja Deus, totalmente digno de glória e honra como tal, sua encarnação não torna Maria uma divindade. Porém, a Igreja passou, no princípio de forma mais contida, e posteriormente de forma mais ampla, a assumir certa devoção e adoração à Maria. Embora a Bíblia afirma que ela seja agraciada (Lc 1.28-30), a Igreja assumiu erroneamente a expressão “cheia de graça”, ou despenseira da graça, o que é uma prerrogativa divina.

A partir de então a Igreja Católica assumiu outros dogmas absurdos quanto à pessoa de Maria. As ideias não encontradas na Bíblia são: a reza “ave Maria” (1316), a imaculada conceição (1854), a sua virgindade perpétua, a co-redenção, a sua assunção corporal aos céus (1950), o título “Mãe de Deus”, e o culto a Maria. Tudo nasce da pergunta se Maria é salva ou é salvadora. Diz a Bíblia que ela precisou ser salva, pois a própria Maria o afirma: “o meu espírito exulta em Deus meu salvador” (Lc 1.47).

Na Reforma Protestante essa heresia foi combatida, e o texto de Atos 4.12 foi reafirmado. “Somente Cristo”, ou o Solus Christus foi e é um dos cinco pontos da Igreja Protestante no que diz respeito à Salvação. Nenhum outro é digno de ser reconhecido como Redentor. Porém, na Contra-Reforma, e em outros momentos, a Igreja Romana reafirmou Maria como Co-redentora, culminando com as várias expressões e nomes que remetem à “Rainha dos Céus”, como no Brasil, a Senhora Aparecida, celebrada em 12 de outubro.

O que afirmamos, como Reformados?

1) Que a veneração à Maria (hiperdulia) é uma afronta à Trindade (At 10.25, 26; Ap 22.8,9);

2) Que Só Jesus é digno de honra e adoração (Ex 20.3-5; At 4.12; Fp 2.9-11);

3) Que a Igreja Católica Apostólica Romana deve se arrepender dessa heresia, e voltar-se ao entendimento claro das Escrituras Sagradas.

SOLUS CHRISTUS!!!

QUEM VOCÊS DIZEM QUE EU SOU?

Rev. Jefferson Marques Reinh

“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17).

Basta uma pequena investigação para observarmos o quanto o Nome de Jesus e sua pessoa é controverso nestes nossos dias. Quantos afirmam conhece-Lo, mas agem de forma a negar isso…

Algumas pessoas falam de Jesus como amor, embora não saibam como esse amor de fato seja percebido ou se aplica. Outras pessoas projetam esse amor num tipo de permissividade absurda, na qual Jesus se torna um espectador, que apenas advoga a plena aceitação de qualquer atitude, por mais bizarra e suja que se demonstra. E em nome do amor.

Outros ainda falam de Jesus como um mito, alguém que fora inventado para outorgar certo prestígio e autoridade à religião cristã. Alguns o tratam de forma distante, outros com palavras que parecem ser retiradas de um romance, com títulos apaixonados e afetivos, cheios de mel.

E nós, eu e você, quem afirmamos ser Jesus? Tal pergunta pode ser desdobrada: entendemos quem Ele é? Por que entendemos? E o que afirmamos, tem impacto em nossa conduta, nossa mente, nosso coração? Sim, porque, dependendo dessa compreensão, podemos concluir até mesmo que pouco ou nada compreendemos de Jesus, ou mentimos ao afirmar algo sobre seu Ser.

O discípulo Pedro afirmou algo bem distinto do pensamento comum de seus dias, sobre Jesus. Embora a compreensão comum é que Jesus fosse João Batista, ou Jeremias ou Elias, ou seja, um semelhante aos líderes admirados em Israel, Pedro afirma que Jesus era o Messias (ungido) e filho do Deus Vivo, a saber, o que realiza as obras de seu Pai. Essência e verdadeiramente Deus. Jesus o louva, e afirma que tal declaração viera por ação de Deus. Deus revelou a Pedro tal conclusão.

Isto faz que pensemos a respeito de nossas afirmações sobre Jesus. De onde procedem? De experiência, de apenas ouvir, de leituras soltas, ou de uma revelação vinda de Deus, a saber, sua Palavra e a testificação do Espírito Santo (Rm 8.16)? Mais ainda, afirmamos só de boca, ou nossos atos confirmam aquilo que dizemos a respeito de Jesus?

Verdadeiramente, nossos atos demonstram o que, e quem é Jesus para cada um de nós. Podem confirmar nosso entendimento, sendo verdadeiro no falar e no agir, mas podem contradizer, quando afirmamos, cantamos, proclamamos algo, mas nossas ações negam o que dizemos.

Pense nisso, pois nesse tempo tantos se dizem crentes, fiéis, amigos de Deus. Mas, seus atos derrubam tais palavras. Vivamos de tal forma, que nossas vidas de fato testifiquem que Jesus é o Filho do Deus Vivo! Sobre a declaração de Pedro, Jesus disse que edificaria sua Igreja. Mas, sobre nossas “declarações”, o que tem se estabelecido? Firmeza, crescimento, fé, salvação?

Pense nisso, e que o Senhor se alegre sobre nós!!!