UMA VEZ SALVO, VALE TUDO?!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma vez salvo, salvo para sempre! Essa frase encontra problemas em qualquer ramo da fé protestante. Para os arminianos, o crente pode perder a salvação, e isso demonstra o pensamento de que a salvação é conquistada por esforços e méritos humanos, o que é totalmente contrário à Bíblia. Para calvinistas, o problema está no “uma vez salvo”. Por quê?

Uma verdade que tristemente acompanha as igrejas calvinistas (presbiterianos, parte dos congregacionais, parte dos batistas, menonitas) é a questão de que muitos crentes usam dessa premissa de que o crente não perde a sua salvação eterna para dar lugar à carnalidade, à licenciosidade, vida de pecados “aceitáveis” e uma tremenda frieza na fé.

Vemos isso costumeiramente, para nossa tristeza e vergonha. O indivíduo se julga inatingível, e age como um pagão, se envolve em práticas que a bíblia manda se afastar (bebedeiras, mentiras, maus tratos ao próximo, convívio com maledicência, convívio com o mundanismo (inclusive com filmes e séries de tv que julgamos estarem no nível da “cultura”), frequência a ambientes sabidamente ruins e carnais. E o pior: a displicência à casa do Senhor, a falta de consagração ao Dia do Senhor. Tudo isso sob a argumentação falaciosa de que “sou salvo” ou posso conviver com a “graça comum”.

O apóstolo Paulo condena veementemente este tipo de conduta, escrevendo aos romanos, no capítulo 6, versos 1 e 2. “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” Ele refuta o conceito de que se somos salvos, estamos seguros para fazer o que nossa carne desejar, pois assim Deus nos dará mais de sua graça e perdão. “De modo nenhum”, ele assevera.

Como fica essa situação de “uma vez salvo, salvo para sempre”, diante dessa infeliz situação colocada acima? Observemos o engano que muitos caem ao apenas dizerem um “sim” num momento de apelo, sem reflexão, ou no engano de se verem como filhos de crentes, então são “crentinhos”. Na realidade, não experimentaram o “uma vez salvo”. Estão realmente se enganando sobre sua salvação, apoiando-se numa falácia. O que fazer, então?

A primeira questão é se colocar diante do Espírito Santo de Deus. Ele sonda e nos convence de nossa situação (Jo 16.8) e Ele é quem nos salva. Além disso, usando uma admoestação de Aiden W. Tozer, para vencer os pecados, devemos dar nomes a eles. Se sou ladrão, se sou escravo de pensamentos ou atitudes pornográficas, se sou maledicente, fofoqueiro, ou resmungão, devo colocar isso de forma clara diante do Senhor, para ser curado, mas também para aprender a me policiar.

E ainda devo lutar diariamente por crescer no Senhor e diante dos homens, como SALVO (Fp 2.12,13).

De fato, uma vez salvo, salvo para sempre (Fp 1.6; 2.13; Jo 6.37-39; Sl 121 e tantos outros). Mas, ao contrário do que vemos, o salvo edifica-se e santifica-se cada vez mais, para a glória de Deus. Pense nisso, e assuma cada vez mais a sua parte no Reino de Deus! O Senhor te abençoe!

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PERSEVERANÇA EM 2018.

Rev. Jefferson Marques Reinh

O mundo está cada vez mais rápido em sua fuga de Deus. As mídias estão trabalhando a todo vapor, toda força, para que a sociedade se volte para si mesma, e abandone definitivamente a percepção de que Deus está no nosso meio. Palavras da moda, como liquidez (sociedade líquida, sexualidade líquida) e tolerância (condescendência, ato de suportar, não necessariamente com alegria ou conforto) fazem com que as pessoas percam a habilidade de reflexão aprofundada sobre a vida e a eternidade, os valores mais primitivos do homem. Nossos dias são marcados pelo abandono da vida com Deus, e mais ainda, pela ira contra tudo que se diz de Deus.

Triste é ver esse comportamento, adentrando a Igreja. Vemos irmãos se fechando para o certo e o errado, e agora, num equivocado discurso de amor, procuram se misturar ao comportamento do mundo. A ideia é não “ofender”, não se tornar “indesejável”, não “espalhar o montinho”. E Jesus avisou há quase dois mil anos: “quem comigo não ajunta…”

O que fazer, irmãos? Tornarmo-nos uma Igreja simpática aos nossos dias, uma Igreja “líquida”, que toma a forma mundana e a sagrada, com um discurso bem gostoso ao ouvido moderno, uma prática mais social do que moral, mais amena ao mundo e bem distante da “velha” Bíblia? Deixar-nos vencer pelo desânimo dos crentes que não oram, não leem a Bíblia devocionalmente, não têm mais práticas de servos de Deus, mas buscam cada vez mais seus interesses particulares, abandonando gradativamente os valores do Reino?

Minha postura vai ao encontro das palavras de Paulo: “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.11-15).

O que entendo é que nossa missão é perseverar e marchar, mesmo diante das crescentes pressões, e insistir naquilo que Jesus nos ensinou que seria o alimento e o refrigério para todo cristão verdadeiro – oração e estudo da Palavra. A oração contínua, fervorosa, apaixonada é a oportunidade de desabafo, de lavar a alma, de falar com o Soberano sobre nossos dias, nossas vidas.

Enquanto o cerceamento da voz da Igreja aumenta, a oração tem pista livre, portas abertas. Enquanto o mundo dá ouvidos aos funks, aos filósofos da Nova Era, às “drag queens” que se levantam contra tudo que se diz bíblico, o Cristão de firma na Revelação do Criador inclusive sobre nossos dias, nos quais o amor se esfria, os homens sentem coceiras nos ouvidos (1Tm 4.1-5; 2Tm 3.1-4.5).

Conclamo a você que lê (até isso tem sido abandonado), a se juntar com irmãos que decidem não se vingar, não se manter nas fileiras da ira, do abandono, da descrença, e sim perseverar na oração programada, e avançar no estudo da Palavra. Vamos lutar com o Senhor, ao lado dEle, não contra. 2018, um ano para avançar na Fé. O Senhor nos dará os frutos. Que o Senhor nos abençoe!!!