502 Anos de Transformações – e contando… (SL 90.12)

Rev. Jefferson M. Reinh

As celebrações dos 502 anos da Reforma protestante têm trazido alegria ao meu coração, por alguns motivos. O primeiro deles é que pelo terceiro ano consecutivo nos unimos aos irmãos luteranos de Juiz de Fora para essa celebração. Estreitamos os laços de fraternidade e comunhão, há o respeito das lideranças e a oração pelas igrejas, e isso nos fortalece como Igrejas Protestantes em nossa região. Louvamos a Deus por isso!

Um segundo motivo é que a influência da teologia reformada tem aumentado em outros ramos da Igreja Evangélica em Juiz de Fora. Nesta semana recebi, por redes sociais, vídeos, ilustrações, alusões à Reforma, e muitos líderes de igrejas que habitualmente ignoravam essa data já mencionam como algo a se observar, começam a demonstrar, inda que timidamente, um interesse por conhecer a história, os reformadores, os pilares da Reforma. Creio que Deus pode despertar um genuíno interesse pela verdadeira Reforma, que deve acontecer repetidamente nas igrejas – “igreja reformada, sempre se reformando”. Tal despertamento faria com que muitos evangélicos se aproximassem de fato das Escrituras Sagradas, e viessem a buscar um novo padrão de conduta e culto, tal qual a Bíblia ordena, fiel e centrado em Jesus, muito mais que em suas obras.

Isso me leva ao terceiro motivo de alegria e gratidão a Deus. Nossa celebração tem um caráter de dinamismo. Não celebramos a Reforma monoliticamente, como apenas um evento ocorrido há cinco séculos e que ficou na história. Celebramos a intervenção de Deus na Igreja, através de irmãos chamados por Ele, que trouxe mudanças gigantes para o mundo, mas buscamos do Senhor que haja implicações e mudanças em nosso tempo também. A teologia reformada tem implicações na fé, na vida cotidiana, na sociedade que nos cerca. Assim como a educação foi mudada pelos reformadores, com intervenções preciosas como a de Iohannes Amos Comenius (1592 – 1670), o pai da didática moderna, a economia e as tratativas sociais foram atingidas pela Reforma. Trazendo para nossos dias, pesquisadores calvinistas, literários, professores, médicos, advogados, pastores, comerciantes, cidadãos comuns, todos podemos contribuir para um mundo melhor, e que venha glorificar a Deus e desfrutar dessa glória, numa relação prazerosa de fé e prática.

A Reforma nos leva a observar nossa identidade. O que somos e qual nosso papel nesse mundo. A Reforma também nos conduz a reconhecer que a Igreja pertence a Jesus, e assim deve se esmerar em viver para Ele. Ele foi o causador, o interventor, o mediador, o operador da Reforma, visando tratar sua Igreja. E assim o faz novamente. Busquemos ouvir nosso Senhor, sua Palavra, seus preceitos.

Celebrar 502 anos nos leva ainda a pensar que não sabemos quanto tempo temos pela frente até a vinda de Nosso Senhor. Os sinais estão cada vez mais nítidos. Mas também há oportunidades de trabalhar e honrar o Nome de Jesus em nosso tempo. Assim como nossos irmãos do Século XVI e outros que vieram antes e depois, e marcaram suas gerações com um testemunho poderoso diante da corrupção humana, essa é a nossa época. Cuidemos de nossa cidade, nosso país, de acordo com os padrões bíblicos que aprendemos, visando que nosso tempo ouça a proclamação sadia e genuína do evangelho, e Deus seja honrado em nossas vidas. Somente a Deus toda a Glória!

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