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Rev. Jefferson Marques Reinh

Um professor de teologia do século XIX pega em flagrante um garotinho que havia acabado de surrupiar as bolinhas de gude de seu vizinho. O professor indaga o garoto:

– Como você pôde furtar as bolinhas de seu amigo? Não sabe que isso é errado?

– Quem disse? – Perguntou irritado o garoto, já saindo da conversa e levando consigo as bolinhas.

O professor, atônito com a resposta/questionamento do garoto, se põe a pensar, divagando consigo mesmo sobre a situação. De fato, quem ensinou o garotinho sobre o que é certo ou o que é errado? Quem o educara nos valores daquela sociedade? Ao descobrir que o garoto era um órfão, o professor concluiu que, embora convivendo com a vizinhança, se alimentando e vestindo como a maioria, aquele menino não tivera a oportunidade de obter os fundamentos, os conceitos mais básicos, que desenvolveriam suas práticas junto àquele meio social.

Este é um trecho do filme “A Jornada”, no qual um teólogo vai diagnosticar que as práticas da Igreja estão apoiadas nos conceitos fundamentais sobre quem é Deus, quem é o homem, o que é correto e justo é determinado por Deus, e ao homem cabe interpretar e obedecer à Revelação entregue por Deus, seja oral (Adão a Moisés), seja escrita (profetas, apóstolos), seja natural (Sl 19; Rm 1.20), seja sobrenatural (o chamado eficaz do Espírito Santo). A história se transporta para um futuro no qual a Igreja perdera seus referenciais, e passou a agir como os grupos sociais de sua
época, ora como um clube, ora como uma creche, ora como um orfanato, ora como escolinha, mas sempre com seu foco no homem, ainda que mencionasse Deus em seus discursos; o que menos se via era pessoas reconhecendo Jesus como Salvador e Senhor. Bastava o bem estar daquela comunidade e a vida seguia. Não contarei aqui o restante do filme, mas aconselho você a procurar e assistir.

Minha meditação com você é na questão do garoto, e identificando com ele a Igreja de nossos dias, pergunto: sabemos discernir o que é verdadeiramente certo, ou o que é verdadeiramente errado nas práticas atuais? Conhecemos nossos valores fundamentais? As práticas da Igreja no mundo têm sido questionadas assim: fazemos o que fazemos, porque sempre fizemos assim. Não percebemos que a sociedade mudou. Será verdade? Será que sabemos por que temos os conceitos e comportamentos que julgamos como corretos? Alguns até defendem: “obedecemos à Bíblia”. Mas entendemos o que a Bíblia afirma, os fundamentos daquilo que obedecemos?

Minha constatação é que cada vez mais vamos ouvir e ter que dialogar com frases e argumentos que afirmam que a Bíblia é coisa do passado. Vamos ter que lidar com ataques mais agudos. E se não estivermos preparados, vamos ficar como aquele professor, até constatar que devemos investir constantemente em fundamentos, junto com boas práticas. Para tanto, a Escola Bíblica Dominical é vital, e deve ser cada vez mais qualificada e bem frequentada. O tempo dirá, e você tem a oportunidade de verificar.

Pense nisso: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Sl 11.3).

Deus abençoe sua vida!

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