O AMOR PRÁTICO
Ev. Rodrigo Gonçalez
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” (1 João 3:18).
O que é o amor? Em nossa sociedade líquida, de relacionamentos descartáveis e amizades deletáveis, o conceito de “amor” ficou completamente banalizado. As pessoas dizem que amam hoje, para que amanhã o seu objeto e alvo de amor, por se tornar, digamos assim, obsoleto, é jogado fora e trocado por algo “novo e melhor”, de preferência por outro “da moda”.
Amar não é simplesmente “gostar de” ou se “sentir atraído por”. Isso é bastante superficial e infantil. Por vezes, tais sentimentos são egoístas pois advém de um coração maldoso (Jr 17.9).
O conceito de amor bíblico é algo muito mais profundo do que um sentimento momentâneo e pecaminoso. Nas Sagradas Escrituras, aprendemos que o amor está envolvido em um ato de aliança, que exige compromisso, responsabilidade, sacrifício e atitudes em benefício do objeto de amor. Respeito e dedicação também estão envolvidos. Amor é muito mais do que sentimento; antes, envolve atitudes concretas, objetivas e próprias ao outro.
Paulo, escrevendo aos Coríntios, afirma que: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13.4-7). Quão distante nossa geração está do amor bíblico!
O maior ato de amor revelado na Bíblia é a entrega sacrificial do Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, que voluntariamente se humilhou para sofrer e morrer em favor dos seus escolhidos – e destes apenas. Nunca houve e nunca haverá ato mais sublime e glorioso de amor na história. O amor de Deus revelado a pecadores não são apenas palavras, mas foi uma atitude cósmica que custou um Deus crucificado. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8).
Portanto, nós devemos responder a este amor divino não apenas crendo nEle, mas provando que cremos de fato e de verdade, quando obedecemos e nos submetemos de forma amorosa à sua gloriosa Palavra. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14:21).
Amar a Deus implica obedecer e se submeter criteriosamente à Sua Palavra. Você tem amado a Deus, de verdade? Que possamos meditar em nosso relacionamento com Deus e também com aqueles que dizemos que amamos. Amém.
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