OS INIMIGOS DO LAR (Jz 4.1-24)

Rev. Leonardo Oliveira (IP Rio Pomba)

O mês de maio é considerado, entre tantas datas importantes (trabalho, mães, noivas), o mês da família. Pensando nisso, neste breve devocional, falaremos da importância de estarmos atentos aos inimigos da família. Para tal, gostaria de apontar algumas verdades do texto bíblico à luz da passagem registrada no livro dos Juízes (4.1-24).

Naquele tempo, os israelitas não tinham uma liderança “fixa” e, por conseguinte, “[…] cada um fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25). Muitas vezes, Israel fazia “o que era mau aos olhos do SENHOR” (Jz 4.1) e então sofria pela opressão inimiga. No capítulo em questão, Deus levantou Jabim, rei de Canaã (também chamada de Hazor – v. 17), que tinha como comandante de seu exército um homem chamado Sísera, responsável por subjugar Israel por vinte anos (Jz 4.3).

A passagem é muito famosa pelo fato da Juíza/profetiza Débora encorajar Baraque à uma empreitada contra Jabim e Sísera. Todavia, a narrativa é interrompida para a inserção de uma informação que seria relevante à sequência do registro histórico. No v. 11, o escritor informa que Héber, sendo queneu (descendente de Hobabe, sogro de Moisés), tendo subido com seu povo junto com Israel, do deserto à Terra Prometida (Jz 1.16), apartou-se do seu povo (Jz. 4.11) e foi para as bandas do Norte, numa região que, posterioemente, seria rota de fuga para Sísera, quando derrotado por Baraque.

Carl E. Armerding (in. Comentário Bíblico NVI [Org. F.F. Bruce]. 2009. p. 437), aponta para o fato da fuga de Sísera ter sido em sentido contrário ao do seu exército, e o escritor inspirado explica: “[…] porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu” (v.17). À parte de que, sendo simplista, os queneus eram mais próximos dos israelitas do que de Jabim, temos a importante informação de que os queneus “[…] subiram, com os filhos de Judá […]; foram e habitam com este povo” (Jz 1.16), Portanto, a paz entre Héber, queneu, e Jabim, foi uma “aliança com o inimigo”.

Nesta curta devocional, somos informados de como alguém, após “abandonar a comunhão” do seu povo, falhou em identificar o verdadeiro perigo à sua família, fazendo aliança com o inimigo.

Portanto, tome cuidado com duas coisas:

1) não abandone deliberadamente a comunhão;

2) Jamais traga os “inimigos da família” para o seu lar.

Sabemos que os tempos são difíceis, se você ainda não pode voltar às atividades da igreja presencialmente, ainda assim, não deixe de viver a comunhão pelas ferramentas da internet. Também, tenha o cuidado para que não esteja abrindo às portas da sua casa para tudo aquilo que, na verdade, prejudicará a vida familiar (sejam amigos(as); vícios, falta de tempo e cuidado e etc.).

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