Rev. Jefferson M. Reinh

Era mesmo necessário que Cristo morresse? Qual a causa última que fez com que Jesus viesse a se encarnar, sofrer e morrer pelos nossos pecados?  A resposta é o amor extremo de Deus por nós, e também a justiça de Deus, que só é satisfeita pela morte de Cristo.

Que Deus nos ama nós sempre ouvimos. O versículo mais famoso da Bíblia nos afirma isso: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito…” (Jo 3.16), e o apóstolo Paulo reafirma várias vezes esse amor (Rm 5.8; Ef 2.4,5; 2Ts 2.16,17). Esse amor, porém, muitas vezes tem sido tratado de forma banal, quando o nosso coração não responde calorosamente e não se santifica em consagração ao Senhor. O amor é falado, mas não vivido e desfrutado.

O outro aspecto fundamental da morte de Cristo é a justiça de Deus. Nunca haveria perdão pelos nossos pecados se não houvesse a expiação, a saber, a obra que Jesus realizou em sua vida e morte para obter nossa salvação. Na sua morte, Jesus sofre a ira de Deus sobre si. Essa ira é a separação de Deus, a impossibilidade de obter paz e verdadeiro consolo nas agruras da vida, e a consequente separação eterna de Deus após a morte. É o terrível estado natural do homem, após a Queda (Gn 3). Paulo discorre sobre esse estado de separação, a ira de Deus (Rm 6.23; Rm 3.23; Rm 1.18 e outros). Para que o homem possa ser livrado desse estado de separação e condenação, Jesus sofre a ira de Deus. O profeta Isaías anunciava a obra do Salvador de forma dramática, mostrando efeitos que atingem de forma cabal àqueles que creem no Senhor: Jesus tomou sobre Si nossas enfermidades e as nossas dores; foi traspassado pelas nossas transgressões, moído pelas nossas iniquidades; Ele levou o castigo que nos traz a paz; Ele foi pisado, humilhado. O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos. (Is 53.4-6). Vemos então que tanto o amor como a justiça de Deus são igualmente importantes no entendimento da obra de Cristo. Estão unidos.

Mas era necessário? Se pensarmos que Deus não poupou anjos quando pecaram (2Pe 2.4), e entendendo que Deus não precisa de nada e ninguém para se satisfazer e alegrar-se, poderíamos ser abandonados e, nesse sentido, a expiação não seria absolutamente necessária. Mas, quando vemos que Deus decidiu salvar pecadores, amando-os, a expiação é absolutamente necessária, pois Deus é amor, mas é justo. E a única maneira de conciliar sua justiça com seu amor é através de Jesus, que nos substitui na morte, que é a consequência de nossos pecados (Lc 24.25,26; Hb 2.17; Hb 10.4; Hb 9.25,26).

Diante disso, considere passar os próximos dias em meditação. Observe o quanto é complexo, denso, mas extremamente grandioso, belo, redentivo, o FATO de Jesus ter se encarnado e morrido naquela cruz. Ore a respeito. Deixe-se ser trabalhado em sua mente e coração pelo Espírito Santo, ser encharcado pelo amor que vem de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Não celebre apenas, mas viva a páscoa. Viva, de fato, esses dias, lendo os relatos bíblicos e orando ao Senhor. Gratidão, adoração, santificação, proclamação! Jesus venceu a morte por nós!!!

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