PERSEVERANÇA EM 2018.

Rev. Jefferson Marques Reinh

O mundo está cada vez mais rápido em sua fuga de Deus. As mídias estão trabalhando a todo vapor, toda força, para que a sociedade se volte para si mesma, e abandone definitivamente a percepção de que Deus está no nosso meio. Palavras da moda, como liquidez (sociedade líquida, sexualidade líquida) e tolerância (condescendência, ato de suportar, não necessariamente com alegria ou conforto) fazem com que as pessoas percam a habilidade de reflexão aprofundada sobre a vida e a eternidade, os valores mais primitivos do homem. Nossos dias são marcados pelo abandono da vida com Deus, e mais ainda, pela ira contra tudo que se diz de Deus.

Triste é ver esse comportamento, adentrando a Igreja. Vemos irmãos se fechando para o certo e o errado, e agora, num equivocado discurso de amor, procuram se misturar ao comportamento do mundo. A ideia é não “ofender”, não se tornar “indesejável”, não “espalhar o montinho”. E Jesus avisou há quase dois mil anos: “quem comigo não ajunta…”

O que fazer, irmãos? Tornarmo-nos uma Igreja simpática aos nossos dias, uma Igreja “líquida”, que toma a forma mundana e a sagrada, com um discurso bem gostoso ao ouvido moderno, uma prática mais social do que moral, mais amena ao mundo e bem distante da “velha” Bíblia? Deixar-nos vencer pelo desânimo dos crentes que não oram, não leem a Bíblia devocionalmente, não têm mais práticas de servos de Deus, mas buscam cada vez mais seus interesses particulares, abandonando gradativamente os valores do Reino?

Minha postura vai ao encontro das palavras de Paulo: “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.11-15).

O que entendo é que nossa missão é perseverar e marchar, mesmo diante das crescentes pressões, e insistir naquilo que Jesus nos ensinou que seria o alimento e o refrigério para todo cristão verdadeiro – oração e estudo da Palavra. A oração contínua, fervorosa, apaixonada é a oportunidade de desabafo, de lavar a alma, de falar com o Soberano sobre nossos dias, nossas vidas.

Enquanto o cerceamento da voz da Igreja aumenta, a oração tem pista livre, portas abertas. Enquanto o mundo dá ouvidos aos funks, aos filósofos da Nova Era, às “drag queens” que se levantam contra tudo que se diz bíblico, o Cristão de firma na Revelação do Criador inclusive sobre nossos dias, nos quais o amor se esfria, os homens sentem coceiras nos ouvidos (1Tm 4.1-5; 2Tm 3.1-4.5).

Conclamo a você que lê (até isso tem sido abandonado), a se juntar com irmãos que decidem não se vingar, não se manter nas fileiras da ira, do abandono, da descrença, e sim perseverar na oração programada, e avançar no estudo da Palavra. Vamos lutar com o Senhor, ao lado dEle, não contra. 2018, um ano para avançar na Fé. O Senhor nos dará os frutos. Que o Senhor nos abençoe!!!

PACIÊNCIA E SABEDORIA DE MÃOS DADAS.

Rev. Jefferson Marques Reinh

Que diferença uma boa noite de sono faz… Diante de crises, então…

Como você age diante das questões que se apresentam no dia-a-dia? Abruptamente? Não deixa nada para o amanhã? Como eu lido com as provocações de pessoas que parecem surgir só para tirar minha paz? Na “mesma moeda”? No “olho por olho, dente por dente”? Como lidamos com más notícias que chegam quando estamos desprevenidos? A Bíblia nos adverte quanto a essas situações, há muitos séculos. É verdade que não dá para fugir desses momentos. Onde tem gente, seja de que nível sociocultural ou matriz religiosa for, haverá conflitos, haverá “testes”, haverá desgastes.

Para agir com sabedoria, e obter resultados dignos de crescimento, maturidade, e que nos fortalecerão no futuro, podemos registrar algumas pérolas.

A primeira delas é a da constatação e aceitação de que temos que passar pelos desgastes. Fato. Evitar é apenas adiar. Jesus afirmou que isso era inevitável. Ter pessoas com dificuldades junto a nós, ter aflições, passar por problemas. Logo, é bom ir se fortalecendo, melhor ainda obter capacitação e treinar a usá-la.

Uma boa atitude é de ouvir mais do que falar. Normalmente, buscamos respostas rápidas para nos esquivarmos de alguém. Quando nos esforçamos para ouvir, muitas vezes obtemos clareza sobre as situações. Obtemos também a calma do nosso interlocutor, a pessoa com quem dialogamos, obtemos tempo para refletir, ponderar e talvez aconselhar corretamente. A Bíblia nos ensina que “todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.” (Tg 1.19,20). Aprenda a dizer para a pessoa: “fale mais”, e ouça com atenção. Ouvindo alguém você já o desarma muitas vezes. E ore, pedindo lucidez e discernimento ao Senhor.

Uma outra boa atitude é questionar. “O que você acha disso?” “Qual a sua opinião a respeito?” “Sua avaliação é importante”. Normalmente, quando valorizamos o outro, passamos a ter um aliado em vez de um adversário. E isso funciona quando “conversamos” conosco mesmo. Aprendemos a ponderar, tentar prever consequências e implicações. Muitos pecados seriam evitados se pensássemos um pouco mais nos desastres que viriam.

Ainda há uma excelente providência diante de crises, é respirar, contar até 10, 100 ou 1.000.000, e o segredo: dormir. Uma boa noite de sono traz o renovo do corpo para resoluções na manhã seguinte (1Rs 19.5-8). “O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura” (Pv 14.29). Responder a alguém no calor de uma discussão é um risco. Provérbios 19.2 nos diz que “peca quem é precipitado”.

Diante das crises, caro irmão, evite fugir, evite a resposta a “queima-roupa”, procure o silêncio do travesseiro, onde Deus fala. Não seja o falante, mas seja bom ouvinte, busque a melhor mira e acerte o(s) alvo(s), a hora certa de falar ou agir.

O mais correto, porém, é: busque o Senhor e Sua Palavra. Aí está a verdadeira sabedoria e a verdadeira solução! (2Tm 3.16,17). Que Ele, Jesus, te faça vitorioso nas crises e prudente nesse mundo mal!