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Rev. Jefferson M. Reinh

Seus irmãos lhe tinham ciúmes; o pai, no entanto, considerava o caso consigo mesmo” (Gn 37.11).

Nos últimos meses, a disputa eleitoral em nosso país tem despertado diversas situações tristes de se observar. Existe um clima de discórdia e revanchismo que tem tornado muito difícil a convivência sadia entre amigos, família, até mesmo casais. E mesmo que muitas vezes ouçamos as palavras “respeito”, “diálogo”, a realidade parece ser bem distinta disso, na realidade vemos as pessoas num afã de gritarem, agredirem verbal ou até fisicamente aquele que pensa diferente de si, ou expõem realidades que confrontem seu pensamento, ou melhor, o pensamento/notícia de seu pretendido candidato. O que fazer para preservarmos nossas relações sociais, familiares, religiosas diante de pensamentos e ações divergentes daquelas que são nossas preferências? É possível manter um diálogo?

Claro que sim, mas exige esforço, e exige um mínimo de civismo, e um tanto de humildade, e um tanto de fé também. O texto acima citado está num momento de crise familiar. José, o penúltimo filho homem de Jacó, tivera um sonho, e revelou a seus familiares. No sonho, ele se viu numa posição de honra e autoridade, e isso diante de sua família, incluindo seus pais. Conhecemos a história. Mas note o posicionamento de Jacó, que embora desse um “pito” em José, não desprezou as palavras do jovem ainda inocente, diante dos ciúmes e da ira dos irmãos. Jacó considerava consigo, ou na expressão original, “guardou na memória”, “avaliava as palavras”, “meditou no que ouviu”. Aqui está uma chave, simples, mas que pode nos ajudar.

Diante de tantas opiniões, tantas informações, tantas fontes, e muitas delas falsas (as chamadas fakenews), devemos sim respirar fundo, dar um passo atrás e “considerar” as questões. Nosso coração é desesperadamente corrupto, segundo nos ensina o profeta Jeremias (Jr 17.9). O coração grita por falar, se impor, vencer disputas. Ao ser dominado, aceita o diálogo, a exortação, o conselho. Nestes dias, muitos querem impor sua visão das coisas, e, goste ou não, isso é normal. Não deveria ser, mas é. E talvez, se nós percebermos que, mesmo pensando diferente, estamos no mesmo barco, no mesmo país, diante da mesma crise, talvez venhamos a ter um pouco de paciência com o outro que tem uma compreensão diferente de nós.

Não estou falando que devemos falar igual, agir igual (se imitar Jesus, SIM), mas estou falando de ter maturidade para conversar sobre assuntos diversos, sem o peso de “ter que converter o outro ao meu pensamento, ou ao meu candidato”. Se ele ou ela vai votar no fulano ou na cicrana, paciência. E vamos nos lembrar que amanhã somos nós aqui que vivenciamos a batalha do dia-a-dia.

Assim, desejo do fundo do coração que, passadas estas eleições, não tenhamos que “juntar os cacos” de relações dissolvidas por uma disputa pessoal. Estamos todos numa crise nacional, mas essa crise deve ser enfrentada com o olhar correto. Vale a pena abandonar nosso próximo, nosso irmão, nosso amigo, por causa de candidatos? Vale mesmo a pena? Creio que todos sabemos a resposta, mas cabe a cada um “considerar” consigo mesmo, como Jacó, e dominar seu coração, que pode cair numa disputa pessoal, só pelo prazer do “ganhei”, quando na realidade, perdeu pessoas valiosas que te amam. Pense nisso!

Que o Senhor nos abençoe!

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