Rev. Jefferson M. Reinh

Certo jovem, após ouvir sobre um professor que não lia provas e trabalhos, inconformado com notas anteriores ruins, resolveu “testar” o professor. Numa prova discursiva, depois de algumas questões, inseriu ao longo do texto uma receita de bolo completa, e mais à frente uma coleção de palavras desconexas e uma escalação de time de futebol, após escrever a frase “já que você não vai ler mesmo”. Ao receber sua prova de volta, para sua surpresa, viu no cabeçalho um enorme “0” (zero), acompanhado da frase “eu li, como sempre”.

Esse conto popular, repassado em muitos meios sociais, escolas e na internet, retrata uma situação que, sem percebermos, permeia muito dos nossos comportamentos, atitudes que devemos tratar com seriedade. O que somos, o que fazemos quando não estamos sendo observados? Nossa santidade é à prova de solidão?

Uma situação difícil de aceitar no meio cristão é que devemos sempre “prestar contas”. A Igreja é um grupo que existe para edificação mútua, entre outras finalidades. E nesse quesito, quando obedecemos à Bíblia, regra de fé e prática, entramos na questão delicada de ter nosso comportamento como fonte de bênçãos ou quedas para outros irmãos. Tocar nesse assunto, em tempos de embates por autonomia e libertinagem, é complicado, mas necessário para o bem da Igreja.

O que quero levantar para nossa meditação neste breve texto é o que eu e você vivenciamos quando não estamos sendo observados. Quando estamos envolvidos na multidão, em festas, desfiles, ou mesmo na praia cheia, distantes de nosso meio social. Ou quando estamos em ambientes privados, isolados, a sós. Nessas horas, temos refletido o Nome de Jesus, ou agimos de forma a pensar que ali “ninguém vai ler mesmo”…? Como cristãos, temos buscado santidade, em qualquer circunstância? Essa luta é real para nós? Ou estamos nos apegando às aparências?

Nesse sentido, quero frisar alguns pontos básicos, que norteiam o pensamento do crente bíblico, e nos edificam na caminhada para o lar celestial.

1) Devemos nos lembrar que nossas atitudes, quer em público ou privadas, refletem em nossa vida cristã. Mesmo não vistos por “ninguém”, O Senhor nosso Deus vê todas as coisas, e nos fortalece ou corrige, a fim de nos santificar (2Cr 16.9; Jó 28.24; Is 40.26,27; Js 7; Jo 1.48-50). Fugir disso é tolice. Cedo ou tarde, colhemos o que semeamos e regamos.

2) Devemos nos lembrar que, como Igreja, devemos edificar os outros irmãos, devemos contribuir para outros se fortalecerem, crescerem na fé (Cl 3.12, 13; 16). Isso não é facultativo, é imperativo (Hb 12.14-17).

3) Não existe questões “neutras” na vida cristã. Pelo contrário, as trivialidades estão aí para nos aproximarem de Deus (ou o contrário) – Cl 3.15, 17; 1Co 10.31-33.

Assim, não sejamos ingênuos a ponto de pensarmos que ninguém nos observa. Corramos a carreira da santificação, fugindo da aparência do mundo (Ef 4.17-20). Ao imaginarmos que podemos agir de qualquer forma, negando a autoridade espiritual da Igreja, ou mesmo sendo condescendentes com nossos desejos, argumentando com nosso coração que “não tem problema”, estamos nos afastando do Senhor, deliberadamente. Reflita sobre isso, veja o mundo como está, e não teste a Deus nesse sentido, pois os resultados podem ser desastrosos. “Tem cuidado de ti e da doutrina”.

Deus abençoe sua semana!

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