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Rev. Jefferson M. Reinh

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (Jo 1.1). “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.7).

Você já se sentiu traído por alguém que considerava como verdadeiro amigo? Já se decepcionou com pessoas de sua confiança, que riam e se alegravam contigo, que você confidenciava segredos, fracassos, sonhos, risadas? É triste demais, não é mesmo?

E à medida em que nos vemos machucados, desapontados, vamos criando uma “casca”, uma espécie de defesa que nos afasta de decepções futuras, em tese, mas nos afasta principalmente de experimentar o verdadeiro alvo de Jesus para nossas vidas: ser como Ele é. O evangelho do perdão está fora de moda. O evangelho do caminho estreito, difícil, está distante das nossas mensagens e postagens na internet, e, quem sabe, está meio morto no coração. Se não, vejamos.

Isaías, num dos textos mais lidos sobre a pessoa e obra de Cristo, expõe a resposta do Messias ante a traição – silêncio e sacrifício substitutivo (Is 53). João declara que Jesus veio para o que lhe pertence, e tudo de fato lhe pertence, mas os seus, seu povo, sua família, seus próprios irmãos e vizinhos não creram e não o amaram como Senhor e Salvador (Jo 13.54-57).

Mas Jesus ensinou e vivenciou diante de seus discípulos que o evangelho genuíno passa e ultrapassa a dor das decepções pessoais. Jesus não criou “casca” ou “casco”. Longe disso, avançou e se manteve fiel até o Calvário. Nosso Senhor ensinava a distribuir graça ao agir contrariamente ao que se esperava em situações de oposição. Pedro esperava que Jesus o apoiasse ao ferir um soldado. Pilatos esperava que o Senhor se defendesse de acusações que lhe gritavam. Mas Jesus registrou seu comportamento, ensinado seus seguidores a perdoar (Mt 18.21-35).

Este não é um texto sobre o que fazer com o irmão, mas antes, o que fazer consigo mesmo. Quando não imitamos Cristo e lutamos com nossa própria alma, nos distanciamos de Jesus e nos tornamos doentes, azedos, distantes do evangelho que cura e limpa a alma, e passamos a exercer “justiça” própria. Não oramos mais de forma piedosa, mas passamos, muitas vezes sem perceber, a exercer orações imprecatórias, vingativas, amaldiçoadoras, e ainda racionalizamos pecaminosamente, exercendo o “direito” de nos defender contra pecadores que nos “ofendem”.

As Igrejas estão repletas de pessoas com a alma doente, por não absorverem as palavras e atitudes de Jesus. Vivem um evangelho particular, não amam irmãos de forma sacrificial, não vivem um evangelho que assume perdas, sofrimento, desgaste, cruz… não amadurecem na fé, não se parecem com Jesus. A qualquer decepção, se fecham, criticam, buscam seus direitos, exercem discursos cheios de argumentos teológicos ou sociológicos, afinal, nosso mundo atual é o do individualismo, do “empoderamento” das minorias, dos gritos e protestos, do “dá a minha bênção para depois subir”.

Como está seu coração? O evangelho da segunda milha te agride, te ofende? A mim agride, mas tenho lutado para vivê-lo, afinal, eu ofendi, machuquei, matei, Àquele que ainda assim me perdoou, amou e permanece cuidando de mim.

Pense nisso! Deus abençoe nossa semana!

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