O RESGATE DA MORALIDADE FAMILIAR POR MEIO DA PREGAÇÃO SOBRE CRISTO.

O RESGATE DA MORALIDADE FAMILIAR POR MEIO DA PREGAÇÃO SOBRE CRISTO.

Rev. Pedro Felippe

Miqueias 7.1: “Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma deseja.”

O profeta Miqueias sente na própria pele o peso do pecado que o povo está cometendo. No discorrer do capítulo 7 do seu livro, Miqueias mostra que todas as vertentes sociais estão extremamente corrompidas. Mas o versículo 6 mostra um pecado raiz pelo qual se mostra a razão da depravação do povo: Mq 7:6: “Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.”

As famílias em guerra e fragmentadas são a causa secundária de uma franca ruína (secundária pois a queda é a fonte primária dessa grande tragédia social).

O pacto de Deus é uma aliança de Deus feita com famílias que seriam e são o seu povo. Em decorrência a essa afirmação pode-se concluir que Satanás está sempre buscando meios para destruir essa divina constituição.

Hoje, a época em que estamos vivendo, é uma demonstração clara de o quanto, aparentemente, as trevas têm prevalecido (ênfase no aparentemente, pois Deus é o Senhor de todas as coisas), mas a fragmentação arbitrária familiar é um enorme problema tolerado dentro da sociedade.

Filhos desobedientes, cônjuges infiéis, ambiente belicoso dentro dos lares e a associação “matrimonial” de pessoas do mesmo sexo (gênero) são poucos dos problemas que temos visto. A grande indagação que devemos fazer é: há solução para isso? A resposta é gritante: SIM!

A moralidade familiar emana do espelhamento do caráter divino, ou seja, a partir do momento em que as pessoas começarem a refletir o caráter de Deus, as famílias serão unidas e moralizadas novamente.

Se repararmos, o profeta Malaquias vai dizer: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Ml 4.5-6). Essa profecia apontava diretamente para Cristo e seu precursor (João Batista). Um ambiente social que vá promover a vinda de Cristo deve ter como objetivo uma união da família do pacto.

Nossa esperança é que a manifestação de Cristo, espiritual agora, mas totalmente física em sua vinda, vincule as famílias que estão esmigalhadas. Nossa esperança é que o anúncio do evangelho transforme os lares entendendo que esse anuncio/pregação deve ser extremamente cristocêntrico para obter sua eficácia, pois hoje somos os profetas que devem resgatar a moralidade familiar social por meio da nossa pregação. Grande é essa tarefa, mas pela força do Espírito Santo, conseguiremos vencer e trazer dignidade em Cristo às famílias da nossa tão sofrida sociedade.

O Objetivo Insuperável: Casamento Vivido para a Glória de Deus

O Objetivo Insuperável: Casamento Vivido para a Glória de Deus

John Piper

Meu tópico para este capítulo é ” Casamento vivido para a glória de Deus.” A palavra decisiva nesse tópico é a palavra “para”. “O casamento vivido para glória de Deus.” O tópico não é: “A glória de Deus para a vida do casamento.” Nem: “Casamento vivido pela glória de Deus”. Mas: “O casamento vivido para a glória de Deus.”

Esta pequena palavra significa que existe uma ordem de prioridade. Há uma ordem de importância final. E a ordem é simples: Deus é absoluto e o casamento não é. Deus é a Realidade mais importante; o casamento é menos importante — bem menos importante, infinitamente menos importante. O casamento existe para magnificar a verdade, o valor, a beleza e a grandeza de Deus; Deus não existe para magnificar o casamento. Até que essa ordem seja vivida e valorizada — até que ele seja vista e saboreada — o casamento não será experimentado como uma revelação da glória de Deus, mas como um rival da glória de Deus.

POR QUE EXISTE CASAMENTO

Eu creio que meu tópico, “Casamento vivido para a glória de Deus”, seja uma resposta para a pergunta: Por que o casamento? Por que existe o casamento? Por que o casamento existe? Por que vivemos em casamentos? Isso significa que meu tópico é parte de uma questão mais ampla: Por que qualquer coisa existe? Por que você existe? Por que sexo existe? Por que Terra e sol e lua e estrelas existem? Por que animais e plantas e oceanos e montanhas e átomos e galáxias existem? A resposta a todas estas perguntas, incluindo aquela a respeito do casamento é: Todos existem para a glória de Deus.

Ou seja, eles existem para magnificar a verdade, o valor, a beleza e a grandeza de Deus. Não do jeito que um microscópio magnifica, mas da forma que um telescópio magnifica. Microscópios magnificam fazendo pequenas coisas parecerem maiores do que são. Telescópios magnificam fazendo inimagináveis coisas grandes parecerem como elas realmente são. Microscópios levam a aparência do tamanho pra longe da realidade. Telescópios trazem a aparência do tamanho pra perto da realidade. Quando digo que todas as coisas existem para magnificar a verdade, o valor, a beleza e a grandeza de Deus, quero dizer que todas as coisas — e principalmente o casamento — existem para trazer a aparência de Deus na mente das pessoas pra mais perto da realidade.

Deus é inimaginavelmente grande e infinitamente valioso e insuperável em beleza. “Grande é o Senhor, e mui digno de louvor, e a sua grandeza é insondável” (Salmo 145:3). Tudo o que existe é feito para magnificar essa Realidade. Deus clama por intermédio do profeta Isaías (43:6-7), “Trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra, todos os que são chamados pelo meu nome, e que criei para minha glória ” (ênfase acrescentada). Fomos criados para mostrar a glória de Deus. Paulo concluiu os primeiros onze capítulos de sua grande carta aos Romanos com a exaltação de Deus como a fonte e o fim de todas as coisas: “Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. Para ele seja a glória para sempre. Amém” (11:36, ênfase acrescentada). Ele faz com que seja ainda mais claro em Colossenses 1:16, onde ele diz: “Por [Cristo] foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra … tudo foi criado por meio dele e para ele.” (ênfase acrescentada).

O QUE SIGNIFICA SER FEITO PARA DEUS

E ai de nós se pensarmos que “para ele” significa “para a sua necessidade”, ou “para seu benefício”, ou “para seu aperfeiçoamento.” Paulo deixou bem claro em Atos 17:25 que Deus não é “servido por mãos humanas, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todo ser humano a vida, respiração e tudo mais”. Não, o termo “para a sua glória” e “para ele” significa “para a exibição de sua glória”, ou “para a demonstração de sua glória”, ou “para a ampliação da sua glória.”

Precisamos deixar isto se fixar. Antes de tudo havia Deus, e somente Deus. O universo é a sua criação. Não é co-eterno com Deus. Não é Deus. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus …. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele” (João 1:1, 3). Todas as coisas. Tudo o que não é Deus, foi feito por Deus. Assim, uma vez só havia Deus. Portanto, Deus é a Realidade absoluta. Nós não somos. O universo não é. O casamento não é. Nós somos derivados. O universo é de importância secundária e não primária. A raça humana não é a realidade suprema, nem o valor final nem o última medida do que é bom ou do que é verdade ou do que é belo. Deus é. Deus é o único absoluto final na existência. Tudo mais é dele, por ele e para ele.

Esse é o ponto de partida para entender o casamento. Se entendermos isso errado, tudo dará errado. E se entendermos corretamente — realmente certo, em nossas mentes e em nossos corações — então o casamento será transformado por isso. O casamento vai se tornar aquilo que foi criado por Deus para ser — uma exposição da verdade e do valor e da beleza e da grandeza de Deus.

PREGUE DEUS PELO BEM DO CASAMENTO

Isso leva a uma conclusão muito simples — tão simples e ao mesmo tempo tão fora de alcance. Se queremos ver o casamento ter o lugar que deve ter no mundo e na igreja — isto é, se quisermos que o casamento glorifique a verdade e o valor e a beleza e a grandeza de Deus — devemos ensinar e pregar menos sobre casamento e mais sobre Deus.

A maioria dos jovens de hoje não traz para o seu namoro e casamento uma grande visão de Deus — quem ele é, como ele é, como ele age. No mundo não há quase nenhuma visão de Deus. Ele não está nem mesmo na lista de convidados. Ele é simplesmente incrivelmente omitido. E na igreja, a visão de Deus que os casais jovens trazem para o relacionamento deles é tão pequena, ao invés de grande, e tão fútil, em vez de central, e tão vaga ao invés de clara, e tão impotente em vez determinante, e tão desinteressante ao invés de arrebatadora, que quando eles se casam, o pensamento de viver o casamento para a glória de Deus fica sem sentido e sem conteúdo.

O QUE QUEREMOS DIZER COM A GLÓRIA DE DEUS

O que a “glória de Deus” significaria para uma jovem esposa ou jovem marido que dedica quase nenhum tempo e nenhum pensamento para o conhecimento a glória de Deus, ou da glória de Jesus Cristo, Seu divino Filho…

  • a glória de sua eternidade, que faz com que a mente queira explodir com o pensamento infinito de que Deus nunca teve um começo, mas simplesmente sempre foi;
  • a glória do seu conhecimento, que faz com a Biblioteca do Congresso parecer uma caixa de fósforos, e um estudioso de física quântica, um leitor de primeira série;
  • a glória da sua sabedoria que nunca foi e nunca poderá ser aconselhadas pelos homens;
  • a glória de sua autoridade sobre o céu, a terra e inferno, sem cuja permissão nenhum homem e nenhum demônio pode se mover um centímetro;
  • a glória da sua providência, sem a qual nem um pássaro cai no chão ou um único fio de cabelo fica cinza;
  • a glória da sua palavra que sustenta o universo e mantém todos os átomos e moléculas juntos;
  • a glória do seu poder para andar sobre as águas, limpar os leprosos, curar o coxo, abrir os olhos dos cegos, fazer com que o surdo ouça, acalmar tempestades com uma palavra, e ressuscitar os mortos;
  • a glória da sua pureza para nunca pecar, ou ter segundos de má atitude ou um mau pensamento;
  • a glória da sua credibilidade de nunca quebrar Sua palavra ou deixar uma promessa cair por terra;
  • a glória de sua justiça para acertar todas as contas morais do universo ou na cruz ou no inferno;
  • a glória da sua paciência para suportar nossa apatia década após década;
  • a glória da sua soberania, com obediência como a de um escravo para abraçar a dor excruciante da cruz voluntariamente;
  • a glória da sua ira que um dia levará pessoas a clamar às rochas e às montanhas que caiam sobre elas;
  • a glória da sua graça que justifica o ímpio; e
  • a glória do seu amor que morre por nós mesmo sendo nós ainda pecadores.

Como as pessoas vão viver suas vidas de modo que seus casamentos mostrem a verdade, valor, beleza e grandeza desta glória, quando dedicam quase nenhuma energia ou tempo para conhecer e estimar essa glória?

A MISSÃO DA MINHA VIDA E IGREJA

Talvez você possa ver porque ao longo dos últimos vinte anos de ministério pastoral cheguei a ver a minha missão e a missão da nossa igreja em alguns termos muito básicos, a saber: eu existo — nós existimos — para espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas e para a alegria de todos os povos. Essa é a nossa avaliação da necessidade. Até que haja uma paixão pela supremacia e glória de Deus nos corações das pessoas casadas, o casamento não vai ser vivido para a glória de Deus.

E não haverá paixão pela supremacia e glória de Deus nos corações de pessoas casadas, até que o próprio Deus, em suas diversas glórias, seja conhecido. E ele não vai ser conhecido em suas variadas glórias até que pastores e professores falem Dele incansavelmente, constantemente, profundamente, biblicamente, fielmente, claramente, completamente e apaixonadamente. O casamento vivido para a glória de Deus será o fruto de igrejas permeadas com a glória de Deus.

Então eu digo novamente, se queremos que o casamento glorifique a verdade, o valor, a beleza e a grandeza de Deus, devemos ensinar e pregar menos sobre casamento e mais sobre Deus. Não que nós pregamos muito sobre o casamento, mas que pregamos muito pouco sobre Deus. Deus é simplesmente e não magnificamente central na vida da maioria do nosso povo. Ele não é o sol em torno do qual todos os planetas do nosso cotidiano são mantidos em órbita e encontram o seu próprio lugar, indicado por Deus. Ele é mais parecido com a Lua, que cresce e diminui, e você pode ir por noites e nunca pensar sobre Ele.

Para a maioria do nosso povo, Deus é insignificante e uma centena de coisas boas usurpam seu lugar. Pensar que seus casamentos poderiam ser vividos para a glória dele ensinando sobre a dinâmica dos relacionamentos, quando a glória de Deus é tão periférica, é como esperar que o olho humano glorifique as estrelas quando nós não olhamos fixamente para o céu noturno e nunca possuimos um telescópio.

COMO VIVER PARA A GLÓRIA DE DEUS NO CASAMENTO

Então conhecer a Deus e admirar a Deus e valorizar a glória de Deus acima de todas as coisas, incluindo o seu cônjuge, é a chave para viver um casamento para a glória de Deus. É verdade no casamento, como em qualquer outro relacionamento: Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele.

Aqui está a chave que abre mil portas. Satisfação superior em Deus acima de todas as coisas terrenas, incluindo seu cônjuge, sua saúde e sua própria vida (Salmo 63:3, “a tua benignidade é melhor do que a vida”) é a fonte de grande longanimidade sem a qual os maridos não podem amar como Cristo, e as esposas não podem seguir como a noiva de Cristo, a igreja. Efésios 5:22-25 deixa claro que os maridos tomam seus exemplos de liderança e amor de Cristo, e as mulheres tomam seus exemplos para submissão e amor a partir da devoção da igreja pela qual Ele morreu. E ambos atos complementares de amor — liderar e submeter — são insustentáveis ​​para a glória de Deus, sem uma satisfação superior em tudo o que Deus é por nós em Cristo.

DUAS MANEIRAS QUE DEUS BRILHA SUA GLÓRIA ATRAVÉS DO CASAMENTO

Deixe-me dizer isso de outra maneira. Existem dois níveis em que glória de Deus pode brilhar a partir de um casamento cristão:

Um deles é no nível estrutural, quando ambos os cônjuges cumprem as funções que Deus destinou a eles — o homem como líder a semelhança de Cristo, a esposa como defensora e seguidora dessa liderança. Quando essas funções são vividas corretamente, a glória do amor e da sabedoria de Deus em Cristo é mostrada para o mundo.

Mas há um outro nível mais profundo, mais fundamental, onde a glória de Deus deve brilhar se estes papéis forem ser mantidos como Deus planejou. O poder e o impulso de conduzir a auto-negação e o fazer morrer diariamente, mensalmente, anualmente que serão necessários para amar uma esposa imperfeita e amar um esposo imperfeito devem vir de uma satisfação superior em Deus que dá esperança e sustenta a alma. Eu não acho que o nosso amor por nossas esposas ou delas por nós glorifiquem a Deus até que fluam de um coração que se deleita em Deus mais do que no casamento.

O casamento será preservado para a glória de Deus e moldado para a glória de Deus quando a glória de Deus for mais preciosa para nós que o casamento. Quando podemos dizer com o apóstolo Paulo (em Filipenses 3:8), “Considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (NVI) — quando nós podemos dizer isso sobre o casamento — sobre o nosso esposo ou esposa — então este casamento vai ser vivido para a glória de Deus.

Eu concluo tentando dizer isto de mais uma maneira, desta vez com um poema que eu escrevi para o meu filho no dia de seu casamento.

AME-A MAIS E AME-A MENOS

Para Karsten Luke Piper
No Seu Casamento Com
Rochelle Ann Orvis
29 de Maio de 1995

O Deus a quem temos amado,
E em quem nós temos vivido,
E nestes vinte e dois bons anos A nossa segura Rocha tem sido
Com você, agora nos convida,
Com doces lágrimas deixá-lo ir:
“Um homem deixará seu pai e sua mãe,
Para à sua mulher se unir
E uma só carne pura e livre ser”.
Esta é a palavra de Deus, hoje,
e estamos felizes em obedecer.
Porque Deus uma noiva lhe tem dado
Que responde tudo o que em oração pedimos
Por mais de vinte anos por ti temos clamado
Antes mesmo que seu nome fosse conhecido.

E agora pedes que eu escreva
Um poema – ato um tanto arriscado,
Já que sabes ser eu mais pregador
Que poeta ou artista. Sinto-me honrado
Por sua bravura e obedeço.
Destas doces confidências não guardo rancor
Rimas em pares e linhas contadas
São velhos amigos que dão valor
A quando assento-me mais uma vez
E convido-lhes a ajudar-me a coletar
Sentimentos num formato que os mantenha
Aquecidos e que os faça durar.

Nos encontramos nos últimos dias,
E amor e louvor fluir, fizemos
E conselhos do coração de um pai,
Dentro das margens da arte, temos.
Parte destes aqui te escrevo. O tema,
Meu filho, deste sermão poema:
Do amor, a dupla regra em questão:
Uma doutrina em contradição.

Se você quiser sua esposa abençoar
Amá-la mais e amá-la menos deverá.

Se nos anos vindouros por alguma estranha
Providência de Deus, você tenha tamanha
Riqueza nesta era, e sem medida
De dor cruzar o palco desta vida.
Ao lado de sua esposa, em saúde não esqueça
De amá-la, amá-la mais que a riqueza.

E se sua vida for tecida
De centenas de amizades e sacudida
Como um tecido em celebrações
De grandes e pequenas doces afeições,
Lembre-se, não importa os buracos no tecido,
De amá-la, amá-la mais do que a amigos.

E se houver um momento em que você
Estiver cansado e ouvir uma voz dizer:
“Sirva-se a si mesmo. Livre seja
Abrace o conforto que tanto almeja.”
Saiba que sua esposa a isto excederia
Vá amá-la, amá-la mais que a calmaria.

E quando é puro o leito conjugal
E por sua esposa há atração total.
Se nenhuma mulher tua luxúria desperta
E o êxtase em sua vida é coisa certa,
Há um segredo pra algo assim complexo:
Vá amá-la, amá-la mais que o sexo.

E se com o tempo teu gosto refinar
E tua mente assumir certo ar
De deslumbre do que o homem pode fazer
Lembre-se sempre que, o porquê
De toda obra, do coração parte.
Então ame-a, ame-a mais que a arte.

E se seu trabalho um dia for
Aquele ao qual os críticos dão louvor
E apreço, e muito puder lucrar,
Mais do que em sonhos possa imaginar:
Vede bem, pois o renome é uma trama,
E ame-a, ame-a mais que a fama.

E se não para minha, mas sua surpresa
Deus te chamar para estranha proeza,
Para tua vida por grande causa dispor,
Não hesite por medo ou por amor.
E quando o portão da morte enfrentar
Ame-a, ame-a mais que o respirar.

Sim, ame-a mais que a vida tua.
Oh, ame a mulher chamada sua!
Ame-a com o seu melhor amor terreno.
Mas não a ame ao extremo.
Ou como de um tolo será o ato seu
Certifique-se de amá-la menos que a Deus.

Não é sábio ou amável chamar
Um ídolo por nomes doces, e se derramar
Humilhado aos pés da que é parecida
Com a imagem de Deus, mas a tem distorcida.
Acima de sua amada na terra, seja um adorador
Do Deus Único que a ela dá valor
Ela viverá em segundo lugar,
E seu amor, como graça, perceberá.
E entenderá que a sua afeição
E o grande amor de seu coração,
Fluem livremente do voto seu,
De promessas feitas primeiro por Deus,
Que não irá desaparecer por estar enraizado

No fluir de alegria do céu, por ti estimado.
Mais estimado que o ar e a vida
Pra que possas oferecê-lo à tua querida.

O maior presente que à tua esposa podes dar
É, acima dela, ao teu Deus sempre amar.
E assim, ao despedir-nos te abençoaremos:
Vá e ame-a mais ao amá-la menos.

Fonte: DesiringGod

O DEUS CONGREGADO COM O SEU POVO

Ev. Rodrigo Gonçalez
“Eu amo, Senhor, a habitação de tua casa e o lugar onde tua glória assiste” (Salmos 26.8 ).
Bom é desfrutarmos da presença do nosso Deus em seu local de habitação. A Bíblia nos ensina que Ele habita com o quebrantado, com o humilde de coração. “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3). Dos soberbos, Ele está bem distante. Nosso Deus é o Emanuel; o Deus conosco; o Deus que se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade (Jo 1.14). Hoje, Ele está conosco por meio da pessoa do seu Espírito, derramado sobre nós de forma individual e principalmente congregacional.
A igreja reunida é o templo do Espírito de Deus, Criador dos céus e da terra.
Este é o único Deus verdadeiro, que chama o seu povo para a adoração. Essa adoração é congregacional, pessoal, relacional. Quando o povo chamado por Deus se reúne, então este mesmo é o local em que a sarça está em chamas e não se consome; onde Ele se revela ao seu povo sobre a tampa da verdadeira arca da aliança; local onde o Deus Trino se revela por meio de sua gloriosa Palavra.
Como é bom estarmos reunidos para adorar ao nosso Deus na presença dele, onde a sua glória é transparente e revelada; em uma reunião de pecadores redimidos por sua graça somente pela fé somente. Em sua presença, há alegria! Há paz! E por meio dela, Ele nos restaura.
Que jamais percamos isso de vista. Nós, o povo da Aliança, somos chamados para a adoração. Somos convocados para estarmos diante do nosso Deus e prestar-lhe culto. Culto este conforme Ele mesmo ordenou em sua Palavra.
Ele é um Deus tão grande, que esta assentado em um trono cósmico de glória; tão conosco, que cabe em uma cruz de madeira; em um sepulcro de pedras lavradas.
Em suma, vamos para igreja, de acordo com as oportunidades oferecidas. Adoremos ao nosso Deus!

HORA DE PENSAR NO PAPEL DA IGREJA

Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

A igreja evangélica no Brasil deve refletir sobre os tempos que vivemos em nosso país. São tempos de perplexidade, inquietações e oportunidades. Listei abaixo alguns pontos que penso que devem fazer parte dessa reflexão.

1. Ao que tudo indica, é apenas uma questão de tempo até os valores da visão cristã de mundo, que mesmo superficialmente moldaram a cultura brasileira, sejam excluídos da política, economia, arte, educação e que o paganismo domine essas áreas. Ainda que os evangélicos representem um terço da população brasileira, caminham para perder a guerra cultural sobre aborto, ideologia de gênero, pedofilia, poligamia, e outras questões.

2. As dimensões e a profundidade da corrupção e desonestidade instaladas em todas as áreas do poder político e financeiro no Brasil ultrapassam qualquer esperança de mudança que cristãos fiéis e íntegros possam ter. Uma vez perdida a esperança da instalação dos valores do Reino de Deus aqui no país, devemos perguntar qual o papel da igreja cristã numa democracia corroída pela desonestidade, mentira e ganância, e que é irrecuperável.

3. A igreja evangélica perdeu sua autoridade para profetizar. A teologia da prosperidade ensinada em igrejas neopentecostais lança uma sombra de desconfiança sobre a verdadeira intenção de seus pastores e fundadores e os coloca, diante dos olhos do público, na mesma vala comum dos políticos gananciosos e corruptos. As alas da igreja evangélica que se aliaram e militaram incondicionalmente pelas agendas da esquerda ou da direita perderam todo respeito com a exposição constante dos malfeitos dos que representam tanto um lado como o outro. As igrejas históricas estão paralisadas, algumas delas comidas pelo liberalismo teológico que rouba a pregação do Evangelho de seus púlpitos. A igreja cristã perdeu seu discurso público. Quem sabe, agora, seja a hora dela recuperar sua verdadeira missão e pregar o simples e puro Evangelho de Cristo a ricos e pobres.

4. Um grande fatia dos evangélicos no Brasil estão deixando as denominações históricas e as igrejas pentecostais e neopentecostais e procurando modos alternativos de ser igreja, onde não tenham de se submeter à autoridade espiritual e disciplina moral, onde não haja exigências financeiras e formalidades quanto à membresia. Por um lado, pode representar uma renovação da igreja em sua busca de mais simplicidade, por outro, pode representar um afastamento dos requerimentos bíblicos para a igreja, como acatar liderança espiritual, contribuir financeiramente para a obra de Deus (ajuda aos necessitados e expansão do Reino) e disciplina dos faltosos.

É diante desse quadro pouco esperançoso que oportunidades aparecem, para a igreja refletir sobre seu papel, reformar-se, renovar-se e ser boca de Deus nesse tempo. O Tempora! O Mores!

Fonte: Coalizão Pelo Evangelho

Louvor e Esperança em Deus

Louvor e Esperança em Deus

Aleluia! Louva, ó minha alma, ao Senhor.

Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu viver.

Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação.

Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios.

Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor, seu Deus,

que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade.

Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O Senhor liberta os encarcerados.

O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos.

O Senhor guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios.

O Senhor reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia!

Salmos 146

 

 

Os salmos 146,147,148,149,150, começam e terminam com Aleluia, palavra esta que significa um chamado a adoração.

Não sabemos quem é o autor do salmo, mas sabemos que tanto na peregrinação no deserto quanto no estabelecimento dos hebreus em Canaã, entre eles haviam pessoas responsáveis pelo culto a Deus. Mas, este salmista tem a convicção de que sua adoração precisa ser individual, particular, fluindo do mais profundo de sua alma e expressa através dos seus lábios.

Este compromisso ele assume não eventualmente, e, independente das circunstâncias, ele se compromete em adorar ao Senhor enquanto viver.

Descobre que uma forma de adorar ao Senhor se dá em não colocar sua confiança em governantes, pois todos são filhos de Adão, falíveis e mortais.

O salmista revela que sua felicidade está intimamente ligada ao fato de colocar sua confiança em Deus.

 

Ele expõe as razões porque o homem deve colocar sua esperança no Senhor:

– Ele é o Criador do mundo e, portanto, tem todo o poder, tudo depende dEle;

– Ele pleiteia a causa dos oprimidos e executa o julgamento por eles;

– Ele é um benfeitor generoso para os necessitados: mandou os corvos alimentarem Elias; assim, Cristo fez mais de uma vez quando alimentou milhares de pessoas;

– O Senhor solta os prisioneiros. Ele tirou Israel da casa da escravidão no Egito e depois na Babilônia, Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados;

– Ele dá a visão para aqueles que há muito foram privados dela; O Senhor pode abrir os olhos aos cegos;

– Ele levanta aqueles que estão prostrados, confortando-os e apoiando-os sob seus fardos e, no devido tempo, removendo seus fardos;

– O Senhor ama os justos e eles podem, com confiança, depender de seu poder quando estiverem seguros de sua boa vontade;

– Ele tem uma terna preocupação com aqueles que precisam de seus cuidados especiais: O Senhor preserva os estrangeiros, viúvas e órfãos. O Senhor os socorre e suscita amigos para eles;

– Ele aparecerá para a destruição de todos aqueles que se opõem ao seu reino e oprimem os súditos fiéis dele;

– O Senhor reinará para sempre, apesar de toda a malignidade dos poderes das trevas. Seu reino não pode ser destruído por um invasor; não será deixado para um sucessor, nem para um monarca ou monarquia que o suceda, mas permanecerá para sempre.

 

Seguindo o exemplo do salmista, a igreja segue dizendo ALELUIA, convidando todos os povos, raças, tribos e nações a louvar ao Senhor de todo o coração e em todo tempo.

 

Rev. Roberto Carlos Fidelis de Paula

SAIR DO FUNDO DO POÇO PARA UMA VIVA ESPERANÇA

“Das profundezas clamo a ti, Senhor.

Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas.

Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá?

Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.

Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra.

A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã, espere Israel no Senhor, pois no Senhor há misericórdia; nele, copiosa redenção.

 É ele quem redime a Israel de todas as suas iniquidades.”

 

Salmos 130

 

 

Ser humano, é aceitar que muitas vezes a vida pode ser comparada como um soldado que caminha sobre um campo minado, estamos sempre expostos a experimentar dor e sofrimento.

A grande diferença é que uma pessoa que professa a fé cristã carrega dentro de si algo que a impulsiona a aceitar, enfrentar e passar pelo sofrimento como algo inerente a toda a criatura.

Se não fazemos isto estamos em perigo de nos tornarmos pessoas, cínicas, dissimuladas, apáticas, melancólicas e até suicidas.

O soldado que enfrenta um campo minado tem fé, acredita que ainda com algumas escoriações ele chegará do outro lado, ele precisa enfrentar a situação com coragem e perseverança, pois lhe é impossível retroceder.

O salmo 130 descreve a luta de um servo de Deus contra o sofrimento, é um verdadeiro manual para quem quer enfrentar o sofrimento.

Em suas primeiras palavras neste cântico o salmista declara, afirma, tem plena convicção de que está no fundo do poço, ele não dissimula, ele não trata seu sofrimento com desdém. “Das profundezas clamo a ti,” (1)

 O Salmista está no fundo do poço, mas percebe que, por pior que seja seu sofrimento, ele nunca estará fora do alcance do socorro gracioso por parte do amor de Deus. Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas. ” (2)

 O Salmista conhece o caráter desse Deus a quem ele pede socorro: Deus é perdoador, é alguém em quem vale a pena esperar, é Deus de misericórdia, e nEle há grande redenção. (Vers 4,5,7,8)

 Sendo assim o salmista está determinado, usando a figura dos guardas que anseiam pela chegada da manhã, para o término de seu turno, assim o salmista anseia pela presença salvífica, e renovadora do Senhor. (6)

 Seja vigilante enquanto caminha a caminhada da vida. Guarda seu coração e não deixe a desesperança a melancolia, o desespero, o cinismo alcançar você. Não deixe os sonhos morrerem, mantenha-se na torre de vigília, guarda, proteja o teu coração contra estas coisas. Logo o Senhor vem. Deus te abençoe!

 

 

Rev. Roberto Carlos Fidelis de Paula

VOCÊ NÃO FOI ESQUECIDO

Você não foi esquecido

“Eu disse na minha pressa: estou excluído da tua presença. Não obstante, ouviste a minha súplice voz, quando clamei por teu socorro. Amai o Senhor, vós todos os seus santos. O Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo. Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor”

Salmos 31.22-24

 

Em momentos de profunda tristeza e dor, parece que sentimos na pele o abandono daquele que acreditávamos cuidar de nós.

Na obscuridade da ansiedade apressada, o socorro que viria de Deus parece tão distante e tão improvável.

Nas agitadas águas turvas do sofrimento, derramamos lágrimas de amargura e de incredulidade.

O grito da alma é o clamor de um desespero sem fim. Céus de bronze. Isolamento de ferro. Onde está Deus?

Todos nós já enfrentamos situações muito parecidas como essa do salmista. Ou talvez ainda as enfrentaremos. São momentos em que os nossos recursos são insuficientes, os nossos amigos estão distantes e nossas orações são curtas e sem nenhuma fé.

Pressionados pela dor, desejamos abandonar tudo e todos. Se possível, abandonaríamos até mesmo a nossa fé, que tantas vezes nos salvou, mas que agora parece tão ineficaz. Será que conseguimos admitir isso?

Porém, e mais uma vez, encontramos nas orações sinceras dos salmos quem nós somos.

A nossa identidade está em Deus, o nosso Salvador. E, podemos encontrar, novamente, a esperança inabalável desse Deus tão maravilhoso que cuida do seu povo, e que preserva os seus fiéis.

Estes que são chamados para serem tão amados, cuidados e protegidos de todos os males que nos assolam.

O Deus que muitas vezes não nos livra “da” fornalha, mas permanece conosco em meio ao fogo, e que fecha as bocas de leões famintos.

Esse é o nosso Deus, a quem servimos e dedicamos nossas vidas, em amor.

Portanto, sejam fortes como uma rocha, e corajosos como um cavalo de batalha!

Não se deixem abater em meio às aflições; antes revigorem-se na força e no poder desse Deus que faz milagres inacreditáveis e que nos livra das situações mais terríveis!

Como o Senhor Jesus quando pendurado na cruz que clamou “Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?”, e depois, de forma confiante, disse “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”, não deixe que o medo e o sentimento de um coração enganoso domine você.

Porém, entregue e confie a sua vida ao Senhor, crendo que essa tempestade vai passar, e vai passar logo.

 

Ore para que as Palavras deste salmo sejam uma fonte de refrigério e alegria para sua alma. Que a realidade da Palavra de Deus traga força e coragem para que você enfrente os desafios da vida, em nome do Senhor Jesus Cristo. Amém!

 

Por Ev. Rodrigo Gonçalez

UMA FORTALEZA INABALÁVEL

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam

Salmos 46:1-3

 

 

Até o momento, estima-se que pelo menos 1,5 milhão de vidas foram ceifadas em todo o mundo por conta do misterioso COVID-19.

Ninguém sabe ao certo como combater de forma eficaz esse inimigo invisível.

Medidas estão sendo tomadas, as quais têm se mostrado ineficazes no combate a esse vírus letal. Outros milhões foram milagrosamente curados.

Indefinições, atreladas a outros diversos problemas e patógenos sociais que permanecem e pioram, colocaram o mundo inteiro prostrado “na trincheira” da ansiedade, do medo e da depressão. 

Porém, ao contrário dos temores de um mundo que jaz em densas trevas, nós devemos reagir a essa letargia que tomou conta de nós, pois somos aqueles que amam ao Senhor e que fomos chamados pelo seu eterno propósito.

Deveríamos estar, portanto, alicerçados sobre uma fé inabalável, de que nada e nem ninguém pode ou poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor.

O amor e a confiança do Povo da Aliança residem no fato de que nós pertencemos ao Criador e sustentador dos céus e da terra, e que nada lhe escapa do controle. Absolutamente nada.

Assim, a nossa alegria não é somente um estado de graça e conforto. Antes, é uma Pessoa, que está verdadeiramente viva e ativa, trabalhando pelos que lhe pertencem.

Muitas coisas produzem felicidade temporária nesse mundo, mas basta os céus fecharem e a chuva cair que já estamos de “cara amarrada” e mal-humorados. Uma fechada de trânsito. Um sapato molhado. Imagine uma pandemia mundial!

Somos assim. Inconstantes como águas que escoam no leito de um rio.

Apesar disso, devemos ter uma confiança que resiste à ferrugem dos ataques insólitos das dificuldades e aflições dessa vida.

Tal confiança lançada totalmente em nossa verdadeira e única Fortaleza, o Castelo Forte e indestrutível que nos traz o consolo em tempos de dor, segurança em adversidades e uma alegria constante em sua gloriosa presença.

Não, não estamos sós. Não fomos esquecidos. Não fomos abandonados.

Aqui, e enquanto aqui, sofreremos males e aflições terríveis, que devem nos conduzir em obediência e submissão reverente aos pés do único firme e sólido propósito pelo qual vale à pena viver e morrer: o nosso único e suficiente Senhor e Salvador pessoal, Jesus Cristo o Filho de Deus!

 

Ore e medite para que as palavras deste salmo transformem essa realidade de insegurança, medo e inconstância que estamos vivendo pelo poder de Jesus Cristo. Ele é o único capaz de transformar tempos como os nossos em estado de graça, paz e confiança eternos. Ele é esse próprio estado! Descansemos nEle! Amém!

 

 

Por Ev. Rodrigo Gonçalez

SALMOS 62: O CAMINHO DA CONFIANÇA EM DEUS

Salmos 62

“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação.
Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei muito abalado.
Até quando acometereis vós a um homem, todos vós, para o derribardes, como se fosse uma parede pendida ou um muro prestes a cair?
Só pensam em derribá-lo da sua dignidade; na mentira se comprazem; de boca bendizem, porém no interior maldizem.
Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança.
Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado.
De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio.
Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.
Somente vaidade são os homens plebeus; falsidade, os de fina estirpe; pesados em balança, eles juntos são mais leves que a vaidade.
Não confieis naquilo que extorquis, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração.
Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus, e a ti, Senhor, pertence a graça, pois a cada um retribuis segundo as suas obras.”

 

Salmos 62

 

 

Este belo salmo de Davi nos aponta um excelente caminho pelo qual todo homem pode trilhar, neste mundo tenebroso, que é O Caminho da Confiança em Deus.
Somente quando confiamos a Deus nossa vida, nossa família, nossos sonhos, nossas lutas, o hoje, o amanhã e a eternidade, aí sim nossa alma pode ouvir o sonoro e doce som do silêncio da paz.
Por que devemos confiar em Deus? Porque Deus é uma rocha, um lugar onde eu encontro segurança. Porque Deus é minha salvação, só Ele me conduz a eternidade em sua presença. Porque Deus é meu refúgio, nEle encontro abrigo nas horas de tribulação.
Mas, na caminhada da vida, talvez nos seja possível, nos depararmos com homens maldosos, ardilosos, maliciosos, que se levantam contra nós com mentiras, difamações, artimanhas, no afã de tentar nos derrubar, não temos o que temer pois temos em Deus nosso refúgio, e aos olhos de Deus eles não passam de um sopro.
A Palavra de Deus é algo tão magnífico e de tamanha importância para o salmista que Deus fala uma vez e ele ouve duas vezes, ouve a primeira vez com toda a atenção com os ouvidos e a mente, e ouve a segunda fez guardando e aplicando as santas palavras no coração.
O salmista faz uma afirmação ao fim do salmo dizendo que nenhum serviço prestado a Deus ficará sem recompensa.
Que vida maravilhosa, que segurança tem aqueles que aprenderam a confiar no Senhor.
Penso que ao meditar neste salmo somos levados a lembrar das palavras de Jesus dizendo: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” – Marcos 1:15.

 

 

Por Rev. Roberto Carlos

ENCONTRO COM O SENHOR EM MEIO À DOR

Por Ev. Rodrigo Gonçalez

Ouça também o áudio abaixo, e acompanhe através da leitura:

 

 

“Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos. Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata”.

 

Salmo 119.71,72

 

O Salmo 119 é o mais extenso de toda a Bíblia, com 176 versículos que são um poema de exaltação à Palavra de Deus.

Nele, o autor demonstra a sua apreciação alegre e a sua devoção humilde à revelação da sabedoria de Deus ao homem.

O tom marcante deste salmo é o deleite do autor nas Palavras que saem da boca de Deus, que lhe são suficientes para enfrentar todos os desafios da vida. Como são preciosas! A Palavra de Deus é gloriosa, perfeita e suficiente, mais atualizada do que os fatos que serão narrados nos noticiários de amanhã.

Nestes versos somos ensinados a sermos gratos a Deus pelas enormes dificuldades que enfrentamos, uma vez que elas nos conduzem para mais próximos do colo aconchegante e perdoador do nosso Deus.

As aflições, que muitas vezes provocam em nós marcas e dores tão terríveis, devem nos conduzir ao local mais sublime que podemos alcançar: à presença de Deus, prostrados aos pés da Cruz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Em meio à essas aflições, o próprio Deus está nos ensinando a depender dEle em aspectos de nossas vidas que antes podiam até mesmo passar despercebidos por nós. Descobrimos, assim, que dependemos da graça de Deus para os detalhes mais simples, como amarrar um sapato, escovar os dentes ou fechar o botão da nossa camisa.

Sem a graça divina, nem sequer somos capazes de levantar da nossa cama! Somos mergulhados, pelo próprio Deus, nas águas turvas da humilhação, para que o nosso orgulho seja quebrado, a nossa fé seja aperfeiçoada, a nossa esperança seja fortalecida, e a  nossa satisfação em Deus, e nEle somente, seja completa! Descobrimos que não somos nada, e que o único Deus verdadeiro é tudo para nós!

Uma excelente notícia é que as aflições passam! Cicatrizes ficam, outras dificuldades ainda maiores chegam, mas Deus e a sua Palavra permanece para sempre!

O próprio Senhor Jesus disse: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33).

Jesus, o capitão da nossa Salvação, o nosso grande Salvador, venceu tudo por nós! Isso significa que nEle, nós também tudo podemos vencer, e venceremos! Eis o nosso maior tesouro: Cristo em nós, a esperança da glória!

 

Ore e medite para que as palavras deste salmo sejam como um bálsamo de alívio e paz em meio às dificuldades que você está enfrentando. Confie em Deus, creia nas Palavras eternas de Jesus, e descanse em todas as suas gloriosas promessas, as quais não podem falhar! Amém!