Rev. Jefferson M. Reinh

A Igreja tem tudo para dar errado! E seria assim mesmo, se não fosse uma organização pensada e mantida por Deus. Não há como concluir algo diferente sobre a Igreja de Cristo, pela quantidade de variáveis quase impossíveis de conciliação, a não ser por obra divina. Composta por gente carregando a natureza pecaminosa, gente que deve dizer e viver a verdade, e ainda cercada de inimigos internos e externos, a Igreja é um constante milagre. Só por Jesus mesmo!

O que me encanta nisso é a plena certeza de que Deus mantém a sua Igreja, ainda que seja muito difícil conviver nela debaixo dos padrões bíblicos. Se hoje em dia existe uma proliferação de nomes, placas, ajuntamentos que dizem ser Igreja, mas na sua absoluta maioria não é, o desafio de perseverar na sã doutrina tem sido sustentado pela graça do Senhor.

É verdade que o exercício de cumprir a ordem de Jesus é duro. Sendo a Igreja um lugar de transformação (2Co 3.18), onde somos trabalhados pela submissão à Palavra exposta, pela convivência com outros irmãos também em transformação, pela oração piedosa e confessional, o coração constantemente cobra: “por será que parece que ninguém me entende?” É necessário voltar-se diariamente a Jesus, e buscar forças para sermos mais pacientes e ajudadores uns dos outros nesse processo (Jo 15.5). Ninguém está pronto! É preciso caminhar com paciência, mesmo diante da incompreensão.

Num outro desafio, vem a famosa declaração que a Igreja é um lugar de cura, de tratamento dos males da vida. A Palavra do Senhor cura, as orações trazem milagres, a comunhão dos santos vivifica, a Igreja é uma comunidade terapêutica. Mas, junto com essa perspectiva vem a questão: “por que ninguém me visita?” E mais uma vez, como pessoas que estão num processo contínuo, devemos buscar olhar mais uns para os outros, num esforço de ajudar e ser ajudados. Uma oração constante do cristão genuíno é que Jesus não permita que haja insensibilidade, cristalização do coração e da mente. A Igreja precisa orar: “Senhor, me conceda o bom hábito de ser sensível à dor do meu irmão!” (Mt 25.31-46)

A Igreja é um lugar de comunhão – mas, “por que me sinto tão só?” Aqui podemos trazer algumas acusações modernas. É fácil levantar que a Igreja está cheia de gente falsa, que falam e cantam uma coisa e não vivem isso. É fácil se auto justificar, argumentar que ninguém nos olha como queremos. Porém, comunhão é algo de mutualidade, simbiose. Na Igreja, comunhão exige esforço, perseverança mesmo, muito mais que empatia, simpatia ou circunstância. Na Igreja, comunhão é gerada, através de oração e decisão de servir. (Mc 12.33)

Como amar, sorrir, cuidar de alguém que não tenho a menor identificação? Somente compreendendo que eu recebo de Jesus uma compreensão que nem mesmo eu tenho de mim mesmo. Somente entendendo que sou amado por Ele e transformado por Ele, de pecados que sei e de pecados que nem sei sobre mim. E assim, humilhado, me disponho a servir outros “humilhados” conscientemente (Cl 3.12-17).

Talvez o grande desafio de nossos dias seja de fato aceitar que falhamos uns com os outros, mas ir além dessa aceitação; seguir firmes na busca de mudanças, para que a Igreja seja mesmo um Lugar de Cuidado!

Cuide de sua Igreja! Estamos em (boas) obras! Que o Senhor nos abençoe!

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