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Rev. Jefferson M. Reinh

“Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos” (At 16.37,38).

Quando observamos as páginas das Escrituras Sagradas, fica muito claro que o povo de Deus nunca deixou de ser político e vivenciar política. Embora uma grande parte dos cristãos se distancie de assuntos ligados à política, nunca deixam de fazer política. Sim, até pela omissão fazemos política, e, nesse caso, a má política.

A expressão “política” vem do grego “polis”, que significa cidade. Fazer política significa exercer a governança, o cuidado com a cidade. Fazemos política ao trabalhar, ao cuidar de nossa cidade, estado ou país, ao buscar desenvolvimento para as comunidades, e, claro, ao escolher representantes que irão ser mordomos, gestores, cuidadores das leis, das condições de aplicações, dos bens da cidade, das riquezas do país, do estado. Concluo afirmando, como cristão, que a política é legítima. É algo que não podemos nos distanciar, para o bem comum de um povo.

Deus deu a ordem ao homem de ser cuidador, gestor da criação (Gn 1.26,27). O chamado mandato cultural envolve as relações humanas entre si para o bem estar social. E se queremos o bem de um povo, devemos passar obrigatoriamente por reconhecer e eleger líderes, que sejam capacitados, sejam preparados, sejam éticos e corretos no seu proceder, sejam pessoas de caráter para exercer julgamentos corretos, ações que visem o bem comum, e almejem o crescimento de um povo de forma a reconhecer a bondade e a graça de Deus, ainda que indiretamente. Nos nossos dias isso parece quase impossível, porém Deus não mudou o padrão.

Podemos observar na história bíblica alguns homens de Deus que viveram a política: Neemias, de copeiro passou a líder numa reconstrução, e depois a governador. José passou de um administrador a um governante no Egito. E o texto de início, lá em cima, mostra que Paulo conhecia tão bem seus direitos como cidadão romano que coloca os pretores sob apuros, e os obriga a se retratarem diante de um grande erro que cometeram como autoridades.

Quero nesse dia chamar você a que, juntos, como Igreja, venhamos a refletir que temos um grande privilégio de exercer a política de nossa cidade, estado, país. Mas é também uma grande responsabilidade, da qual não podemos fugir, e sabendo que colhemos as consequências da política, para bem ou para mal.

Quero finalizar esse primeiro texto desta série com um texto bíblico que reflete muito bem nossos dias. “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2). Convido você a orar e pedir a Deus que trabalhe em sua mente e coração. E também a refletir sobre o tema. Como embaixadores do Reino nessa terra (2Co 5.20), devemos representar os valores do céu nessa nação brasileira. Isso envolve também participar bem da política. Como? Na próxima semana avançamos. Deus nos abençoe!

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