462 Anos: 1º Culto Protestante no Brasil

Hoje completamos 462 anos do primeiro culto protestante oficialmente realizado em terras brasileiras. Cabe aos presbiterianos a honra de terem realizado o primeiro culto evangélico na história do Brasil e das Américas. Esse evento singular ocorreu em uma pequena colônia fundada pelos franceses na baía de Guanabara/RJ. Este culto foi realizado no dia 10/03/1557, por calvinistas franceses, então chamados de huguenotes.

1. O Contexto Histórico.

O Brasil era colônia portuguesa em regime de “Padroado”. O historiador presbiteriano, Dr. Alderi Matos, define o padroado como sendo “uma concessão feita pela Igreja Católica a determinados governantes civis, oferecendo-lhes certo controle sobre a igreja em seus respectivos territórios como um reconhecimento por serviços prestados à causa católica e um incentivo a futuras ações em benefício da igreja”.

Em 1493, o Papa Alexandre VI redigiu um documento declarando a supremacia espanhola sobre as terras descobertas. Em 1494, o Tratado de Tordesilhas determinou o que seria da Espanha e o que seria de Portugal nas novas descobertas. Em 1549, chegaram os primeiros seis jesuítas ao Brasil (a Companhia de Jesus foi organizada 9 anos antes, em 1540). Em 1553, chega o mais famoso dos jesuítas, José de Anchieta.

Em 1555, sob a liderança de Nicolas Durand de Villegaignon, um grupo de seiscentos franceses fundaram o Forte Coligny na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, dando origem à “França Antártica”, ficando assim conhecida como “A Invasão Francesa”.

2. A Chegada dos Protestantes.

A situação dos huguenotes não estava nada favorável na França. No final de 1555, sob a liderança de Nicolas Durand de Villegaignon, os franceses chegaram com 400 homens à Ilha Serigipe ( hoje Villegaignon) na Baía da Guanabara. Em março de 1557 a colonia foi reforçada por mais 280 pessoas. Entre elas estavam 12 calvinistas de Genebra que traziam credenciais do próprio Calvino.

Villegaignon solicitou a João Calvino o envio de pastores. João Calvino e seus colegas alegremente escolheram para acompanhar os colonos os pastores Pierre Richier (50 anos) e Guillaume Chartier (30 anos). Os seus objetivos específicos eram implantar a fé reformada entre os franceses e evangelizar os indígenas. Em 07/03/1557, chegaram então os dois pastores enviados pela igreja de Genebra, um grupo de huguenotes (protestantes franceses) e refugiados vindos de Genebra, numa segunda expedição.

Pierre Richier e Guillaume Chartier, pastores ordenados, celebraram o primeiro culto protestante em terras brasileiras, talvez, nas Américas, no dia 10 de março de 1557. O pregador baseou-se no Salmo 27.4: “Ao Senhor Eterno peço somente uma coisa: que Ele me deixe viver na sua casa todos os dias da minha vida, para sentir a sua bondade e pedir a sua orientação”.

Primeiramente, o Rev. Richier orou invocando a Deus. Em seguida foi cantado em uníssono, segundo o costume de Genebra, o Salmo 5: “Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras”. Esse hino constava do Saltério Huguenote, com metrificação de Clement Marot e melodia de Louis Bourgeois, e até hoje se mantém nos hinários franceses. Bourgeois foi diretor de música da Igreja de Genebra de 1545 a 1557 e um dos grandes mestres da música francesa no século 16. A versão mais conhecida em português (“À minha voz, ó Deus, atende”) tem música de Claude Goudimel (†1572) e metrificação do Rev. Manoel da Silveira Porto Filho.

Após o culto, os huguenotes tiveram sua primeira refeição brasileira: farinha de mandioca, peixe moqueado e raízes assadas no borralho. Dormiram em redes, à maneira indígena.

Em 21/03/1557 ocorreu a primeira celebração da Santa Ceia em rito Genebrino.

3. Desfecho Trágico.

O desfecho da primeira presença protestante mais articulada foi trágica. O “ex-fradeJean Cointac levantou questões sobre o sacrifício da missa, a doutrina e usos dos sacramentos, a invocação e mediação dos santos, a oração pelos mortos, o purgatório e muitas outras que fizeram com que Villegaignon mudasse a sua atitude em relação aos calvinistas e passasse a perseguir os huguenotes. Esses últimos buscaram refúgio entre os índios tupinambás. Tentaram fugir por navio, mas esse afundou. Cinco são presos e intimados por Villegaignon a se posicionar em relação a pontos teológicos controvertidos. O documento redigido ficou conhecido como “Confessio Fluminense” (primeira confissão de fé evangélica brasileira no dia 8 de fevereiro de 1558).

O almirante declarou heréticos vários artigos e decidiu pela morte dos reformados. No dia seguinte foram executados três signatários – Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil e Pierre Bourdon. Eles ficaram conhecidos como os três primeiros mártires evangélicos do Brasil. Um dos signatários, André Lafon, foi poupado por ser o único alfaiate da colonia e o quinto, Jacques le Balleur conseguiu fugir para São Vicente/SP, mas foi preso e depois enforcado.

Essa efêmera presença calvinista no início da história do Brasil não produziu efeitos permanentes. Não foi possível aos reformados alcançar seus dois intentos principais: criar uma igreja reformada e evangelizar os nativos. Todavia, esse episódio é considerado um marco significativo na história das missões cristãs, pois foi a primeira vez que os protestantes buscaram anunciar a sua fé a um povo pagão. O fruto mais duradouro do singelo empreendimento foi a bela confissão de fé selada com sangue.

4. Confissão de Fé de Guanabara.

O documento em anexo é um testemunho fiel das Sagradas Escrituras. É uma prova do preparo e do conhecimento profundo que os primeiros protestantes no Brasil detinham. A “Confissão de Fé de Guanabara” é a profissão de fé desses irmãos protestantes, obrigados por Villegaignon, escrita no prazo de doze horas, respondendo à várias perguntas formuladas maliciosamente. Mais do que sua confissão de fé, os primeiros protestantes no Brasil estavam assinando a própria sentença de morte diante do ‘desconvertido’ Villegaignon.

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CONFISSÃO DE FÉ DE GUANABARA
Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon

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Segundo a doutrina de S. Pedro Apóstolo, em sua primeira epístola, todos os cristãos devem estar sempre prontos para dar razão da esperança que neles há, e isso com toda a doçura e benignidade, nós abaixo assinados, Senhor de Villegaignon, unanimemente (segundo a medida de graça que o Senhor nos tem concedido) damos razão, a cada ponto, como nos haveis apontado e ordenado, e começando no primeiro artigo:

I. Cremos em um só Deus, imortal, invisível, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis, o qual é distinto em três pessoas: o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que não constituem senão uma mesma substância em essência eterna e uma mesma vontade; o Pai, fonte e começo de todo o bem; o Filho, eternamente gerado do Pai, o qual, cumprida a plenitude do tempo, se manifestou em carne ao mundo, sendo concebido do Santo Espírito, nasceu da virgem Maria, feito sob a lei para resgatar os que sob ela estavam, a fim de que recebêssemos a adoção de próprios filhos; o Santo Espírito, procedente do Pai e do Filho, mestre de toda a verdade, falando pela boca dos profetas, sugerindo as coisas que foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos. Este é o único Consolador em aflição, dando constância e perseverança em todo bem.

Cremos que é mister somente adorar e perfeitamente amar, rogar e invocar a majestade de Deus em fé ou particularmente.

II. Adorando nosso Senhor Jesus Cristo, não separamos uma natureza da outra, confessando as duas naturezas, a saber, divina e humana nele inseparáveis.

III. Cremos, quanto ao Filho de Deus e ao Santo Espírito, o que a Palavra de Deus e a doutrina apostólica, e o símbolo,[1][3] nos ensinam.

IV. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os vivos e os mortos, em forma visível e humana como subiu ao céu, executando tal juízo na forma em que nos predisse no capítulo vinte e cinco de Mateus, tendo todo o poder de julgar, a Ele dado pelo Pai, sendo homem. E, quanto ao que dizemos em nossas orações, que o Pai aparecerá enfim na pessoa do Filho, entendemos por isso que o poder do Pai, dado ao Filho, será manifestado no dito juízo, não todavia que queiramos confundir as pessoas, sabendo que elas são realmente distintas uma da outra.

V. Cremos que no santíssimo sacramento da ceia, com as figuras corporais do pão e do vinho, as almas fiéis são realmente e de fato alimentadas com a própria substância do nosso Senhor Jesus, como nossos corpos são alimentados de alimentos, e assim não entendemos dizer que o pão e o vinho sejam transformados ou transubstanciados no seu corpo, porque o pão continua em sua natureza e substância, semelhantemente ao vinho, e não há mudança ou alteração. Distinguimos todavia este pão e vinho do outro pão que é dedicado ao uso comum, sendo que este nos é um sinal sacramental, sob o qual a verdade é infalivelmente recebida. Ora, esta recepção não se faz senão por meio da fé e nela não convém imaginar nada de carnal, nem preparar os dentes para comer, como santo Agostinho nos ensina, dizendo: “Porque preparas tu os dentes e o ventre? Crê, e tu o comeste.” O sinal, pois, nem nos dá a verdade, nem a coisa significada; mas Nosso Senhor Jesus Cristo, por seu poder, virtude e bondade, alimenta e preserva nossas almas, e as faz participantes da sua carne, e de seu sangue, e de todos os seus benefícios.
Vejamos a interpretação das palavras de Jesus Cristo: “Este pão é meu corpo.” Tertuliano, no livro quarto contra Marcião, explica estas palavras assim: “este é o sinal e a figura do meu corpo.” S. Agostinho diz: “O Senhor não evitou dizer: — Este é o meu corpo, quando dava apenas o sinal de seu corpo.” Portanto (como é ordenado no primeiro cânon do Concílio de Nicéia), neste santo sacramento não devemos imaginar nada de carnal e nem nos distrair no pão e no vinho, que nos são neles propostos por sinais, mas levantar nossos espíritos ao céu para contemplar pela fé o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus, sentado à destra de Deus, seu Pai.  Neste sentido podíamos jurar o artigo da Ascensão, com muitas outras sentenças de Santo Agostinho, que omitimos, temendo ser longas.

VI. Cremos que, se fosse necessário pôr água no vinho, os evangelistas e São Paulo não teriam omitido uma coisa de tão grande conseqüência.  E quanto ao que os doutores antigos têm observado (fundamentando-se sobre o sangue misturado com água que saiu do lado de Jesus Cristo, desde que tal observância não tem fundamento na Palavra de Deus, visto mesmo que depois da instituição da Santa Ceia isso aconteceu), nós não podemos hoje admitir necessariamente.

VII. Cremos que não há outra consagração senão a que se faz pelo ministro, quando se celebra a ceia, recitando o ministro ao povo, em linguagem conhecida, a instituição desta ceia literalmente, segundo a forma que nosso Senhor Jesus Cristo nos prescreveu, admoestando o povo quanto à morte e paixão do nosso Senhor. E mesmo, como diz santo Agostinho, a consagração é a palavra de fé que é pregada e recebida em fé. Pelo que, segue-se que as palavras secretamente pronunciadas sobre os sinais não podem ser a consagração como aparece da instituição que nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos seus apóstolos, dirigindo suas palavras aos seus discípulos presentes, aos quais ordenou tomar e comer.

VIII. O santo sacramento da ceia não é alimento para o corpo como para as almas (porque nós não imaginamos nada de carnal, como declaramos no artigo quinto) recebendo-o por fé, a qual não é carnal.

IX. Cremos que o batismo é sacramento de penitência, e como uma entrada na igreja de Deus, para sermos incorporados em Jesus Cristo. Representa-nos a remissão de nossos pecados passados e futuros, a qual é adquirida plenamente, só pela morte de nosso Senhor Jesus. De mais, a mortificação de nossa carne aí nos é representada, e a lavagem, representada pela água lançada sobre a criança, é sinal e selo do sangue de nosso Senhor Jesus, que é a verdadeira purificação de nossas almas. A sua instituição nos é ensinada na Palavra de Deus, a qual os santos apóstolos observaram, usando de água em nome do Pai, do Filho e do Santo Espírito. Quanto aos exorcismos, abjurações de Satanás, crisma, saliva e sal, nós os registramos como tradições dos homens, contentando-nos só com a forma e instituição deixada por nosso Senhor Jesus.

X. Quanto ao livre arbítrio, cremos que, se o primeiro homem, criado à imagem de Deus, teve liberdade e vontade, tanto para bem como para mal, só ele conheceu o que era livre arbítrio, estando em sua integridade. Ora, ele nem apenas guardou este dom de Deus, assim como dele foi privado por seu pecado, e todos os que descendem dele, de sorte que nenhum da semente de Adão tem uma centelha do bem.  Por esta causa, diz São Paulo, o homem natural não entende as coisas que são de Deus. E Oséias clama aos filho de Israel: “Tua perdição é de ti, ó Israel.” Ora isto entendemos do homem que não é regenerado pelo Santo Espírito. Quanto ao homem cristão, batizado no sangue de Jesus Cristo, o qual caminha em novidade de vida, nosso Senhor Jesus Cristo restitui nele o livre arbítrio, e reforma a vontade para todas as boas obras, não todavia em perfeição, porque a execução de boa vontade não está em seu poder, mas vem de Deus, como amplamente este santo apóstolo declara, no sétimo capítulo aos Romanos, dizendo: “Tenho o querer, mas em mim não acho o realizar.” O homem predestinado para a vida eterna, embora peque por fragilidade humana, todavia não pode cair em impenitência. A este propósito, S. João diz que ele não peca, porque a eleição permanece nele.

XI. Cremos que pertence só à Palavra de Deus perdoar os pecados, da qual, como diz santo Ambrósio, o homem é apenas o ministro; portanto, se ele condena ou absolve, não é ele, mas a Palavra de Deus que ele anuncia.
Santo Agostinho, neste lugar diz que não é pelo mérito dos homens que os pecados são perdoados, mas pela virtude do Santo Espírito. Porque o Senhor dissera aos seus apóstolos: “recebei o Santo Espírito;” depois acrescenta: “Se perdoardes a alguém os seus pecados,” etc. Cipriano diz que o servo não pode perdoar a ofensa contra o Senhor.

XII. Quanto à imposição das mãos, essa serviu em seu tempo, e não há necessidade de conservá-la agora, porque pela imposição das mãos não se pode dar o Santo Espírito, porquanto isto só a Deus pertence. No tocante à ordem eclesiástica, cremos no que S. Paulo dela escreveu na primeira epístola a Timóteo, e em outros lugares.

XIII. A separação entre o homem e a mulher legitimamente unidos por casamento não se pode fazer senão por causa de adultério, como nosso Senhor ensina (Mateus 19:5). E não somente se pode fazer a separação por essa causa, mas também, bem examinada a causa perante o magistrado, a parte não culpada, se não podendo conter-se, deve casar-se, como São Ambrósio diz sobre o capítulo sete da Primeira Epístola aos Coríntios. O magistrado, todavia, deve nisso proceder com madureza de conselho.

XIV. São Paulo, ensinando que o bispo deve ser marido de uma só mulher, não diz que não lhe seja lícito tornar a casar, mas o santo apóstolo condena a bigamia a que os homens daqueles tempos eram muito afeitos; todavia, nisso deixamos o julgamento aos mais versados nas Santas Escrituras, não se fundando a nossa fé sobre esse ponto.

XV. Não é lícito votar a Deus, senão o que ele aprova. Ora, é assim que os votos monásticos só tendem à corrupção do verdadeiro serviço de Deus. É também grande temeridade e presunção do homem fazer votos além da medida de sua vocação, visto que a santa Escritura nos ensina que a continência é um dom especial (Mateus 15 e 1 Coríntios 7). Portanto, segue-se que os que se impõem esta necessidade, renunciando ao matrimônio toda a sua vida, não podem ser desculpados de extrema temeridade e confiança excessiva e insolente em si mesmos. E por este meio tentam a Deus, visto que o dom da continência é em alguns apenas temporal, e o que o teve por algum tempo não o terá pelo resto da vida. Por isso, pois, os monges, padres e outros tais que se obrigam e prometem viver em castidade, tentam contra Deus, por isso que não está neles o cumprir o que prometem. São Cipriano, no capítulo onze, diz assim: “Se as virgens se dedicam de boa vontade a Cristo, perseverem em castidade sem defeito; sendo assim fortes e constantes, esperem o galardão preparado para a sua virgindade; se não querem ou não podem perseverar nos votos, é melhor que se casem do que serem precipitadas no fogo da lascívia por seus prazeres e delícias.” Quanto à passagem do apóstolo S. Paulo, é verdade que as viúvas tomadas para servir à igreja, se submetiam a não mais casar, enquanto estivessem sujeitas ao dito cargo, não que por isso se lhes reputasse ou atribuísse alguma santidade, mas porque não podiam bem desempenhar os deveres, sendo casadas; e, querendo casar, renunciassem à vocação para a qual Deus as tinha chamado, contudo que cumprissem as promessas feitas na igreja, sem violar a promessa feita no batismo, na qual está contido este ponto: “Que cada um deve servir a Deus na vocação em que foi chamado.” As viúvas, pois, não faziam voto de continência, senão porque o casamento não convinha ao ofício para que se apresentavam, e não tinha outra consideração que cumpri-lo. Não eram tão constrangidas que não lhes fosse antes permitido casar que se abrasar e cair em alguma infâmia ou desonestidade. Mas, para evitar tal inconveniência, o apóstolo São Paulo, no capítulo citado, proíbe que sejam recebidas para fazer tais votos sem que tenham a idade de sessenta anos, que é uma idade normalmente fora da incontinência. Acrescenta que os eleitos só devem ter sido casados uma vez, a fim de que por essa forma, tenham já uma aprovação de continência.

XVI. Cremos que Jesus Cristo é o nosso único Mediador, intercessor e advogado, pelo qual temos acesso ao Pai, e que, justificados no seu sangue, seremos livres da morte, e por ele já reconciliados teremos plena vitória contra a morte. Quanto aos santos mortos, dizemos que desejam a nossa salvação e o cumprimento do Reino de Deus, e que o número dos eleitos se complete; todavia, não nos devemos dirigir a eles como intercessores para obterem alguma coisa, porque desobedeceríamos o mandamento de Deus. Quanto a nós, ainda vivos, enquanto estamos unidos como membros de um corpo, devemos orar uns pelos outros, como nos ensinam muitas passagens das Santas Escrituras.

XVII. Quanto aos mortos, São Paulo, na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no capítulo quatro, nos proíbe entristecer-nos por eles, porque isto convém aos pagãos, que não têm esperança alguma de ressuscitar. O apóstolo não manda e nem ensina orar por eles, o que não teria esquecido se fosse conveniente. S. Agostinho, sobre o Salmo 48, diz que os espíritos dos mortos recebem conforme o que tiverem feito durante a vida; que se nada fizeram, estando vivos, nada recebem, estando mortos.

Esta é a resposta que damos aos artigo por vós enviados, segundo a medida e porção da fé, que Deus nos deu, suplicando que lhe praza fazer que em nós não seja morta, antes produza frutos dignos de seus filhos, e assim, fazendo-nos crescer e perseverar nela, lhe rendamos graças e louvores para sempre. Assim seja.

Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André la Fon.

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Fontes:

1. Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper

2. Portal Luteranos

3. Site do Rev. Ângelo Vieira da Silva (Ministro Presbiteriano)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_tweetmeme][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

ALIMENTA A TUA ALMA.

ALIMENTA TUA ALMA – Sl 119.11

Rev. Jefferson M. Reinh

Quantos que corriam bem, de Ti longe agora vão! Outros seguem, mas, também, sem fervor vivendo estão”… Essas palavras, registradas e cantadas no hino 132 do Hinário Novo Cântico, ”Vivificação”, são um excelente retrato da caminhada cristã. Quantas pessoas queridas, pertinho de nós, que vão se afastando da igreja, vão se afastando da Bíblia, vão se afastando do Senhor. Esse belo hino, cuja letra foi escrita por Henry Maxwell Wright, em 1914, retrata que a triste realidade do esfriamento da fé. O coro traz o clamor: “vem, ó vem, Jesus Senhor, nossas almas despertar”. Essa é uma necessidade constante do cristão, ser vivificado por Jesus.

A mente do cristão é derivada de Jesus (1Co 2.16). Quando o Senhor nos chama, nos salva, Ele nos educa, nos ensina, nos molda pelo Espírito Santo a que tenhamos o discernimento que Jesus possui, e isso é crescente, é fluente, é dinâmico, e não cessa, a não ser que venhamos a perder o foco da obra e da pessoa de Jesus Cristo em nossas vidas.

Dessa forma, podemos observar que, ao pararmos de olhar fixamente para Jesus, ao perdermos o foco de suas palavras, vamos enfraquecendo. Ao deixarmos de focar em Jesus, e, por exemplo, focarmos até mesmo nas suas ovelhas, perdemos o brilho no olhar, a paixão que nos queima e nos impulsiona a viver por fé, agir por fé, orar, com fé, suportar as dores com fé.

Ninguém abandona a vida cristã de um impulso. Acontece ao racionalizarmos, pouco a pouco, nossos impulsos, nossas ambições. Sem o amor fixo e alimentado em Cristo, amamos, por exemplo, o pastor, que é “gente boa”, mas é pecador. Amamos o ministério que temos, mas se esse for maior que o Senhor do Ministério, caímos na “miopia espiritual”. Amamos pessoas, coisas, feitos, lugares, mas se isso for o que preenche nosso coração, estamos à beira do fracasso diante de Jesus. É sutil, e lentamente vai tomando mais lugar no coração, até que iniciamos comparações, decepções com “quem não me entende ou apoia”, cansamos e deixamos de correr bem a carreira da fé.

O que alimenta a mente do cristão? Essa pergunta é de resposta complicada. Nem sempre pensamos que filmes, ou músicas, ou mesmo certas instruções que consideramos cotidianas nos afastam do Senhor. E nem sempre consideramos o valor de ler a Bíblia diariamente, orar diariamente, fazer cultos devocionais diariamente (porque talvez não tenhamos entendido o que é culto…). Nem sempre consideramos que certos jogos de videogame são ardilosos e sutis, nem sempre consideramos certas conversas que envenenam a alma. E as realidades estão aí, diante de nós.

Bem antes de Henry M. Wright escrever o clamor a Deus por ser vivificado a cada dia, os profetas e apóstolos bíblicos já anunciavam tais orações. Paulo, escrevendo aos filipenses, mostrou o caminho do alimento da mente e da alma: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco” (Fp 4.8,9).

Tem cuidado de tua mente! Deus abençoe sua semana!

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AQUI E AGORA.

Ev. Pedro Felippe

Numa belíssima música o artista cristão Hélvio Sodré faz uma analogia entre uma peça teatral ou novela e nossa vida cotidiana. Nessa canção intitulada de “Último Ato”, Sodré compôs a seguinte frase: “Há vida além do teatro, há vida além da novela, além do último ato existe vida eterna.”

A vida eterna em Cristo Jesus é um dos temas menos tratados nas igrejas contemporâneas. Podemos pensar em inúmeras razões pelas quais esse tema, que é de suma importância, deixou de ser pauta nos púlpitos das igrejas. A forma de pensar do presente século, por exemplo, é uma dessas razões. Hoje em dia estamos acostumados em ter tudo de forma imediata. Um exemplo é o trânsito. Outrora tínhamos paciência para aguardar o ônibus por 20 minutos ou até mais e sem ter um aparelho de celular nas mãos para nos entreter. Para quem usa condução particular, é muito comum ficar irritado com a lentidão do trânsito principalmente em horários de “pico”.

Por conta dessa forma de pensar, nossa espiritualidade é afetada a ponto de nos fazer imaginar que os intentos de Deus respeita o tempo que julgamos ser o melhor para cada um de nós, o agora. Quantas vezes vamos aos cultos ao Senhor motivados por uma questão que avaliamos urgentes para nós? Pensamos que se Deus nos ver na igreja, adorando-o, participando da ceia, ouvindo a pregação obteremos as respostas para nossas causas imediatas.

Deus se importa com os nossos menores problemas e Ele é poderoso para nos saná-los, mas a nossa jornada cristã respeita uma lógica que é celestial, isto é, a ordem de importância é do céu para a terra (Mt 6.33), mas na ânsia de ver resultados florescendo, agimos com imprudência e atropelamos momentos que são importantes em nome de resultados. Nos esquecemos que as correrias, maratonas e sofrimentos do presente não podem ser comparadas com as que hão de ser reveladas (Rm 8.18).

Numa outra parte da música “Último Ato” o autor escreve: “quando as luzes se apagam, a vida então se revela. Nem sempre se ouve os aplausos, mas sempre as cortinas se fecham.” Estamos pensando no apagar das luzes? Nas cortinas que irão se fechar ? A morte é certeza que todo ser humano tem e labutamos tanto pensando que se melhorarmos o nosso agora, nossa vida vai ser descomplicada, no entanto nossa verdadeira vida não está nesse breve momento e nem nesse mundo, antes, ela está preparada por Cristo no céu.

Portanto, nos agarremos às palavras de Jesus quando nos ensina que hoje mesmo nossa alma pode ser recolhida (Lc 12.20) e toda essa correria que vivemos pode não fazer diferença no momento mais importante de nossas vidas que não é aqui e nem agora, mas a eternidade.

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HEBREUS: JESUS CRISTO É O MELHOR.

Hebreus: Jesus Cristo é o Melhor (atualizado em abril/2019).

Para as lições separadas por semanas, clique nos links disponibilizados abaixo:

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JÁ QUE VOCÊ NÃO VAI LER MESMO…

Rev. Jefferson M. Reinh

Certo jovem, após ouvir sobre um professor que não lia provas e trabalhos, inconformado com notas anteriores ruins, resolveu “testar” o professor. Numa prova discursiva, depois de algumas questões, inseriu ao longo do texto uma receita de bolo completa, e mais à frente uma coleção de palavras desconexas e uma escalação de time de futebol, após escrever a frase “já que você não vai ler mesmo”. Ao receber sua prova de volta, para sua surpresa, viu no cabeçalho um enorme “0” (zero), acompanhado da frase “eu li, como sempre”.

Esse conto popular, repassado em muitos meios sociais, escolas e na internet, retrata uma situação que, sem percebermos, permeia muito dos nossos comportamentos, atitudes que devemos tratar com seriedade. O que somos, o que fazemos quando não estamos sendo observados? Nossa santidade é à prova de solidão?

Uma situação difícil de aceitar no meio cristão é que devemos sempre “prestar contas”. A Igreja é um grupo que existe para edificação mútua, entre outras finalidades. E nesse quesito, quando obedecemos à Bíblia, regra de fé e prática, entramos na questão delicada de ter nosso comportamento como fonte de bênçãos ou quedas para outros irmãos. Tocar nesse assunto, em tempos de embates por autonomia e libertinagem, é complicado, mas necessário para o bem da Igreja.

O que quero levantar para nossa meditação neste breve texto é o que eu e você vivenciamos quando não estamos sendo observados. Quando estamos envolvidos na multidão, em festas, desfiles, ou mesmo na praia cheia, distantes de nosso meio social. Ou quando estamos em ambientes privados, isolados, a sós. Nessas horas, temos refletido o Nome de Jesus, ou agimos de forma a pensar que ali “ninguém vai ler mesmo”…? Como cristãos, temos buscado santidade, em qualquer circunstância? Essa luta é real para nós? Ou estamos nos apegando às aparências?

Nesse sentido, quero frisar alguns pontos básicos, que norteiam o pensamento do crente bíblico, e nos edificam na caminhada para o lar celestial.

1) Devemos nos lembrar que nossas atitudes, quer em público ou privadas, refletem em nossa vida cristã. Mesmo não vistos por “ninguém”, O Senhor nosso Deus vê todas as coisas, e nos fortalece ou corrige, a fim de nos santificar (2Cr 16.9; Jó 28.24; Is 40.26,27; Js 7; Jo 1.48-50). Fugir disso é tolice. Cedo ou tarde, colhemos o que semeamos e regamos.

2) Devemos nos lembrar que, como Igreja, devemos edificar os outros irmãos, devemos contribuir para outros se fortalecerem, crescerem na fé (Cl 3.12, 13; 16). Isso não é facultativo, é imperativo (Hb 12.14-17).

3) Não existe questões “neutras” na vida cristã. Pelo contrário, as trivialidades estão aí para nos aproximarem de Deus (ou o contrário) – Cl 3.15, 17; 1Co 10.31-33.

Assim, não sejamos ingênuos a ponto de pensarmos que ninguém nos observa. Corramos a carreira da santificação, fugindo da aparência do mundo (Ef 4.17-20). Ao imaginarmos que podemos agir de qualquer forma, negando a autoridade espiritual da Igreja, ou mesmo sendo condescendentes com nossos desejos, argumentando com nosso coração que “não tem problema”, estamos nos afastando do Senhor, deliberadamente. Reflita sobre isso, veja o mundo como está, e não teste a Deus nesse sentido, pois os resultados podem ser desastrosos. “Tem cuidado de ti e da doutrina”.

Deus abençoe sua semana!

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68 ANOS E MUITOS SONHOS PELA FRENTE!

Rev. Jefferson M. Reinh

Sessenta e oito anos… A Primeira Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora amadurece. Uma Igreja que viu e ajudou nossa cidade a se transformar numa cidade referência para Minas Gerais, orando por autoridades, sendo profética ao longo das décadas, semeando a justiça e a correção.

Uma Igreja que forjou vidas no evangelho genuíno, formou famílias com centenas de “sim´s” no altar, com trocas de alianças de casais apaixonados. Uma igreja que sedimentou famílias com milhares de pais, avós, prometendo ao Deus da Aliança criarem seus infantes no caminho da Bíblia, honrando ao Senhor e confiando que Ele os traria, no tempo certo, para professarem sua fé em Jesus como Senhor e Salvador. Mas, como de fato uma Igreja deve ser, a 1ªIPJF pode jubilar pelos milhares que vieram diante da membresia fazer a confissão de Pedro, declarando a Jesus: “tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.15). Quantos homens e mulheres professaram sua fé no Salvador e  passaram pelo batismo, se reconhecendo carentes do sangue de Jesus! Poderia parar aqui, já seria lindo para celebrarmos e glorificarmos a Deus com alegria gigantesca, mas, a nossa história não é só essa. Aqui, talvez, separamos o ufanismo da maturidade.

A 1ªIPJF também carrega episódios duros. Eventos em que viu “quantos que corriam bem” e do Senhor “longe agora vão”. Viu que “outros seguem, mas também, sem calor vivendo estão”. A Igreja denunciou pecados, grandes e pequenos, passou por momentos de lágrimas abundantes, quando pessoas amadas foram disciplinadas. Foi incompreendida muitas vezes, foi criticada outras tantas, foi abandonada e teve de silenciar ante as mais diversas situações, afinal, nunca buscou justiça própria. Chorou muitas vezes também quando heróis do evangelho foram chamados à sua vocação, sua essência, sua missão. E hoje, aos 68, a Primeira Igreja é uma “senhora eleita com muitos filhos”, e muito amada, não somente pelo “presbítero” de quem recebe a carta, mas por todos aqueles que conhecem a verdade, por causa da verdade que permanece nela (parafraseando 2Jo 1,2).

Olhar com maturidade significa reconhecer que chegamos a um patamar que poucas igrejas chegaram. Enxergamos enormes e inúmeras vitórias, mas também enxergamos nossas limitações e pecados, também muitos, e, claro, só chegamos até aqui pela graça inefável que insiste em nos cobrir, vinda do Deus que insiste em nos perdoar, limpar, amar e capacitar a viver e proclamar seu Reino, diante de um bairro, uma cidade, um estado, um país e um planeta, pelo privilégio que temos em fazer missões pelo mundo.

Fica diante de mim e de você, irmão ou irmã, a pergunta: vamos nos acomodar e celebrar apenas, que é extremamente bom, ou vamos além, nos lançando diante de Deus e dos desafios que Ele coloca diante de nós, buscando ser uma Igreja contemporânea, viva, sadia, e ao mesmo tempo, bíblica, teoreferente e cristocêntrica em todos os caminhos que percorrermos? Vamos nos lançar diante do Senhor em mais oração, mais adoração, mais evangelização, mais missões, mais ações sociais?

Há muita gratidão! Mas que nossas orações sejam de ousadia no Senhor, clamando pelo privilégio de sermos a voz de Jesus para a geração de hoje e às que virão, até que Ele venha!

Parabéns, Primeira Igreja. Ao Senhor toda a glória!!!

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68 ANOS GLORIOSOS!

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Ev. Pedro Felippe

Começaremos o mês celebrando, pois nossa igreja completará 68 anos de existência! Poderíamos elencar aqui o quanto nossa igreja foi o instrumento de Deus na vida de pessoas, famílias, ministérios; o quanto ela teve relevância no bairro, cidade e adjacência. Prova disso é a trajetória de sucesso obtida nesse período.

De um início de história simples, com cultos domésticos liderados pelo Sr. Adaías Barbeto na década de 40, a igreja foi ganhando força e se tornou igreja “mãe” de 8 das 10 igrejas organizadas hoje em nossa cidade. É, de fato, motivo de grande júbilo para os nossos corações. Assim como os irmãos do passado, que tanto contribuíram nessa obra Divina, você é parte dessa história admirável. No entanto, apesar de sermos parte da história da igreja, não podemos deixar de enfatizar que só caminhamos até esse estágio porque fomos sustentados pelo Deus cuidadoso que nos faz crescer a cada dia.

Se o nosso passado foi glorioso em Cristo Jesus, qual a nossa expectativa para o futuro? Ora, o evangelho mudou? Com toda certeza não! “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente.” (Hb.13.8) Agarrados nessa confiança podemos olhar para o passado e ver o cuidado de Deus nos fazendo dar os primeiros passos; podemos olhar para o presente e enxergar o cuidado de Deus sustentando essa amada igreja apesar dela, mas principalmente podemos olhar para o futuro com olhos encharcados de sonhos, pois sabemos que “aquele que começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus.” (Fp 1.6)

Não existe uma fórmula mágica para uma igreja crescer na Graça de Cristo, mas existe critérios pelos quais Deus nos providenciou para que cresçamos como igreja. Vejamos alguns desses critérios.

1- Apego à verdade: A verdade é o principal pilar de uma igreja genuinamente cristã e quando falamos sobre a verdade, estamos dizemos a respeito da Palavra de Deus, porque ela nos apresenta a salvação que reside em Cristo e nos aponta que Ele, Cristo Jesus, é a centralidade de toda existência.

2- Obediência à Palavra: se considerarmos a Bíblia Sagrada como apenas um livro de consulta para alívio da nossa alma, certamente estaríamos usufruindo de uma vida vazia. É na obediência à Palavra que somos edificados e encontramos o sentido da vida. É pela Palavra de Deus que nos convida a termos comunhão através do sacramento (ceia), e nos permite propagar o Santo Evangelho batizando os professos;

3- Luta por santidade: A salvação é uma obra exclusivamente de Deus, mas isso não isenta a igreja de responsabilidades como o exercício da santidade. Nossa natureza foi transformada e agora vivemos os caminhos de santidade. A santidade também envolve o esforço humano em evitar os pecados, mas também cabe à igreja exortar, corrigir, disciplinar com vistas ao aperfeiçoamento dos santos.

Olhando esses três critérios podemos dizer que a Primeira Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora tem sido, pela misericórdia de Deus, fiel a Deus em suas ações, mas ainda temos muito a aperfeiçoar e crescer diante de Deus. Você é parte dessa história, portanto deve também celebrar, mas também observar esses critérios para que essa amada igreja desfrute de muitos anos na presença do nosso Deus. Parabéns, Igreja e que Deus possa ser nosso sustento diário!

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NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO DE CRISTO

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Ev. Pedro Felippe

“Eu não me envergonho do Evangelho” (Rm 1.16). Essa é uma famosa frase da Bíblia que constantemente usamos para demonstrar o quanto sentimos honra e prazer no evangelho, afinal de contas o Evangelho é a verdade; o cuidado do Deus vivo para com os seus eleitos; a boa nova para os perdidos; o amor encarnado e imerecido dispensado às pessoas tão miseráveis quanto cada um de nós.

Sentimos vergonha de cometer erros, pecados, infringir leis e um monte de outras coisas que ferem o caráter de um cristão genuíno. Podemos dizer que é basicamente impossível sentirmos vergonha de algo que foi arquitetado por Deus para promover nossa reconciliação com Ele. Entretanto, isso não anula a vergonha e decepção que temos com pessoas que se valem do santo Evangelho para originar as deturpações que vemos hoje nas igrejas. Já perdemos a conta das vezes que o evangelho foi motivo de escárnio por conta de pessoas que não têm o menor temor a Deus.

Em nome de um evangelho barateado promovem espetáculos que passam longe de ser um culto ao Senhor Todo Poderoso. Nesses espetáculos o nome de Jesus deixou de ser exaltado sobre todo nome e passou a ocupar um lugar pífio e apático naquilo que chamam de culto; o Deus verdadeiro deixou de ser invocado e adorado e o Espírito Santo, apesar de enfatizado nesses eventos, é reduzido a um sentimentalismo raso que apenas produz uma catarse, sem deixar nenhum vestígio real de uma vida habitada por Ele.

É por isso que podemos chegar à conclusão de que não nos envergonhamos do Evangelho, mas sentimos uma profunda vergonha das pessoas que o usurpam para finalidades depravadas. Não nos envergonhamos do Evangelho, mas sentimos vergonha do doce nome de Jesus ser profanado em redes sociais e programas “humorísticos”. Não nos envergonhamos do Evangelho, mas nos envergonhamos de pessoas que sobem em palanques, púlpitos e lugares de destaques e proferem um festival de horrores “em nome de Deus”. Aonde está o senso do ridículo? Será que esqueceram a real finalidade do Evangelho?

O apóstolo Paulo não sentia vergonha do Evangelho porque tinha a plena convicção que a sua proclamação era o anúncio da salvação para todos que viessem a crer.  Paulo chega a declarar que se qualquer “outro evangelho” fosse pregado era para ser considerado anátema, mesmo que fosse pregado por um anjo (Gl 1. 9). É por conta dessa compreensão acerca do Evangelho que Paulo enfrentava toda sorte de perigo; ele não se importava com perseguições, não temia apedrejamentos, passava por cárceres sem nenhum constrangimento.

A causa evangélica é nobre pois trata de conduzir a verdade transformadora para a humanidade doente, machucada e confusa da qual fazemos parte. Por isso não podemos sentir vergonha daquilo que nos libertou, não podemos nos calar diante de tudo que temos visto e ouvido. (At 4.20).

Senhor Jesus, assim como o Senhor não sentiu vergonha naquela cruz maldita, que nós possamos não sentir vergonha de carregar o Evangelho libertador. Ajude-nos a pregar e viver essa boa nova de salvação!

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2019 – O ANO DO CUIDADO

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Rev. Roberto Carlos Fidelis de Paula

Texto: 1 Timóteo 4.16. “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nesses deveres, porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo quanto aos teus ouvintes”.

Paulo se encontra pela segunda vez preso em Roma, percebendo que a sua morte se aproxima, Paulo anseia por ver seu filho na fé, o amado e jovem pastor Timóteo, a quem pede para trazer sua capa de frio e seus livros. Paulo, ao escrever a Timóteo, revela uma aplicação na vida particular e pastoral que é algo inseparável, indissolúvel e indivisível, dizendo que só possível cuidar das pessoas se antes aprendermos a cuidar de nós mesmos.

É imprescindível que devemos receber o amor, perdão, a Graça de Deus, a salvação por parte da obra redentora de Jesus na cruz do calvário, para só então nos tornarmos vasos de bênção para nós mesmos e para o mundo.

Como devemos nos cuidar?

Quando vamos ao médico ele faz alguns exames a fim de ter certeza de que o problema foi identificado e para que a partir do diagnóstico preciso a terapia correta possa ser aplicada com vistas a saúde do seu paciente. Deus já nos orientou quanto as ações cotidianas que precisamos ter a fim de cuidarmos de nós mesmos, vejamos algumas delas:

1- Vida de oração; 2- Vigilância; 3- Estudo da Palavra; 4- Meditação; 5- adoração; 6- serviço; 7- Comunhão; 8- Evangelização; 9- Contribuição e etc…

Não podemos cuidar de nós mesmos com a excelência que Deus cuida, mas podemos adotar um modo de vida cristã que nos mantenha abertos e receptivos aquilo que em nós só Deus pode fazer. Cuidar então é tanto um ato terapêutico como preventivo. O cuidado traz saúde para quem o recebe e também faz prevenção de possíveis males no futuro.

Precisamos cuidar de nós mesmos para que nossa alma seja salva, não falamos da salvação para a vida eterna, pois essa já está garantida em Cristo, mas falamos da alma salva para viver em Cristo, por Cristo e para Cristo.

É verdade que muitos, em suas almas, já perderam a alegria, paz, esperança, fé, o desejo ardente de servir a Deus e de ganhar almas. Já não acreditam na família e nem esperam mais a segunda vinda do Salvador, todas essas coisas perderam o encanto e sentido.

Vale a pena ouvir aqui mais uma vez e quem as quantas vezes forem necessárias o apelo de um pai apaixonado para seu filho amado na fé: “tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nesses deveres, porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo quanto aos teus ouvintes”.

Que o Senhor aplique Sua Santa Palavra em nossos corações.

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CUIDADO PESSOAL

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Cuidado Pessoal, Uma Questão de Continuidade da Obra Divina

Ev. Pedro Felippe

Um excelente exercício na vida cristã é relembrar as marcantes histórias da Bíblia. Essa visita ao passado, contudo, deve ser acompanhada de uma predisposição para fazer uma autocrítica do nosso procedimento enquanto corpo de Cristo.

Vamos tentar entender: desde o princípio de tudo, Deus age cuidadosamente em toda obra da criação. Os atos criativos de Deus são extremamente harmoniosos a ponto das criaturas beneficiarem-se uma das outras, mutuamente, sendo que nenhuma das criaturas, por menor que seja, fica desamparada (Mt 6. 26). Essa belíssima história do cuidado de Deus vai se repetindo ao longo da trajetória humana.

Na teologia sistemática esse cuidado amoroso de Deus se revela na doutrina da providência. A Confissão de Fé de Westminster nos ensina que “Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória de sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as criaturas, todas as ações delas e todas as coisas, desde a maior até à menor”.

Diante dessa breve exposição da doutrina da providência podemos tirar algumas lições:

1) Deus cuida do seu povo mesmo em momentos de falhas:

No relato do primeiro pecado Deus não deixou de cuidar de Adão e Eva apesar do pecado cometido, ao contrário, Deus providenciou inúmeros recursos para que a vida humana fosse preservada;

2) Deus cuida de seu povo na dramática trajetória da vida:

Na maior peregrinação da história do povo hebreu, no caminho do Egito para Canaã, Deus foi revelando o seu cuidado através de muitos sinais que evidenciavam a sua poderosa presença;

3) Deus cuida do seu povo enviando Jesus para a nossa reconciliação com Ele:

Apesar do pecado fazer separação entre nós e nosso Criador (Is 59.2) Deus, através da sua providência nos enviou Jesus, seu Unigênito, para que o nosso relacionamento com Deus fosse restabelecido numa forte aliança firmada no sangue precioso de Jesus;

4) Deus cuida de seu povo enviando o Espírito Santo, o penhor da nossa herança (Ef. 1. 13 e 14):

O Espírito Santo derramado sobre nós é a cabal prova de que Deus está conosco até o dia glorioso da volta de Jesus. É Ele quem nos convence do pecado, nos transforma em nova criatura e nos aperfeiçoa não mais como criatura, mas como filhos do Senhor e nos preservará até o dia da posse da nossa herança.

Assim, Deus, através da história prova o seu imenso amor para com os seus demonstrando por meio de grandes milagres providenciais que as nossas necessidades são supridas Nele e Ele é a fonte inesgotável de vida. O nosso desafio é continuar cuidando de nós assim como o Senhor tem feito, mas sempre lembrando que o cuidado não é apenas uma ordem de Paulo a Timóteo, antes, é a continuidade de uma belíssima obra de amor de Deus para conosco!

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