UM OUTRO EVANGELHO?

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Rev. Jefferson M. Reinh

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (Jo 1.1). “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.7).

Você já se sentiu traído por alguém que considerava como verdadeiro amigo? Já se decepcionou com pessoas de sua confiança, que riam e se alegravam contigo, que você confidenciava segredos, fracassos, sonhos, risadas? É triste demais, não é mesmo?

E à medida em que nos vemos machucados, desapontados, vamos criando uma “casca”, uma espécie de defesa que nos afasta de decepções futuras, em tese, mas nos afasta principalmente de experimentar o verdadeiro alvo de Jesus para nossas vidas: ser como Ele é. O evangelho do perdão está fora de moda. O evangelho do caminho estreito, difícil, está distante das nossas mensagens e postagens na internet, e, quem sabe, está meio morto no coração. Se não, vejamos.

Isaías, num dos textos mais lidos sobre a pessoa e obra de Cristo, expõe a resposta do Messias ante a traição – silêncio e sacrifício substitutivo (Is 53). João declara que Jesus veio para o que lhe pertence, e tudo de fato lhe pertence, mas os seus, seu povo, sua família, seus próprios irmãos e vizinhos não creram e não o amaram como Senhor e Salvador (Jo 13.54-57).

Mas Jesus ensinou e vivenciou diante de seus discípulos que o evangelho genuíno passa e ultrapassa a dor das decepções pessoais. Jesus não criou “casca” ou “casco”. Longe disso, avançou e se manteve fiel até o Calvário. Nosso Senhor ensinava a distribuir graça ao agir contrariamente ao que se esperava em situações de oposição. Pedro esperava que Jesus o apoiasse ao ferir um soldado. Pilatos esperava que o Senhor se defendesse de acusações que lhe gritavam. Mas Jesus registrou seu comportamento, ensinado seus seguidores a perdoar (Mt 18.21-35).

Este não é um texto sobre o que fazer com o irmão, mas antes, o que fazer consigo mesmo. Quando não imitamos Cristo e lutamos com nossa própria alma, nos distanciamos de Jesus e nos tornamos doentes, azedos, distantes do evangelho que cura e limpa a alma, e passamos a exercer “justiça” própria. Não oramos mais de forma piedosa, mas passamos, muitas vezes sem perceber, a exercer orações imprecatórias, vingativas, amaldiçoadoras, e ainda racionalizamos pecaminosamente, exercendo o “direito” de nos defender contra pecadores que nos “ofendem”.

As Igrejas estão repletas de pessoas com a alma doente, por não absorverem as palavras e atitudes de Jesus. Vivem um evangelho particular, não amam irmãos de forma sacrificial, não vivem um evangelho que assume perdas, sofrimento, desgaste, cruz… não amadurecem na fé, não se parecem com Jesus. A qualquer decepção, se fecham, criticam, buscam seus direitos, exercem discursos cheios de argumentos teológicos ou sociológicos, afinal, nosso mundo atual é o do individualismo, do “empoderamento” das minorias, dos gritos e protestos, do “dá a minha bênção para depois subir”.

Como está seu coração? O evangelho da segunda milha te agride, te ofende? A mim agride, mas tenho lutado para vivê-lo, afinal, eu ofendi, machuquei, matei, Àquele que ainda assim me perdoou, amou e permanece cuidando de mim.

Pense nisso! Deus abençoe nossa semana!

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DESIGREJADOS

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Rev. Eloy Heringer Frossard

É cada dia maior o número de “crentes” que abandonam a igreja para viverem um “cristianismo” individual, sem ser membro de um corpo local de crentes, alegando que são muito santos, muito sábios, muito superiores e que não podem continuar congregando com igrejas que eles julgam estar muito aquém do padrão bíblico.

Isso nada mais é do que expressão de orgulho e de vaidade extremados.

É desse tipo de comportamento que surgem as seitas, aqueles grupos fechados que se julgam os únicos crentes fiéis sobre a face da terra. Sempre vão para os extremos: pentecostalismo, liberalismo, conservadorismo.

É um problema muito sério e a Igreja Presbiteriana do Brasil – I.P.B. está sofrendo um ataque muito forte nesses dias do extremo do conservadorismo, onde alguns líderes querem que a igreja volte ao tempo dos Puritanos em seus cultos, aos séculos XVII/XVIII, como se essa fosse a era de ouro da igreja cristã.

Algo absurdo. Sem lógica. Como se a igreja fosse alguma coisa alienada de seu próprio tempo.

Para serem coerentes, deveriam também viver como os Puritanos: sem energia elétrica, sem carros, sem banheiros dentro de casa, sem água encanada, etc.

Precisamos orar pelo Supremo Concílio de nossa igreja que se reunirá do dia 22 ao dia 29 deste mês, para que o Espírito Santo guie todas as decisões, para que a I.P.B. continue sendo uma igreja fiel à Palavra de Deus, mas que vive dentro de um mundo em constante mudança que exige de nós mais dependência do Espírito Santo para continuar proclamando o Evangelho da Graça de Deus.

Que o Senhor nos livre de todo extremismo e nos mantenha fiéis aos Símbolos de Fé da I.P.B.

Paulo, em suas cartas, raramente se dirige a pessoas individuais, mas a um grupo de pessoas, uma igreja local.

Em toda a Bíblia Deus trata com famílias, com povo, com igreja e nunca com indivíduos. Os indivíduos são sempre tratados no contexto de um grupo ao qual pertencem.

Em Mateus 16.18, Jesus diz que edificaria a SUA IGREJA sobre a declaração de Pedro, de que Jesus era de fato o Cristo, o Filho do Deus vivo. Desprezar a igreja é desprezar o próprio Jesus, pois a igreja é dele, com todos os seus defeitos e virtudes.

E Jesus, quando deu sua ordem para seus discípulos irem e pregarem o Evangelho a toda a criatura, disse que eles deveriam ser discipulados e batizados, ou seja, inseridos na igreja visível.

Veja o caso dos discípulos que Paulo encontrou em Éfeso – At 19, e que foram batizados por ele para se tornarem a igreja de Éfeso.

Paulo, por toda parte que ia deixava uma igreja organizada, elegendo presbíteros para a governarem. O apóstolo tinha a igreja em alta conta, ao ponto de chama-la de O CORPO DE CRISTO.

Teríamos muitos outros exemplos bíblicos que mostram a importância da igreja no plano de Deus. Desprezá-la é um grande pecado.

Efésios 5. 25-27 diz: “… Cristo amou a IGREJA e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificada por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito“.

O que poderíamos dizer mais sobre a glória da igreja?

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FESTA DA COLHEITA!

No último domingo, 08/07/2018, tivemos a alegria de celebrar a nossa Festa da Colheita, com batismos e recepção de novos membros! Louvamos ao nosso Deus por nos proporcionar momentos de tanta alegria em nossa igreja!

Todos os catecúmenos passam por um período de ensino especial em nossa Escola Bíblica Dominical, o qual denominamos “Módulo I” (antiga Classe de Catecúmenos), com lições e doutrinas introdutórias da fé cristã e da Igreja Presbiteriana do Brasil. Esse período dura, geralmente, 5 meses, com aulas todos os domingos, com 2 horas de duração cada aula.

Após o cumprimento de todas as aulas, eles decidem se anseiam ou não fazer parte de nossa igreja, agora como membros efetivos. Louvamos ao nome do Senhor que, neste semestre, recebemos mais de 20 pessoas, entre crianças, jovens e adultos.

Somente a Deus seja toda a glória!

Abaixo, segue algumas fotos do nosso culto.

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CONFISSÃO BELGA (1561)

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Esse valioso documento foi escrito numa época em que os protestantes dos Países Baixos sofriam intensa repressão da Espanha católica que dominava a região. Seu autor foi o pastor reformado Guido de Brès ou Guy de Bray (c. 1522-1567), que, após passar alguns anos na Inglaterra como refugiado (1548-1552), retornou à Bélgica, foi pastor em Tournay e pregou em toda a região, tendo de fugir novamente em 1561, ano em que escreveu A Confissão. Ele deplorava as tendências anárquicas de muitos correligionários e insistia na importância de obedecer aos magistrados, tendo trabalhado com Guilherme de Orange, o futuro libertador dos Países Baixos. Durante o cerco de Valenciennes, não conseguiu convencer os radicais a se renderem e foi executado por rebelião.

A confissão foi escrita em francês e encaminhada pelo autor a diversos estudiosos e teólogos, que fizeram pequenas modificações. Também conhecida como Confessio Belgica ou Confissão da Valônia, foi endereçada ao rei Filipe II na esperança de atenuar a feroz perseguição contra a Reforma. Seu objetivo foi mostrar às autoridades espanholas que os reformados não eram rebeldes, mas cristãos cumpridores da lei. Imediatamente foi traduzida para o holandês (1562) e depois para o alemão (1566).

O texto se apóia fortemente na Confissão Galicana, adotada dois anos antes pelas igrejas reformadas da França. A ordem dos tópicos é tradicional: Deus e como conhecê-lo (arts. 1-2), a Escritura (3-7), a Trindade (8-11), a criação e a providência (12-13), a queda e a eleição (14-16), a pessoa e a obra redentora de Cristo (17-21), a justificação, a santificação e Cristo como mediador (22-26), a Igreja e seu governo (27-32), os sacramentos (33-35), as autoridades civis (36) e as últimas coisas (37). A confissão cita amplamente a Escritura e utiliza com freqüência o pronome “nós”, o que a torna muito pessoal. Evita referências provocadoras ao catolicismo, procurando dar ênfase a crenças comuns como a Trindade, a encarnação e a “Igreja Católica” (art. 27).

Ao mesmo tempo, sustenta com firmeza convicções distintamente protestantes e reformadas, tais como a autoridade única das Escrituras, a plena suficiência do sacrifício expiatório e da intercessão de Cristo, a natureza das boas obras e os dois sacramentos. Entre os temas especificamente reformados estão a soberania e graça de Deus, a eleição, a santificação e as boas obras, a lei de Deus, o governo da igreja e a Ceia do Senhor. A confissão se desvincula expressamente dos anabatistas, com os quais os reformados muitas vezes eram confundidos pelas autoridades católicas, afirmando a plena humanidade de Cristo, a natureza pública e não-sectária da verdadeira Igreja, o batismo infantil e o estado como instrumento de Deus (ver arts. 18, 29, 34, 36).

Recebida entusiasticamente pelas igrejas reformadas dos Países Baixos, a confissão foi adotada por sínodos reunidos em Antuérpia (1566), Wesel (1568) e Emden (1571), tido como o sínodo de fundação da Igreja Reformada da Holanda. Foi adotada em definitivo pelo Sínodo Nacional de Dort, em 1618. Tornou-se um dos três padrões doutrinários dessa Igreja, ao lado do Catecismo de Heidelberg e dos Cânones de Dort (as Três Formas de Unidade). O historiador Philip Schaff a considerou, “como um todo, a melhor afirmação simbólica do sistema calvinista de doutrina, à exceção da Confissão de Westminster”. O texto da Confissão Belga foi publicado em português pela Editora Cultura Cristã, sendo a edição mais recente de 2005.

Você pode acessar a Confissão Belga nos links abaixo:

a) Confissão Belga completa pelo site Monergismo.

b) Confissão Belga comentada em pdf.

c) Comentários sobre a História e os Artigos da Confissão Belga.

d) Compra da Edição Impressa – Editora Cultura Cristã.


Fontes Biográficas:

1. Andrew Jumper: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação.

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JOÃO CALVINO: SÍNTESE BIOGRÁFICA

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1509: João Calvino nasceu em Noyon, nordeste da França, no dia 10 de julho. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12 anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

1523: Calvino foi residir em Paris, onde estudou latim e humanidades no Collège de la Marche e teologia no Collège de Montaigu. Em 1528, iniciou seus estudos jurídicos, primeiro em Orléans e depois em Bourges, onde também estudou grego com o erudito luterano Melchior Wolmar. Com a morte do pai em 1531, retornou a Paris e dedicou-se ao seu interesse predileto – a literatura clássica. No ano seguinte, publicou um comentário sobre o tratado de Lúcio Enéias Sêneca De Clementia.

1533: converteu-se à fé evangélica, provavelmente sob a influência do seu primo Robert Olivétan. No final desse ano, teve de fugir de Paris sob acusação de ser o co-autor de um discurso simpático aos protestantes, proferido por Nicholas Cop, o novo reitor da universidade. Refugiou-se na casa de um amigo em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido para o francês por Olivétan (1535).

1536: no mês de março foi publicada em Basiléia a primeira edição da Instituição da Religião Cristã (ou Institutas), introduzida por uma carta ao rei Francisco I da França contendo um apelo em favor dos evangélicos perseguidos. Alguns meses mais tarde, Calvino dirigia-se para Estrasburgo quando teve de fazer um desvio em virtude de manobras militares. Ao pernoitar em Genebra, o reformador suíço Guilherme Farel o convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois meses antes abraçara a Reforma Protestante (21-05). Logo, os dois líderes entraram em conflito com as autoridades civis de Genebra acerca de questões eclesiásticas (disciplina, adesão à confissão de fé e práticas litúrgicas), sendo expulsos da cidade.

1538: Calvino foi para Estrasburgo, onde residia o reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, a Resposta a Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras. Em 1540, Calvino casou-se com uma de sua paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega Farel oficiou a cerimônia.

1541: por volta da ocasião em que Calvino escreveu a sua Resposta a Sadoleto, o governo municipal de Genebra passou a ser controlado por amigos seus, que o convidaram a voltar. Após alguns meses de relutância, Calvino retornou à cidade no dia 13 de setembro de 1541 e foi nomeado pastor da antiga catedral de Saint Pierre. Logo em seguida, escreveu uma constituição para a igreja reformada de Genebra (as célebres Ordenanças Eclesiásticas), uma nova liturgia e um novo catecismo, que foram logo aprovados pelas autoridades civis. Nas Ordenanças, Calvino prescreveu quatro ofícios para a igreja: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. Os dois primeiros constituíam a Venerável Companhia e os pastores e presbíteros formavam o controvertido Consistório.

Por causa de seu esforço em fazer da dissoluta Genebra uma cidade cristã, durante catorze anos (1541-55) Calvino travou grandes lutas com as autoridades e algumas famílias influentes (os “libertinos”). Nesse período, ele também enfrentou alguns adversários teológicos, o mais famoso de todos sendo o médico espanhol Miguel Serveto, que negava a doutrina da Trindade. Depois da fugir da Inquisição, Serveto foi parar em Genebra, onde acabou julgado e executado na fogueira em 1553. A participação de Calvino nesse episódio, ainda que compreensível à luz das circunstâncias da época, é triste mancha na biografia do grande reformador, mais tarde lamentada por seus seguidores.

1548: nesse ano ocorreu o falecimento de Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos, inclusive em outras regiões de Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de Calvino.

1555: os partidários de Calvino finalmente derrotaram os “libertinos.” Os conselhos municipais passaram a ser constituídos de homens que o apoiavam. Embora não tenha ocupado nenhum cargo governamental, Calvino exerceu enorme influência sobre a comunidade, não somente no aspecto moral e eclesiástico, mas em outras áreas. Ele ajudou a tornar mais humanas as leis da cidade, contribuiu para a criação de um sistema educacional acessível a todos e incentivou a formação de importantes entidades assistenciais como um hospital para carentes e um fundo de assistência aos estrangeiros pobres.

1559: nesse ano marcante, ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destinada primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo, desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

1564: João Calvino faleceu com quase 55 anos em 27 de maio de 1564. A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada, inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos emblemas que aparecem nas obras do reformador mostra uma mão segurando um coração e as palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero).

O amigo e companheiro de Calvino, Theodore Beza, registrou seus últimos dias:

O intervalo até a sua morte ele passou em oração constante… Em seus sofrimentos ele frequentemente gemeu como Davi, “Eu fiquei em silêncio, ó Senhor, porque tu o fizeste”… Eu também o ouvi dizer, “Tu, Senhor, esmaga-me; mas de forma suficiente para eu que eu saiba que isto é obra de suas mãos”. Calvino também pode ter se lembrado das palavras que ele havia escrito há muito tempo em seu Catecismo: “Pois a morte para os crentes é agora nada mais que a passagem para uma vida melhor… Disso resulta que a morte não deve mais ser temida. Em vez disso, devemos seguir a Cristo, nosso líder, com a mente destemida, pois, assim como Ele não pereceu na morte, também não permitirá nós perecermos”.

Em um dos seus últimos comentários, ele comentou sobre a morte e enterro de Moisés: “É bom que homens famosos sejam enterrados em sepulturas não identificadas”. Essa convicção guiou o seu próprio enterro. Ele rejeitou a veneração supersticiosa dos mortos e não queria peregrinações ao seu túmulo. Ele havia vivido para tornar as pessoas cristãs e não calvinistas. Ele talvez tenha escrito seu próprio epitáfio em suas Institutas: “…podemos passar por essa vida em aflições, fome, frio, desprezo, censuras e outras circunstâncias desagradáveis, contente com uma única garantia, que o nosso Rei nunca irá nos abandonar, mas dará sempre o que precisarmos, até que tenhamos terminado a nossa batalha e sermos chamados para o triunfo”.


Fontes Biográficas:

1. Andrew Jumper: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação.

2. Monergismo.com

3. Unidos Pelo Evangelho[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]

A IMPORTÂNCIA DA COMUNIDADE CRISTÃ.

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Rev. Jefferson M. Reinh

Há dias…
Nos quais tenho sensações muito estranhas. A pior delas é a sensação de que sou inútil e sem valor, e que as pessoas que me amam estariam em condições melhores sem a minha presença. Como é valioso, porém, quando me aconchego em ser lembrado que sou amado e importante para minha comunidade de fé, onde Deus me colocou para ser cuidado.

Há dias…
Nos quais estou tão deprimido que não consigo perceber a presença de Deus comigo, não tenho forças para orar, nem mesmo para me derramar em lágrimas diante do Senhor. Seco! Nesses dias sou praticamente carregado, pois quando não consigo orar, é um fio de consolo saber que outras pessoas estão orando por mim, e a fé desses irmãos ajuda a preencher o vazio que há no coração.

Há dias…
Em que estou bem, e desfruto de encontros casuais, amizades, cultos informais nos quais todos nós conversamos uns com os outros e falamos com Deus. Nos últimos tempos, dias assim tem sido raros, mas quando chegam são dias de alívio, leveza e sorrisos sinceros.

Nesses dias, a fé é revigorada, e a alegria de estar no meio daqueles que me apoiam nas horas mais sombrias é plena. Agradeço ao Criador por estabelecer a Igreja como uma comunidade de irmãos que amam desapegadamente.

Há dias…
Que os problemas surgem lancinantes, as respostas dos medicamentos nãos acontecem, os sintomas parecem invencíveis, e a esperança se torna turva e distante.

Nesses dias, mesmo com um sabor meio amargo, as palavras de Jesus, trazidas à memória num sermão ou em momentos de conversas mais retiradas com irmãos mais próximos, aproximam-me novamente da expectativa da eternidade, onde sei que não haverá mais nenhuma lágrima, ou mesmo um sobressalto de medo. Palavras de Jesus são bálsamo no vale de secura do desespero.

Há dias…
Em que estou apoiado pela crença dos cristãos de diferentes épocas e lugares, que sempre professaram a convicção de fé e as certezas da igreja universal. Por vezes, recitar o Credo Apostólico numa igreja mais formal, quando minha voz se confunde com as demais, me expõe à fé dos pais, mestres, mártires, jovens, mães, tantos que, como eu, foram abraçados pela graça divina e regenerados. É a igreja me dizendo que Deus continua presente, mesmo quando me sinto sozinho.

Há dias…
Nos quais Cristo se manifesta poderosamente, e outros em que o silêncio é assustador. Em todos, porém, poder contar com irmãos é confortante. A comunidade da fé é abençoadora e reflete o cuidado e amor de Deus para comigo.

O texto acima é uma adaptação de um depoimento de um pastor e professor de Teologia na Austrália, relatando momentos de crises depressivas que passou e como a Igreja, em vários lugares, foi fundamental como uma comunidade terapêutica, na qual a Palavra de Deus é ensinada e vivida como medicamento primordial para a alma enferma.

Há dias em que somos usados por Deus para ajudar a outros. Mas há dias em que somos necessitados de ajuda. Viva a Igreja, seja disposto a ajudar e ser ajudado. Que Deus nos ajude a cada dia!!!

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CASAMENTO À PROVA DE FOGO

No último sábado, dia 30/06, tivemos uma reunião do Ministério de Homens com a participação das esposas. O líder do ministério, Luciano Heringer, deu uma excelente palestra com o tema “Seu Casamento é à Prova de Fogo?“. Tivemos a participação de 87 pessoas no total em mais um evento que trouxe edificação para as famílias de nossa igreja.

Somente a Deus seja toda a glória.

Seguem abaixo algumas fotos:

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VOCÊ ESTÁ ACOMPANHANDO?

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Rev. Jefferson M. Reinh

Chegamos ao segundo semestre de 2018. Voando o ano, parece que foi ontem que celebramos o Natal e a virada do ano. Hoje é o primeiro dia da segunda metade de 2018, e quanta coisa já vivenciamos…

Como nação, estamos nos aproximando rápido das eleições, e rogamos a Deus que levante nova esperança e líderes que sejam inclinados à honestidade, competência e ao bem estar do povo. Que o Senhor nos livre de corruptos, de aventureiros e de homens maus. Você tem orado por isso?

Como Igreja, quantas coisas boas temos experimentado. Estamos vendo as sociedades internas em pleno funcionamento, os ministérios estão avançando, e muitas experiências lindas tem acontecido. Como foi bom reviver o Encontro de Casais com Cristo, no último fim de semana, depois de 07 anos sem essa experiência. 60 casais reunidos, servindo-se mutuamente, sendo expostos à Palavra de Deus de diversas formas, que coisa linda!

Nossa SAF está a pleno vapor, irmãs animadas, e o grupo está se fortalecendo, crescendo, orando por nossa Igreja, e Deus tem operado. Vem muita coisa boa por aí, e convido a você, irmã, a se aproximar dessa turma de irmãs valorosas, que sempre tem estado firme com nossa igreja.

Ontem tivemos o Encontro de Homens, outro grupo que tem se fortalecido no Senhor, e cremos que virão frutos muito bons desse ministério. Ontem as esposas estiveram abrilhantando o encontro, e louvamos a Deus por esse grupo.

Nossos irmãos do Ministério de Recepção tem sido o sorriso de nossa Igreja, o Ministério de Intercessão está firme nas orações, no templo e em casa, sempre clamando ao Senhor por tantos desafios que tem se apresentado. O Ministério de Louvor tem se equipado, e liderado a Igreja nos cultos com belas e sábias canções, cristocêntricas e bíblicas.

A Junta Diaconal tem exercido seu ministério com zelo, alegria, e temos visto seu crescimento, solidez e irmãos se envolvendo com este lindo trabalho. Ainda vemos o trabalho do Amor Sem Reservas, investindo em abençoar pessoas que tem estado à margem da sociedade. Bênçãos!

O Conselho de Missões tem zelosamente investido suas forças no apoio e sustento de muitos missionários, e a Igreja tem contribuído. Podemos melhorar, mas não podemos deixar de agradecer àqueles que abraçaram o ministério de contribuir.

Nossa juventude tem se dedicado e edificado, trabalhado com afinco e servido à igreja em diversas áreas. Jovens sadios, e bom testemunho tem sido uma constante, e ainda veremos muito mais.

O Conselho tem sido zeloso para com a Igreja, nossos presbíteros têm buscado servir com esmero à Igreja, orado por ela, e constantemente se reúnem com diversos ministérios a fim de ver a obra do Senhor avançando. Ainda podemos citar muitos mais…

Chegamos ao segundo semestre. Não há palavras para agradecer a Deus o quanto somos abençoados até aqui. Não há medida que espelhe o quanto estamos agradecidos a cada um que tem se doado a Jesus com seu talento, seu esforço, sua vida e família na Igreja. E tem muito pela frente. Mas, e você, que de repente está meio solto, perdidão, olhando a vida passar? Vamos cerrar fileiras juntos? Você é bem vindo no trabalho!!!

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VIRANDO O JOGO.

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Rev. Jefferson M. Reinh

Nosso país está vivenciando a Copa do Mundo de Futebol de um jeito diferente do que se via até 2014. Uma grande decepção cobriu nosso povo naquele 07 de julho, quando nossa seleção se viu derrotada de forma avassaladora pela seleção da Alemanha, no inesquecível 7 x 1, no estádio Mineirão. De lá pra cá, desconfiança, apatia, acusações são comuns, e a seleção não escapa desse estigma, mesmo quando oferece espetáculo. A marca ficou.

Em nossas vidas, situações assim também marcam. Derrotas colossais deixam grandes estragos, por vezes gerações ficam estigmatizadas, famílias ficam manchadas. Decepções com pessoas, erros que cometemos que nos trazem grandes vexames, perdas de pessoas, patrimônio, rupturas de relacionamentos, filhos que se metem em grandes encrencas. Não é difícil encontramos quem tenha seu 7 x 1 pessoal, familiar. O que se pode fazer para lidar com isso?

A Bíblia traz vários relatos de grandes derrotas e grandes momentos de decepção, que nos ensinam muito. Podemos nos lembrar de Sansão, que era alguém poderoso, extremamente forte, mas que sucumbiu diante da própria arrogância e desobediência, tornando-se motivo de escárnio e zombaria diante dos filisteus (Jz 16.4-25). Jó se viu perdendo seus filhos, bens, e seus amigos não compreendiam sua dor, nem conseguiram aconselhá-lo (Jo 2.11-13). Pedro, diante de Jesus preso, se viu caindo após prometer lealdade ao Senhor (Lc 22.33,34; Lc 22.61,62). O povo de Israel caiu de forma vergonhosa diante de Ai, um povo menor e muito mais fraco belicamente (Js 7.1-13).

Algo importante para se observar é que as derrotas não foram escondidas nem abafadas pela Bíblia. A Palavra de Deus não esconde nossas falhas, e devemos aprender que isso é importante, a consciência de que não somos perfeitos, não somos invencíveis. Só há um invencível, e nEle podemos depositar nossa confiança.

Algo em comum nos exemplos citados é que em todos os casos houve a confissão de que algo não foi feito conforme o esperado, algo foi feito de forma errada. Sansão se viu autoconfiante e soberbo, e colocou isso diante de Deus (Jz 16.28). Jó, Pedro fizeram o mesmo. Israel, através de Josué, buscou a raiz do problema e tomou providências (Js 7.14-26). Em todos os casos, e também no nosso viver hoje, é preciso assimilar os erros, e o maior de todos, que é nossa natureza que busca a vida sem Deus, situação diante da qual temos que lutar, contrariar o coração que é enganoso, e buscar no Senhor a coragem e iniciativa para retornar à caminhada.

Lidar com derrotas envolve a hombridade de ser ver limitado. Envolve a nobreza e dignidade de assumir os erros. Isso é muito difícil, haja vista a pressão de um mundo falso que nos envolve, e nos exige uma perfeição que ele, o mundo, não possui. A grande chave, porém, é assimilar que Deus pode nos conceder sabedoria, pode nos transformar interna e externamente, e pode nos dar novas oportunidades de vencer as batalhas futuras. Pense nisso, e se estiver dentro de um contexto de derrota, ou marcado por algo do passado, busque o Senhor. Tem muitos jogos pela frente!!!

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ANTES DA PERDA, A PRESENÇA!

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Rev. Jefferson M. Reinh

Na semana passada, destacamos algumas atitudes benéficas que podem nos ajudar muito diante de perdas, e a lista de atitudes é grande. Hoje destaco três questões fundamentais anteriores à perda, que sendo observadas, trarão efeitos poderosos, consolo e leveza nos momentos de separação.

1) Deus é soberano – o que isso significa diante de dores tão grandes? Significa que o Senhor tem infinita autoridade para estabelecer em seu decreto tudo o que acontece, inclusive o prazo que temos diante de pessoas e coisas que nos são tão caros. Deus tem um propósito para todas as coisas, e nós estamos dentro desse propósito. Aprender a glorificar a Deus com a vida pessoal, e também glorificá-lo por quem Ele coloca perto de nós, faz com que confiemos no Senhor, e sejamos consolados nas perdas, e também sábios para desfrutar do bem de termos seu cuidado, seu amor, sua graça, através de pessoas amadas. Mesmo nas dores agudas, sejamos humildes, e deixemos ser consolados pelo Deus Trino, por seu sopro de refrigério e bondade.

2) O tempo aqui é limitado, mas a eternidade é uma realidade – temos um prazo, é verdade. À medida que envelhecemos, vamos nos dando conta de que o profeta Isaías estava muito certo, quando disse “seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva” (Is 40.7). Moisés disse: “acabam-se os nossos anos como um breve pensamento.” (Sl 90.7). Nosso tempo nessa terra é muito breve. Devemos, então, nos dedicar a viver o melhor a cada dia, sabendo que não haverá uma chance de repetição. Um dia nunca mais volta a se repetir. E ainda, devemos pensar e tomar o firme propósito de investir na eternidade. Amar os queridos hoje, sem protelar, mas pensando em semear muito bem para a vida eterna, para que seja desfrutada com quem amamos. Nos dias atuais essa verdade tem sido deixada de lado, e na hora da separação a dor é grande. Não negligenciemos esta linda oportunidade que Deus nos concede. É preciso viver o hoje, mas também investir no eterno (Mt 16.26).

3) Antes da Perda, Invista em Presença – Oportunidades devem ser aproveitadas. Uma realidade terrível é aquela que observamos em pessoas que, diante das perdas, se remoem por não ter declarado o quanto amavam, não ter dedicado tempo a estar junto com o/a querido(a), ter se concentrado em tantas coisas, mesmo valorosas e importantes, mas que naquele momento ficam sem sentido. A realidade da perda deve nos levar a ser mais tolerantes, mais humildes, mais pacientes, mais agradecidos, mais sorridentes, mais humanos, mais crentes, mais presentes na vida dos queridos. Não economize palavras de bênçãos. Não economize abraços, não economize momentos em que se pode declarar a alegria de se ter quem ama. O tempo não volta, e oportunidades perdidas tornam-se lamentos. Oportunidades aproveitadas geram gratidão.

Quero finalizar dizendo que nunca estamos preparados definitivamente para as perdas, mas elas fazem parte de nossa humanidade caída pelo pecado. A esperança da eternidade também faz parte da vida cristã. Que o Senhor molde nossos pensamentos e as atitudes, para que a vida, e a perda dela, sejam encaradas com mais sabedoria. O Senhor nos abençoe!

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