NATAL, A TRANSMISSÃO DO PATRIMÔNIO

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Rev. Jefferson M. Reinh

Nem sempre conseguimos parar e pensar, com clareza, para avaliar em que patamar se encontra nossa vida, família, e, principalmente, nossa relação com Deus. O fim de ano se caracteriza no coletivo como a época de se jogar fora o “antigo” e se agarrar no “novo”. É verdade que grande parte dessa atitude se restringe a coisas, roupas, brinquedos, pintura de casa, ou promessas relativas ao corpo, engordar ou emagrecer, enfim, o ser humano é bastante previsível nessa questão. A maioria, porém, não mede sua vida espiritual. Perde grande oportunidade de se colocar numa boa conversa com Deus, com a alma, e buscar mais intimidade e maturidade no relacionamento com o Criador.

Uma boa reflexão para nós é o Natal. Observe se sua motivação para essa época está nas viagens, nas festas, nos presentes, nas roupas que usará. Observe um pouco mais, e responda se em algum momento você pensou em trabalhar um “patrimônio” para seus familiares. Sim, aumentar e aprofundar um “patrimônio” que seja de valor imensurável para os seus queridos.  Observei as manchetes e reportagens sobre o Dia de Ação de Graças. Em quase todas que pude avaliar, falava-se em gratidão pelas coisas boas, mas omitia-se a gratidão a “quem”. Falava-se em festa familiar, mas omitia-se aquele que criou a família. No Natal não será diferente. Estamos num tempo em que se fala em pluralismo, diversidade, acolhimento, mas a verdade tem sido distorcida e omitida em nome de uma paz fictícia. Já pensou em Natal sem o Nome que é o Natal? Mas temos observado o questionamento: “vale a pena insistir no verdadeiro Natal em meio a uma sociedade/família que não deseja ser colocada diante do Nome do Natal?” Então vejamos, brevemente, para amadurecer nos próximos dias.

A Bíblia nos ensina, através do apóstolo Paulo, que “os pais entesouram para os filhos…” (2Co 12.14); ainda lemos com Salomão: “A casa e os bens vêm como herança dos pais….” (Pv 19.14). Muitos outros textos nos mostram que os pais preparam a vida para os filhos. Mas, aqui, quero destacar que muitos observam apenas o sentido material destes textos, quando, na realidade, a Bíblia nos leva ao sentido completo, amplo, ou seja, os pais devem preparar o legado MORAL para seus filhos. Os pais devem legar o preparo RELIGIOSO/ESPIRITUAL para seus filhos. OS Pais devem legar uma vida tal que seus herdeiros recebam condições de viver com honra, na presença de Deus, e também legarem aos seus descendentes maiores condições, diante de um mundo que também se destrói de forma cada vez maior (Sl 78.3-8; Rm 12.1,2).

Daí chegamos, então, na expressão “patrimônio”. Esta expressão é usada para indicar conjunto de bens que se possui. Mas sua etimologia carrega a expressão “pai” (patri = pai + monium = recebido). Veja que os pais deixam para seus filhos bens, mas destaco aqui, deixam principalmente valores morais, estes bons ou maus, sólidos ou fracos, mas volto a asseverar, são a herança (patrimônio) dos pais. E os resultados virão, para bem ou para mal.

Vou terminar esta breve meditação com a pergunta que desejo que você responda diante do Senhor: “qual será o patrimônio que você estará legando aos seus queridos neste Natal?” Lembre-se que não há neutralidade aqui. Deus nos abençoe na resposta, e na execução da mesma.

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FAMÍLIA COMO A NOSSA

Rev. Jefferson M. Reinh

Na Bíblia vemos famílias de diversos tipos, pessoas de diversos padrões de caráter, cada uma se revelando com características que eu e você por vezes demonstramos também. Em cada uma delas aprendemos e somos trabalhados por Deus, e vale muito para nossa própria família.

Na Bíblia lemos sobre a mãe que, ao dar à luz seu primeiro filho, reconhece em Deus seu ajudador, mas não o Senhor de fato sobre sua casa. Mais tarde, passando por uma grande dor, reconhece que Deus lhe concedeu totalmente a bênção da restauração, o novo filho não é ajuda, mas sim obra completa da mão do Senhor. Esta mãe é Eva.

Na Bíblia lemos sobre a mãe e o pai que preferiam um filho em relação ao outro. O pai amava mais a um, a mãe amava mais o outro. O resultado foi trágico, e os filhos se tornaram inimigos mortais. Deus restaurou essa família muito depois da morte desses pais, sob muita oração e humilhação. Esses pais são Isaque e Rebeca.

Na Bíblia lemos sobre o Pai que, obediente a Deus, abriu mão de seu filho, e viu não somente a graça de Deus concedendo o filho de volta, mas também o fruto de sua obediência, uma nação sendo gerada através de seu filho. Era Abraão esse pai.

Na Bíblia lemos sobre a mãe que amou tanto seu filho que o colocou nas águas, num cesto, crendo que seria livrado da morte pela mão de Deus. Não somente foi livrado, como Deus a fez amamentá-lo e tê-lo nos braços durante alguns anos. Era Joquebede essa mãe. 

Na Bíblia lemos sobre a nora que acompanhou a sogra, mesmo viúva, ajudou e depois a sustentou, sendo graciosa e companheira. Rute era essa nora.

Na Bíblia lemos sobre o pai que erra no trato com os filhos (Davi); o marido que perdoa a traição por diversas vezes (Oseias); a esposa que é sábia diante do marido estúpido (Abigail); a mãe que entende errado o sucesso dos filhos e é ensinada por Jesus; o pai que ama seus dois filhos a ponto de ser ultrajado por eles, mas ainda insiste em amá-los até ver seu lar restaurado.

Na Bíblia temos a origem da verdadeira Família, que é a Trindade Eterna. Lemos que o Senhor não somente formou, como deu preceitos para que a família pudesse refletir a sua glória diante da criação.

Também exerceu sua providência, realizou milagres como o perdão, o renovo do amor, a reconciliação entre pais e filhos, irmãos, povos. Deus é aquele que mais se preocupa em abençoar a família, porque, através dela,
Ele exerce sua didática e seu amor mais fundamental.

A nossa família pode passar por todos os tipos de problemas, de traumas, de lutas. Nossa família pode ser uma bênção gigantesca. Mas sendo como é, lembre-se sempre que ela está na jornada, ainda não atingiu o objetivo maior que Deus tem para ela. E daí, por mais abençoada que seja, pode ser ainda mais. E, por mais complicada, Deus pode realizar uma grande reconstrução.

Trabalhe por isso. Leia a Bíblia, e aprenda sobre como sua família pode ser melhor a cada dia. Ore por isso, com gratidão por ter chegado até aqui, mas com a expectativa de que as coisas podem e devem melhorar, para que seu lar, do jeito que for, reflita a glória de Deus!

Deus abençoe seu lar!

CONHECEMOS MESMO A FAMÍLIA?

Rev. Jefferson M. Reinh

Amanhã começamos mais uma “Semana de Oração Pela Família”. Mais uma grande oportunidade de dar um início numa nova etapa dentro do lar, uma etapa de conhecimento, experiências com Deus, aprendizado mútuo de marido e esposa, pais e filhos, irmãos, enfim, Deus pode trazer uma nova realidade para o lar.

Porém, para alguns de nós pode ser apenas mais uns dias de oração, talvez repetitivas e enfadonhas, já que talvez já nos acostumamos com os “ritos” de nossas programações, e talvez tenhamos no coração a cobrança de tentativas que lutamos, mas não vencemos, ou oramos, nos esforçamos, mas “o problema é o outro”, ou ainda cansamos porque descremos mesmo do poder de Deus. As facilidades para a recusa são muitas. E sempre serão.

Gostaria de questionar, nessa breve meditação, nosso conhecimento de família. Esse é um assunto que, no senso comum, parece ser limitado a exercer boas relações de convivência, ou um mínimo de respeito, ou afetos amorosos objetivando um bem estar pessoal ou coletivo. Poucas vezes aprofunda-se numa busca pelo entendimento correto e
tão benéfico sobre o que significa ser família. Pense se não nos limitamos a verificar apenas se “está tudo bem” no sentido de não haver brigas ou divisões. Dificilmente avançamos no sentido de verificar se estamos vivendo na plenitude do que Deus tem para a família. E qual a premissa para conhecer verdadeiramente sobre a família?

Concordando com o Rev. Hermisten Maia P. Costa, afirmo que “…não é demais enfatizar que o nosso conhecimento a respeito de Deus é um “conhecimento-de-servo” delimitado pelo próprio Senhor, considerando, inclusive, o pecado humano. O nosso conhecimento nunca é autorreferente com validade própria e por iniciativa nossa. Mesmo podendo ser verdadeiro, sempre será limitado pela nossa própria finitude. O conhecimento de nossa limitação não é inato, antes é precedido pela revelação. A consciência do mistério é antecedida pela graça da revelação. Sem revelação o mistério continuaria sendo ignorado como mistério. Portanto, poder conhecer a Deus é sempre uma iniciativa da graça divina. O nosso conhecimento é um ato de fé, e esta é procedente da graça que se manifesta no fato de Deus se revelar e de nos possibilitar conhecer. Mais: nunca somos ou seremos o padrão de verdade. Os nossos pensamentos e as nossas supostas experiências concretas não têm poder em si mesmos, antes, precisam sempre ser validados pela Palavra, que é a verdade (Jo 17.17)”.

Assim, para compreender e, de fato, experimentar o belíssimo propósito e a grandeza do que é a família, é necessário submeter todo nosso conhecimento, nossa experiência, nossa cultura, à revelação bíblica, pois esta é nossa regra infalível de fé e de prática. Pensar à luz das escrituras é deixar-se moldar pelo amor perfeito, pelo ensino perfeito, e o principal, pela obra perfeita do Espírito Santo de Deus. E isso é o foco da Semana de Oração, um início de busca pela revelação bíblica sobre família.

Convidamos você a vir, orar, e se deixar moldar pelo Espírito. Você poderá ser um novo paradigma dentro de seu lar, para abençoar seus queridos. Vamos lá? De amanhã até sexta, às 19h30. Deus nos abençoe!

SOLAS VERSUS PLURAIS

Rev. Jefferson M. Reinh

Celebramos, na próxima quarta-feira, dia 31, 501 anos da Reforma Protestante de 1517. Para nossa meditação neste curto texto, levanto a questão: o que os “Solas” da Reforma significam para a Igreja do Século XXI? Isso atinge nossa fé em que pontos?

Primeiramente, vamos definir alguns termos. A expressão “Sola” vem do latim e significa “somente”, ou “”, e tem o sentido principal de estabelecer singularidade, exclusividade, restrição. Os reformadores, diante do cenário confuso e distante da Bíblia que se apresentava a Igreja na Idade Média, buscaram a volta à religião vivida nos dias da Igreja Primitiva, liderada pelos apóstolos de Jesus Cristo. Assim, asseveraram o “Sola Scriptura” (somente a Escritura) ressaltando a autoridade final da Bíblia, a sua suficiência e sua totalidade como regra (padrão) de fé e prática para os crentes (Lc 21.33). Da mesma forma, “Sola Gratia” (somente a graça) como meio de salvação para a humanidade, o evangelho genuíno concedido ao ser humano incapaz de salvar-se por si mesmo (Ef 2.8). O “Solus Christus” (somente Cristo) assevera Jesus como único Redentor, Senhor, que se encarna, sofre, morre e ressuscita, cumprindo o plano de Deus (At 4.12). “Sola Fide” (somente a Fé) destaca a fé como dom de Deus concedido ao homem, e somente crendo pode obter o favor de Deus, não havendo obra alguma que conceda méritos salvíficos (Ef 2.8,9). E em tudo isso, o “Soli Deo Gloria” (Somente a Deus a glória) trouxe novamente o propósito da Igreja e o indivíduo buscar glorificar a Deus em todas as coisas (1Co 10.31). Os “Solas” mostram o caráter exclusivista do evangelho de Jesus Cristo (Jo 14.6).

Por outro lado, vivemos em dias em que a expressão “pluralidade” ou “diversidade” estão em evidência em muitos sentidos, sociais, biológicos, econômicos e até mesmo religiosos. Por “plural” entende-se que exista sempre mais de uma via, mais de uma opção nas diversas esferas de vida e inter-relações pessoais, sociais etc.

E assim como nos dias da Reforma, temos diante de nós os conceitos que permeiam o pensamento comum colidindo com nossas declarações de Fé e com a Palavra de Deus. Cabe à Igreja atual se posicionar diante de Deus e do mundo, assimilando as consequências de seu posicionamento.

Embora se afirme os “Solas”, vemos que tem se tornado comum a questão de se colocar mais algum ponto nas caminhadas da vida. É a Bíblia sendo serva da cultura, e a Bíblia colocada em segundo plano; É Jesus o salvador, mas incluímos obras meritórias, tais como as indulgências na idade média. Declaramos a graça, mas atribuímos valores a nós mesmos como se dignos fôssemos de ser salvos. E glorificamos a Deus, mas também ao homem, suas conquistas, seu estudo, quase colocando-o como um Criador em potencial, que está perto de ser “livre” da autoridade do Criador
Soberano.

A pluralidade de nossos dias, sorrateiramente, tem colocado a Fé Bíblia em perigo. Enquanto a Fé Bíblica coloca o homem como servo, dependente, e exalta o Deus Trino somente, a Fé Plural disfarça seu culto, e aos poucos coloca o homem no trono da Adoração. Esta exalta Deus, mas exalta o homem, pois o culto torna-se centrado no que o homem quer de Deus.

A Reforma lutou diante disso no Século XVI, e até hoje, essa é uma luta que temos diante de nós. Pense nisso, corajosamente! Que o Senhor nos ajude a viver a Reforma hoje!

NOS OMBROS DE GIGANTES

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Rev. Jefferson M. Reinh

Existe uma corrente de pensamento que defende que o aprendizado deve ser totalmente empírico, ou seja, a pessoa encontra o saber de forma prática, a partir de seus sentidos e sua vivência, descartando-se as verdades aprendidas anteriormente, ou permitindo-se que sejam descobertas “na prática”, reduzindo ao mínimo o que já foi consagrado anteriormente.

Numa fala mais simples, é o caso, por exemplo, de um jovem que diz a seus pais que deixem-no viver sua vida, e aprender com suas “cabeçadas” e com seus acertos, e que “descubra o fogo por si mesmo”. Pode parecer uma ação simplória e tola, mas é mais comum que imaginamos. O desejo de ser livre e autônoma tem levado uma geração atual a cair nos maiores desvarios, ouvindo das consequências terríveis que virão, porém, afirmando que “vão pagar o preço”.

No meio cristão evangélico, essa realidade inconsequente também é facilmente encontrada. A grande maioria das denominações preferem o empirismo ao estudo, as “novidades” espirituais aos princípios e ensinamentos bíblicos, as tentativas, com suas subidas e descidas, à segurança e à maturidade cristã. Basta observar o quanto as escolas dominicais estão esvaziadas e os cultos de cura, libertação e milagres estão lotados, mesmo que o “sobrenatural” tenha que ser forjado. Observemos o quanto vemos pessoas que lotam igrejas em busca de experiências, mas não conhecem o Senhor da experiência, e nem sabem evangelizar outras pessoas.

Contrário a este movimento, vemos gigantes que foram humildes e souberam reconhecer, valorizar e afirmar o conhecimento e as experiências que antecederam suas contribuições para a humanidade. A famosa frase de Isaac Newton, proferida em 05 de fevereiro de 1676, reconhecia a contribuição anterior de René Descartes às ciências exatas: “se eu vi mais longe, foi por estar sobre os ombros de gigantes”. No entanto, a própria frase e seu raciocínio remonta a séculos antes (Bernardo de Chartres, Séc XII).

Neste mês de outubro celebra-se 501 anos da Reforma Protestante. Para a grande maioria dos evangélicos do Brasil, apenas uma data. Algo que está empoeirado na memória protestante. Muito pouco a se observar, já que o importante é o “aqui e agora”, o bonito e interessante é o “mover” destes dias, nos quais muitos cristãos estão buscando redescobrir o fogo por suas experiências, abandonando ou apenas usando a Bíblia para se justificarem em práticas que, na realidade, tem orientado para um abandono do que as Escrituras preceituam. O evangélico “padrão” atual é supersticioso, acredita em mandingas, não sabe explicar doutrinas básicas sobre a encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo, não distingue mais a Bíblia de uma palavra de um pastor famoso da mídia, e na maioria vai atrás do pastor, já que tem preguiça de pesquisar na Bíblia. Triste, não?

Pois bem, muitos tem feito o caminho inverso, humildemente estão buscando os gigantes de outrora para subir em seus ombros e enxergar sabedoria novamente. Convido você a trilhar esse caminho. Aprender, como o povo de Deus era ensinado, a observar de onde Deus os tirou, Egito, e para onde estavam rumando, a Canaã. Pense nisso, o primeiro passo para se saber para onde vai é saber de onde está vindo. Valorize a Reforma Protestante!

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UM EXEMPLO DE JACÓ.

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Rev. Jefferson M. Reinh

Seus irmãos lhe tinham ciúmes; o pai, no entanto, considerava o caso consigo mesmo” (Gn 37.11).

Nos últimos meses, a disputa eleitoral em nosso país tem despertado diversas situações tristes de se observar. Existe um clima de discórdia e revanchismo que tem tornado muito difícil a convivência sadia entre amigos, família, até mesmo casais. E mesmo que muitas vezes ouçamos as palavras “respeito”, “diálogo”, a realidade parece ser bem distinta disso, na realidade vemos as pessoas num afã de gritarem, agredirem verbal ou até fisicamente aquele que pensa diferente de si, ou expõem realidades que confrontem seu pensamento, ou melhor, o pensamento/notícia de seu pretendido candidato. O que fazer para preservarmos nossas relações sociais, familiares, religiosas diante de pensamentos e ações divergentes daquelas que são nossas preferências? É possível manter um diálogo?

Claro que sim, mas exige esforço, e exige um mínimo de civismo, e um tanto de humildade, e um tanto de fé também. O texto acima citado está num momento de crise familiar. José, o penúltimo filho homem de Jacó, tivera um sonho, e revelou a seus familiares. No sonho, ele se viu numa posição de honra e autoridade, e isso diante de sua família, incluindo seus pais. Conhecemos a história. Mas note o posicionamento de Jacó, que embora desse um “pito” em José, não desprezou as palavras do jovem ainda inocente, diante dos ciúmes e da ira dos irmãos. Jacó considerava consigo, ou na expressão original, “guardou na memória”, “avaliava as palavras”, “meditou no que ouviu”. Aqui está uma chave, simples, mas que pode nos ajudar.

Diante de tantas opiniões, tantas informações, tantas fontes, e muitas delas falsas (as chamadas fakenews), devemos sim respirar fundo, dar um passo atrás e “considerar” as questões. Nosso coração é desesperadamente corrupto, segundo nos ensina o profeta Jeremias (Jr 17.9). O coração grita por falar, se impor, vencer disputas. Ao ser dominado, aceita o diálogo, a exortação, o conselho. Nestes dias, muitos querem impor sua visão das coisas, e, goste ou não, isso é normal. Não deveria ser, mas é. E talvez, se nós percebermos que, mesmo pensando diferente, estamos no mesmo barco, no mesmo país, diante da mesma crise, talvez venhamos a ter um pouco de paciência com o outro que tem uma compreensão diferente de nós.

Não estou falando que devemos falar igual, agir igual (se imitar Jesus, SIM), mas estou falando de ter maturidade para conversar sobre assuntos diversos, sem o peso de “ter que converter o outro ao meu pensamento, ou ao meu candidato”. Se ele ou ela vai votar no fulano ou na cicrana, paciência. E vamos nos lembrar que amanhã somos nós aqui que vivenciamos a batalha do dia-a-dia.

Assim, desejo do fundo do coração que, passadas estas eleições, não tenhamos que “juntar os cacos” de relações dissolvidas por uma disputa pessoal. Estamos todos numa crise nacional, mas essa crise deve ser enfrentada com o olhar correto. Vale a pena abandonar nosso próximo, nosso irmão, nosso amigo, por causa de candidatos? Vale mesmo a pena? Creio que todos sabemos a resposta, mas cabe a cada um “considerar” consigo mesmo, como Jacó, e dominar seu coração, que pode cair numa disputa pessoal, só pelo prazer do “ganhei”, quando na realidade, perdeu pessoas valiosas que te amam. Pense nisso!

Que o Senhor nos abençoe!

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A SOBERANIA DE DEUS SOBRE AS NAÇÕES

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Quem governa as nações? – Rev. Eloy H. Frossard.

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Nesse momento de discussões políticas, polarizações idolátricas e turbulência social, uma mensagem para que pensemos biblicamente sobre as eleições do nosso país e o governo no mundo.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=u8iaetXNp9I”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Acima é um curto trecho da mensagem “A Soberania de Deus Sobre as Nações“, que você pode assistir de forma completa abaixo:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=ieKciPg3W5w”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

CHAMADOS A PASTOREAR

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OS PRESBÍTEROS – CHAMADOS A PASTOREAR

Rev. Jefferson M. Reinh

Desde o início da Igreja Cristã, os discípulos de Jesus aplicaram um princípio de liderança conciliar para apascentar, pastorear o rebanho do Senhor. Podemos observar na Bíblia, pelo menos cinco deveres e obrigações de presbíteros.

1) Ajudar a resolver conflitos na igreja (At 15). Presbíteros devem ser conciliadores, maduros para ouvir e discernir sobre os assuntos da Igreja, e ao mesmo tempo submisso à Bíblia como autoridade sobre ele mesmo e sua consciência, para o bem da igreja. Eles mesmos se submetem aos outros presbíteros, ouvindo e discernindo nos conselhos, para proceder corretamente.

2) Orar pelos enfermos (Tg 5.14 – 16). Os presbíteros, segundo a Bíblia, devem ser homens de oração, e oração em benefício do povo de Deus. Vida piedosa, de joelhos diante do Senhor, buscando sua misericórdia.

3) Proteger a vida espiritual do rebanho (Hb 13.17). Os presbíteros devem amar e cuidar, se desgastarem na busca do fortalecimento da fé da igreja, serem conselheiros piedosos, amigos que conhecem a Palavra a fim de ensiná-la e levar outros irmãos a crescerem na fé.

4) Servir de modelo e cuidado dos interesses da igreja (1Pe 5.1-4). Pedro, presbítero, convoca seus pares a presidirem com amor, pastorearem com zelo e alegria, sendo modelos de fé, moderação, e obediência à Palavra de Deus. O rebanho do Senhor é confiado a eles, é o chamado a ser cuidador da Noiva de Cristo. O presbítero deve ser dizimista fiel, ofertante generoso, parceiro em Missões. Ele é exemplo (Fp 3.17; 1Co 11.1). Decisões de cunho espiritual, mas também de cunho “natural” são de responsabilidade dos presbíteros.

5) Viver a oração e o ensino da Palavra (At 6.2-4). O presbítero deve ter vida devocional constante, e uma marca de sua caminhada. Intimidade com Deus na oração, pela nação, pelos governantes, pelo povo, pela paz. Sabedoria e crescimento doutrinário, discernimento das questões da vida comum, com sensatez, equilíbrio, sem partidarismo, sem despotismo, a fim de ser abençoador.

É claro que existem mais atribuições para ser um bom presbítero. Porém, essas questões acima nos levam a entender que a vida espiritual da igreja passa por um bom grupo de líderes que se esforçam por amar a Igreja, protegendo-a, abrindo mão de suas particularidades para ver a Noiva sendo embelezada e fortalecida para o Noivo se deleitar nela. O presbítero não pode ser dado a fofocas, não pode ser frágil diante de más notícias, não pode ser egocêntrico, amargurado, infiel. Ele deve ser um modelo de fé, embora sóbrio para fundamentar uma igreja equilibrada. “Recebei-o, pois, no Senhor, com toda alegria, e honrai sempre a homens como esse”(Fp 2.29).

Estamos vivenciando um período de eleição de oficiais em nossa igreja. É dever da igreja orar para que o Senhor revele quem são aqueles que Ele convoca para dirigir sua igreja, pastoreando-a, amando-a e disposto a enfrentar desafios pelo bem do evangelho. Não é fácil, pelo contrário, é um ministério muitas vezes incompreendido, sobretudo em dias de tamanho individualismo. Pense nisso, ore, busque discernimento, e vamos incentivar e fortalecer nossa liderança.

Que o Senhor nos ajude!!!

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O CRISTÃO E A POLÍTICA – INTRODUÇÃO

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Rev. Jefferson M. Reinh

“Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos” (At 16.37,38).

Quando observamos as páginas das Escrituras Sagradas, fica muito claro que o povo de Deus nunca deixou de ser político e vivenciar política. Embora uma grande parte dos cristãos se distancie de assuntos ligados à política, nunca deixam de fazer política. Sim, até pela omissão fazemos política, e, nesse caso, a má política.

A expressão “política” vem do grego “polis”, que significa cidade. Fazer política significa exercer a governança, o cuidado com a cidade. Fazemos política ao trabalhar, ao cuidar de nossa cidade, estado ou país, ao buscar desenvolvimento para as comunidades, e, claro, ao escolher representantes que irão ser mordomos, gestores, cuidadores das leis, das condições de aplicações, dos bens da cidade, das riquezas do país, do estado. Concluo afirmando, como cristão, que a política é legítima. É algo que não podemos nos distanciar, para o bem comum de um povo.

Deus deu a ordem ao homem de ser cuidador, gestor da criação (Gn 1.26,27). O chamado mandato cultural envolve as relações humanas entre si para o bem estar social. E se queremos o bem de um povo, devemos passar obrigatoriamente por reconhecer e eleger líderes, que sejam capacitados, sejam preparados, sejam éticos e corretos no seu proceder, sejam pessoas de caráter para exercer julgamentos corretos, ações que visem o bem comum, e almejem o crescimento de um povo de forma a reconhecer a bondade e a graça de Deus, ainda que indiretamente. Nos nossos dias isso parece quase impossível, porém Deus não mudou o padrão.

Podemos observar na história bíblica alguns homens de Deus que viveram a política: Neemias, de copeiro passou a líder numa reconstrução, e depois a governador. José passou de um administrador a um governante no Egito. E o texto de início, lá em cima, mostra que Paulo conhecia tão bem seus direitos como cidadão romano que coloca os pretores sob apuros, e os obriga a se retratarem diante de um grande erro que cometeram como autoridades.

Quero nesse dia chamar você a que, juntos, como Igreja, venhamos a refletir que temos um grande privilégio de exercer a política de nossa cidade, estado, país. Mas é também uma grande responsabilidade, da qual não podemos fugir, e sabendo que colhemos as consequências da política, para bem ou para mal.

Quero finalizar esse primeiro texto desta série com um texto bíblico que reflete muito bem nossos dias. “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2). Convido você a orar e pedir a Deus que trabalhe em sua mente e coração. E também a refletir sobre o tema. Como embaixadores do Reino nessa terra (2Co 5.20), devemos representar os valores do céu nessa nação brasileira. Isso envolve também participar bem da política. Como? Na próxima semana avançamos. Deus nos abençoe!

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O AMIGO DO NOIVO.

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Rev. Jefferson M. Reinh

O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim” (João 3.29).

João Batista é um dos maiores exemplos que a história apresenta de alguém que amou tanto a Cristo que pagou preço extremo por isso, uma morte terrível, decapitado.

Embora o registro bíblico a seu respeito seja curto, a narrativa é tremendamente impactante, emocionante e transformadora para quem deseja servir a Jesus. É possível ver um homem que é muito forte, emocional e fisicamente, incisivo e assertivo nas palavras, e completamente consciente de sua missão no mundo, que era preparar o caminho para o ministério de Jesus.

Quero compartilhar alguns pontos que considero fundamentais na vida e ministério de João Batista, que podem nos inspirar e motivar a viver uma vida cristã mais profunda e frutífera.

O primeiro é o entendimento claro de João quanto ao seu ministério ser um presente, um chamado vindo do próprio Deus. Ele afirma: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (Jo 3.27). Nossa vida de serviço a Cristo é um presente dEle, uma concessão para que sejamos fiéis e sempre dispostos diante das dificuldades, mas também diante dos elogios, das vitórias. Tudo vem dEle, e Ele, Jesus, nos concede sabedoria, aptidão, discernimento, e força para lutarmos diante das adversidades, e sabermos honrá-Lo diante das vitórias. João sabia da grandeza de seu ministério, mas conduziu-se íntegro, até mesmo diante da morte iminente.

Um segundo ponto é a coragem, a firmeza de João diante das oposições. Pense em alguém que corajosamente se levanta para confrontar àqueles que buscavam confundi-lo ou diminuir sua pregação. “Raça de víboras”, ele afirma aos seus opositores. Mais tarde, diante de Herodes, o tetrarca, João não se intimida e o acusa de adultério. Nos nossos dias, a necessidade de coragem e firmeza diante da secularização, da maldade, da apostasia, é enorme. A coragem para exortar irmãos faltosos, enfrentar as investidas do nosso inimigo, é tão necessária… E, diante das ameaças, o que temos feito?

Um outro ponto, e para mim, particularmente, é o que mais me espanta e me faz ser apaixonado pelo ministério de João Batista é sua humildade diante das tentações e provocações. Ao ser perguntado se era o Cristo, João poderia dizer: “sou primo dEle”. Mas ele afirma várias vezes que não era o Cristo, e ainda acrescenta que não era digno de desatar as sandálias do Mestre. Ele era o “amigo do noivo”, alegre por preparar e cuidar da noiva para Jesus. Nos nossos dias, quantos líderes, pregadores, ministros, buscam holofotes, buscam luzes sobre si, buscam elogios, buscam ter o ego afagado. Jesus afirmou que não houve nenhum homem maior que João (Lc 7.28), e ainda que ele foi mais que um profeta (Lc 7.26, 27). Mas ele, João, se mostrou humilde e ciente de quem era o verdadeiro dono de tudo, quem era o Messias, o Libertador, o Salvador. Ele era servo.

Que nos inspiremos na vida e nas palavras bíblicas sobre João Batista. E usemos seu padrão para nossa caminhada ministerial. Que o Senhor nos ajude a chegar lá.

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