NOS OMBROS DE GIGANTES

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Rev. Jefferson M. Reinh

Existe uma corrente de pensamento que defende que o aprendizado deve ser totalmente empírico, ou seja, a pessoa encontra o saber de forma prática, a partir de seus sentidos e sua vivência, descartando-se as verdades aprendidas anteriormente, ou permitindo-se que sejam descobertas “na prática”, reduzindo ao mínimo o que já foi consagrado anteriormente.

Numa fala mais simples, é o caso, por exemplo, de um jovem que diz a seus pais que deixem-no viver sua vida, e aprender com suas “cabeçadas” e com seus acertos, e que “descubra o fogo por si mesmo”. Pode parecer uma ação simplória e tola, mas é mais comum que imaginamos. O desejo de ser livre e autônoma tem levado uma geração atual a cair nos maiores desvarios, ouvindo das consequências terríveis que virão, porém, afirmando que “vão pagar o preço”.

No meio cristão evangélico, essa realidade inconsequente também é facilmente encontrada. A grande maioria das denominações preferem o empirismo ao estudo, as “novidades” espirituais aos princípios e ensinamentos bíblicos, as tentativas, com suas subidas e descidas, à segurança e à maturidade cristã. Basta observar o quanto as escolas dominicais estão esvaziadas e os cultos de cura, libertação e milagres estão lotados, mesmo que o “sobrenatural” tenha que ser forjado. Observemos o quanto vemos pessoas que lotam igrejas em busca de experiências, mas não conhecem o Senhor da experiência, e nem sabem evangelizar outras pessoas.

Contrário a este movimento, vemos gigantes que foram humildes e souberam reconhecer, valorizar e afirmar o conhecimento e as experiências que antecederam suas contribuições para a humanidade. A famosa frase de Isaac Newton, proferida em 05 de fevereiro de 1676, reconhecia a contribuição anterior de René Descartes às ciências exatas: “se eu vi mais longe, foi por estar sobre os ombros de gigantes”. No entanto, a própria frase e seu raciocínio remonta a séculos antes (Bernardo de Chartres, Séc XII).

Neste mês de outubro celebra-se 501 anos da Reforma Protestante. Para a grande maioria dos evangélicos do Brasil, apenas uma data. Algo que está empoeirado na memória protestante. Muito pouco a se observar, já que o importante é o “aqui e agora”, o bonito e interessante é o “mover” destes dias, nos quais muitos cristãos estão buscando redescobrir o fogo por suas experiências, abandonando ou apenas usando a Bíblia para se justificarem em práticas que, na realidade, tem orientado para um abandono do que as Escrituras preceituam. O evangélico “padrão” atual é supersticioso, acredita em mandingas, não sabe explicar doutrinas básicas sobre a encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo, não distingue mais a Bíblia de uma palavra de um pastor famoso da mídia, e na maioria vai atrás do pastor, já que tem preguiça de pesquisar na Bíblia. Triste, não?

Pois bem, muitos tem feito o caminho inverso, humildemente estão buscando os gigantes de outrora para subir em seus ombros e enxergar sabedoria novamente. Convido você a trilhar esse caminho. Aprender, como o povo de Deus era ensinado, a observar de onde Deus os tirou, Egito, e para onde estavam rumando, a Canaã. Pense nisso, o primeiro passo para se saber para onde vai é saber de onde está vindo. Valorize a Reforma Protestante!

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UM EXEMPLO DE JACÓ.

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Rev. Jefferson M. Reinh

Seus irmãos lhe tinham ciúmes; o pai, no entanto, considerava o caso consigo mesmo” (Gn 37.11).

Nos últimos meses, a disputa eleitoral em nosso país tem despertado diversas situações tristes de se observar. Existe um clima de discórdia e revanchismo que tem tornado muito difícil a convivência sadia entre amigos, família, até mesmo casais. E mesmo que muitas vezes ouçamos as palavras “respeito”, “diálogo”, a realidade parece ser bem distinta disso, na realidade vemos as pessoas num afã de gritarem, agredirem verbal ou até fisicamente aquele que pensa diferente de si, ou expõem realidades que confrontem seu pensamento, ou melhor, o pensamento/notícia de seu pretendido candidato. O que fazer para preservarmos nossas relações sociais, familiares, religiosas diante de pensamentos e ações divergentes daquelas que são nossas preferências? É possível manter um diálogo?

Claro que sim, mas exige esforço, e exige um mínimo de civismo, e um tanto de humildade, e um tanto de fé também. O texto acima citado está num momento de crise familiar. José, o penúltimo filho homem de Jacó, tivera um sonho, e revelou a seus familiares. No sonho, ele se viu numa posição de honra e autoridade, e isso diante de sua família, incluindo seus pais. Conhecemos a história. Mas note o posicionamento de Jacó, que embora desse um “pito” em José, não desprezou as palavras do jovem ainda inocente, diante dos ciúmes e da ira dos irmãos. Jacó considerava consigo, ou na expressão original, “guardou na memória”, “avaliava as palavras”, “meditou no que ouviu”. Aqui está uma chave, simples, mas que pode nos ajudar.

Diante de tantas opiniões, tantas informações, tantas fontes, e muitas delas falsas (as chamadas fakenews), devemos sim respirar fundo, dar um passo atrás e “considerar” as questões. Nosso coração é desesperadamente corrupto, segundo nos ensina o profeta Jeremias (Jr 17.9). O coração grita por falar, se impor, vencer disputas. Ao ser dominado, aceita o diálogo, a exortação, o conselho. Nestes dias, muitos querem impor sua visão das coisas, e, goste ou não, isso é normal. Não deveria ser, mas é. E talvez, se nós percebermos que, mesmo pensando diferente, estamos no mesmo barco, no mesmo país, diante da mesma crise, talvez venhamos a ter um pouco de paciência com o outro que tem uma compreensão diferente de nós.

Não estou falando que devemos falar igual, agir igual (se imitar Jesus, SIM), mas estou falando de ter maturidade para conversar sobre assuntos diversos, sem o peso de “ter que converter o outro ao meu pensamento, ou ao meu candidato”. Se ele ou ela vai votar no fulano ou na cicrana, paciência. E vamos nos lembrar que amanhã somos nós aqui que vivenciamos a batalha do dia-a-dia.

Assim, desejo do fundo do coração que, passadas estas eleições, não tenhamos que “juntar os cacos” de relações dissolvidas por uma disputa pessoal. Estamos todos numa crise nacional, mas essa crise deve ser enfrentada com o olhar correto. Vale a pena abandonar nosso próximo, nosso irmão, nosso amigo, por causa de candidatos? Vale mesmo a pena? Creio que todos sabemos a resposta, mas cabe a cada um “considerar” consigo mesmo, como Jacó, e dominar seu coração, que pode cair numa disputa pessoal, só pelo prazer do “ganhei”, quando na realidade, perdeu pessoas valiosas que te amam. Pense nisso!

Que o Senhor nos abençoe!

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CARTA ABERTA À IGREJA BRASILEIRA

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Por ocasião das celebrações dos 196 anos de Independência do Brasil neste mês de setembro e da proximidade das eleições de 2018, em que os brasileiros escolherão deputados estaduais e federais, senadores e governadores de seus estados, bem como a autoridade principal da nação, o presidente da República, para os próximos quatro anos, os pastores e líderes cristãos abaixo-assinados conclamam para que a Igreja de Cristo no Brasil coloque-se em intercessão constante pelo País nas próximas semanas, até o fim dos pleitos em segundo turno, em jejum e oração, pedindo para que a Santíssima Trindade, por misericórdia, ouça as nossas preces e venha a atender os seguintes pedidos:

1. Que o SENHOR, o Deus Triúno, conduza em suas campanhas os candidatos honestos, bem-intencionados, comprometidos com a transparência e a moralidade, com princípios virtuosos de vida em sociedade e com uma visão cristã de mundo, a fim de que estes consigam ser eleitos aos cargos a que concorrem;

2. Que o SENHOR, o Deus Triúno, mude o coração daqueles que estão dispostos a votar em candidatos envolvidos em casos de corrupção, nem permita que estes sejam eleitos;

3. Que o SENHOR, o Deus Triúno, refreie a representação de ideologias anticristãs em nossos parlamentos estaduais e no Congresso Nacional;

4. Que o SENHOR, o Deus Triúno, frustre toda a tentativa de fraude no sistema eleitoral;

5. Que o Senhor, o Deus Triúno, não permita mais confusão e outros atos de violência, a fim de que essas eleições sejam concluídas pacificamente;

6. Que o Senhor, o Deus Triúno, por meio da obra santificadora do Espírito Santo, traga um verdadeiro avivamento à sua Igreja no Brasil, provocando um grande e duradouro impacto cultural, moral e social, por meio de homens e mulheres que produzam frutos dignos de arrependimento.

Algumas recomendações:

a) Para a escolha de candidato, recomenda-se conhecer bem o seu caráter, ideias e a ideologia do partido;

b) Apoie propostas que defendam a dignidade do ser humano e a vida em qualquer circunstância, desde sua concepção no ventre materno;

c) Rejeite candidatos com ênfases intervencionistas na esfera familiar, educacional, eclesiástica e artística;

d) Repudie qualquer ideologia que se oponha aos princípios do Reino de Deus, isto é, com a mensagem bíblica;

e) Apoie candidatos que expressam compreender a função primordial do Estado em prover e promover justiça e segurança para seus cidadãos;

f) Por fim, ao indicar um candidato para amigos e familiares, faça-o com respeito às opiniões diferentes da sua, lembrando que, apesar de você acreditar na pessoa para quem está dando e pedindo voto, como cristãos, nossa esperança última de sociedade perfeita deve estar na consumação dos séculos, quando Jesus voltará para reinar com cetro de justiça.

Após as eleições,  ore em favor dos candidatos eleitos, para que cumpram seus mandatos com sabedoria e pelo bem da nação, lembrando-nos, oportunamente, das palavras do apóstolo Paulo a Timóteo: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito(1Timóteo 2.1-2).

Ajude-nos a divulgar esse chamado à oração pelas eleições de 2018 compartilhando esta carta nas redes sociais e, se possível, peça autorização aos seus pastores para lê-la em sua igreja, seja no culto, escola dominical, pequenos grupos ou demais reuniões.

Que o SENHOR, nosso Deus, olhe com graça e misericórdia para o Brasil! Amém.

Fonte: TuPorem.org.br[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

A SOBERANIA DE DEUS SOBRE AS NAÇÕES

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Quem governa as nações? – Rev. Eloy H. Frossard.

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Nesse momento de discussões políticas, polarizações idolátricas e turbulência social, uma mensagem para que pensemos biblicamente sobre as eleições do nosso país e o governo no mundo.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=u8iaetXNp9I”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Acima é um curto trecho da mensagem “A Soberania de Deus Sobre as Nações“, que você pode assistir de forma completa abaixo:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=ieKciPg3W5w”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][vc_pinterest][/vc_column][/vc_row]

CHAMADOS A PASTOREAR

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OS PRESBÍTEROS – CHAMADOS A PASTOREAR

Rev. Jefferson M. Reinh

Desde o início da Igreja Cristã, os discípulos de Jesus aplicaram um princípio de liderança conciliar para apascentar, pastorear o rebanho do Senhor. Podemos observar na Bíblia, pelo menos cinco deveres e obrigações de presbíteros.

1) Ajudar a resolver conflitos na igreja (At 15). Presbíteros devem ser conciliadores, maduros para ouvir e discernir sobre os assuntos da Igreja, e ao mesmo tempo submisso à Bíblia como autoridade sobre ele mesmo e sua consciência, para o bem da igreja. Eles mesmos se submetem aos outros presbíteros, ouvindo e discernindo nos conselhos, para proceder corretamente.

2) Orar pelos enfermos (Tg 5.14 – 16). Os presbíteros, segundo a Bíblia, devem ser homens de oração, e oração em benefício do povo de Deus. Vida piedosa, de joelhos diante do Senhor, buscando sua misericórdia.

3) Proteger a vida espiritual do rebanho (Hb 13.17). Os presbíteros devem amar e cuidar, se desgastarem na busca do fortalecimento da fé da igreja, serem conselheiros piedosos, amigos que conhecem a Palavra a fim de ensiná-la e levar outros irmãos a crescerem na fé.

4) Servir de modelo e cuidado dos interesses da igreja (1Pe 5.1-4). Pedro, presbítero, convoca seus pares a presidirem com amor, pastorearem com zelo e alegria, sendo modelos de fé, moderação, e obediência à Palavra de Deus. O rebanho do Senhor é confiado a eles, é o chamado a ser cuidador da Noiva de Cristo. O presbítero deve ser dizimista fiel, ofertante generoso, parceiro em Missões. Ele é exemplo (Fp 3.17; 1Co 11.1). Decisões de cunho espiritual, mas também de cunho “natural” são de responsabilidade dos presbíteros.

5) Viver a oração e o ensino da Palavra (At 6.2-4). O presbítero deve ter vida devocional constante, e uma marca de sua caminhada. Intimidade com Deus na oração, pela nação, pelos governantes, pelo povo, pela paz. Sabedoria e crescimento doutrinário, discernimento das questões da vida comum, com sensatez, equilíbrio, sem partidarismo, sem despotismo, a fim de ser abençoador.

É claro que existem mais atribuições para ser um bom presbítero. Porém, essas questões acima nos levam a entender que a vida espiritual da igreja passa por um bom grupo de líderes que se esforçam por amar a Igreja, protegendo-a, abrindo mão de suas particularidades para ver a Noiva sendo embelezada e fortalecida para o Noivo se deleitar nela. O presbítero não pode ser dado a fofocas, não pode ser frágil diante de más notícias, não pode ser egocêntrico, amargurado, infiel. Ele deve ser um modelo de fé, embora sóbrio para fundamentar uma igreja equilibrada. “Recebei-o, pois, no Senhor, com toda alegria, e honrai sempre a homens como esse”(Fp 2.29).

Estamos vivenciando um período de eleição de oficiais em nossa igreja. É dever da igreja orar para que o Senhor revele quem são aqueles que Ele convoca para dirigir sua igreja, pastoreando-a, amando-a e disposto a enfrentar desafios pelo bem do evangelho. Não é fácil, pelo contrário, é um ministério muitas vezes incompreendido, sobretudo em dias de tamanho individualismo. Pense nisso, ore, busque discernimento, e vamos incentivar e fortalecer nossa liderança.

Que o Senhor nos ajude!!!

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O CRISTÃO E A POLÍTICA – INTRODUÇÃO

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Rev. Jefferson M. Reinh

“Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos” (At 16.37,38).

Quando observamos as páginas das Escrituras Sagradas, fica muito claro que o povo de Deus nunca deixou de ser político e vivenciar política. Embora uma grande parte dos cristãos se distancie de assuntos ligados à política, nunca deixam de fazer política. Sim, até pela omissão fazemos política, e, nesse caso, a má política.

A expressão “política” vem do grego “polis”, que significa cidade. Fazer política significa exercer a governança, o cuidado com a cidade. Fazemos política ao trabalhar, ao cuidar de nossa cidade, estado ou país, ao buscar desenvolvimento para as comunidades, e, claro, ao escolher representantes que irão ser mordomos, gestores, cuidadores das leis, das condições de aplicações, dos bens da cidade, das riquezas do país, do estado. Concluo afirmando, como cristão, que a política é legítima. É algo que não podemos nos distanciar, para o bem comum de um povo.

Deus deu a ordem ao homem de ser cuidador, gestor da criação (Gn 1.26,27). O chamado mandato cultural envolve as relações humanas entre si para o bem estar social. E se queremos o bem de um povo, devemos passar obrigatoriamente por reconhecer e eleger líderes, que sejam capacitados, sejam preparados, sejam éticos e corretos no seu proceder, sejam pessoas de caráter para exercer julgamentos corretos, ações que visem o bem comum, e almejem o crescimento de um povo de forma a reconhecer a bondade e a graça de Deus, ainda que indiretamente. Nos nossos dias isso parece quase impossível, porém Deus não mudou o padrão.

Podemos observar na história bíblica alguns homens de Deus que viveram a política: Neemias, de copeiro passou a líder numa reconstrução, e depois a governador. José passou de um administrador a um governante no Egito. E o texto de início, lá em cima, mostra que Paulo conhecia tão bem seus direitos como cidadão romano que coloca os pretores sob apuros, e os obriga a se retratarem diante de um grande erro que cometeram como autoridades.

Quero nesse dia chamar você a que, juntos, como Igreja, venhamos a refletir que temos um grande privilégio de exercer a política de nossa cidade, estado, país. Mas é também uma grande responsabilidade, da qual não podemos fugir, e sabendo que colhemos as consequências da política, para bem ou para mal.

Quero finalizar esse primeiro texto desta série com um texto bíblico que reflete muito bem nossos dias. “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2). Convido você a orar e pedir a Deus que trabalhe em sua mente e coração. E também a refletir sobre o tema. Como embaixadores do Reino nessa terra (2Co 5.20), devemos representar os valores do céu nessa nação brasileira. Isso envolve também participar bem da política. Como? Na próxima semana avançamos. Deus nos abençoe!

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O AMIGO DO NOIVO.

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Rev. Jefferson M. Reinh

O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim” (João 3.29).

João Batista é um dos maiores exemplos que a história apresenta de alguém que amou tanto a Cristo que pagou preço extremo por isso, uma morte terrível, decapitado.

Embora o registro bíblico a seu respeito seja curto, a narrativa é tremendamente impactante, emocionante e transformadora para quem deseja servir a Jesus. É possível ver um homem que é muito forte, emocional e fisicamente, incisivo e assertivo nas palavras, e completamente consciente de sua missão no mundo, que era preparar o caminho para o ministério de Jesus.

Quero compartilhar alguns pontos que considero fundamentais na vida e ministério de João Batista, que podem nos inspirar e motivar a viver uma vida cristã mais profunda e frutífera.

O primeiro é o entendimento claro de João quanto ao seu ministério ser um presente, um chamado vindo do próprio Deus. Ele afirma: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (Jo 3.27). Nossa vida de serviço a Cristo é um presente dEle, uma concessão para que sejamos fiéis e sempre dispostos diante das dificuldades, mas também diante dos elogios, das vitórias. Tudo vem dEle, e Ele, Jesus, nos concede sabedoria, aptidão, discernimento, e força para lutarmos diante das adversidades, e sabermos honrá-Lo diante das vitórias. João sabia da grandeza de seu ministério, mas conduziu-se íntegro, até mesmo diante da morte iminente.

Um segundo ponto é a coragem, a firmeza de João diante das oposições. Pense em alguém que corajosamente se levanta para confrontar àqueles que buscavam confundi-lo ou diminuir sua pregação. “Raça de víboras”, ele afirma aos seus opositores. Mais tarde, diante de Herodes, o tetrarca, João não se intimida e o acusa de adultério. Nos nossos dias, a necessidade de coragem e firmeza diante da secularização, da maldade, da apostasia, é enorme. A coragem para exortar irmãos faltosos, enfrentar as investidas do nosso inimigo, é tão necessária… E, diante das ameaças, o que temos feito?

Um outro ponto, e para mim, particularmente, é o que mais me espanta e me faz ser apaixonado pelo ministério de João Batista é sua humildade diante das tentações e provocações. Ao ser perguntado se era o Cristo, João poderia dizer: “sou primo dEle”. Mas ele afirma várias vezes que não era o Cristo, e ainda acrescenta que não era digno de desatar as sandálias do Mestre. Ele era o “amigo do noivo”, alegre por preparar e cuidar da noiva para Jesus. Nos nossos dias, quantos líderes, pregadores, ministros, buscam holofotes, buscam luzes sobre si, buscam elogios, buscam ter o ego afagado. Jesus afirmou que não houve nenhum homem maior que João (Lc 7.28), e ainda que ele foi mais que um profeta (Lc 7.26, 27). Mas ele, João, se mostrou humilde e ciente de quem era o verdadeiro dono de tudo, quem era o Messias, o Libertador, o Salvador. Ele era servo.

Que nos inspiremos na vida e nas palavras bíblicas sobre João Batista. E usemos seu padrão para nossa caminhada ministerial. Que o Senhor nos ajude a chegar lá.

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AUTONEGAÇÃO.

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Rev. Jefferson M. Reinh

A questão mais difícil para uma pessoa viver a plenitude da vida com Jesus é a autonegação, a renúncia ao “eu”. Conhecemos as palavras de Jesus: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). E conhecemos as palavras do apóstolo Paulo “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim…” (Gl 2.20). Mas daí a viver dessa forma, é um esforço que uma minoria abraça em nossos dias.

O que observamos no meio evangélico atual é a predominância do “Cristo vive para mim”, ou do “se não for meu jeito, estou fora”. E isso é uma evidência de uma conversão insincera ou um processo de conversão que ainda está bem superficial, incipiente. Por que é tão importante pensarmos nisso hoje?

Nosso contexto de vida, brasileiro, século XXI, urbano, exposto a mídias de todo tipo de ideologias e crenças, exposto à violência e ao descaso de autoridades, à ganância e injustiças, nos leva a questionar a todo tempo sobre a vida que levamos. Ser brasileiro hoje é conviver com discursos de todas as correntes ideológicas, cada uma buscando justiça própria, ainda que haja nada ou muito pouco de justiça em seus reclames. Como fica o crente nesse meio? Tristemente observamos que os cristãos balançam como pêndulos, mas muitos não têm pendido para a Bíblia, para Cristo. Têm, em vez disso, pendido para o que lhes agrada e lhes concede prazer, alegria, ou no mínimo, alívio diante das dores cotidianas. Mas foi para isso que Jesus nos chamou? Não!

Jesus convoca os seus seguidores para a entrega de suas vidas. É morrer de fato para o mundo, com tudo de belo que o mundo oferece, permanecendo no mundo. É morrer para nossos desejos, nossas vontades, nossas opiniões, nossas intrigas, nossas vaidades, nossas cobiças, nossas aparências, nosso orgulho, e trocar tudo isso por submissão e obediência à Palavra de Deus, pelo discipulado ativo, consciente e crescente, por viver todo o tempo sob a declaração de que Jesus é o meu proprietário, meu dono, meu Senhor, e minha vida em tudo, absolutamente tudo, lhe pertence. Que discurso duro! A prática é mais dura ainda. Mas você leu os versículos acima? Pois é…

Como viver isso em nossos dias? O Espírito Santo nos revela a insensatez humana por si só (Rm 8.7; 2Co 5.17; Cl 3.10) e a sabedoria genuína encontrada na Pessoa e obra de Jesus Cristo (Jó 33; Hb 1.1-3). O próprio Espírito opera em nós o desejo de abandonar nossa vontade e seguir a Jesus (Fp 2.13). Buscar o Espírito Santo é fundamental. E isso nos leva a orar, pois orar é suplicar, estar em posição de humildade e petição. Por isso a oração é tão negligenciada na Igreja, é a hora da humilhação – me rendo! É o tempo do “não consigo sem o Senhor”… e isso nos humilha!

A autonegação vem também de nos concentrarmos firmemente em Jesus. Nossa mente deve estar ligada nEle, e concentrada em que não estamos nesse mundo a passeio. Temos uma missão, um objetivo, uma meta, um alvo, um propósito (Hb 12.2). Quanto mais conhecemos as Palavras de Jesus, e praticamos, mais somos trabalhados e fortalecidos diante do mundo e do nosso ego. A luta é diária, mas o Senhor está conosco!!!

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SOBERANIA DE DEUS

SOBERANIA DE DEUS – UMA BREVE REFLEXÃO

Rev. Jefferson M. Reinh

Uma das grandes alegrias e fonte de ânimo que o cristão possui é saber que o diabo nada pode fazer diante da soberania de Deus. Ele, satanás, está totalmente sob controle do Senhor, e mesmo que agindo a fim de destruir os servos de Deus, não tem um milímetro de autoridade diante do que Deus lhe condicionou no seu decreto eterno. Deus é soberano!

Mas, um dos grandes dilemas dos cristãos é entender e aceitar que também os cristãos estão debaixo da soberania de Deus, e muitas vezes se veem em dificuldades e angústias, principalmente quando passam por desafios nos quais suas orações parecem não ser ouvidas, suas dores se passam no vale do silêncio, suas dúvidas não encontram respostas. Deus é soberano!

Quando lemos a Bíblia, vemos que José teve sonhos sobre estar em posição de autoridade e riqueza (Gn 37.5-11). Porém, desse dia até a realização daquele sonho e seu entendimento pleno, passaram-se cerca de duas décadas. Imagine quantas vezes José relembrou e se frustrou pensando que aquele sonho foi apenas uma ilusão. Traído pelos irmãos, escravo no Egito, preso, traído novamente, esquecido por anos… Deus é soberano!

Pense em Moisés, depois de 40 anos liderando um povo enorme, 40 anos liderando um povo enorme, em vários episódios de batalhas, revoltas, desobediências do povo, e quando enfim chegava à Canaã o Senhor lhe diz: “você não vai entrar, apenas verá” (Dt 32.48-52). Deus é soberano!

Pensar na soberania de Deus de forma correta envolve o entendimento de que Deus é único, e somente Ele tem a palavra inicial e a final. Ao entregar as leis ao seu povo, Ele sempre afirmava sua autoridade para fazê-lo: “Eu sou o Senhor”. Diversas vezes lemos isso, mas nem sempre atinamos para a grandeza dessas palavras. Ser Soberano não possui nenhum acompanhamento de lugar, de tempo, de circunstância, de pessoas, de quantidade. Deus é! A expressão esgota-se em si mesma. Não precisa de qualificação ou modificação nenhuma. Jamais houve ou haverá um
poder para contradizê-Lo ou vencê-Lo. Daí entender essa infinita autoridade é questão de vida e saúde para nós, humanos.

O cristão genuíno aprende obedecendo, e desfruta de paz na obediência, à medida que ganha entendimento. O cristão não luta com Deus, o cristão chora, declara sua dor, seu descontentamento, sua tristeza. Mas, ao obedecer humildemente, recebe o refrigério e consolo do Espírito Santo. A soberania de Deus nos leva, ainda que depois de longo tempo, ao entendimento de que a vontade perfeita do Senhor está além de cada um de nós, e realiza o plano perfeito de Deus de redenção da criação. Nós estamos inseridos nisso, e o sofrimento também.

Ao orar, lembre-se da oração de Jesus no jardim do Getsêmani (Mt 26.36-45). Ele expôs sua vontade, mas se submeteu ao plano e à soberania de Deus Pai. O Deus Filho, também soberano, nos ensinou a agir. E sua ressurreição nos mostra que deveria mesmo ter passado pela agonia e morte no Calvário. O resultado lhe concedeu honra (Fp 2.9-11), satisfação (Is 53.11) e frutos eternos (Jo 1.12; 3.16; 3.36).

Estude sobre a soberania de Deus. Mas seja humilde e cada vez mais obediente à sua perfeita vontade. É consolo e paz na certa, no tempo certo!!! Deus nos abençoe!

GRATIDÃO E PERSEVERANÇA!

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GRATIDÃO E PERSEVERANÇA: 159 ANOS DE IPB!

Rev. Jefferson M. Reinh

Hoje, 12 de agosto, a Igreja Presbiteriana do Brasil celebra 159 anos de vida e muitas histórias na evangelização do nosso país. Nossa denominação tem a obra missionária no seu “DNA”. Além das missões, podemos ressaltar que a IPB nasceu com juventude do trabalho de um jovem que deixou seu país com apenas 26 anos. Seu esforço abnegado abriu caminho para a chegada de outros, e a IPB tem atravessado as décadas como uma Igreja que serve a Jesus com seriedade e amor, mesmo em meio ao secularismo que assola nosso país.

Sonhamos com uma igreja local seja diferenciada e referência em várias áreas para nosso povo e para as nações. Pois a IPB, nos seus primeiros anos de existência, ainda muito pequena, viveu e semeou estas virtudes.

Ashbel Green Simonton (1833-1867), o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, nasceu em West Hanover, no sul da Pensilvânia, e passou a infância na fazenda da família, denominada Antigua. Ashbel era o mais novo de nove irmãos. Um deles, James Snodgrass Simonton, quatro anos mais velho que Ashbel, viveu por três anos no Brasil e foi professor na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro. Uma das quatro irmãs, Elizabeth Wiggins Simonton (1822-1879), conhecida como Lille, veio a casar-se com o Rev. Alexander Latimer Blackford, vindo com ele para o Brasil. O jovem Simonton influenciou sua família e no Brasil não foi diferente. Sem falar o português, solteiro, tendo que vender Bíblias para ajudar em seu sustento, mas nada disso o impediu de dizer “eis-me aqui”.

Inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Influenciado por um avivamento em 1855, fez a sua profissão de fé e, pouco depois, ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos.

Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade. Em oito anos, Simonton liderou e organizou a igreja local, o primeiro presbitério no Brasil (3 igrejas, distantes a centenas de quilômetros uma da outra), um jornal que era lido pelos cidadãos fluminenses, a “Imprensa Evangélica”, o primeiro seminário em solo brasileiro, ordenou o primeiro pastor brasileiro, o ex-padre José Manoel da Conceição. Seu ministério, como verdadeiro servo de Deus, foi marcado por muito trabalho, entrecortado pela alegria do casamento e a dor da perda da esposa Helen por complicações no parto da única filha, os desafios de uma sociedade forjada no romanismo, e as pestes e doenças existentes, como a febre amarela que o vitimou aos 34 anos de idade, em 1867.

Seus companheiros, amantes do evangelho, continuaram o trabalho, então sob a liderança de Blackford. 3 anos depois, o Colégio Americano abria suas portas, a semente do que é hoje a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Muitas igrejas, hospitais, escolas, associações humanitárias e uma grande estrutura compõem o que é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Mas a IPB, mesmo com dificuldades, não perdeu sua essência, ser uma Igreja Bíblica. Lutar por essa identidade tem sido nossa história atual, e nossa gratidão por Deus preservar este povo amado.

Conheça nossa história! Agradeça a Deus por nos sustentar, invista em sua Igreja! Deus seja louvado!!!

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