CERTO OU ERRADO? COMO DECIDIR?

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Um professor de teologia do século XIX pega em flagrante um garotinho que havia acabado de surrupiar as bolinhas de gude de seu vizinho. O professor indaga o garoto:

– Como você pôde furtar as bolinhas de seu amigo? Não sabe que isso é errado?

– Quem disse? – Perguntou irritado o garoto, já saindo da conversa e levando consigo as bolinhas.

O professor, atônito com a resposta/questionamento do garoto, se põe a pensar, divagando consigo mesmo sobre a situação. De fato, quem ensinou o garotinho sobre o que é certo ou o que é errado? Quem o educara nos valores daquela sociedade? Ao descobrir que o garoto era um órfão, o professor concluiu que, embora convivendo com a vizinhança, se alimentando e vestindo como a maioria, aquele menino não tivera a oportunidade de obter os fundamentos, os conceitos mais básicos, que desenvolveriam suas práticas junto àquele meio social.

Este é um trecho do filme “A Jornada”, no qual um teólogo vai diagnosticar que as práticas da Igreja estão apoiadas nos conceitos fundamentais sobre quem é Deus, quem é o homem, o que é correto e justo é determinado por Deus, e ao homem cabe interpretar e obedecer à Revelação entregue por Deus, seja oral (Adão a Moisés), seja escrita (profetas, apóstolos), seja natural (Sl 19; Rm 1.20), seja sobrenatural (o chamado eficaz do Espírito Santo). A história se transporta para um futuro no qual a Igreja perdera seus referenciais, e passou a agir como os grupos sociais de sua
época, ora como um clube, ora como uma creche, ora como um orfanato, ora como escolinha, mas sempre com seu foco no homem, ainda que mencionasse Deus em seus discursos; o que menos se via era pessoas reconhecendo Jesus como Salvador e Senhor. Bastava o bem estar daquela comunidade e a vida seguia. Não contarei aqui o restante do filme, mas aconselho você a procurar e assistir.

Minha meditação com você é na questão do garoto, e identificando com ele a Igreja de nossos dias, pergunto: sabemos discernir o que é verdadeiramente certo, ou o que é verdadeiramente errado nas práticas atuais? Conhecemos nossos valores fundamentais? As práticas da Igreja no mundo têm sido questionadas assim: fazemos o que fazemos, porque sempre fizemos assim. Não percebemos que a sociedade mudou. Será verdade? Será que sabemos por que temos os conceitos e comportamentos que julgamos como corretos? Alguns até defendem: “obedecemos à Bíblia”. Mas entendemos o que a Bíblia afirma, os fundamentos daquilo que obedecemos?

Minha constatação é que cada vez mais vamos ouvir e ter que dialogar com frases e argumentos que afirmam que a Bíblia é coisa do passado. Vamos ter que lidar com ataques mais agudos. E se não estivermos preparados, vamos ficar como aquele professor, até constatar que devemos investir constantemente em fundamentos, junto com boas práticas. Para tanto, a Escola Bíblica Dominical é vital, e deve ser cada vez mais qualificada e bem frequentada. O tempo dirá, e você tem a oportunidade de verificar.

Pense nisso: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Sl 11.3).

Deus abençoe sua vida!

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Ó MULHER, GRANDE É A TUA FÉ!

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Por Rev. Jefferson M. Reinh

Texto base: Mateus 15.21-28

Neste texto, Jesus é abordado por uma mulher, cananeia, que clamava por sua filha, endemoninhada. Vejamos 4 atitudes dessa mulher, que podemos colocar como atitudes da mulher (e também do homem) que agrada ao Senhor e encontra seu favor.

1) FÉ QUE ULTRAPASSA BARREIRAS.

A mulher era cananeia, portanto, não fazia parte do povo escolhido de Deus, Israel. Era uma gentia, sem direito às bênçãos da Aliança de Deus com seu povo. Mas ouviu falar de Jesus, que era diferente dos religiosos da época, no amor e ensino da verdade sobre o Reino de Deus.

A mulher creu em Jesus, de uma forma que Ele não viu nos israelitas, e depositou toda a sua esperança em Jesus Cristo. Ela via que Jesus tinha autoridade para determinar ao demônio que deixasse sua filha em paz, e assim sucederia, porque Jesus é o Filho de Deus, é o Senhor do Universo, e tudo Lhe está sujeito. Sua fé em Jesus era tamanha que Ele próprio declarou: “ó mulher, grande é a tua fé!” (v.27).

2) INTERCESSÃO.

A mulher se dirigiu a Jesus em busca de uma bênção para sua filha. Ela se mostrou uma intercessora. Orar por outras pessoas é uma virtude que poucos desenvolvem hoje. Nas segundas-feiras, temos oportunidade de exercitar a intercessão. Que bom seria ver mais irmãos orando uns pelos outros.

3) PERSEVERANÇA.

Quando a mulher clamou a Jesus pela primeira vez, ouviu o silêncio. Logo depois, ouviu algo que não gostaria de ter ouvido: “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (v. 24). Em princípio, significava que ela, sendo gentia, não tinha acesso à Aliança que Deus firmara com Israel. Assim, não usufruiria das bênçãos de Deus, reservadas antes para os israelitas. Porém, mesmo diante da negativa, a mulher não desistiu, e se ajoelhou diante de Jesus clamando por socorro. Jesus deu outra resposta que poderia desanimá-la de vez (v.26).

O verso 27 mostra que sua fé era cheia de perseverança, e ela não desistiria, mesmo sabendo que não era povo de Deus. Um filete de graça bastaria. Que lindo e quão vitoriosa é a mulher que persevera diante das negativas.

4) HUMILDADE.

Eis um traço marcante naquela mulher. Diante do silêncio e de duas negativas pesadas de Jesus, ela não se revoltou, ou murmurou. Ela não foi áspera, não se ofendeu, não saiu blasfemando. Ela demonstrou muita humildade, reconhecendo que não era digna de ser agraciada com as bênçãos que estavam reservadas para Israel. Ela não tinha a pretensão de usurpar o que era, por direito, do povo eleito de Deus; mas, uma “migalha”, uma “sobra” dessas bênçãos seria mais que suficiente para satisfazer sua necessidade, ou melhor, a necessidade de sua filha (v. 27). Ela refletiu o próprio Jesus, que afirmou que havia vindo para servir, e não para ser servido (Mc 10.45).

Nesse DIA INTERNACIONAL DA MULHER, inspire-se nas atitudes da cananeia. Que Deus abençoe você, mulher, se espelhando em Jesus Cristo, e refletindo Jesus Cristo. Parabéns!!!

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VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Texto Bíblico: Isaías 49.15,16.

Crer no poder de Deus quando passamos por extremos de sofrimento é muito duro. É tirar forças de onde não sabemos, é conter as lágrimas diante dos filhos, é procurar se manter de pé quando o coração e a mente nos dizem para desabar e desistir.

Deus é bom! Ele conhece nossa mente, conhece nossas dores, e é paciente com nossa falta de paciência. É bom lembrar que mesmo quando desistimos, o Senhor jamais desiste de nós. O tempo é nosso torturador, às vezes. Esperar é um exercício duro, pois temos pressa, mesmo sabendo que pressa não é a melhor companhia. Como nos submeter e encontrar paz em momentos de dor, medo, sofrimento?

Devemos, primeiramente, nos encorajar nas crises, buscar a alegria na presença de Deus. Lembrar à alma que pertencemos a Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou por nós, e pertencemos ao Espírito Santo. Ele nunca nos abandonará. Ele está nos sustentando por Sua graça. O Espírito Santo é o Consolador, e podemos lançar sobre Ele as nossas ansiedades, entendendo que Ele tem cuidado e irá cuidar de nós (1Pe 5.7).

Na dor, devemos ainda orar sobre a Palavra de Deus. Quando nos faltam palavras, deixemos “A Palavra” falar por nós. A Palavra de Deus “restaura a alma” (Sl 19.7). Nunca esqueçamos que a melhor terapia está na revelação do Senhor, que é a Bíblia. É nela, na Bíblia, que o Senhor revela seu caráter, seu modo de agir no mundo criado, seu amor por nós, seu cuidado providencial. Orar sobre a Bíblia significa ler textos, repetir textos, lembrar dos textos, deixar que os textos mexam com nossas emoções, e depois produzam fé para que avancemos, e depois nos fortaleçam, e depois passemos a louvar e adorar a Deus, e venhamos a sorrir, mesmo na crise. O Espírito Santo age quando lemos a Bíblia. Veja os salmos 46, 121, 40, 42, 43 e muitos outros. São cânticos de expressão de busca e tratamento de Deus sobre nós. Leia a Bíblia, ainda que sofrendo. É o remédio mais profundo para a alma (Sl 119.107).

Ainda posso levantar aqui, e isso não é menos importante: procure não ficar isolado. Nossos dias são marcados por um sentimento de abandono, de solidão, mesmo com tantos recursos como redes sociais, diversões para grupos… Somos cada vez mais dependentes de “curtidas”. E nas crises, muitas vezes somos tomados por um sentimento de estarmos abandonados, solitários. E o pior, achamos que todos sabem (afinal, somos expostos à superinformação) e que ninguém liga para nós. Isso é engano. Se não falarmos, se não expressarmos, se não buscarmos os irmãos e amigos de verdade, corremos o risco de culpá-los, taxá-los de insensíveis, e caímos em autocomiseração e afastamento. Não caia nessa armadilha. Fale com os pastores, com presbíteros, fale com irmãos maduros que podem orar com você. Não se isole.

Esses passos não são certeza de que tudo muda num estalo. Mas são a certeza de que nas lutas nunca andamos sozinhos, e nos tornamos mais fortes, mais vivos, mais equipados para lutas, quando buscamos amparo nas coisas e pessoas certas.

Deus abençoe muito a sua vida!!!

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UM BREVE RELATO, UMA GRANDE GRATIDÃO!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

A primeira investida num trabalho presbiteriano em Juiz de Fora foi em janeiro de 1945. O jovem João Emerick de Sousa, filho do Rev. Otávio de Sousa, aspirante ao ministério, transferido, como soldado, de S. João Del Rey para Juiz de Fora, tendo descoberto alguns presbiterianos da igreja de Manhuaçu e outros irmãos para cooperarem, resolveu com eles, manter Escola Dominical, culto dominical e reunião às quartas-feiras, o que de fato foi feito durante todo o ano em casa do irmão Adaías Barbeto. Adaías mudou-se em 1946 para Volta Redonda, e morreu o trabalho.

A 31 de julho de 1949, um grupo de presbiterianos, juntamente com “darbistas”, episcopais e metodistas iniciava, em casa de Adaías Barbeto, na rua Bernardo Mascarenhas, nº 726, bairro Mariano Procópio (este irmão já voltara de Volta Redonda), uma Escola Dominical, funcionando às 15h30min. A média de assistência era de 35 pessoas.

Pela providencia divina, em 08 de agosto de 1949 (9 dias depois), o pastor Benjamim César chega a essa cidade, quando voltava de viagem de Patrocínio, MG, e procurou o professor Vitório Bergo, que fora seu ex-colega e amigo do colégio em Lavras, e era então professor do Instituto Granbery”. Desse encontrou nasceu o interesse de se organizar um trabalho presbiteriano na cidade. Logo depois, o Sr. Vitório Bergo informaria o Presbitério de Campos, por meio de carta datada de 17 de dezembro 1949, acerca do interesse dos presbiterianos residentes em Juiz de Fora de se organizar trabalho na cidade.

Em 21 de janeiro de 1950, às 13 horas, dá-se o início oficial do trabalho presbiteriano em Juiz de Fora, tendo o Rev. Benjamim Lenz de Araújo César, ministro presbiteriano membro do Presbitério de Campos, RJ, como o pastor designado para dar início à organização da congregação, bem como assisti-la pastoralmente, junto com outros pastores do mesmo presbitério. É ele quem faz os primeiros registros acerca do trabalho. Na congregação são arrolados os primeiros 26 membros, entre comungantes e não-comungantes, sendo o membro número 1 o irmão Antônio Ávila Boim.

Durante o ano de 1950, a Congregação Presbiteriana de Juiz de Fora recebeu 5 visitas pastorais, sendo 3 do Rev. Benjamim. Ao final daquele ano o trabalho contava com 36 membros comungantes e 11 membros não comungantes. Possuía duas escolas dominicais, com quatro classes, 8 oficiais e professores e com o número total de 48 alunos. Possuía uma sociedade interna, a UMP (União de Mocidade Presbiteriana), com 24 sócios, organizada no dia 5 de fevereiro de 1950.

O Presbitério de Campos decidiu organizar a igreja. O trabalho era pujante. Em 11 de fevereiro de 1951, às 12h12min, inicia-se o ato de organização. Houve o primeiro culto às 19h30, e após, a assembleia de eleição dos primeiros oficiais. Na organização, eram 51 membros maiores.

No fim do 1º ano, eram 66 membros comungantes e 14 não comungantes. E hoje…

Não desprezamos os pequenos começos. Somos o que somos pela graça de Deus, e pela paixão de um grupo de irmãos pela obra do Senhor. Avancemos nessa obra! Louvado seja o Senhor, e parabéns, Primeira Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora!

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Seguem abaixo algumas fotos da história do início da nossa igreja. Para mais fotos e vídeos, clique aqui.

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O PRIVILÉGIO DO EVANGELHO MAIOR QUE EU.

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Rev. Jefferson Marques Reinh

No feriado de carnaval, nossa igreja esteve envolvida com dois Retiros Espirituais. Um da juventude da sede e outro organizado conjuntamente por nossas congregações. Nesses dias que muitos aproveitam para descansar, muitos irmãos se doaram, dormiram pouco e mal acomodados, para servirem outros irmãos. Trabalharam pesado. Vi o cansaço nas faces de alguns, mas vi o sorriso de quem faz o bem porque acredita no bem. Houve cultos na sede, e sei que o Senhor operou na vida de outros tantos.

Não é uma situação de exaltar o esforço apenas, mas sim de se enxergar que, além do conforto pessoal, além do merecido descanso que pode ser celebrado com a família (nada de mal nisso), está o Reino de Deus. Irmãos ofertaram dinheiro para outros participarem, emprestaram equipamentos, serviram uns aos outros. Isso é um evangelho que é maior, mais nobre, mais sublime que o evangelho do “apenas eu”.

Na semana que vem, vamos ter em nossa igreja a celebração de 67 anos de organização. De sexta a domingo, receberemos o pastor José Eudo Gomes, que é o missionário que assumiu o trabalho evangelístico na cidade de Desterro, Paraíba, em 2007. Desse tempo, muitas lutas e desafios numa cidade que a “lei” é estabelecida por religiosos dominantes, e para se chegar com o evangelho é preciso ter autorização dos “poderosos”, uma realidade que não conhecemos bem aqui em JF.

Com ele vem o presbítero Wellington Alves, que achegou-se ao trabalho e usou suas possibilidades financeiras e sua influência, sua capacidade de mobilizar, a serviço da Igreja Presbiteriana naquela cidade. Ele é médico em Patos, a cerca de 50 quilômetros, distância percorrida inúmeras vezes para ajudar. Do esforço de ambos e de um grupo apaixonado, o sonho nosso daqui de Juiz de Fora em 2004 se converteu numa realidade de crescimento e fortalecimento de um grupo, compra de terreno, construção de templo, ampliação de atividades, construção de um prédio anexo, salas para atividade infantis, organização e emancipação da Igreja Presbiteriana em Desterro, em maio de 2017.

O que essas realidades, de acampamentos, Desterro, sociedades internas, congregações, têm em comum? É o evangelho que supera o “eu”. Esse evangelho é o que tem encharcado nosso coração há décadas. É o DNA de nossa Igreja desde antes de 11 de fevereiro de 1951. Nossas instalações poderiam ser melhores, o conforto poderia ser maior. Porém, não abrindo mão de melhorias para a sede, a 1ª Igreja Presbiteriana enxerga o Reino. Enxerga sua história de ter 9 Igrejas filhas em Juiz de Fora, mais a filha paraibana, mais centenas de testemunhos de irmãos ajudados por esforço, dinheiro, orações dos membros dessa Igreja. Isso é ver At 1.8 se cumprindo hoje, entre nós. E avançamos, com o esforço e doação de todos os que creem no Reino!

Nessa semana, convido você a orar a cada dia agradecendo a Deus pela Igreja que você tem. E convido você a refletir que podemos ir além, podemos surpreender e ser ainda mais surpreendidos pelo que Deus opera em nós e através de nós. Pense! Envolva-se! Louvado seja o Senhor por sua vida, Igreja!

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UMA VEZ SALVO, VALE TUDO?!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma vez salvo, salvo para sempre! Essa frase encontra problemas em qualquer ramo da fé protestante. Para os arminianos, o crente pode perder a salvação, e isso demonstra o pensamento de que a salvação é conquistada por esforços e méritos humanos, o que é totalmente contrário à Bíblia. Para calvinistas, o problema está no “uma vez salvo”. Por quê?

Uma verdade que tristemente acompanha as igrejas calvinistas (presbiterianos, parte dos congregacionais, parte dos batistas, menonitas) é a questão de que muitos crentes usam dessa premissa de que o crente não perde a sua salvação eterna para dar lugar à carnalidade, à licenciosidade, vida de pecados “aceitáveis” e uma tremenda frieza na fé.

Vemos isso costumeiramente, para nossa tristeza e vergonha. O indivíduo se julga inatingível, e age como um pagão, se envolve em práticas que a bíblia manda se afastar (bebedeiras, mentiras, maus tratos ao próximo, convívio com maledicência, convívio com o mundanismo (inclusive com filmes e séries de tv que julgamos estarem no nível da “cultura”), frequência a ambientes sabidamente ruins e carnais. E o pior: a displicência à casa do Senhor, a falta de consagração ao Dia do Senhor. Tudo isso sob a argumentação falaciosa de que “sou salvo” ou posso conviver com a “graça comum”.

O apóstolo Paulo condena veementemente este tipo de conduta, escrevendo aos romanos, no capítulo 6, versos 1 e 2. “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” Ele refuta o conceito de que se somos salvos, estamos seguros para fazer o que nossa carne desejar, pois assim Deus nos dará mais de sua graça e perdão. “De modo nenhum”, ele assevera.

Como fica essa situação de “uma vez salvo, salvo para sempre”, diante dessa infeliz situação colocada acima? Observemos o engano que muitos caem ao apenas dizerem um “sim” num momento de apelo, sem reflexão, ou no engano de se verem como filhos de crentes, então são “crentinhos”. Na realidade, não experimentaram o “uma vez salvo”. Estão realmente se enganando sobre sua salvação, apoiando-se numa falácia. O que fazer, então?

A primeira questão é se colocar diante do Espírito Santo de Deus. Ele sonda e nos convence de nossa situação (Jo 16.8) e Ele é quem nos salva. Além disso, usando uma admoestação de Aiden W. Tozer, para vencer os pecados, devemos dar nomes a eles. Se sou ladrão, se sou escravo de pensamentos ou atitudes pornográficas, se sou maledicente, fofoqueiro, ou resmungão, devo colocar isso de forma clara diante do Senhor, para ser curado, mas também para aprender a me policiar.

E ainda devo lutar diariamente por crescer no Senhor e diante dos homens, como SALVO (Fp 2.12,13).

De fato, uma vez salvo, salvo para sempre (Fp 1.6; 2.13; Jo 6.37-39; Sl 121 e tantos outros). Mas, ao contrário do que vemos, o salvo edifica-se e santifica-se cada vez mais, para a glória de Deus. Pense nisso, e assuma cada vez mais a sua parte no Reino de Deus! O Senhor te abençoe!

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30 ANOS: A QUEM HONRA, HONRA!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Hoje é um dia de gratidão a Deus. Há 30 anos atrás, em janeiro de 1988, o Rev. Eloy Heringer Frossard chegava ao púlpito da Primeira Igreja Presbiteriana, assumindo como pastor efetivo, e iniciando uma jornada de muitas experiências marcantes e participando de milhares de histórias na vida dos membros da igreja e da cidade de Juiz de Fora.

Quantos sermões, Pastor? Se fizermos uma conta de cerca de 60 ou 70 sermões por ano (e normalmente é mais que isso), são mais sermões que capítulos bíblicos (a Bíblia possui 1189 capítulos) pregados em nosso púlpito. Quantas pessoas ouviram a exposição bíblica com fidelidade, quantas palavras que transformaram a história de ouvintes, quantas conversões a Jesus Cristo! A isso somem-se os estudos bíblicos, aulas de EBD, palestras, cultos nos lares, cursos…

Quantos casamentos, reverendo? Muitas famílias se formaram, colocando alianças sob a orientação do Rev. Eloy. Centenas de lares, hoje já são sólidos, veem as gerações se formando, e hoje batizam seus pequenos ou grandes, e iniciaram suas trajetórias debaixo das exortações do reverendo. Quantos álbuns de casamento também contam a caminhada do pastor, no início de cachos negros, esbelto, hoje já grisalho, e não tão esbelto (rsrs)…

E quantas viradas na vida ministerial, hein? No início, um grupo pequeno, mas com o passar do tempo e muito trabalho, foi crescendo, se transformando, e trazendo consigo desafios, sonhos, projetos, e mais desafios, mais demandas. Do pastor de pouco tempo de ordenação, o Senhor forjou um pastorado cheio de aventuras, e muitas situações que despertaram choro e sorrisos, expectativas e grandes celebrações. Quantas vigílias, acampamentos, quantas campanhas de evangelização! O despertar do “Angels” que marcou o fim de ano da cidade por cerca de 10 anos. Projetos como o “Novo Viver” faziam as igrejas do PJIF se juntarem para evangelizar no calçadão da rua Halfeld, nas manhãs de sábado dos anos 90. Quantas viagens com o Coral da Igreja, o Conjunto “Novo Canto”, ou tomando conta dos jovens e sua banda de barulhentos em escolas, nas praças, festivais de música.

Irmãos vieram e também se foram, muitos hoje na Glória, presbíteros chegaram e se foram, diáconos também. Companheiros de ministério viram sua jornada, o Presbitério de Juiz de Fora cresceu, se multiplicou. A influência na formação e liderança dos primeiros anos do Conselho de Pastores de Juiz de Fora até hoje é reconhecida. E também a firmeza e resistência diante de crises, não esmorecendo e reanimando a Igreja a perseverar e avançar.

Parafraseando o escritor aos Hebreus: “E que mais direi? Falta tempo para referir a tantas situações…” Mas, em tantas situações, o que mais se destaca é que o caráter e a lealdade à Palavra de Deus são marcas absolutas de seu ministério. Sua dedicação, honradez, simplicidade e tranquilidade são cativantes e colorem o ministério muito vitorioso. Aqui, então, cabe a nós, suas ovelhas e companheiros de fé, agradecer a Deus, louvá-Lo pelo privilégio que Ele concede a esta Igreja de ter o senhor como nosso líder e pastor, rogando que esta história se renove por muitos anos ainda, e que venham muitas novas aventuras na fé, na amizade, no amor cristão!

Deus o abençoe, Rev. Eloy. Nós o amamos muito! Feliz 30 anos de Primeira Igreja!!!

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PERDI A SALVAÇÃO?!

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Perdi a Salvação? Por quê Essa Crise?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma questão que de vez em quando abate o cristão é se ele de fato é salvo eternamente. Muitas vezes seu coração está abalado, e ele então se pergunta: “sou mesmo salvo?” Deus o abandonou? O que acontece?

Nossa doutrina bíblica é clara em afirmar que o cristão verdadeiro jamais perde sua salvação. Jamais!

Porém, aqui é preciso considerar algumas questões. A primeira é que o cristão deve ser genuíno, e isso significa ter convicção de ter sua vida entregue ao Senhor Jesus, e decididamente ter um entendimento, ainda que simples, dessa convicção. Ou seja, perder a salvação não se perde, mas é preciso antes ter a salvação verdadeiramente. A salvação é algo muito sério, e por isso não devemos declarar qualquer um como salvo a partir de uma experiência emocional, ou um simples “sim” em um apelo.

Na realidade, a salvação é um ato de Deus que declara o salvo, mas é confirmada através de um processo de santificação. E esse é o segundo aspecto essencial, a salvação é um ato de Deus, Ele é quem salva. Vejamos então os versículos de Jn 2.9 (Ao Senhor pertence a salvação); Ef 2.8-10 (isso não vem de vós, é dom de Deus). O cristão não pode perder a salvação, até porque não é ele que ganha ou conquista por méritos, mas sim veio de Deus.

Então, se não perdemos a salvação, por que enfrentamos as crises? Os “vazios”? Os medos? Bem, o apóstolo Paulo escreve que nada pode nos separar do amor de Deus, experimentado através de Jesus Cristo (Rm 8.26-39). Ali também vemos que o Espírito Santo intercede (ora, fala com o Pai) por cada um daqueles que foram predestinados por Deus para a salvação. Ele nos informa que não sabemos orar como convém, como deve ser a oração aceita por Deus. Logo, entendemos que o cristão genuíno, embora não seja cortado da árvore frondosa da salvação, pode sim passar por momentos de fraqueza extrema, que até podem ser confusos. Quando o cristão se atenta para situações menores do que o amor de Deus, muitas vezes se abala.

Usando o texto de Romanos, podemos dizer que o cristão pode se deter nas tribulações, angústias, perseguições, fomes, nudez, perigos, espadas, alturas, profundidades, cuidados dessa vida, ou o medo da morte. Ao se prender nisso, muitas vezes se distancia da confiança de que é salvo. E deve ser restaurado em sua confiança, para obter júbilo, gratidão e santa expectativa da promessa se cumprindo, pois o Senhor preservará os seus salvos (Fp 1.6 e outros).

Se passamos por crises, busquemos então: Ler os textos bíblicos de Jo 3.16; Jo 3.36; Jo 6.37-40; Jo 10.27-30; Ef 2.8-10; Fp 2.13; Rm 8.26-39. Há outros.

Nas crises, sejamos humildes para orar ao Senhor, crendo na ação do Espírito Santo, pedindo que Ele seja paciente e amoroso, restaurando nossa mente e coração para desfrutarmos dEle e da certeza da salvação. Por fim, lembremos nossa alma que a salvação vem de Deus, e Ele não volta atrás na sua Palavra e nos seus atos.

Aleluia! Que o Senhor nos abençoe!

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ORAÇÕES QUE POUCOS DIZEM AMÉM.

Rev. Jefferson Marques Reinh

É verdade que, às vezes, o tempo fecha entre nossas vontades e a vontade do Senhor sobre nós. Não é incomum observarmos que a confissão de que Jesus é o Senhor nem sempre atinge o lugar que deveria ser o primeiro a ser atingido, e transformado, o nosso coração. Cantamos e declaramos que Jesus é o Senhor do Brasil, da nossa cidade, da história, mas nem sempre entendemos que essa declaração só tem sentido se Ele é Senhor da nossa questão mais íntima, dos nossos interesses, da nossa vontade, antes das questões externas a nós.

Pedro, o apóstolo, é um daqueles exemplos que nos colocam nos maiores apertos, pois ele demonstra muito de nós. Pedro ofereceu a maior declaração de um homem sobre Jesus, reconhecendo que Jesus operava os mesmos sinais do Deus altíssimo, então Jesus só poderia ser o “Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.15). É a confissão sobre a qual repousa a autoridade da Igreja. Pouco depois, coração ainda quente por este episódio, Pedro, movido por um sentimento bem humano, fala uma palavra até bonita, cheia de sentimento, mas recebe uma das maiores repreensões de Jesus: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mt 16.23).

Jesus é o grande holofote que mostra o que temos verdadeiramente no coração. E quando Ele orava percebemos nas suas palavras que Ele revelava os propósitos Trinitários para a redenção da criação, e percebemos também que muitas das suas orações dificilmente ouviriam um “amém” sonoro nos nossos dias. Vejamos: Mateus 6.9, o Senhor nos diz “orareis assim”, e na primeira frase da Oração do “Pai Nosso”, temos “santificado seja o teu Nome”.

Veja que Jesus nos ensina a termos o Nome do Senhor em alta conta, e separado de tudo que é comum. Mas vejamos como os cristãos usam o Nome do Senhor aos quatro ventos, mais como um talismã, uma superstição, mas não com o respeito e dignidade que merece. Logo depois vemos “venha o teu Reino, faça-se a Tua vontade”. Poucos dizem “amém” para essa frase, pois ela declara que abrimos mão do controle e entregamos tudo ao Senhor, e Ele faz o que quiser. Dizemos amém?

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Jesus nos leva a pedir o suficiente para viver, não a abundância, o acúmulo de bens. Simplicidade do Mestre, do Salvador, e a realidade de nosso trabalho está em ajuntar, fazer estoques, acumular mais e mais… mas e a oração de Jesus? Nem sempre dizemos amém.

Há outros exemplos. Mas o que quero compartilhar com você nessas linhas é que devemos compreender bem o que Jesus disse, o que Ele ensinou, o que Ele deixou de exemplo. Jesus nunca negociou com a vontade de Deus. E se dizemos amém para as orações do nosso Salvador, devemos estar prontos para declarar “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.” (Mt 26.39).

Coragem!!! Que o Senhor nos ajude!!!

PERSEVERANÇA EM 2018.

Rev. Jefferson Marques Reinh

O mundo está cada vez mais rápido em sua fuga de Deus. As mídias estão trabalhando a todo vapor, toda força, para que a sociedade se volte para si mesma, e abandone definitivamente a percepção de que Deus está no nosso meio. Palavras da moda, como liquidez (sociedade líquida, sexualidade líquida) e tolerância (condescendência, ato de suportar, não necessariamente com alegria ou conforto) fazem com que as pessoas percam a habilidade de reflexão aprofundada sobre a vida e a eternidade, os valores mais primitivos do homem. Nossos dias são marcados pelo abandono da vida com Deus, e mais ainda, pela ira contra tudo que se diz de Deus.

Triste é ver esse comportamento, adentrando a Igreja. Vemos irmãos se fechando para o certo e o errado, e agora, num equivocado discurso de amor, procuram se misturar ao comportamento do mundo. A ideia é não “ofender”, não se tornar “indesejável”, não “espalhar o montinho”. E Jesus avisou há quase dois mil anos: “quem comigo não ajunta…”

O que fazer, irmãos? Tornarmo-nos uma Igreja simpática aos nossos dias, uma Igreja “líquida”, que toma a forma mundana e a sagrada, com um discurso bem gostoso ao ouvido moderno, uma prática mais social do que moral, mais amena ao mundo e bem distante da “velha” Bíblia? Deixar-nos vencer pelo desânimo dos crentes que não oram, não leem a Bíblia devocionalmente, não têm mais práticas de servos de Deus, mas buscam cada vez mais seus interesses particulares, abandonando gradativamente os valores do Reino?

Minha postura vai ao encontro das palavras de Paulo: “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.11-15).

O que entendo é que nossa missão é perseverar e marchar, mesmo diante das crescentes pressões, e insistir naquilo que Jesus nos ensinou que seria o alimento e o refrigério para todo cristão verdadeiro – oração e estudo da Palavra. A oração contínua, fervorosa, apaixonada é a oportunidade de desabafo, de lavar a alma, de falar com o Soberano sobre nossos dias, nossas vidas.

Enquanto o cerceamento da voz da Igreja aumenta, a oração tem pista livre, portas abertas. Enquanto o mundo dá ouvidos aos funks, aos filósofos da Nova Era, às “drag queens” que se levantam contra tudo que se diz bíblico, o Cristão de firma na Revelação do Criador inclusive sobre nossos dias, nos quais o amor se esfria, os homens sentem coceiras nos ouvidos (1Tm 4.1-5; 2Tm 3.1-4.5).

Conclamo a você que lê (até isso tem sido abandonado), a se juntar com irmãos que decidem não se vingar, não se manter nas fileiras da ira, do abandono, da descrença, e sim perseverar na oração programada, e avançar no estudo da Palavra. Vamos lutar com o Senhor, ao lado dEle, não contra. 2018, um ano para avançar na Fé. O Senhor nos dará os frutos. Que o Senhor nos abençoe!!!