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Rev. Jefferson M. Reinh
Uma das grandes perdas que observo na sociedade atual em relação às décadas anteriores é a perda do civismo. Poucas escolas investem em oferecer Educação Moral e Cívica com qualidade, e o resultado é tristemente doloroso. A geração atual não respeita idosos, não respeita as mulheres, não respeita lugares públicos, e conhece muito pouco de civismo.
Não falo apenas da Igreja em geral. O que vemos nela é resultado de pais que conhecem pouco de bons modos. Parece bobo falar em jovens e adultos que entram em cultos com bonés à cabeça, roupas curtíssimas etc. Mas essa é uma prática que é inadequada para quem vem estar diante de Deus. Muitos advogam que o que importa é o coração. Mas não foram ensinados que a Bíblia diz que o coração é enganoso e corrupto (Jr 17.9) e que o Senhor nos convida a entrar em sua casa com muito respeito (Ec 5.1; Hq 2.20).
Vamos prosseguir. O linguajar visto nos nossos dias é, na maioria das vezes, desrespeitoso e vulgar. Esquecemos de usar pronomes respeitosos diante dos mais idosos, como senhor, senhora. Usamos, em vez disso, chamar de “cara”, “meu”, e mesmo sendo simpáticos, não honramos aqueles que conquistaram com o tempo o direito de serem bem cuidados. Não concedemos lugar nos ônibus às grávidas, aos idosos ou às pessoas com sacolas. Falar para o jovem “pedir a bênção” aos pais, avós, tios, é coisa perdida. E isso se reflete diante do Senhor, nas orações em que tratamos nosso Soberano como um deus qualquer.
Nas praças, as pichações são “expressões artísticas” ou o grito de “vítimas da sociedade”. Não existe o cuidado ou o respeito pela coisa pública. Não há civismo, salvo na efemeridade das copas do mundo de futebol. E quando presenciamos crises, como a dos últimos dias, o que vemos muitas vezes, é o praguejar, murmurar, para citar expressões mais leves, diante dos governos, patrões, e até mesmo de Deus.
Não estou aqui defendendo ninguém, no sentido de ideologia política ou social. Também não estou clamando por uma volta aos dias de rigidez nas relações sociais. Mas me pergunto se a experiência com Jesus produz em nós, Igreja, o crescer como humanos ou se restringe ao aspecto místico, pragmático, onde eu entro no templo, falo e canto, ouço uma palavra de ânimo e saio novamente para a “selva”.
A Bíblia ensina a praticar a excelência e glorificar a Jesus em tudo. Filipenses 4.8 fala de práticas de vida comum, diárias. O mandamento de honrar pai e mãe é seguido de promessa. Paulo exorta aos crentes a honrarem os mais velhos e os líderes (Rm 13.1-7; Gl 6.6-9; 1Tm 5.17). E Davi nos exorta a orar e perceber que o Senhor ordena sua bênção onde há unidade, respeito, colaboração (Sl 122.6; Sl 133).
Por fim, venho lembrar que Juiz de Fora completou, na quinta-feira, 168 anos. Essa é a cidade onde Deus nos colocou para viver. Nem sempre pensamos em orar por ela, mas somos convocados a isso. Jeremias 29.7 é claro. Se aqui é o lugar onde somos embaixadores do Reino (2Co 5.20), devemos orar, e colaborar para o bem da cidade. Pense nessas questões! O Senhor nos abençoe!
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