VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Texto Bíblico: Isaías 49.15,16.

Crer no poder de Deus quando passamos por extremos de sofrimento é muito duro. É tirar forças de onde não sabemos, é conter as lágrimas diante dos filhos, é procurar se manter de pé quando o coração e a mente nos dizem para desabar e desistir.

Deus é bom! Ele conhece nossa mente, conhece nossas dores, e é paciente com nossa falta de paciência. É bom lembrar que mesmo quando desistimos, o Senhor jamais desiste de nós. O tempo é nosso torturador, às vezes. Esperar é um exercício duro, pois temos pressa, mesmo sabendo que pressa não é a melhor companhia. Como nos submeter e encontrar paz em momentos de dor, medo, sofrimento?

Devemos, primeiramente, nos encorajar nas crises, buscar a alegria na presença de Deus. Lembrar à alma que pertencemos a Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou por nós, e pertencemos ao Espírito Santo. Ele nunca nos abandonará. Ele está nos sustentando por Sua graça. O Espírito Santo é o Consolador, e podemos lançar sobre Ele as nossas ansiedades, entendendo que Ele tem cuidado e irá cuidar de nós (1Pe 5.7).

Na dor, devemos ainda orar sobre a Palavra de Deus. Quando nos faltam palavras, deixemos “A Palavra” falar por nós. A Palavra de Deus “restaura a alma” (Sl 19.7). Nunca esqueçamos que a melhor terapia está na revelação do Senhor, que é a Bíblia. É nela, na Bíblia, que o Senhor revela seu caráter, seu modo de agir no mundo criado, seu amor por nós, seu cuidado providencial. Orar sobre a Bíblia significa ler textos, repetir textos, lembrar dos textos, deixar que os textos mexam com nossas emoções, e depois produzam fé para que avancemos, e depois nos fortaleçam, e depois passemos a louvar e adorar a Deus, e venhamos a sorrir, mesmo na crise. O Espírito Santo age quando lemos a Bíblia. Veja os salmos 46, 121, 40, 42, 43 e muitos outros. São cânticos de expressão de busca e tratamento de Deus sobre nós. Leia a Bíblia, ainda que sofrendo. É o remédio mais profundo para a alma (Sl 119.107).

Ainda posso levantar aqui, e isso não é menos importante: procure não ficar isolado. Nossos dias são marcados por um sentimento de abandono, de solidão, mesmo com tantos recursos como redes sociais, diversões para grupos… Somos cada vez mais dependentes de “curtidas”. E nas crises, muitas vezes somos tomados por um sentimento de estarmos abandonados, solitários. E o pior, achamos que todos sabem (afinal, somos expostos à superinformação) e que ninguém liga para nós. Isso é engano. Se não falarmos, se não expressarmos, se não buscarmos os irmãos e amigos de verdade, corremos o risco de culpá-los, taxá-los de insensíveis, e caímos em autocomiseração e afastamento. Não caia nessa armadilha. Fale com os pastores, com presbíteros, fale com irmãos maduros que podem orar com você. Não se isole.

Esses passos não são certeza de que tudo muda num estalo. Mas são a certeza de que nas lutas nunca andamos sozinhos, e nos tornamos mais fortes, mais vivos, mais equipados para lutas, quando buscamos amparo nas coisas e pessoas certas.

Deus abençoe muito a sua vida!!!

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O PRIVILÉGIO DO EVANGELHO MAIOR QUE EU.

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Rev. Jefferson Marques Reinh

No feriado de carnaval, nossa igreja esteve envolvida com dois Retiros Espirituais. Um da juventude da sede e outro organizado conjuntamente por nossas congregações. Nesses dias que muitos aproveitam para descansar, muitos irmãos se doaram, dormiram pouco e mal acomodados, para servirem outros irmãos. Trabalharam pesado. Vi o cansaço nas faces de alguns, mas vi o sorriso de quem faz o bem porque acredita no bem. Houve cultos na sede, e sei que o Senhor operou na vida de outros tantos.

Não é uma situação de exaltar o esforço apenas, mas sim de se enxergar que, além do conforto pessoal, além do merecido descanso que pode ser celebrado com a família (nada de mal nisso), está o Reino de Deus. Irmãos ofertaram dinheiro para outros participarem, emprestaram equipamentos, serviram uns aos outros. Isso é um evangelho que é maior, mais nobre, mais sublime que o evangelho do “apenas eu”.

Na semana que vem, vamos ter em nossa igreja a celebração de 67 anos de organização. De sexta a domingo, receberemos o pastor José Eudo Gomes, que é o missionário que assumiu o trabalho evangelístico na cidade de Desterro, Paraíba, em 2007. Desse tempo, muitas lutas e desafios numa cidade que a “lei” é estabelecida por religiosos dominantes, e para se chegar com o evangelho é preciso ter autorização dos “poderosos”, uma realidade que não conhecemos bem aqui em JF.

Com ele vem o presbítero Wellington Alves, que achegou-se ao trabalho e usou suas possibilidades financeiras e sua influência, sua capacidade de mobilizar, a serviço da Igreja Presbiteriana naquela cidade. Ele é médico em Patos, a cerca de 50 quilômetros, distância percorrida inúmeras vezes para ajudar. Do esforço de ambos e de um grupo apaixonado, o sonho nosso daqui de Juiz de Fora em 2004 se converteu numa realidade de crescimento e fortalecimento de um grupo, compra de terreno, construção de templo, ampliação de atividades, construção de um prédio anexo, salas para atividade infantis, organização e emancipação da Igreja Presbiteriana em Desterro, em maio de 2017.

O que essas realidades, de acampamentos, Desterro, sociedades internas, congregações, têm em comum? É o evangelho que supera o “eu”. Esse evangelho é o que tem encharcado nosso coração há décadas. É o DNA de nossa Igreja desde antes de 11 de fevereiro de 1951. Nossas instalações poderiam ser melhores, o conforto poderia ser maior. Porém, não abrindo mão de melhorias para a sede, a 1ª Igreja Presbiteriana enxerga o Reino. Enxerga sua história de ter 9 Igrejas filhas em Juiz de Fora, mais a filha paraibana, mais centenas de testemunhos de irmãos ajudados por esforço, dinheiro, orações dos membros dessa Igreja. Isso é ver At 1.8 se cumprindo hoje, entre nós. E avançamos, com o esforço e doação de todos os que creem no Reino!

Nessa semana, convido você a orar a cada dia agradecendo a Deus pela Igreja que você tem. E convido você a refletir que podemos ir além, podemos surpreender e ser ainda mais surpreendidos pelo que Deus opera em nós e através de nós. Pense! Envolva-se! Louvado seja o Senhor por sua vida, Igreja!

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UMA VEZ SALVO, VALE TUDO?!

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Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma vez salvo, salvo para sempre! Essa frase encontra problemas em qualquer ramo da fé protestante. Para os arminianos, o crente pode perder a salvação, e isso demonstra o pensamento de que a salvação é conquistada por esforços e méritos humanos, o que é totalmente contrário à Bíblia. Para calvinistas, o problema está no “uma vez salvo”. Por quê?

Uma verdade que tristemente acompanha as igrejas calvinistas (presbiterianos, parte dos congregacionais, parte dos batistas, menonitas) é a questão de que muitos crentes usam dessa premissa de que o crente não perde a sua salvação eterna para dar lugar à carnalidade, à licenciosidade, vida de pecados “aceitáveis” e uma tremenda frieza na fé.

Vemos isso costumeiramente, para nossa tristeza e vergonha. O indivíduo se julga inatingível, e age como um pagão, se envolve em práticas que a bíblia manda se afastar (bebedeiras, mentiras, maus tratos ao próximo, convívio com maledicência, convívio com o mundanismo (inclusive com filmes e séries de tv que julgamos estarem no nível da “cultura”), frequência a ambientes sabidamente ruins e carnais. E o pior: a displicência à casa do Senhor, a falta de consagração ao Dia do Senhor. Tudo isso sob a argumentação falaciosa de que “sou salvo” ou posso conviver com a “graça comum”.

O apóstolo Paulo condena veementemente este tipo de conduta, escrevendo aos romanos, no capítulo 6, versos 1 e 2. “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” Ele refuta o conceito de que se somos salvos, estamos seguros para fazer o que nossa carne desejar, pois assim Deus nos dará mais de sua graça e perdão. “De modo nenhum”, ele assevera.

Como fica essa situação de “uma vez salvo, salvo para sempre”, diante dessa infeliz situação colocada acima? Observemos o engano que muitos caem ao apenas dizerem um “sim” num momento de apelo, sem reflexão, ou no engano de se verem como filhos de crentes, então são “crentinhos”. Na realidade, não experimentaram o “uma vez salvo”. Estão realmente se enganando sobre sua salvação, apoiando-se numa falácia. O que fazer, então?

A primeira questão é se colocar diante do Espírito Santo de Deus. Ele sonda e nos convence de nossa situação (Jo 16.8) e Ele é quem nos salva. Além disso, usando uma admoestação de Aiden W. Tozer, para vencer os pecados, devemos dar nomes a eles. Se sou ladrão, se sou escravo de pensamentos ou atitudes pornográficas, se sou maledicente, fofoqueiro, ou resmungão, devo colocar isso de forma clara diante do Senhor, para ser curado, mas também para aprender a me policiar.

E ainda devo lutar diariamente por crescer no Senhor e diante dos homens, como SALVO (Fp 2.12,13).

De fato, uma vez salvo, salvo para sempre (Fp 1.6; 2.13; Jo 6.37-39; Sl 121 e tantos outros). Mas, ao contrário do que vemos, o salvo edifica-se e santifica-se cada vez mais, para a glória de Deus. Pense nisso, e assuma cada vez mais a sua parte no Reino de Deus! O Senhor te abençoe!

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PERDI A SALVAÇÃO?!

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Perdi a Salvação? Por quê Essa Crise?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Uma questão que de vez em quando abate o cristão é se ele de fato é salvo eternamente. Muitas vezes seu coração está abalado, e ele então se pergunta: “sou mesmo salvo?” Deus o abandonou? O que acontece?

Nossa doutrina bíblica é clara em afirmar que o cristão verdadeiro jamais perde sua salvação. Jamais!

Porém, aqui é preciso considerar algumas questões. A primeira é que o cristão deve ser genuíno, e isso significa ter convicção de ter sua vida entregue ao Senhor Jesus, e decididamente ter um entendimento, ainda que simples, dessa convicção. Ou seja, perder a salvação não se perde, mas é preciso antes ter a salvação verdadeiramente. A salvação é algo muito sério, e por isso não devemos declarar qualquer um como salvo a partir de uma experiência emocional, ou um simples “sim” em um apelo.

Na realidade, a salvação é um ato de Deus que declara o salvo, mas é confirmada através de um processo de santificação. E esse é o segundo aspecto essencial, a salvação é um ato de Deus, Ele é quem salva. Vejamos então os versículos de Jn 2.9 (Ao Senhor pertence a salvação); Ef 2.8-10 (isso não vem de vós, é dom de Deus). O cristão não pode perder a salvação, até porque não é ele que ganha ou conquista por méritos, mas sim veio de Deus.

Então, se não perdemos a salvação, por que enfrentamos as crises? Os “vazios”? Os medos? Bem, o apóstolo Paulo escreve que nada pode nos separar do amor de Deus, experimentado através de Jesus Cristo (Rm 8.26-39). Ali também vemos que o Espírito Santo intercede (ora, fala com o Pai) por cada um daqueles que foram predestinados por Deus para a salvação. Ele nos informa que não sabemos orar como convém, como deve ser a oração aceita por Deus. Logo, entendemos que o cristão genuíno, embora não seja cortado da árvore frondosa da salvação, pode sim passar por momentos de fraqueza extrema, que até podem ser confusos. Quando o cristão se atenta para situações menores do que o amor de Deus, muitas vezes se abala.

Usando o texto de Romanos, podemos dizer que o cristão pode se deter nas tribulações, angústias, perseguições, fomes, nudez, perigos, espadas, alturas, profundidades, cuidados dessa vida, ou o medo da morte. Ao se prender nisso, muitas vezes se distancia da confiança de que é salvo. E deve ser restaurado em sua confiança, para obter júbilo, gratidão e santa expectativa da promessa se cumprindo, pois o Senhor preservará os seus salvos (Fp 1.6 e outros).

Se passamos por crises, busquemos então: Ler os textos bíblicos de Jo 3.16; Jo 3.36; Jo 6.37-40; Jo 10.27-30; Ef 2.8-10; Fp 2.13; Rm 8.26-39. Há outros.

Nas crises, sejamos humildes para orar ao Senhor, crendo na ação do Espírito Santo, pedindo que Ele seja paciente e amoroso, restaurando nossa mente e coração para desfrutarmos dEle e da certeza da salvação. Por fim, lembremos nossa alma que a salvação vem de Deus, e Ele não volta atrás na sua Palavra e nos seus atos.

Aleluia! Que o Senhor nos abençoe!

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ORAÇÕES QUE POUCOS DIZEM AMÉM.

Rev. Jefferson Marques Reinh

É verdade que, às vezes, o tempo fecha entre nossas vontades e a vontade do Senhor sobre nós. Não é incomum observarmos que a confissão de que Jesus é o Senhor nem sempre atinge o lugar que deveria ser o primeiro a ser atingido, e transformado, o nosso coração. Cantamos e declaramos que Jesus é o Senhor do Brasil, da nossa cidade, da história, mas nem sempre entendemos que essa declaração só tem sentido se Ele é Senhor da nossa questão mais íntima, dos nossos interesses, da nossa vontade, antes das questões externas a nós.

Pedro, o apóstolo, é um daqueles exemplos que nos colocam nos maiores apertos, pois ele demonstra muito de nós. Pedro ofereceu a maior declaração de um homem sobre Jesus, reconhecendo que Jesus operava os mesmos sinais do Deus altíssimo, então Jesus só poderia ser o “Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.15). É a confissão sobre a qual repousa a autoridade da Igreja. Pouco depois, coração ainda quente por este episódio, Pedro, movido por um sentimento bem humano, fala uma palavra até bonita, cheia de sentimento, mas recebe uma das maiores repreensões de Jesus: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mt 16.23).

Jesus é o grande holofote que mostra o que temos verdadeiramente no coração. E quando Ele orava percebemos nas suas palavras que Ele revelava os propósitos Trinitários para a redenção da criação, e percebemos também que muitas das suas orações dificilmente ouviriam um “amém” sonoro nos nossos dias. Vejamos: Mateus 6.9, o Senhor nos diz “orareis assim”, e na primeira frase da Oração do “Pai Nosso”, temos “santificado seja o teu Nome”.

Veja que Jesus nos ensina a termos o Nome do Senhor em alta conta, e separado de tudo que é comum. Mas vejamos como os cristãos usam o Nome do Senhor aos quatro ventos, mais como um talismã, uma superstição, mas não com o respeito e dignidade que merece. Logo depois vemos “venha o teu Reino, faça-se a Tua vontade”. Poucos dizem “amém” para essa frase, pois ela declara que abrimos mão do controle e entregamos tudo ao Senhor, e Ele faz o que quiser. Dizemos amém?

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Jesus nos leva a pedir o suficiente para viver, não a abundância, o acúmulo de bens. Simplicidade do Mestre, do Salvador, e a realidade de nosso trabalho está em ajuntar, fazer estoques, acumular mais e mais… mas e a oração de Jesus? Nem sempre dizemos amém.

Há outros exemplos. Mas o que quero compartilhar com você nessas linhas é que devemos compreender bem o que Jesus disse, o que Ele ensinou, o que Ele deixou de exemplo. Jesus nunca negociou com a vontade de Deus. E se dizemos amém para as orações do nosso Salvador, devemos estar prontos para declarar “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.” (Mt 26.39).

Coragem!!! Que o Senhor nos ajude!!!

PERSEVERANÇA EM 2018.

Rev. Jefferson Marques Reinh

O mundo está cada vez mais rápido em sua fuga de Deus. As mídias estão trabalhando a todo vapor, toda força, para que a sociedade se volte para si mesma, e abandone definitivamente a percepção de que Deus está no nosso meio. Palavras da moda, como liquidez (sociedade líquida, sexualidade líquida) e tolerância (condescendência, ato de suportar, não necessariamente com alegria ou conforto) fazem com que as pessoas percam a habilidade de reflexão aprofundada sobre a vida e a eternidade, os valores mais primitivos do homem. Nossos dias são marcados pelo abandono da vida com Deus, e mais ainda, pela ira contra tudo que se diz de Deus.

Triste é ver esse comportamento, adentrando a Igreja. Vemos irmãos se fechando para o certo e o errado, e agora, num equivocado discurso de amor, procuram se misturar ao comportamento do mundo. A ideia é não “ofender”, não se tornar “indesejável”, não “espalhar o montinho”. E Jesus avisou há quase dois mil anos: “quem comigo não ajunta…”

O que fazer, irmãos? Tornarmo-nos uma Igreja simpática aos nossos dias, uma Igreja “líquida”, que toma a forma mundana e a sagrada, com um discurso bem gostoso ao ouvido moderno, uma prática mais social do que moral, mais amena ao mundo e bem distante da “velha” Bíblia? Deixar-nos vencer pelo desânimo dos crentes que não oram, não leem a Bíblia devocionalmente, não têm mais práticas de servos de Deus, mas buscam cada vez mais seus interesses particulares, abandonando gradativamente os valores do Reino?

Minha postura vai ao encontro das palavras de Paulo: “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.11-15).

O que entendo é que nossa missão é perseverar e marchar, mesmo diante das crescentes pressões, e insistir naquilo que Jesus nos ensinou que seria o alimento e o refrigério para todo cristão verdadeiro – oração e estudo da Palavra. A oração contínua, fervorosa, apaixonada é a oportunidade de desabafo, de lavar a alma, de falar com o Soberano sobre nossos dias, nossas vidas.

Enquanto o cerceamento da voz da Igreja aumenta, a oração tem pista livre, portas abertas. Enquanto o mundo dá ouvidos aos funks, aos filósofos da Nova Era, às “drag queens” que se levantam contra tudo que se diz bíblico, o Cristão de firma na Revelação do Criador inclusive sobre nossos dias, nos quais o amor se esfria, os homens sentem coceiras nos ouvidos (1Tm 4.1-5; 2Tm 3.1-4.5).

Conclamo a você que lê (até isso tem sido abandonado), a se juntar com irmãos que decidem não se vingar, não se manter nas fileiras da ira, do abandono, da descrença, e sim perseverar na oração programada, e avançar no estudo da Palavra. Vamos lutar com o Senhor, ao lado dEle, não contra. 2018, um ano para avançar na Fé. O Senhor nos dará os frutos. Que o Senhor nos abençoe!!!

CHEGANDO 2018.

CHEGANDO 2018 – Vai Prometer as Mesmas Coisas?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Chegando 2018. Será que vamos novamente lamentar os furos de 2017 e fazer aquelas velhas e repetidas promessas para o ano que chega? Quero levantar essa questão e propor a você algo um tanto mais prático e quem sabe, que trará resultados melhores para nossas vidas…

Penso que será muito bom o ano se começar debaixo de oração. Assim, convido você a vir para a Igreja, nessa segunda, às 19h30 e seguir nos dias seguintes, até a sexta-feira, dia 05/01. A cada noite vamos dar um motivo mais destacado para orarmos, e você e eu teremos oportunidade de trazer à memória o que pode nos dar esperança (Lm 3.21). E essa prática pode ser assumida, levar o ano todo debaixo de oração. Benção pura.

Mas outras questões podem ajudar muito a termos um ano produtivo e de crescimento. Sugiro que você reflita. Que tal planejar em dividir bem seu dia, agendando um horário “sagrado” para o Sagrado? Ter no seu horário um tempo de dedicação à leitura da Bíblia? Vamos planejar para ler o livro do Senhor todinho em 2018? Lendo 4 capítulos por dia, terminamos no início novembro, com direito a tempo para repor leituras falhas e reler textos preferidos.

Além do tempo para o Senhor em casa, planeje-se para estudar, quem sabe aprender um novo idioma? Ou fazer cursos de informática, artes, artesanato, cursos de cozinha? Sua mente irá se fortalecer e com certeza você fará novos amigos, ampliará seus horizontes, encontrará oportunidades de edificar sua família, e oportunidades de evangelizar. Bênção pura.

Em 2018, marque em sua agenda tempos para visitar amigos e irmãos. Uma ou duas vezes por semana, esteja com familiares ou amigos para tomar um café gostoso e falar e ouvir, sem “mimimi”. Orar com um parente, depois de uma boa e franca conversa, traz cura para muitas dores ocultas. Planeje esses momentos, para evitar visitar apenas nas horas de “sufoco”. Invista nas amizades da Igreja, acabe com fofocas e converse “olho no olho”.

Em 2018, planeje investir financeiramente na Igreja. Assine revistas Missionárias, conheça a realidade do evangelho na atualidade (Portas Abertas, por exemplo – www.portasabertas.org.br; ou revista da APMT – www.apmt.org.br). Invista em ofertas missionárias de fé, orando por uma família missionária de nossa igreja. Invista em ofertas específicas para melhorias do templo, para abençoar irmãos que estão em dificuldades, para a AMEB, para projetos de revitalização, invista porque você se torna parte da obra. E o retorno abençoador do Senhor sempre vem. Em 2018, seja dizimista fiel, ame ao Senhor que te libertou e consagre a Ele suas posses. Fidelidade e alegria. Planeje-se para isso, e colha bons frutos.

Em 2018, planeje desligar a TV, e ler bons livros. Cresça culturalmente. Um a dois livros por mês, quem sabe? Seu vocabulário será outro, sua visão de mundo também. Faça sua mente se mexer.

Se você se planejar e disciplinar, o fim de 2018 será mais prazeroso e farto do que 2017. A Deus toda a glória por chegarmos aqui. E que Ele nos conduza em seu braço forte sempre! Feliz ano novo!!!

PACIÊNCIA E SABEDORIA DE MÃOS DADAS.

Rev. Jefferson Marques Reinh

Que diferença uma boa noite de sono faz… Diante de crises, então…

Como você age diante das questões que se apresentam no dia-a-dia? Abruptamente? Não deixa nada para o amanhã? Como eu lido com as provocações de pessoas que parecem surgir só para tirar minha paz? Na “mesma moeda”? No “olho por olho, dente por dente”? Como lidamos com más notícias que chegam quando estamos desprevenidos? A Bíblia nos adverte quanto a essas situações, há muitos séculos. É verdade que não dá para fugir desses momentos. Onde tem gente, seja de que nível sociocultural ou matriz religiosa for, haverá conflitos, haverá “testes”, haverá desgastes.

Para agir com sabedoria, e obter resultados dignos de crescimento, maturidade, e que nos fortalecerão no futuro, podemos registrar algumas pérolas.

A primeira delas é a da constatação e aceitação de que temos que passar pelos desgastes. Fato. Evitar é apenas adiar. Jesus afirmou que isso era inevitável. Ter pessoas com dificuldades junto a nós, ter aflições, passar por problemas. Logo, é bom ir se fortalecendo, melhor ainda obter capacitação e treinar a usá-la.

Uma boa atitude é de ouvir mais do que falar. Normalmente, buscamos respostas rápidas para nos esquivarmos de alguém. Quando nos esforçamos para ouvir, muitas vezes obtemos clareza sobre as situações. Obtemos também a calma do nosso interlocutor, a pessoa com quem dialogamos, obtemos tempo para refletir, ponderar e talvez aconselhar corretamente. A Bíblia nos ensina que “todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.” (Tg 1.19,20). Aprenda a dizer para a pessoa: “fale mais”, e ouça com atenção. Ouvindo alguém você já o desarma muitas vezes. E ore, pedindo lucidez e discernimento ao Senhor.

Uma outra boa atitude é questionar. “O que você acha disso?” “Qual a sua opinião a respeito?” “Sua avaliação é importante”. Normalmente, quando valorizamos o outro, passamos a ter um aliado em vez de um adversário. E isso funciona quando “conversamos” conosco mesmo. Aprendemos a ponderar, tentar prever consequências e implicações. Muitos pecados seriam evitados se pensássemos um pouco mais nos desastres que viriam.

Ainda há uma excelente providência diante de crises, é respirar, contar até 10, 100 ou 1.000.000, e o segredo: dormir. Uma boa noite de sono traz o renovo do corpo para resoluções na manhã seguinte (1Rs 19.5-8). “O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura” (Pv 14.29). Responder a alguém no calor de uma discussão é um risco. Provérbios 19.2 nos diz que “peca quem é precipitado”.

Diante das crises, caro irmão, evite fugir, evite a resposta a “queima-roupa”, procure o silêncio do travesseiro, onde Deus fala. Não seja o falante, mas seja bom ouvinte, busque a melhor mira e acerte o(s) alvo(s), a hora certa de falar ou agir.

O mais correto, porém, é: busque o Senhor e Sua Palavra. Aí está a verdadeira sabedoria e a verdadeira solução! (2Tm 3.16,17). Que Ele, Jesus, te faça vitorioso nas crises e prudente nesse mundo mal!

ESTAMOS PREPARADOS?

Rev. Jefferson Marques Reinh

Observando os últimos eventos locais ou nacionais, fico me perguntando se estamos preparados para os ataques que a fé cristã genuína tem sofrido, e os que virá a sofrer. Quando o Papa romanista Francisco canoniza 30 novos santos do Brasil, no domingo passado, chamando-os de mártires, sendo que nem mesmo morreram por sua fé ou numa luta religiosa, e na mesma situação chama os calvinistas que estiveram no Brasil Holandês de assassinos, ou quando vemos a situação vexatória criada na Escola João XXIII por ocasião do dia da Criança, com confusão na Câmara de Vereadores, ou ainda o fogo cruzado em redes sociais na internet, me questiono sobre o quanto estamos mesmo ligados com nossa fé e aptos para defendê-la. Estamos preparados?

Os pais de crianças e adolescentes talvez enfrentem uma situação que nunca imaginaram. Ter que responder a seus filhos sobre os questionamentos de ideologia de gênero, pisando em terreno argiloso ainda, e ter que observar a escola de muito perto, por vezes dialogando com ela, discordando ou fortalecendo posições, e ainda convivendo com elogios por ser “mente aberta” ou com rótulos do tipo “retrógrado” ou “fóbico” em alguma medida. Estamos preparados?

O nosso país passa por uma terrível crise política. Estamos acéfalos, pois nosso presidente não tem outra agenda a não ser a luta por se manter no cargo, às custas de compra de favores das casas legisladoras com dinheiro destinado ao povo. Não há ações da presidência sobre nenhum assunto social, nenhuma intervenção efetiva quanto à violência, e o que assistimos é uma verdadeira luta social por poder, em vários níveis. Estamos no tempo em que o Supremo Tribunal Federal delegou aos senadores e deputados o poder de se blindarem contra a lei e contra o povo que os elegeu. O caso de um senador mineiro reflete já o que vem pela frente. Estamos preparados?

Quando Jesus esteve entre nós, numa de suas palavras sábias e muito afiadas, ele questiona: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.7,8). Estamos preparados para a justiça de Deus?

O apóstolo Paulo adverte: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” (2Tm 3.1-5). Estamos preparados?

A pergunta é uma só, e a situação também é uma só. Vivemos dias em que a Igreja tem sido seduzida, tem se encantado com a “liberdade” e a linguagem de amor que satanás tem semeado. Pouco ora, pouco vive a fé. E ainda tem se enfraquecido diante das pressões e das lutas. Estar preparado e se preparando é questão de sobrevivência da fé. Da sua, da minha, da nossa fé. Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

QUEM VOCÊS DIZEM QUE EU SOU?

Rev. Jefferson Marques Reinh

“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17).

Basta uma pequena investigação para observarmos o quanto o Nome de Jesus e sua pessoa é controverso nestes nossos dias. Quantos afirmam conhece-Lo, mas agem de forma a negar isso…

Algumas pessoas falam de Jesus como amor, embora não saibam como esse amor de fato seja percebido ou se aplica. Outras pessoas projetam esse amor num tipo de permissividade absurda, na qual Jesus se torna um espectador, que apenas advoga a plena aceitação de qualquer atitude, por mais bizarra e suja que se demonstra. E em nome do amor.

Outros ainda falam de Jesus como um mito, alguém que fora inventado para outorgar certo prestígio e autoridade à religião cristã. Alguns o tratam de forma distante, outros com palavras que parecem ser retiradas de um romance, com títulos apaixonados e afetivos, cheios de mel.

E nós, eu e você, quem afirmamos ser Jesus? Tal pergunta pode ser desdobrada: entendemos quem Ele é? Por que entendemos? E o que afirmamos, tem impacto em nossa conduta, nossa mente, nosso coração? Sim, porque, dependendo dessa compreensão, podemos concluir até mesmo que pouco ou nada compreendemos de Jesus, ou mentimos ao afirmar algo sobre seu Ser.

O discípulo Pedro afirmou algo bem distinto do pensamento comum de seus dias, sobre Jesus. Embora a compreensão comum é que Jesus fosse João Batista, ou Jeremias ou Elias, ou seja, um semelhante aos líderes admirados em Israel, Pedro afirma que Jesus era o Messias (ungido) e filho do Deus Vivo, a saber, o que realiza as obras de seu Pai. Essência e verdadeiramente Deus. Jesus o louva, e afirma que tal declaração viera por ação de Deus. Deus revelou a Pedro tal conclusão.

Isto faz que pensemos a respeito de nossas afirmações sobre Jesus. De onde procedem? De experiência, de apenas ouvir, de leituras soltas, ou de uma revelação vinda de Deus, a saber, sua Palavra e a testificação do Espírito Santo (Rm 8.16)? Mais ainda, afirmamos só de boca, ou nossos atos confirmam aquilo que dizemos a respeito de Jesus?

Verdadeiramente, nossos atos demonstram o que, e quem é Jesus para cada um de nós. Podem confirmar nosso entendimento, sendo verdadeiro no falar e no agir, mas podem contradizer, quando afirmamos, cantamos, proclamamos algo, mas nossas ações negam o que dizemos.

Pense nisso, pois nesse tempo tantos se dizem crentes, fiéis, amigos de Deus. Mas, seus atos derrubam tais palavras. Vivamos de tal forma, que nossas vidas de fato testifiquem que Jesus é o Filho do Deus Vivo! Sobre a declaração de Pedro, Jesus disse que edificaria sua Igreja. Mas, sobre nossas “declarações”, o que tem se estabelecido? Firmeza, crescimento, fé, salvação?

Pense nisso, e que o Senhor se alegre sobre nós!!!